terça-feira, 31 de março de 2009

Obama vira medalha comemorativa na República Tcheca

Medalha comemorativa mostra a face do presidente americano, Barack Obama (Foto: Petr Josek/Reuters)


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, viu seu rosto estampado em dezenas de produtos desde que ganhou popularidade na campanha pela Casa branca. Agora, ele virou uma medalha comemorativa na República Tcheca, para onde viajará no próximo dia 4 de abril para tratar de assuntos relativos à relação dos EUA com a União Europeia.

A medalha dourada é exibida em uma casa da moeda na cidade de Jablonec nad Nisou, a cerca de 110 km de Praga, na República Tcheca.

Obama partiu nesta terça-feira em sua primeira viagem europeia como presidente americano, na qual, além de participar da cúpula do Grupo dos Vinte (G20, países ricos e principais emergentes), buscará uma nova relação com os aliados e convencê-los de suas propostas econômicas e da estratégia para o Afeganistão.

Para Obama, esta será a primeira prova de sua capacidade de liderança mundial. O presidente americano chega à Europa com uma enorme popularidade no velho continente, mas também com diferenças visíveis.

Essas diferenças poderão ser sentidas desde a primeira etapa da viagem, em Londres, onde participará da cúpula do G20. Obama também se reunirá, em Londres, com os presidentes da China, Hu Jintao, e da Rússia, Dmitri Medvedev, entre outros.

A etapa seguinte de sua viagem será a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Estrasburgo (França) e Kehl (Alemanha), quando apresentará aos aliados a estratégia que anunciou na sexta-feira passada para o Afeganistão e o Paquistão, e que terá como eixo o combate à rede terrorista Al Qaeda.

Praga, em 4 e 5 de abril, será a terceira etapa da viagem e onde assistirá à terceira cúpula com a UE.

Durante sua estadia em Praga, o titular da Casa Branca, que pronunciará um discurso sobre proliferação armamentista, também se reunirá no domingo com o presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.

A viagem de Obama terminará com uma estadia na Turquia, em 6 e 7 de abril, durante a qual se reunirá com as autoridades desse país e participará de uma mesa-redonda com jovens europeus.


Fonte: Folha Online

Jornalistas do Brasil mobilizados na defesa do diploma

A campanha é promovida pela Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), em parceria com todos os sindicatos filiados. Em Alagoas, as atividades serão retomadas nesta semana, com a participação de profissionais, professores e acadêmicos. Confira a agenda!

Segunda-feira (Dia 30/03)
- Participação no ato em defesa do emprego e do salário, realizado pela CUT e demais entidades, a partir das 14 horas, no calçadão do comércio.

Terça-feira (Dia 31/03)
- Ato dos jornalistas, estudantes, professores e lideranças sindicais em frente ao prédio da Justiça Federal (Serraria), com faixas, panfletagem, barraca, etc (a partir das 14 horas).
- Pela manhã haverá pronunciamentos durante o lançamento do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental (cinturão verde da Braskem, a partir das 8 horas).

Quarta-feira (Dia 1º/04)
- Vigília em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL), com telão e carro de som, a partir das 14 horas, para acompanhar a votação do STF.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Seminário: Mulher na Capoeira “Tem Dendê na Roda”

O Instituto Nzinga de Capoeira Angola convida todas e todos para o evento Mulher na Capoeira: "Tem Dendê na Roda", que tem a finalidade de discutir as formas de violência enfrentadas pela mulher no contexto da capoeira, bem como os desafios e caminhos que a capoeira pode assumir para integrar de maneira respeitosa e qualificada a presença da mulher, operando as suas especificidades políticas como sendo da própria capoeira. Neste sentido, o referido seminário se inscreve na dinâmica das estratégias de empoderamento e formação da autonomia entre as mulheres capoeiristas, estimulando a sua participação política nas organizações e organismos de mulheres, como também no enfrentamento às formas de violência contra as mulheres que, neste caso, se faz através da parceria com a Secretaria de promoção da Igualdade, no projeto “Tem Dendê na Roda!” de popularização da Lei Maria da Penha.

PROGRAMAÇÃO:

SEMINÁRIO
Dia: 27/04
Horário: 19h
Local: CDCN - Rua do Paço, 42 - Santo Antonio - Salvador (BA)

RODA DE CAPOEIRA
Dia: 28/04
Horário: 16h
Local: Memorial das Baianas de Acarajé - Cruz Caída - Praça da Sé - Salvador (BA)
Contatos: (71) 99188961 - Lígia Vilas Bôas


Fonte: Divulgação

Comissão discute realização de projetos de infraestrutura para comunidades quilombolas

A comissão intergovernamental para elaboração de projetos de infraestrutura dos quilombos reconhecidos pelo governo federal realizou, esta semana, reunião para analisar e compatibilizar os dados levantados através de questionários distribuídos aos municípios alagoanos que possuem comunidades quilombolas reconhecidas e o levantamento realizado pela gerência afroquilombola. O encontro teve a participação do secretário-adjunto da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Elcio Tenório.

Durante a reunião foi realizado levantamento geral de necessidades das comunidades e discutidas as parcerias com órgãos federais, estaduais e municipais para elaboração de projetos voltados para construção de moradia, quadra esportivas, unidades escolares, módulos sanitários, melhoria e implantação de abastecimento de água.

“Realizamos um comparativo das demandas levantadas pela nossa gerência junto às comunidades e os questionários enviados pelos prefeitos. A partir daí discutimos as parcerias que irão auxiliar na elaboração e realização dos projetos. Encaminhamos as planilhas aos gestores municipais para elaboração dos editais, que serão abertos no mês de abril”, ressaltou Elis Lopes, gerente do Núcleo Afroquilombola da Secretaria da Mulher.

Participaram da reunião, a superintendente de Políticas de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos, Iara Bentes; representantes das secretarias de Infraestrutura, do Planejamento e Orçamento, da Assistência e Desenvolvimento Social, representantes da Casal, Serveal, Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e do coordenador estadual de Quilombolas, José Petrúcio.


Fonte: Assessoria

quinta-feira, 26 de março de 2009

Fenal intensifica campanha de filiação


O Fórum de Entidades Negras de Alagoas pretende ampliar seu campo de atuação e unificar o movimento social negro




Por: Helciane Angélica
Jornalista /Integrante da Cojira-AL /Presidente do Anajô


O Fórum de Entidades Negras de Alagoas (Fenal), instância máxima do movimento social negro do Estado, realiza até o dia 03 de abril uma campanha de filiação para a adesão de novas entidades, que tenham interesse em fortalecer e unificar os ideais políticoculturas do movimento.

Os interessados devem preencher a ficha e entregar na sede do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros da Universidade Federal de Alagoas (Neab-Ufal), localizado no Espaço Cultural – Praça Sinimbu, ou solicitar pelos emails: fenal.alagoas@yahoo.com.br / paulamalunga@hotmail.com /amauricio35@hotmail.com.

Após a filiação, as novas entidades já terão voz e voto na primeira assembleia geral deste ano, que está confirmada para o dia 09 de abril, às 8h, no Centro de Belas Artes (Cenarte) - Centro de Maceió. Dentre as pautas que serão debatidas, encontram-se: análise de conjuntura do movimento local; repasse de informações sobre o Congresso Nacional de Negros e Negras (Coneb) realizado em janeiro; importância das conferências (igualdade racial, segurança pública e comunicação); participação de Alagoas na Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN).


Organização


Atualmente, o Fenal possui aproximadamente 30 entidades filiadas, dos mais diversos segmentos afros: capoeira; banda afro; teatro; religiosos de matrizes afrcanas; organizações políticas e culturais; estudantes e pessoas que trabalham com a questão negra.

Sua existência data do final da década de 1980, início de 1990. Sua principal objetivo é organizar a comunidade negra, para reivindicar a concretização de políticas públicas no Estado e combater o racismo e a intolerância religiosa, além de propagar a consciência étnicoracial.

CEASB visita a Terra de Zumbi

Ong leva comunidade ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares


Por: Cibelle Araújo
Jornalista responsável - CEASB


Jovens e funcionários do Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu (Ceasb), embarcam nesta sexta-feira (27), às 7h, para a cidade de União dos Palmares com destino ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares na Serra da Barriga com o objetivo de conhecer a história e a importância do local que é símbolo de luta pela liberdade. O Ceasb é uma instituição sem fins lucrativos cujas atividades estão voltadas para famílias de catadores da Vila Emater, conhecida como “Favela do Lixão”, e tem como principal finalidade a promoção e a defesa de bens e direitos sociais relativos ao meio ambiente e ao patrimônio cultural.

Para essa atividade, o Centro de Cultura e Estudos Étnicos (Anajô) foi convidado para ministrar a aula de campo - representado pelo Coordenador de Cultura Helcias Pereira, militante há mais de 20 anos e instrutor do curso de serigrafia do CEASB e organizador da viagem.

Segundo Helcias Pereira, o objetivo é promover uma troca de experiências entre comunidades. “Nossa meta é levar a discussão étnico-racial e a luta das comunidades quilombolas e suas conquistas a esses jovens e promover uma série de debates na Ong sobre o tema. Na programação os jovens percorrerão todo o Parque aprendendo mais sobre a história de Zumbi e as raízes africanas”, explica.


O CEASB


O Ceasb, com sede no bairro do Sítio São Jorge, atua em Alagoas desde 1997, com o objetivo de, assessorar a comunidade da Vila Emater em suas lutas por cidadania e moradia em um ambiente saudável e na criação da cooperativa dos catadores. Já desenvolveu os seguintes projetos: Programa de Educação Ambiental Lagoas (1997-2000), em parceria com a prefeitura de Maceió e a TRIKEM. Projeto de implantação do Centro de Referência em Educação Ambiental, em parceria com a Seplan/AL e o Ministério do Meio Ambiente. Projeto de apoio ao Fórum Lixo e Cidadania em parceria com o Unicef.

