5ª Marcha das Margaridas acontece, em Brasília, em 11 e 12 de agosto, com manifestação pública na Esplanada dos Ministérios e atividades concentradas no Estádio Mané Garrincha
Marcha percorrerá, na manhã desta quarta-feira (12/8), Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com mais de 70 mil trabalhadoras rurais
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
“Entendemos que a sustentabilidade da vida humana em sintonia com a preservação e a gestão racional dos recursos naturais são as alternativas decisivas para o desenvolvimento da humanidade. Isso implica mudanças radicais sobre a maneira como as pessoas, em particular as mulheres, são reconhecidas na sociedade em termos de acesso e garantia de direitos. Dentre estes direitos, está o de viver em seus territórios com dignidade e pleno exercício da cidadania”, considera Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.
Ela participa de oficina no Seminário Internacional da 5ª Marcha das Margaridas, em Brasília, nesta terça-feira (11). A atividade será acompanhada por delegação internacional de camponesas latino-americanas e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), parte delas apoiadas pela ONU Mulheres para integrar a marcha.
Gasman aponta o papel decisivo da liderança das mulheres, ressaltando as rurais, para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), adotados pelas Nações Unidas em substituição aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), cujo anúncio oficial será feito, em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU. “Há muito a aprender com a produção familiar, as estratégias de economia solidária, as novas formas de organização produtiva, a pesca, a extração vegetal sustentável, os modos de vida em quilombos, aldeias indígenas ou assentamentos. Para isso, as brasileiras têm muito a falar e ensinar, a exemplo da incidência política que se estabeleceu por meio da Marcha das Margaridas em homenagem e seguimento ao legado de Margarida Maria Alves”, frisa.
Mulheres do campo e da floresta reivindicam enfrentamento à violência e políticas públicas de empoderamento
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Outro ponto destacado por Nadine é a liderança do Brasil na agenda internacional em favor do empoderamento das mulheres, a exemplo da 59ª Sessão da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW), em que o país pressionou a comunidade internacional para avançar nos compromissos com a implementação e o monitoramento da Plataforma de Ação de Pequim, que estabelece 12 áreas de preocupação sobre os direitos de mulheres e meninas.
Para a representante da ONU Mulheres Brasil, é grande a expectativa internacional para a presidência que o país exercerá na cargo da 60ª CSW, em março de 2016, sobretudo da sociedade civil brasileira. “Quero destacar o vigor do movimento de mulheres e feminista brasileiro, o qual está registrado no arcabouço de políticas públicas desenvolvido, desde 2003, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República”.
De acordo com a representante da ONU Mulheres Brasil, o empoderamento político das mulheres tem sido determinante para o avanço político no mundo. “São movimentações políticas e sociais como as que as margaridas estão fazendo, há anos, que têm mantido pública a urgência de políticas que enfrentem o sexismo e possibilitem o empoderamento das mulheres e a igualdade de gênero”, afirma.
Direitos das mulheres do campo e da floresta – A 5ª Marcha das Margaridas acontece, em Brasília, em 11 e 12 de agosto. As atividades estão concentradas no Estádio Mané Garrincha. A marcha é coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag) e é realizada com organizações parceiras da sociedade civil.
Fonte: ONU Mulheres
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