Além da participação no evento, UNIFEM-ONU Mulheres propõe parceria à Federação Nacional dos Jornalistas para ações de combate ao racismo e às desigualdades de gênero e etnia. Evento começa nesta quarta-feira (18/8), em Porto Alegre, e reunirá 400 jornalistas de todo o país
Começa nesta quarta-feira (18/8), em Porto Alegre, o 34º Congresso Nacional dos Jornalistas. A edição que tem como slogan “O jornalismo a serviço da sociedade e a defesa da profissão” vai debater a promoção da igualdade nas Oficinas e Espaços de Articulação de Gênero, Raça e Etnia, promovidos pelo UNIFEM Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher – parte da ONU Mulheres), Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e Sindjors (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul). Programadas para o período de 19 a 21 de agosto, as atividades marcam a parceria estratégica entre a Fenaj e o UNIFEM-ONU Mulheres em prol da promoção da igualdade de gênero, raça e etnia.
As atividades objetivam gerar reflexões sobre o papel social do jornalismo e os desafios para o enfrentamento ao racismo e às desigualdades de gênero. Criam oportunidades para ampliar o debate sobre os novos caminhos para a atuação das jornalistas e dos jornalistas a serviço da sociedade brasileira.
Durante os três dias, as Oficinas e Espaços de Articulação de Gênero, Raça e Etnia vão abordar as relações de gênero, raça e etnia na comunicação, limites e possibilidades do valor-notícia para a equidade, a presença do gênero no noticiário, o combate ao racismo a partir da prática jornalística da grande imprensa e da imprensa negra, os caminhos para a pluralidade no noticiário e o compromisso ético e social das jornalistas e dos jornalistas.
ONU e comunicação de gênero, raça e etnia
Em paralelo ao evento, na sexta-feira (20/8) haverá uma reunião entre as agências da ONU, Fenaj e sindicatos dos jornalistas para apresentação do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia, o qual tem a comunicação entre suas linhas estratégicas prevendo ações de formação de jornalistas nos temas gênero, raça e etnia, incentivo a maior cobertura da temática na grande mídia e fortalecimento das estratégias de mídia e advocacy desenvolvidas pela sociedade civil. O Programa é coordenado por seis agências da ONU – UNIFEM, UNICEF, UNFPA, PNUD, OIT e ONU-HABITAT -, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, com financiamento do Governo Espanhol através do Fundo para o Alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
No sábado (21/8), acontecerá um intercâmbio de experiências entre Brasil e Paraguai. A jornalista paraguaia Natalia Ruiz, consultora da AECID (Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento), vai contar a proposta de jornalismo inclusivo proposto pela categoria paraguaia e Jeanice Ramos, jornalista e uma das coordenadoras do Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros do Sindjors, o trabalho em favor do combate ao racismo entre os jornalistas. Após a apresentação, UNIFEM-ONU Mulheres, UNFPA e PNUD vão apresentar algumas experiências de comunicação.
Parceria em gênero, raça e etnia
Às vésperas do 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, o UNIFEM-ONU Mulheres propôs uma cooperação técnica com a Fenaj, por meio do Programas Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia e do Programa Regional de Incorporação das Dimensões de Gênero, Raça e Etnia nos Programas de Combate à Pobreza da Bolívia, Brasil, Guatemala e Paraguai.
O documento, que será apreciado pela nova diretoria da Fenaj a ser empossada no 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, estabelece marcos para a realização de atividades de formação e debate com jornalistas; ações para a igualdade entre trabalhadoras e trabalhadores do jornalismo e dos meios de comunicação, a fim de aprimorar a qualidade da cobertura jornalística dos temas gênero, raça e etnia; e a implementação das ações aprovadas nos Congressos Nacionais dos Jornalistas para a igualdade de gênero, raça e etnia, tais como realização do censo do jornalismo brasileiro, adoção da autodeclaração etnicorracial nas fichas sindicais, produção de conhecimento.
Conforme a minuta do termo de cooperação, estão previstas iniciativas que versem pelo pleno cumprimento dos princípios dos direitos humanos, relações etnicorraciais e de gênero no Brasil e no mundo à luz da liberdade de imprensa.
Lounge Gênero, Raça e Etnia
Durante todo o congresso, que começa na quarta-feira (18/8) e se encerra no domingo (22/8), o lounge Gênero, Raça e Etnia será um espaço de convivência e distribuição de materiais para os 400 participantes do evento. Com publicações e materiais produzidos na temática, haverá de produtos das agências da ONU: UNIFEM, UNFPA, PNUD e ONU-HABITAT. Para o espaço, UNESCO e IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia) doaram livros sobre comunicação e cidadania.
Isabel Clavelin - Assessora de Comunicação
UNIFEM Brasil e Cone Sul
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