Sob a coordenação de Ana Ferraz Menezes atualmente a Ong desenvolve os seguintes projetos: Projeto de Criação e Fortalecimento de Núcleos Produtivos dos Catadores e Catadoras da Vila Emater II, em parceria com a Chesf, Implantação da Fábrica de Vassouras, Cooperativa dos Catadores da Vila Emater (Coopvila) e o Núcleo de corte e costura.

O Ceasb trabalha ainda junto às atividades da creche local, onde as mães deixam as crianças para seguirem suas jornadas de trabalho. A Ong oferece ainda oficinas de corte-costura, serigrafia e informática para a comunidade da Vila Emater e do Bairro Sítio São Jorge. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (82) 3355-5196/ 8803 3030, ou pelo e-mail ceasb.al@ceasb.org.br.

Embaixador de Cabo Verde vem a Maceió participar de encontro no dia 27 de março



O Projeto Raízes de Áfricas – Organização Não-Governamental Maria Mariá – realiza na próxima sexta-feira, 27 de março, no auditório da Casa da Indústria, no Farol, o 1º Encontro Etnicidades/Brasil: “Brasil e República de Cabo Verde: Laços e Diferenças/ Diferenças e Diálogos”. O embaixador de Cabo Verde no Brasil, Daniel Antonio Pereira, é o presidente de honra do Projeto e estará no evento para o lançamento do Raízes de Áfricas no Estado. Na quinta-feira, o embaixador e o ministro-substituto de Políticas e Promoção da Igualdade Racial, Elói Ferreira, serão recepcionados pelo prefeito Flaubert Filho, em Viçosa.

Segundo Arísia Barros, coordenadora do Projeto Raízes de África, o encontro faz alusão ao Dia 21 de março, que é o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. “O encontro foi planejado para apresentar a população o que é o nosso projeto, além de ser um espaço destinado à troca de informação no que diz respeito às questões afro no Brasil”.

A programação do encontro inclui ainda o lançamento do Blog Raízes D’Áfricas, uma parceria com a TV Maceió. O blog recebe a assinatura da professora Arísia Barros. No final do evento, o embaixador Daniel Antonio Pereira fará o lançamento do seu mais recente livro, que recebe o título Memórias de Cabo Verde do Governador Joaquim Pereira Marinho.

Os interessados em participar do evento já podem fazer as inscrições pelo e-mail: negrasnoticias@yahoo.com.br. As vagas são gratuitas e limitadas. A Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA) é a patrocinadora oficial do evento. São apoiadores a Prefeitura de Viçosa, as vereadoras por Maceió, Tereza Nelma e Heloísa Helena, a Embaixada de Cabo Verde, o Governo Federal, por meio da Secretaria de Políticas e Promoção da Igualdade Racial, o Governo Estadual, por meio da Secretaria de Estado das Relações Internacionais e o Sistema Fecomércio.


O PROJETO RAÍZES DE ÁFRICAS

O Projeto Raízes de Áfricas - Organização Não Governamental Maria Mariá - tem como presidente de honra o embaixador da República de Cabo Verde/África, Daniel Antonio Pereira, e surge como ferramenta de educação e comunicação formadora da afro consciência, com ações e intervenções abalizadas e sistemáticas e traz como missão contribuir para uma mudança na implementação de políticas públicas que incluam a população negra, investindo assim, na produção de conhecimento e no fomento ao debate, para o combate e a superação do racismo, da discriminação e das desigualdades racial de forma sustentada, por intermédio de uma atuação focada nas áreas da educação, saúde, segurança, acesso à terra, turismo, cultura e geração de trabalho e renda.


PROGRAMAÇÃO

Dia 26 – Quinta-feira

18h- Encontro Etnicidades em Viçosa
Recepção do prefeito Flaubert Filho, todo secretariado e classe empresarial ao embaixador e ao ministro-substituto na Casa da Cultura.

18h30 - City tour pela cidade

19h – Visita ao Sabalangá, povoado quilombola que deu origem a cidade de Viçosa.
Apresentação cultural e afro.
Descerramento da placa de inauguração do prédio do museu que vai retratar a história da cidade e de Zumbi dos Palmares.

20h00- Retorno para Maceió

Dia 27 – Sexta-feira

8h- Credenciamento

9h- Lançamento do Projeto Raízes de Áfricas pelo seu residente de honra: Embaixador Daniel Antonio Pereira.

Lançamento do Portal da TV Maceió e do Blog: “Raízes D’Áfricas”Afroculturalidade: Hossi Katekissa Afirica ( Deus Abençõe a África)

10h- Conferência: Brasil e República de Cabo Verde: Laços e Diferenças/Diferenças e Diálogos.

Conferencistas: Daniel Antonio Pereira- Historiador, escritor,pesquisador e embaixador extraordinário e plenipotenciário da República de Cabo Verde na República Federativa do Brasil. Exerceu a função de conselheiro em Holanda, Angola e Portugal Publicou cinco livros sobre a História de Cabo Verde.

O próximo a ser lançado será: “Memórias de Cabo Verde do Governador Joaquim Pereira Marinho”.

Coordenação da mesa: Eduardo Magalhães- Secretário de Estado das Relações Internacionais

11h- Exposição: Possibilidades de cooperação e interlocução entre Alagoas e República de Cabo Verde.

Expositor: André Falcão- Magnífico Reitor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde.

11h20- Debate

12h- Intervalo e almoço com convidados autoridades e gestores locais (agenda externa)

14h- Diálogos Inter-Culturais: Educação, sustentabilidade e Emancipação Étnico-Humana: Brasil e República de Cabo Verde/África

Daniel Antonio Pereira- Embaixador da República de Cabo Verde
Elói Ferreira- Ministro substituto/Secretário Adjunto de Políticas e Promoção da Igualdade Racial.

Sávio de Almeida- Professor/Doutor em História/UFPE, escritor, pesquisador. Cavaleiro da Ordem do Mérito dos Palmares.

16h- EtniCidades Africanas- Sessão solene Coordenação - cidadã cabo verdense, médica e vereadora Fátima Santiago

16h20- Etnicidades Literárias:Lançamento do livro do embaixador Daniel Pereira:“Memórias de Cabo Verde do Governador Joaquim Pereira Marinho”

Apresentação: Sávio de Almeida- Professor/Doutor em História/UFPE, escritor, pesquisador.


Fonte: Assessoria

Globo terá a primeira "Helena" negra


A atriz Taís Araújo foi confirmada como protagonista da nova novela de Manoel Carlos, "Viver a Vida". A trama, que substituirá "Caminho das Índias", começa a ser rodada em maio.

Será a primeira Helena negra das novelas do autor, que já tiveram como protagonistas as atrizes Christiane Torloni, Vera Fischer e Regina Duarte. "Viver a Vida" tem previsão de estreia para 14 de setembro deste ano.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Projeto Mirante Cultural retoma suas atividades


O CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS AFRO ALAGOANO QUILOMBO iniciará o segundo ano do projeto Mirante Cultural – “Um Quilombo Chamado Jacintinho ” em parceria com os comerciantes do bairro do Jacintinho. Será realizado sexta-feira (27), às 19h30, no Mirante Kátia Assunção localizado no Jacintinho (por trás da rádio 96 FM).

Em 2008 o Mirante Cultural teve dez edições, se apresentaram mais de quarenta e cinco grupos culturais e a comunidade participou de todas as atividades. O Mirante Cultural se consolidou como um espaço de disseminação e integração da cultura popular e afro.

Em 2009 daremos continuidade ao projeto e teremos na abertura a participação do dançarino Jardiel Ferreira o primeiro alagoano a ser convidado a dançar pelo Balé Folclórico da Bahia, a apresentação da Arca da Cultura Alagoana que reuni elementos da cultura popular com rap e o toque afro, o grupo de hip hop Atitude Periférica que canta o dia a dia da periferia, o bumba-meu-boi Excalibur que faz um trabalho de resgate da cultura popular, o grupo de hip hop Guerreiros Quilombolas que tem um trabalho de conscientização política e cultural e o Núcleo de Capoeira que trabalha as raízes afro com o seu maculelê e a capoeira.

O C.E.P.A.A Quilombo vem lutando pela requalificação do Mirante Kátia Assunção com o objetivo de transformá-lo em um espaço de fomentação de cultura e lazer. Dentro dessa requalificação visa trabalhar também a mudança do nome de mirante Kátia Assunção para um ícone da luta quilombola, homenageando assim, um símbolo da resistência negra.

O Mirante Cultural continuará defendendo a integração entre educação e arte, buscando sempre impulsionar os artistas locais, trabalhando a geração de renda e valorizando a cultura popular e afro-alagoana.



PROGRAMAÇÃO:


Jardiel Ferreira - Perfomace Ancestral

Arca da Cultura Alagoana

Grupo de Hip Hop Atitude Periférica

Bumba-meu-boi Excalibur

Grupo de Hip Hop Guerreiros Quilombolas

Núcleo de Capoeira - Maculelê e Capoeira



GRUPOS PARCEIROS DO C.E.P.A.A. QUILOMBO:

Escola de Samba Arco-Íris

Assoc. Comunitária Cultural e Esportiva Juventude

Grupo de Hip Hop Fênix Negra

Núcleo de Capoeira

Grupo Lésbico Dandara

Bumba-meu-boi Excalibur

Grupo de Teatro Máscaras sobre Máscaras



Fonte: Assessoria

Viviane Rodrigues - Relações Públicas do C.E.P.A.A. Quilombo
E-mail: vi_magnifica@hotmail.com /Telefones: (82) 3033-2093/8843-9311

Convocatória: Conferência Metropolitana de Promoção da Igualdade Racial

Reunião dia 26/03/09 às 8:30 no auditório do Planejamento do Município ( Pça. Sinimbú) para eleição das Entidades de Sociedade Civil envolvidas na II Conferência Metropolitana de Promoção da Igualdade Racial.

Obs.: A eleição será no total de 11 (onze) entidades para compor a Comissão Municipal.
Dúvidas: Nelma Nunes: (82) 8883.7564 / 8807.8586


NÃO PODERÃO PARTICIPAR DESSA COMISSÃO AS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL QUE JÁ COMPÕEM A COMISSÃO DO ESTADO SÃO ELAS:


FEDERAÇÃO ZELADORA DOS CULTOS EM GERAL-AL

PONTO DE CULTURA QUILOMBO DOS ORIXÁS

ASSOCIAÇÃO DOS QUILOMBOLAS DA SANTO LUZIA DO NORTE

ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL MARIA MARIÁ

FORUM DE ENTIDADES NEGRAS DE ALAGOAS (FENAL)

COMISSÃO DE JORNALISTAS PELA IGUALDADE RACIAL DE ALAGOAS (COJIRA/AL)

CENTRO DE CULTURA E ESTUDOS ÉTNICOS ANAJÔ

UNIÃO DE NEGROS PELA IGUALDADE DE ALAGOAS (UNEGRO/AL)

PASTORAL DA NEGRITUDE DA IGREJA BATISTA DO PINHEIRO

CENTRO DE FORMAÇÃO E INCLUSÃO INAÊ


Atensiosamente,

Maria Salete de Albuquerque Beltrão

segunda-feira, 23 de março de 2009

Convocatória: Reunião do Fenal (24/03/09)

OLÁ MALUNG@S!
FALO EM NOME DO FÓRUM DE ENTIDADES NEGRAS DE ALAGOAS/FENAL. ESTAMOS A EXATOS 79 DIAS DO ANO DE 2009, MAIS UM 21 DE MARÇO. NÃO TENHO DÚVIDAS DE QUE AS AÇÕES DE NOSSAS ORGANIZAÇÕES ESTÃO ACONTECENDO COTIDIANAMENTE DE MANEIRA DESCENTRALIZADAS O QUE É MUITO BOM, AFINAL SOMOS O MOVIMENTO NEGR@ DE ALAGOAS (só que, no tocante a políticas públicas relativas a causa, socialmente falando não estamos ocupando os espaços conquistados, não estamos com a visibilidade que elas merecem). VENHO TENTANDO ARTICULAR TOD@S PARA UMA AGENDA COMUM (o que não tem surtido efeito). NOSSA COORDENAÇÃO NÃO AGREGA, NÃO AVANÇA, PAROU. ESTAMOS NAS VÉSPERAS DE UMA CONFERÊNCIA. O FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ESTÁ MOBILIZANDO E ARTICULANDO, O FENAL TERIA QUE ESTAR AO LADO NESSA CONSTRUÇÃO (só que a maioria de nós prefere se ausentar da responsabilidade) ATÉ QUANDO? SE NÃO MOSTRARMOS A CARA E DIZERMOS PRA QUE VINHEMOS ALGUÉM VAI FAZER E O RISCO É QUE FAÇAM DE QUALQUER JEITO. DIANTE DO QUADRO, VENHA PARTICIPAR DE UMA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA E AMPLIADA DO FÓRUM DE ENTIDADES NEGRAS DE ALAGOAS - FENAL E GRUPOS AFINS, TRAGA SUA CRÍTICA E SUGESTÃO, VAMOS JUNT@S TRAÇAR O REAL PERFIL DO MOVIMENTO NEGRO DE ALAGOAS.
PROXIMO DIA 24/03/2009, ÀS 18:00h NO ESPAÇO CULTURAL/SINIMBU (confirmar sala na recepção).
AXÉ!

Ana Paula Silva (Paulinha)
Fórum de Entidades Negras de Alagoas e Centro de Cultura e Cidadania Malungos do Ilê.

Grupos culturais celebram luta contra racismo

Para lembrar o Dia Internacional de Luta pela Eliminação do Racismo e promover a valorização da cultura popular e afro alagoana, vários grupos culturais fizeram um ato público no último sábado, 21, no Vergel do Lago, em Maceió.
O ato serviu para valorizar a cultura popular e afro alagoana, além de comemorar os onze anos de inclusão de Zumbi como heroi nacional. Os grupos saíram as ruas para mostrar o trabalho de conscientização étnicoracial, e cobrar mais apoio do governo e da iniciativa privada nas atividades.

A manifestação foi organizada pela Articulação pela Valorização da Cultura Popular e Afro Alagoana, o Núcleo Cultural da Zona Sul, a Associação Cultural dos Folguedos da Zona Sul, o Núcleo de Cultura Afro Brasileira Iyá Ogun-té e o Coletivo Afro-Caeté.

Participaram da ação, os grupos:

Orquestra de Tambores de Alagoas;
Banda Filarmônica do Vergel;
Grupo Teatral Sol Nascente (Quintal Cultural);
Maculelê (Besourartes);
Abadá Capoeira;
Capoeira Quilombo;
Dança dos Quilombos (Axé Zumbi);
Núcleo Folclórico Boi Alagoano;
Arca da Cultura Alagoana;
Quilombo Jacintinho (Boi Excalibur);
Dança Afro (Resistência Popular / Movimento Negro da Zona Sul)
Afoxé Odô Iyá.
Com informações da assessoria

Malungos do Ilê desenvolve ações na Sururu de Capote

Dando continuidade ao projeto criação apoiado pela CESE/BA, o Centro de Cultura e Cidadania Malungos do Ilê escolheu as crianças e adolescentes na comunidade Sururu de Capote, localizada no bairro do Vergel do Lago, para desenvolver várias ações socioeducativas e de conscientização étnicoracial. Parabéns pela iniciativa!




II Tambor Falante destaca as questões raciais e de gênero

No último sábado (21), aconteceu a segunda edição do Tambor Falante – Ciclo de Debates, no restaurante Velho Jardim localizado no bairro do Riacho Doce. Desta vez, o tema escolhido foi “questões raciais e de gênero”, uma referência aos dias internacionais da mulher (8 de março) e pela eliminação do racismo (21 de março).

Com periodicidade bimestral, o debate é iniciado com a leitura de depoimentos de pessoas diretamente envolvidas e/ou com capacitação sobre o tema. A proposta é registrar todos os relatos e transformá-los em uma produção bibliográfica. O encontro busca unificar entretenimento com troca de experiências, além de propor uma nova maneira de participação na continuidade da luta e organização do povo afro-brasileiro.

A atividade é promovida pela Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-AL) em parceria com o Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô e a Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro – já promoveram outras ações conjuntas e buscam fortalecer o movimento social negro, além de investir na consciência sociopolítica dos alagoanos.
O próximo encontro está previsto para maio, com o tema "Movimento Negro e o Estado". A atividade é aberta às lideranças do movimento negro, estudantes, professores e formadores de opinão.

21 de março, a luta continua!


Helcias Pereira (*)


É Militante Negro desde 1988, foi da Coordenação Nacional dos APNs do Brasil e atua no momento como Diretor do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô (AL).


Nesta data em 1988 a Serra da Barriga através do Decreto nº 95.855 foi reconhecida como Monumento Nacional, após ter sido tombada pelo IPHAN em janeiro de 1986. Em 21 de março de 1998, ou seja, dez anos depois, o Movimento Negro conseguiu junto ao Governo Federal consagrar o último comandante-em-chefe da República Quilombola Palmarina, Zumbi dos Palmares como Herói Nacional por toda importância de luta, organização e resistência do maior e mais importante “mukambu” do mundo.

Seriam dois bons motivos para o Movimento Negro e a sociedade como um todo festejar, exceto a triste desinformação do nosso povo a cerca desta importante data, haja vista, que as conquistas acima mencionadas, só aconteceram exatamente devido aos fatos passados da história. Portanto, a grande interrogação é: O que foi que aconteceu mesmo que tornou de fato o 21 de março – DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DO RACISMO? Pois bem, vamos lá! Em 1960 na África Sul, o regime do Aparthaid de população minoritariamente branca, comandava o poder na região e obrigava o povo negro africano a usar uma espécie de documento que permitia, ou não, seu deslocamento para outras partes da cidade. Cansados da humilhação, o povo resolveu fazer um protesto contra o “tal passe” em Shaperville, cuja resposta do Governo foi o uso da força, entre artilharia de terra e até aviões para dispensar a multidão, eram homens, mulheres e crianças que foram barbaramente metralhados pelo regime racista do Aparthaid, deixando um saldo de 69 mortos e dezenas de feridos.

É fato que a ONU tornou a dada uma alavanca de luta contra a Discriminação Racial chamando a responsabilidade do Mundo quanto a eliminação dessa prática. Foi feito um documento internacional cujas nações deveriam se comprometer. Sabe-se que o Brasil assinou a carta em 27 de março de 1963. Veja, o massacre aconteceu em 21 de março de 1960. E porque só nas últimas duas décadas o Estado brasileiro tem dado sinais para reverter tantas atrocidades históricas do colonialismo, reforçadas posteriormente com fatores segregacionistas a exemplo da “ideologia do branqueamento” e a falsa “Democracia Racial?”

Os massacres continuam acontecendo de diversas formas, ora pela prática da discriminação racial, direta ou velada, ora pelas segregações sócio-culturais e econômicas, e a comunidade negra na sua maioria fora dessa conscientização, ainda.

Portanto, apesar de todos os avanços na última década, é preciso mais empenho das lideranças negras e não negras, é preciso muito mais compromisso dos que detém cargos importantes nas instãncias dos Governos, no sentido de impactar positivamente a sociedade brasileira na busca real de transformação e conquistas de ações afirmativas / reparativas através de mais políticas públicas consolidáveis.

O 21 de março tem que ser transformado a cada ano, num dia de reflexão, conscientização e luta por dignidade do povo afro-brasileiro.

A luta continua!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Geneticista do HU realiza o primeiro atendimento a quilombolas albinos





Três membros de uma mesma família da comunidade quilombola Filus, de Santana do Mundaú, foram atendidos nesta quinta-feira, 19, por uma equipe de geneticistas do Hospital Universitário (HU), em Maceió. A consulta foi a primeira de um tratamento que começou no dia 2 deste mês, quando oito dos nove albinos de Filus estiveram no HU.

As irmãs Cleonice Izabel da Silva, 35 anos, que é albina, e Tereza Izabel da Silva, 53 anos, que não é albina, além do filho de Cleonice, de apenas 4 anos de idade e que também não é albino, foram atendidos na tarde de hoje no HU. Eles deverão passar por exames para identificar o marcador genético da família e descobrir a causa do albinismo. Uma delas pode ser o casamento entre primos, que ocorre na comunidade Filus há várias gerações.

Os outros quilombolas albinos, bem como suas famílias, inclusive os membros que não são albinos, também deverão ser atendidos no HU, em breve, para realização de exames e diagnostico de alguma doença. A mais comum entre os albinos, principalmente entre os mais velhos, é o câncer de pele. Esse foi o motivo da morte de dona Luzinete Izabel da Conceição, portadora do albinismo, no ano passado. Ela era irmã de Cleonice e de Tereza Izabel da Silva.

O único serviço de genética clínica de Alagoas que realiza atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é o do HU e, de acordo com a ouvidora do hospital, Dra.Márcia Rebelo, a unidade tem condições de atender a todos os albinos de Filus. “Eles e seus familiares serão atendidos por etapas, por meio do Complexo Regulador Assistencial [CORA]”, explicou a médica.

Apoio

De acordo com Berenita Melo, gerente do Núcleo de Quilombolas do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), o instituto vai continuar acompanhando e dando apoio aos moradores da comunidade Filus, que já foi reconhecida oficialmente como remanescente de quilombos em 2006. Outra entidade que está acompanhando e dando apoio aos moradores de Filus é o Instituto Irmãos Quilombolas, de Santana do Mundaú, que este mês recebeu da Câmara de Vereadores do município o título de utilidade pública.

Fonte: Ascom-Iteral

quarta-feira, 18 de março de 2009

Tribo de Jah faz show em União dos Palmares


Depois de uma parada por conta do período carnavalesco, o projeto sociocultural Parque Memorial Quilombo dos Palmares, realizado em parceria da Fundação Sônia Ivar com a Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura, na Serra da Barriga, em União dos Palmares, será retomado neste domingo, 22 de março, com apresentação da banda Tribo de Jah, uma das mais conceituadas de reggae do Brasil. O evento conta ainda com a apresentação de bandas locais e grupos ligados à cultura negra e começa às 14 horas.

A história da banda Tribo de Jah começou na Escola de Cegos do Maranhão. Lá onde viviam em regime de internato, quatro músicos cegos e um quinto músico com visão parcial se conheceram e começaram a desenvolver o gosto pela música improvisando instrumentos e descobrindo timbres e acordes. Posteriormente passaram a realizar shows nos bailes populares da capital São Luiz e em outras cidades do interior do Estado fazendo covers de seresta, reggae e lambada. Hoje já são 21 anos de estrada.

A banda está em seu 14° disco intitulado “Refazendo”. Mesclando temas queridos pelos integrantes, sucessos sugeridos pelos fãs e cinco canções inéditas. “Fazer um CD só com músicas conhecidas tornaria o resultado não muito atrativo. E a gente tem tantas músicas novas esperando para serem gravadas!”, diz Fauzi Beydoun, vocalista e principal compositor da Tribo, nascida na Escola de Cegos do Maranhão.

Hoje, a formação conta com Fauzi, Aquiles Rabelo, Frazão, João Rodrigues, Zé Orlando e Marlon Siqueira. Da formação original, só o Neto, guitarrista, deixou o grupo, entrando o Marlon em seu lugar. Dentro de um mercado atualmente positivo para o reggae no Brasil, a Tribo de Jah conseguiu conquistar um público fiel em todos os rincões do país e se tornar uma referência obrigatória. A banda já fez apresentações em vários países, a exemplo da Argentina, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, França, Itália, Japão, Cabo Verde, entre outros.

A chegada da banda em Maceió está prevista para a madrugada de sábado, 21.
Fonte: Assessoria

Programa Expedições percorre os caminhos de Alagoas

Jornalista Paula Saldanha e equipe gravam, durante toda esta semana, em diversos pontos do Estado, cenas para as próximas edições de seu trabalho, exibido nas TVs Cultura e Brasil

Texto: Telma Elita
Fotos: Neno Canuto


Há mais de 24 anos, a jornalista Paula Saldanha viaja os quatro cantos do país à frente do programa Expedições, exibido nas TVs Cultura e Brasil. No último dia 13, Paula e sua equipe desembarcaram em Alagoas. Vão mostrar ao público os litorais Norte e Sul, o rio São Francisco e as principais manifestações da cultura popular. Será rodada ainda uma sequência especial sobre o Quilombo dos Palmares e a trajetória de Zumbi.

“Conheço Alagoas desde a década de 1970. Fizemos as últimas filmagens em 1998/99. Já faz 10 anos! Depois de tanto tempo é sempre muito bom voltar. Considero o litoral de vocês espetacular, muito rico e diversificado. Sem falar na região ribeirinha; são muitos os aspectos a serem abordados”, contou, em primeira mão, a jornalista.

Nesta terça-feira, a nossa reportagem acompanhou a expedição de Paula, Roberto Werneck (diretor) e Tadeo Saldanha (editor e cinegrafista). O trabalho começou cedo. A equipe saiu de Maceió às 6h30, em direção à Serra da Barriga, na cidade de União dos Palmares.
Depois de pouco mais de 1h30 de viagem foram recebidos por uma grande boiada. Os animais estavam bem na passagem para a Serra da Barriga. Para a equipe, o que poderia ser um contratempo passou à categoria de registro. Foi a primeira cena do dia: a lida dos vaqueiros.

Liberado o caminho, era necessário continuar o trajeto morro acima. No Parque Memorial Quilombo dos Palmares já estavam à espera da jornalista vários grupos de cultura afrobrasileira, de União dos Palmares e Maceió.

Com a câmera ligada entraram em cena a ginga e a música dos capoeiristas. Capricharam na apresentação os integrantes dos grupos Quilombo dos Palmares e Guerreiros de Aruanda, ambos de União. Eram crianças, adolescentes e adultos na roda. Todos queriam fazer a sua parte.


“Temos o grupo Quilombo dos Palmares há um ano. Todas as sextas e sábados, subimos a serra para os ensaios. Participam 52 integrantes, entre 6 e 34 anos. A capoeira trouxe mudanças para a saúde, a qualidade física dessas pessoas e, principalmente, para a autoestima”, explica o mestre Cláudio, coordenador desse núcleo.

Ao final da capoeira veio a alegria do maculelê, uma dança de movimentos rápidos e muitos saltos. O ritmo é marcado pelo toque de paus de imbira. Essa foi apenas uma mostra dos jovens do Centro de Formação e Inclusão Social Inaê, que é dirigido pela Mãe Neide e funciona no Village Campestre II, em Maceió. Os meninos nem pareciam cansados da viagem, feita bem cedo.

Mãe Neide estava orgulhosa. O Centro Inaê já tem 15 anos. Ela explica que é uma escola aberta. “Nós abraçamos gente de todas as idades, homens e mulheres de diferentes credos. Vamos além da religiosidade para levar cidadania e dignidade à nossa comunidade”, revela. Hoje, mais de 300 pessoas participam do projeto, que oferece oficinas de capacitação profissional e atividades de cultura e lazer.
Entre as jovens do Inaê está a estudante Iaçannã Rodrigues, 19 anos. “Eu participo do grupo há 5 anos. Sou monitora de dança. Antes, eu tinha muito preconceito. Dizia que nunca iria participar de um grupo como esse. Mas depois que conheci, me apaixonei”, conta.
As lentes de Paula Saldanha ainda registraram os passos da dança primitiva, de raízes africanas. A coreografia também é da responsabilidade do Centro do Village Campestre.

Entre os espectadores da festa estava o secretário municipal de Cultura de União dos Palmares, Elson Davi. “Para mim é uma satisfação muito grande receber, na Serra da Barriga, a equipe do programa Expedições. Temos que mostrar toda a nossa riqueza; os nossos valores”, ressaltou.

Alheia a toda as manifestações estava Dona Irinéia Rosa Nunes da Silva, moradora da comunidade Muquém, que também fica em União dos Palmares. Durante as gravações a senhora ficou quieta, entretida na criação de esculturas de argila. É mais uma tradição entre os quilombolas: a arte que nasce do chão, da terra escura.
Durante as gravações a senhora ficou quieta, entretida na criação de esculturas de argilaquente saíram dezenas de tapiocas e pés-de-moleque. Mais cenas para o documentário de Paula Saldanha.
Foi tomado ainda o depoimento do pesquisador Zezito de Araújo, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB), que faz parte da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Zezito trouxe fatos da luta de Zumbi e do massacre causado por Domingos Jorge Velho.
“A morte de Zumbi não foi causada apenas pela sua resistência ao trabalho escravo. Ele foi morto por conta do interesse pela terra. Os quilombos ficavam numa região muito fértil e produtiva. É triste pensar que depois de tantos anos essas mesmas terras ainda se concentram nas mãos de poucos”, avaliou.
A expedição de Paula Saldanha e equipe pelas terras Caetés prossegue até a próxima sexta-feira, dia 20. Os programas sobre o Estado (mais abrangente) e o Quilombo dos Palmares ainda não têm data prevista para serem exibidos. Por isso vale ficar de olho nas próximas edições. A “incursão” dos jornalistas tem o apoio do governo do Estado, por meio das secretarias da Cultura e da Comunicação. Para saber mais sobre o programa entre no site http://www.expedicoes.tv/.

Fonte: Agência Alagoas

domingo, 15 de março de 2009

Diagnóstico das comunidades quilombolas alagoanas será apresentado na AMA

Reuniões entre Estado e quilombolas resultou em levantamentos sobre dificuldades e saídas para o desenvolvimento socioeconômico dos quilombolas

A Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, em parceria com o deputado federal Joaquim Beltrão, e a Secretaria Especial de Políticas da Igualdade Racial (SEPPIR) vão apresentar nesta segunda-feira (16), às 9h, na sede da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), o Diagnóstico das Comunidades Remanescentes de Quilombos de Alagoas reconhecidos.

O diagnóstico foi feito pela Gerência Afro-Quilombola da Secretaria a partir de reuniões com representantes do governo do Estado e dos quilombolas, através de oficinas propositivas das demandas estruturais de cada comunidade. O trabalho foi baseado em uma análise crítica das reais necessidades das comunidades. Ao mesmo tempo que foram elaboradas propostas de projetos nas áreas de infraestrutura, saúde, educação, saneamento básico e habitação.

As propostas serão apresentadas aos representantes das secretarias de Estado de Assistência Social, Educação e Esporte, Cultura, Saúde, Agricultura, além das autarquias governamentais como Casal, Iteral; e aos 16 prefeitos que têm em seus municípios comunidades quilombolas. As secretarias terão o papel de orientar os mecanismos financeiros necessários para que estes gestores encaminhem os projetos estruturantes de cada segmento.

Segundo a gerente do Núcleo Afro-quilombola, Elis Lopes, essa atividade é muito importante para orientação e proposição de projetos estruturais das comunidades reconhecidas. Ela reforça que o grande diferencial é que esse diagnóstico foi construído a partir das carências e das necessidades de cada comunidade.

Alagoas possui hoje 23 comunidades reconhecidas, distribuídas em 16 municípios, dentro as quais três estão em situação de emergência. “As comunidades Filus (Santana do Mundaú), Jacumoco (Poço das Trincheiras) e Tabacaria (Palmeira dos Índios) se encontram atualmente em pior situação socioeconômica, precisando de atenção emergencial”, declarou.

Confirmaram presença na apresentação, a sub-secretária de Comunidades Tradicionais da SEPPIR, Ivonete Carvalho; o coordenador estadual de Quilombos de Alagoas, José Petrúcio dos Santos; e os representantes das comunidades quilombolas.

O governo do Estado através da Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos não está medindo esforços para elucidar todas as problemáticas levantadas. “Estamos trazendo todas as secretarias de Estado e representantes da SEPPIR, no sentindo de viabilizar e implementar a agenda social quilombola, englobando todas as ações no sentindo de estruturar essas comunidades nas áreas socioeconômica”, afirmou Wedna Miranda, secretária da Mulher.

Fonte: Agência Alagoas

Orquestra de tambores participa do Femusesc 2009


A Orquestra de Tambores de Alagoas foi o primeiro grupo a se apresentar na 11ª edição do Femusesc 2009, com a música "Pássaro Negro". Das 270 canções inscritas, 19 foram selecionadas para participar do mais importante festival musical do Estado e que incentiva artistas de estilos variados e com tempo de experiência diferenciado.

Para abrilhantar a festa realizada nos dias 13 e 14 de março, no estacionamento do Jaraguá, tiveram no encerramento o grupo Teatro Mágico e Jorge Vercílio. O Femusesc foi aberto ao público e contou com o apoio cultural da Prefeitura de Maceió, através da Fundação Municipal de Ação Cultural e da Secult.

Além da apresentação na 11ª edição da Femusesc e da gravação do CD e DVD do evento (gravado ao vivo), as músicas selecionadas vão participar do projeto Circulação SESC de Música Alagoana, em shows que irão percorrer as cidades de Palmeira dos Índios, Teotônio Vilela, Arapiraca, União dos Palmares, Viçosa e Penedo. Já a música selecionada pela comissão julgadora participará, com todas as despesas pagas, do Festival de Música Cidade Canção (Femucic), que acontece em Maringá (Paraná), no período de 20 a 23 de maio.



Orquestra de Tambores


Música: Pássaro Negro
Compositor: Benedito de Vasconcelos Pontes
Intérprete: Orquestra de Tambores de Alagoas


A canção afro Pássaro Negro, uma composição de Benedito Pontes, é uma homenagem a Zumbi dos Palmares. Compositor e cantor há apenas dois anos, Benedito Pontes já lançou os CDs Mãe Terra e Quem For Podre Que Se Quebre. Participando pela primeira vez da Femusesc, a canção Pássaro Negro vai ser interpretada pela Orquestra de Tambores de Alagoas. Através de uma pesquisa das raízes rítmicas afro-brasileiras e das manifestações folclóricas, o grupo apresenta um resgate da cultura do nordeste do Brasil, integrado a fragmentos da música contemporânea e efeitos sonoros experimentais.


Com informações da assessoria do Sesc-AL

sábado, 14 de março de 2009

Lula se encontra pela primeira vez com Obama neste sábado


Presidente brasileiro será recebido pelo líder americano na Casa Branca.Conversas devem girar em torno da crise financeira internacional


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrará neste sábado (14) pela primeira vez com o líder americano Barack Obama. O líder brasileiro será recebido na Casa Branca por volta do meio-dia e fará uma reunião prevista para durar cerca de uma hora, que deve girar em torno da crise financeira mundial.

Na última sexta, Lula lembrou que a crise financeira começou nos Estados Unidos e mexeu com grande parte dos países do mundo e que, "se esses países de economia rica não estiverem bem, o resto do mundo também não estará bem". "Precisamos torcer muito para que os Estados Unidos voltem ao normal", completou.

O presidente brasileiro também se disse preocupado com a falta global de crédito. “Eu tenho uma preocupação que é o restabelecimento do crédito no mundo. Hoje, o maior problema é a ausência de crédito no mundo. Ou seja, o dinheiro desapareceu. O que eu quero conversar com o presidente Obama de forma muito franca é como fazer para restabelecer o crédito internacional”, salientou, pouco antes de viajar, na sexta-feira (13).


Passo espetacular


De acordo com o o secretário para América Latina do departamento de Estado dos EUA, Tom Shannon, o encontro é um "passo importante e espetacular" nas relações entre os dois países. Segundo ele, a reunião entre os presidentes "é um reconheciento da ascendência do Brasil no mundo".

Pouco antes de se encontrar com Obama, o presidente brasileiro se reunirá com o líder da principal central sindical americana, a AFL-CIO, John Sweeney.

Após a reunião na Casa Branca, Lula e Obama farão uma declaração à imprensa e, na sequência, o presidente brasileiro segue para almoçar na residência do embaixador brasileiro na capital americana. No final da tarde, Lula vai embarcar para Nova York, onde permanece no domingo sem agenda oficial.

Agenda presidencial


Na segunda-feira, ainda em Nova York, o presidente vai se encontrar com investidores e empresários estrangeiros em um seminário econômico sobre o Brasil promovido pelos jornais "Valor" e "Wall Street Journal".

São aguardados 250 participantes, inclusive ministros de Estado, que irão debater a maneira como o Brasil atravessa a atual crise mundial e também os mecanismos que criou para manter os investimentos básicos em infraestrutura, produção e setor social.

Lula e Obama devem voltar a se encontrar no mínimo duas vezes nas próximas semanas: em Londres, por ocasião da reunião de cúpula do G20, o grupo que reúne os países ricos e emergentes para avançar com as propostas de de reforma financeira; e na Cúpula da Américas, em meados de abril, em Trinidad.

Concorrência comercial


Segundo analistas, apesar da troca de palavras de boa vontade entre os dois dois países, Brasil e EUA também são concorrentes comerciais, e as tentações protecionistas são fortes em tempos de crise, como assinala Paulo Sotero, do Instituto Brasil do Centro de Estudos Woodrow Wilson.

"As relações entre os Estados Unidos e Brasil são boas, mas superficiais. O desafio dos dois (Obama e Lula), se acreditarem que é importante, é aprofundá-las em coisas que são de interesse nacional para ambos os países: estabilidade, energia, comércio, reforma das instituiçõs financeiras internacionais", explicou Sotero.

Para Obama, imerso na política interna por causa da recessão e sem muito tempo para se dedicar à América Latina, o Brasil é considerado um sócio idôneo, confiável e próximo ideologicamente, uma ótima ponte para negociar com uma região complexa.

"O Brasil emergiu como um intermediário, e Lula, que sabe ter esses meios diplomáticos em mãos, gostaria de ver uma suavização das tensões entre os Estados Unidos e a Bolívia, Venezuela ou Equador", afirmou Riordan Roett, especialista em América Latina da John Hopkins University.

Fonte: G1 (Com informações de Reuters, AFP, Valor OnLine e Agência Estado)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Lançada a 2ª Conferência de Igualdade Racial

Em meio a roupas coloridas e penteados afro foi lançada hoje (12) a 2ª Conferência de Igualdade Racial, que será realizada entre os dias 25 e 28 de junho com o tema Os avanços, os desafios e as perspectivas da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial.

Antes da etapa nacional serão realizadas conferências estaduais e distritais e também plenárias com comunidades tradicionais de indígenas, ciganos, quilombolas e comunidades de terreiro.

Esses encontros vão discutir os temas que serão levados para a etapa nacional, quando os participantes avaliarão os avanços alcançados desde a primeira conferência, realizada em 2005.
Durante a cerimônia de lançamento, o ministro da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, disse que a conferência nacional vai provocar discussões “profundas” e mesmo “duras” em alguns momentos que resultarão em avaliação das políticas públicas de promoção da igualdade racial e na identificação de desafios.

O presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo, avalia que desde a primeira conferência houve avanços significativos para o movimento negro. “Temos dados muito concretos e positivos na área de ações afirmativas, na área educacional temos hoje mais de 270 mil jovens afro-descendentes no ensino superior.”

Segundo ele, ainda é preciso consolidar as conquistas alcançadas e discutir formas de tornar mais velozes questões como a regularização fundiária dos quilombolas e na área de saúde para a população negra.

A cigana Miriam Stanescon comemora o espaço conquistado pelo movimento cigano na discussão de políticas de igualdade e diz que o acesso do povo cigano a educação ainda é precário e precisa ser trabalhado no encontro nacional, em junho.

Ela conta que essa dificuldade é provocada pelo preconceito contra as crianças ciganas e pela característica do povo de se mudar com freqüência. “Meu povo saiu da invisibilidade que há tempos somos submetidos, meu povo não tem direito à educação”.

O subsecretário de comunidades tradicionais da Secretaria da Igualdade Racial, Alexandro Reis, afirma que um dos desafios a ser levado para a etapa nacional é a discussão sobre como garantir que as ações de igualdade racial sejam incorporadas pelos estados e municípios.

“Um desafio é transformar as ações que são de governo em ações de Estado. É preciso ter políticas que estejam garantidas em orçamentos não só da União, mas de estados e municípios”.
Ao discursar durante o evento de lançamento da conferência, o ministro do Esporte, Orlando Silva, disse que um país com uma população negra tão numerosa quanto o Brasil deveria ter mais ministros negros. Atualmente são dois os ministros negros, o próprio Silva e o ministro da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 9 de março de 2009

Entidades da sociedade civil formam Comitê Pró-Conferência de Comunicação

Com o anúncio do presidente Lula sobre a convocação da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, durante o Fórum Social Mundial, no dia 28 de janeiro, a luta pela democratização da mídia no Brasil passou para um novo patamar.

O objetivo do comitê estadual é fortalecer a unidade das organizações sociais, mobilizar para ampliar a presença de movimentos populares e construir propostas que expressem com qualidade que comunicação a sociedade quer para o País. Todas as lideranças presentes concordaram com a importância do tema.

As conferências vêm sendo um importante instrumento para garantir a participação da população organizada na discussão e definição de políticas públicas de setores importantes como Saúde, Educação, Segurança, Igualdade Racial, entre outros. “Com a comunicação não pode ser diferente”, observou a presidente do Sindjornal, Valdice Gomes, lembrando a importância estratégica do setor como ferramenta para os avanços sociais.

Durante a reunião, os representantes do Conselho Regional de Psicologia (CRP-15) apresentaram um documento onde afirmam que a Psicologia busca atuar na sociedade de diversas formas, lutando por políticas públicas nos vários contextos que norteiam o respeito e defesa dos direitos humanos, principalmente naqueles que defendem com veemência os direitos das crianças e adolescentes.

Desde junho de 2006, o tema virou uma bandeira com a criação da Comissão Nacional Pró-Conferência Nacional de Comunicação (CPC), rede que agrega até agora 36 entidades nacionais das mais variadas áreas, desde trabalhadores do campo, movimento negro e de direitos humanos, até estudantes e trabalhadores da comunicação, entre muitos outros.

O movimento em Alagoas nasce forte, já com a adesão de 13 entidades. Além do Sindjornal, participaram da reunião o Conselho Regional de Psicologia (CRP-15), Sindicato dos Bancários, Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço-AL); Grupo Gay de Alagoas (GGAL); Centro Acadêmico de Comunicação Social do Cesmac; Intervozes, Conselho Estadual de Comunicação, TV Comunitária (TV COM); Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Privado (Sintep); Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, Enecos/AL, Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinteal). Outras entidades como a CUT-AL, Sindprev/AL, Conselho Estadual de Saúde e Sindicato dos Radialistas justificaram ausência e confirmaram o interesse em participar das próximas reuniões.

Entre os encaminhamentos aprovados na reunião estão a realização de um Seminário de instalação do Comitê Estadual, com indicativo para o dia 28 de março com a presença de membros do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Uma comissão foi criada para ampliar a convocação de mais entidades para a próxima reunião que está marcada para o dia 10 de março, terça-feira próxima, às 9hs, no Sindicato dos Bancários.
Fonte: Sindjornal

I Festival da Cultura e Cidadania vai levar os serviços do Estado aos quilombolas


Diversos órgãos do governo do Estado vão prestar seus serviços durante os três dias do festival, em Santana do Mundaú



Por: Diego Barros



Os moradores das comunidades Filus, Jussarinha e Mariana, de Santana do Mundaú, participam de 09 a 11 de março do I Festival da Cultura e Cidadania dos Quilombolas do Vale do Mundaú. Durante o festival, diversos serviços do Estado serão oferecidos aos quilombolas dessas três comunidades.

Numa iniciativa do Instituto Irmãos Quilombolas e do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), o evento vai levar os serviços do Estado aos remanescentes de quilombos e promover o resgate do legado dos povos quilombolas. Os três dias de festival também servirão para valorizar a cultura afro-descendente.

Para Cícera Vital, presidente do Instituto Irmãos Quilombolas, é preciso levar à população em geral o conhecimento de que existem povos quilombolas na região. “Muita gente não sabe o que significa, ou não sabe que existem remanescentes de quilombos em Santana do Mundaú”, comenta Cícera Vital.

Para o professor Zezito de Araújo, pesquisador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal de Alagoas (Neab/Ufal), é preciso sensibilizar os remanescentes de quilombos de que eles constituem um segmento étnico diferenciado, o que amplia os direitos deles como cidadãos. “Muitos imaginam que, por serem de um grupo étnico diferenciado, eles são excluídos de direitos, quando na verdade o que ocorre é o contrário. Após o reconhecimento oficial como remanescentes, eles têm os seus direitos ampliados e precisam saber como buscá-los”, explica o professor.

Um dos direitos conseguidos a partir da certificação é o acesso a políticas públicas diferenciadas, e esse será o tema de uma palestra do presidente do Iteral, Geraldo de Majella, na terça-feira (10), às 10h.

Esse reconhecimento oficial é emitido pela Fundação Cultural Palmares, ligada ao Ministério da Cultura. Em Alagoas já existem 23 comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares, e cerca de 30 ainda aguardam esse reconhecimento. Em Santana do Mundaú, apenas a comunidade Filus já foi certificada, em 2006.


Serviços para os quilombolas


Entre os serviços que serão prestados aos remanescentes de quilombos durante o festival, na cidade de Santana do Mundaú, estão orientações e palestras do Corpo de Bombeiros, da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEED) e da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos (SEMCDH).

Segundo o coronel Jadir Ferreira Cunha, comandante geral do Corpo de Bombeiros, a banda de música da corporação fará uma apresentação e serão dadas orientações de como prevenir acidentes domésticos. Ele disse também que a Diretoria de Saúde da entidade fará pequenos atendimentos no local. A SEED vai levar uma palestra sobre a Lei Federal 10.639/03, que trata do estudo da história da África e afro-brasileira nas escolas da educação básica. “Desde 2004, há um trabalho de educação continuada nas escolas da rede estadual visando atender aos princípios desta lei”, salientou a gerente de Educação Étnico Racial e de Gênero, Irani da Silva Neves.

A Secretaria da Mulher vai levar palestrantes para falar sobre os seguintes temas: Lei Maria da Penha, Racismo Institucional, História dos Quilombolas Remanescentes em Alagoas, e, por meio da Superintendência de Políticas para a Juventude, vai discutir a criação de um núcleo representativo para as comunidades quilombolas da região.

Entre as atividades culturais esperadas para os três dias do festival, estão: apresentações de grupos de capoeira, cinema na praça, exposição fotográfica “Comunidades Negras Quilombolas em Alagoas” e desfile cívico em homenagem à cultura afro-brasileira. As palestras e a exposição fotográfica serão realizadas no clube santanense, no Centro da cidade.

Também são parceiros na realização do festival a Secretaria de Estado da Cultura, o Instituto do Meio Ambiente, a 7ª Coordenadoria Regional de Educação, a Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social, o vereador por Santana do Mundaú Ivan Ferreira, e representantes das comunidades quilombolas Muquém, de União dos Palmares, Carrasco, de Arapiraca, e Quilombo, de Santa Luzia do Norte.


Fonte: Assessoria Iteral

domingo, 8 de março de 2009

Jornalista "cojirana" recebe homenagem por serviços prestados

Neste domingo, 8, nos Sete Coqueiros (Pajuçara) em Maceió, ocorreu o encerramento do 1º Seminário Alagoano de Capoeira, promovido pelo Núcleo de Apoio e Desenvolvimento de Capoeira em Alagoas (Nadec-AL). Na atividade, aconteceu uma roda especial e homenagens a duas mulheres que contribuem para o desenvolvimento da capoeira no Estado.

A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) na pessoa da jornalista Helciane Angélica Santos Pereira, foi homageada pelos serviços prestados na divulgação da cultura afro, em especial, as ações político-culturais da capoeira. Desde maio de 2008, a jornalista atua como editora da Coluna Axé/Tribuna Independente, e ajuda a proporcionar a interlocução entre o movimento social negro e os meios de comunicação.

De acordo com Valdice Gomes, presidente do Sindjornal e integrante da Cojira-AL, o ato demonstra o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido e que a equipe está no caminho certo. "Esse é um trabalho voluntário, ninguém da Cojira ou do Sindicato recebe nada pelas ações. Fazemos isso pelo compromisso com a causa", declarou.

A capoeirista de destaque, Keliane Silva conhecida como “graduada pequena” (Grupo Muzenza), também foi agraciada devido aos trabalhos que desenvolve com crianças da periferia de Maceió.

Carlos Pereira (coordenador do Nadec-AL); Helciane Angélica (jornalista homenageada); Valdice Gomes (Presidente do Sindjornal / Integrante da Cojira-AL) e Keliane Silva (capoeirista homenageada).

Caminhada na orla de Maceió marca comemorações do Dia Internacional da Mulher



Participaram neste domingo (08.03), Dia Internacional da Mulher, representantes de várias entidades, ONGs e gestão pública de uma caminhada na orla de Maceió, que teve início no corredor cultural Vera Arruda, na Jatiúca, com término no clube Alagoinhas, na Ponta Verde. Também teve um show especial intitulado "Elas Cantam Bossa Nova", com artistas alagoanas.

A organização da caminhada foi pauta de várias reuniões no Palácio República dos Palmares, entre a secretária Wedna Miranda, a superintendente da pasta, Micheline Toledo, vereadoras por Maceió, representantes do Tribunal de Justiça, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), secretarias da Fazenda e da Cultura, prefeitura de Maceió, entre outros.



Também estiveram presentes as jornalistas "cojiranas": Valdice Gomes, Helciane Angélica e Mônica Lúcia



Programação da semana


Dando continuidade à programação, na segunda-feira, dia 9, as sete vereadoras por Maceió farão uma visita, às 9h, ao Centro de Apoio às Vítimas de Crimes de Alagoas (CAV Crime), com a finalidade de discutir formas para contribuir com as ações da unidade.

No dia 11, as reeducandas do presídio Santa Luzia receberão um dia de cidadania, com a retirada de documentos. Promotores do Ministério Público Estadual, defensores públicos e advogados do Tribunal de Justiça irão, durante todo o dia, revisar os processos das detentas. Ainda no presídio, uma equipe da Secretaria de Estado da Saúde vai realizar exames médicos, além de proferir palestras sobre a violência doméstica, dando ênfase à Lei Maria da Penha, que garante os direitos femininos.

Os trabalhos no presídio Santa Luzia serão encerrados com o show Elas Cantam Bossa Nova. Como acontecem todos os anos, o governo do Estado vai prestar uma homenagem às mulheres com a entrega da Comenda Nise da Silveira, no dia 13, às 18h, no Palácio República dos Palmares.


Com informações da Agência Alagoas

Nigéria quer adotar programas sociais do Brasil

O êxito do Brasil na execução dos programas sociais despertou o interesse do governo da Nigéria. Nesta sexta-feira (06/03), o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Crispim Moreira, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), recebeu delegação daquele país e apresentou os programas de transferência de renda, segurança alimentar e política social.

Moreira fez um relato histórico sobre as ações desenvolvidas a partir de 2003 - início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - relembrando o foco no combate à fome no Brasil. O dirigente também falou sobre programas do MDS executados por três secretarias: a coordenada por ele, SESAN, e as secretarias de Assistência Social (SNAS) e de Renda de Cidadania (SENARC). “Com os programas dessas secretarias, conseguimos alcançar a meta de reduzir a pobreza e pobreza extrema no País”, destacou o secretário.

Os nigerianos ficaram interessados em conhecer mais detalhes sobre os programas Bolsa Família e de Restaurantes Populares. Quando os integrantes da delegação voltarem à Nigéria se reunirão com membros de todo os ministérios de seu país para apresentar as ações sociais do Governo Federal que conheceram. “Estamos monitorando o Brasil, que conseguiu mais avanços sociais que nós. Por isso, queremos levar para a Nigéria as melhores experiências daqui”, destacou o subchefe da Casa Civil do governo nigeriano, Ibrahim Mohe.

A missão está no Brasil desde quinta-feira (05) e foram feita visitas a outros ministérios. Além da Casa Civil, fazem parte da delegação nigeriana representantes do Ministério da Educação e Planejamento. Crispim Moreira encerrou a visita se colocando à disposição para a troca de experiências. “Já temos acordos de cooperação com diversos países, tanto da América Latina, quanto Ásia e África. Estamos abertos também para fazê-lo com a Nigéria.”

Fonte: ASCOM/MDS

Mulher tira a blusa para entrar em agência bancária em Jundiaí

Empregada doméstica de 44 anos considera que foi barrada por ser negra. Ela só entrou na sexta tentativa, depois de tirar a roupa. (Foto: Dago Nogueira/ Agência Bom Dia)


A empregada doméstica Doralice Muniz Barreto, de 44 anos, conta que teve de tirar a blusa para passar pela porta giratória da agência do Banco do Brasil no Centro de Jundiaí, cidade localizada a 58 km de São Paulo. "Me senti humilhada, arrasada, acabada, uma ninguém", afirmou.

Ela contou ao G1 na tarde desta sexta-feira (6) que vai procurar um advogado na próxima semana para processar o banco e pedir uma indenização por danos morais. Toda a cena foi gravada pelo celular de outra cliente, Cleide Aparecida dos Santos Silva. Em nota, o Banco do Brasil informou que segue as normas institucionais.

A empregada doméstica considera que foi discriminada por ser negra, uma vez que outros clientes brancos passaram tranquilamente pela porta. A Polícia Militar foi chamada por um advogado, cliente do banco, e lavrou um termo circunstanciado.

Mãe de cinco filhos e avó de quatro netos, Doralice chegou à agência por volta das 15h10 de quarta-feira (6) para descontar seu cheque-salário de aproximadamente R$ 700. Quando tentou entrar pela primeira vez, a porta travou. Doralice tirou o relógio e duas chaves do bolso e depositou no porta-objetos, mas nada adiantou. Ela também esvaziou a bolsa que carregadva a tiracolo, colocando todos os objetos à vista, sem sucesso. De acordo com ela, o segurança permaneceu dizendo que havia objetos de metal com ela. Ela ainda tentou entrar na agência outras quatro vezes.

Desesperada, Doralice pediu ao segurança que chamasse o gerente, mas o vigia avisou que o gerente estava ocupado. "Disse para ele: 'eu não tenho mais nada. A única coisa que eu posso fazer agora é tirar a roupa'. E ele me disse: 'problema seu'", conta Doralice. Diante da resposta do vigilante, a empregada tirou a blusa e a porta imediatamente destravou. "Eu fiquei tão nervosa que ia tirar a roupa toda, mas não deu tempo", disse ela. A mulher conta que cerca de 50 clientes estavam dentro do banco no momento em que a cena aconteceu. "Depois da raiva, me senti humilhada e com vergonha. Chorei muito e estou chorando até agora", disse ela.

A costureira Cleide Aparecida conta que estava no banco com a filha, a dona de casa Érica Cristina dos Santos, que filmou toda a cena com seu celular. "Se ela me chamar eu vou ser testemunha a favor dela. Tinha um advogado lá no banco que também aceitou defendê-la. Eu fiquei indignada. Como pode uma pessoa ser impedida de entrar no banco com todo mundo olhando. Foi só ela tirar a blusa que deixaram entrar", afirmou.

Cleide afirma que filmou para não depender apenas da palavra. "Filmei porque se a pessoa vai na delegacia e conta o que aconteceu, ainda são capazes de dizer que é mentira", afirmou.

Doralice contou que, assim como Cleide, todos os clientes se mostraram solidários. Na intenção de ajudar, um advogado que passava pelo estabelecimento chegou a propor ao segurança que levasse a empregada para algum lugar seguro por onde ela pudesse entrar sem oferecer risco. "Ele disse que se eu tivesse alguma coisa perigosa os guardas poderiam chamar a polícia", conta ela. Outros clientes aconselharam Doralice a quebrar a porta.

Funcionários parados

Ela afirma ainda que nenhum dos funcionários se mostrou solidário a ela. "Todo mundo que estava sentado naquelas mesas fingiu que não estava acontecendo nada."

Questionado sobre o caso, o Banco do Brasil divulgou a seguinte nota: "O Banco do Brasil segue as normas institucionais, entre elas, a portaria 387 da Polícia Federal que em seu artigo 62 diz que o banco é obrigatório ter vigilante, alarme e um item de segurança, que pode ser portal com detector de metais ou outro item que retarde a ação dos criminosos. O objetivo é garantir a segurança dos clientes."

Marido de Doralice, o aposentado e vendedor Augusto Zara ficou preplexo. "Eu vou falar o que? Além de revoltante, isso mostra que essas pessoas são muito mal preparadas. Isso deveria servir para mostrar que o banco é nosso", afirmou.

No ano passado, a atriz Solange Couto também acusou um banco de constrangimento. Ela disse que teve de ficar de calcinha na porta de uma agência no Rio depois de ser barrada quatro vezes na porta giratória.


Fonte: G1

Morre o trompetista Barrosinho, fundador da Banda Black Rio


O trompetista João Carlos Barroso, o Barrosinho, um dos fundadores da Banda Black Rio e criador do gênero “maracatamba” – que misturava maracatu com samba – morreu no Hospital Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, devido à falência múltipla de órgãos, na madrugada da última quinta-feira (5). O músico tinha 65 anos, e estava internado há 20 dias.

Barrosinho nasceu em Campos e, aos 6 anos, já estudava música por incentivo do pai, o saxofonista Benedito Gomes Barroso. Aos 8 descobriu o trompete. Veio para o Rio de Janeiro no fervilhante início dos anos 60 e tocou nas orquestras de baile e gafieira com Severino Araújo, Maestro Cipó e Paulo Moura. Em seguida, direcionou a boca do seu instrumento para bandas menores e foi ao lado de nomes como Raul de Souza, Sivuca, Robertinho Silva, Oberdan Magalhães e Hermeto Pascoal que ele abriu espaço para o improviso e desenvolveu as artimanhas de solista.


Parcerias


Barrosinho tocou e gravou com Maysa, Tim Maia, Gilberto Gil, Raul Seixas, Sandra de Sá, João Bosco e muitos outros. Em 1988, lançou seu primeiro álbum solo – 'Maracatamba' - no Festival de Montreaux, na Suiça, só com maracatambas. Nesta década, lançou três discos pela Kalimba, do empresário e amigo Roberto Moura: 'O sopro do espírito' (2001), 'Barrosinho live em Montreaux – 1988 ' (2002) e 'Praça dos Músicos' (2008).


Com informações da G1.

Convite: Caminhada do Dia da Mulher em Maceió


sábado, 7 de março de 2009

Nadec realiza 1º Seminário Alagoano de Capoeira

A capoeira é patrimônio cultural da União, porém ainda não foi devidamente incorporada em todas as instituições de ensino. (foto: Emanuelle Vanderlei- Cojira/AL)


Por: Redação - Cojira/AL


O Núcleo de Apoio e Desenvolvimento de Capoeira de Alagoas (Nadec-AL) inicia hoje, 7, o 1º Seminário Alagoano de Capoeira, na Escola Jaime de Altavila localizada no bairro de Santa Lúcia. Tem como objetivo preparar os professores e mestres de capoeira para o desenvolvimento de atividades nas escolas, bem como, incentivar a formação continuada para o desempenho profissional.

A capoeira é uma das mais importantes heranças afroculturais que une música, dança e luta. Praticada em mais de 150 países, congrega indivíduos de diversas faixas etárias, condições financeiras, ideologias religiosas e políticas. Ao longo dos anos, a capoeira tem se mostrado uma grande aliada da escola para possibilitar a inclusão social entre os educandos, principalmente com a implantação da Lei 10.639/03 (obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no currículo escolar), porém, o compromisso ainda não foi firmado em todas as instituições de ensino.

Segundo Carlos Pereira, Coordenador do Nadec, “esse evento marca o início de nossa luta para entrarmos na escola pela porta da frente, fazendo uso dos instrumentos legais, e podendo fazer parte da escola de fato e de direito, pois até agora temos participado da escola como coadjuvantes em pequenos projetos, na sua maioria como voluntários, onde o profissional da capoeira não recebe nenhuma remuneração pelo trabalho realizado”. Ressaltou ainda que após a intitulação da capoeira como patrimônio nacional, reafirmou-se, a necessidade de proporcionar a qualificação para os mestres. “Entendemos que ao passo que a capoeira torna-se patrimônio cultural imaterial brasileiro e para muitos capoeiristas já é profissão, sentimos a necessidade de que estes profissionais estejam bem preparados para assim desempenharem seu papel de educadores assim como os demais dentro da escola. Temos que ter uma capoeira integrada à proposta pedagógica da escola, para educar e formar cidadãos e cidadãs conscientes de seu papel na sociedade”, afirmou.


Programação


Dentre os temas centrais de discussão estão “A importância do planejamento para uma aula com bons resultados”, “O planejamento e a prática nas aulas de capoeira”, “Jogos recreativos como instrumento de alongamento e aquecimento para aula de capoeira”, respectivamente ministrados por: Maria Betânia de Oliveira (Pedagoga), Claudio Severo - Claudio dos Palmares (Mestre de capoeira e professor de Educação Física) e Kátia Maria do Nascimento Barros (professor de Educação Física).

A programação do evento será encerrada no domingo, 8, Dia Internacional da Mulher com uma roda especial e homenagens a partir das 10h, nos Sete Coqueiros (Pajuçara). Serão homenageadas duas mulheres que contribuíram para o desenvolvimento da capoeira alagoana: Keliane Silva de Oliveira (capoeirista) e Helciane Angélica Santos Pereira (jornalista).

Keliane Silva de Oliveira é conhecida na capoeira como graduada Pequena, aluna do mestre Girafa (Grupo Muzenza) há cerca de dez anos, realiza um belo trabalho com crianças e adolescentes na periferia de Maceió, bairro do Feitosa, onde é grande o número de jovens em situação de risco e vulnerabilidade social. Além de ser boa capoeirista dedicada em seus treinamentos e nas rodas onde joga, também se destaca em viagens e encontros em vários estados, inclusive, quando participou do último mundial de capoeira realizado no Rio de Janeiro em 2009.

Helciane Angélica Santos Pereira formada em Comunicação Social com habilitação em jornalismo, participa do movimento negro alagoano há pouco tempo. Atualmente encontra-se na presidência do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, e também, integra a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) que é vinculada ao Sindjornal. Desde maio de 2008, atua como editora da Coluna Axé/Tribuna Independente, onde contribui para a divulgação das ações político-culturais do movimento social negro, principalmente a capoeira, além de ressaltar os avanços das questões étnicas no mundo.


SERVIÇO
1º Seminário Alagoano de Capoeira
Realização: Nadec/AL
As inscrições custam R$15, com direito a almoço e certificado.
Contatos: (82) 8844-4838 / 8824-6859 / 9381-7765.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Michelle Obama, o sìmbolo maior dos EUA no dia da mulher


Se há uma figura que simboliza o Dia Internacional da Mulher nos Estados Unidos este ano, ela é Michelle Obama, a primeira-dama negra do país, que entrou na Casa Branca após a eleição de seu esposo, Barack Obama, à presidência.

Muitos americanos, negros e brancos, admiram esta mulher de 45 anos, mãe de duas meninas e grande profissional. Ela pôs fim a sua carreira para apoiar o marido, é jovial, dinâmica, direta e, além de tudo, elegante.

"Ela é uma versão moderna e atualizada de Hillary Clinton quando entrou na Casa Branca", disse a AFP a professora de sociologia Andra Gillespie, da Universidade Emory na Geórgia.
"Eis aqui uma mulher bem sucedida profissionalmente, que venceu na carreira e que tem sucesso na vida familiar", acrescentou. Para os americanos negros, a visibilidade de Michelle Obama é uma mudança enorme.

"O estereótipo das negras é que são autoritárias, castradoras ou sexualmente promíscuas. Ela não é nada disso", explicou a socióloga. "É uma mulher de beleza acessível, considerada feminina, que vem cuidando de uma família há 15 anos e é evidente que seu esposo a ama. Não estamos acostumados a ver mulheres negras nessa posição", acrescentou a professora, destacando a má imagem da família da comunidade negra, onde 70% das crianças nascem fora do casamento.

Michelle Obama, que cresceu em um bairro modesto de Chicago, estudou nas universidades de Princeton e Harvard antes de se tornar advogada e depois foi vice-presidente de um grande hospital. Ela ganhava mais que seu marido quando era senador, no momento em que foi lançada a campanha presidencial.

Desde que entrou na Casa Branca, a primeira-dama goza de uma sólida popularidade, superior à de suas antecessoras, com 49% das opiniões favoráveis (56% entre as mulheres), e somente 5% contra, segundo pesquisa recente do New York Times/CBS.

Hillary Clinton iniciou sua estadia na Casa Branca com 44% de apoio da opinião pública, Laura Bush, com 30% e Nancy Reagan, com 28%. Michelle Obama é a segunda primeira-dama a ser capa da famosa revista Vogue. Além de ter se tornado ícone da moda americana: seu gosto pelos vestidos sem manga, inclusive no inverno, mostrando seus braços musculosos fascina os críticos.
Há quase um mês e meio na Casa Branca, Michelle Obama vem dando sinais de qual será seu papel como primeira-dama. Para começar, agendou visitas tradicionais a escolas e o apoio às famílias dos soldados como prioridade.

"Sensível às responsabilidades das mulheres, uma de suas prioridades será promover o equilíbrio entre o trabalho e a família, ajudar a fomentar a flexibilidade no trabalho para os pais", segundo Gillespie.

"As mulheres precisam de uma voz na Casa Branca mais do que nunca", declarou Michelle Obama durante a campanha eleitoral.


Com informações da AFP Paris

quinta-feira, 5 de março de 2009

Projeto Raízes de Áfricas e Federação das Indústrias promovem almoço-homenagem: 08 Mulheres na Diversidade

O Projeto Raízes de Áfricas (Organização Não Governamental Maria Mariá ) e a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas visando homenagear mulheres diversas, com o enfoque principal nas negras e indígenas e ciganas, que apesar do anonimato promovem ações visíveis de mobilização e mudança nos espaços de excludência sócio-política em que vivem, realizam dia 06 de março, das 12 às 14 horas no restaurante da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, o almoço-homenagem: “08 mulheres da Diversidade” em comemoração ao dia internacional da mulheres que acontece no domingo 08 de março.

A proposta da iniciativa pioneira é tornar vísivel o trabalho de mulheres de diferentes faces culturais, raciais, dos quatro cantos do território alagoano, que ousadas, com empreendedorismo social/comunitário viraram e viram o jogo da opressão, em nome da liberdade e da autodeterminação em favor dos direitos humanos de todas e de todos.

O almoço-homenagem visa também abrir caminhos de diálogos, entre setores e instituições, acerca do protagonismo da mulher negra, indígena, cigana entre outras e sua condição social de invisibilidade no âmbito político-institucional.

Quem escolhe

O Projeto Raízes de Áfriocas (ONG MARIA MARIÁ) convidou 08 personalidades locais para mediante critérios propostos promoverem uma “eleição” e escolherem a representante oficial de cada segmento.

Participam de escolha o delegado da Polícia Civil, Marcílio Barenco, o prefeito do município de Viçosa, Flaubert Torres Filho, a vereadora Fátima Santiago, o procurador de estado e Jornalista,Flávio Gomes de Barros, a vereadora Tereza Nelma, o presidente do ITERAL, Geraldo Majella, Secretaria Municipal e Estadual de Educação.

Programação

06/03/ 2009 (sexta-feira)

12:00 – Abertura- representante da Federação das Indústrias e Projeto Raízes de Áfricas).
12:20 – Apresentação do currículo de vida das mulheres “eleitas” pelos eleitores e eleitoras.
Fala das eleitas.
Entrega de certificado pela sua contribuição á construção da cidadania.
13:00 – Almoço
14:00 - Encerramento

O Projeto Raízes de Áfricas

O Projeto Raízes de Áfricas (Organização Não Governamental Maria Mariá),que será lançado dia 27 de março de 2008, no I ENCONTRO ETNICIDADES/BRASIL tem como presidente de honra o embaixador da República de Cabo Verde/África, Daniel Antonio Pereira e surge como ferramenta de educação e comunicação formadora da afro consciência, com ações e intervenções abalizadas e sistemáticas e traz como missão contribuir para uma mudança na implementação de políticas públicas que incluam a população negra, investindo assim, na produção de conhecimento e no fomento ao debate, para o combate e a superação do racismo, da discriminação e das desigualdades racial de forma sustentada, por intermédio de uma atuação focada nas áreas da Educação, Saúde, Segurança, Acesso à terra, Turismo, Cultura e Geração de Trabalho e Renda.

Serviço:
Almoço-homenagem: 08 Mulheres na Diversidade
Data: 06/03/2009
Hora: 12h00 às 14h00
Público: restrito aos convidados e convidadas
Local: Restaurante da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, localizada na Av. Fernandes Lima, 385 – Bairro: Farol Cep: 57055-902. Maceió/AL.
Informações: (82) 8815-5794/9444-7968
Fonte: Assessoria