Praticantes de religiões afro esclarecem que a prática religiosa não induz nenhum integrante a matar e dizem que mulher que matou os filhos deve ser responsabilizada pelo crime
Por: Viviane Chaves - Ascom/Mulher
Representantes da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos coordenaram, na manhã desta quarta-feira (30), reunião com os religiosos de matrizes africanas de Alagoas, que se mostraram indignados com a informação divulgada na imprensa de que Arlene Regis, acusada de matar seus dois filhos na última terça-feira (29), afirmou ser adepta de religião afro e que estava possuída por espíritos na hora do crime.
Diante dessa informação, foi produzida uma nota oficial, assinada pelo governo do Estado, babalorixás e Yalorixás de Candomblés e Umbandas, solidarizando-se com as famílias das vítimas, lamentando o fato ocorrido e informando a sociedade alagoana o posicionamento das religiões de matriz africana sobre o caso, destacando que o objetivo da religiosidade afro é a preservação da vida, acima de tudo, e que não defendem os atos de magia negra.
A carta de repúdio deixa claro ainda “que nenhum espírito induz uma pessoa a matar” nem a cometer um ato bárbaro como o que aconteceu.
Os cerca de 30 religiosos presentes à reunião foram unânimes ao afirmar que os adeptos do Candomblé e da Umbanda nada têm a ver com o crime praticado e que a finalidade dos cultos afro é a prestação de caridade e de cura.
Eles defendem ainda que o crime foi premeditado, tendo em vista que as informações divulgadas dão conta de que a acusada havia pedido desculpas ao irmão antes de cometer o crime e que já havia feito ameaças ao marido.
“Não induzimos as pessoas a cometerem atos satânicos, como está sendo mostrado. A própria imprensa também deixou claro que ela estava com problemas com o marido. Isso mostra que ela premeditou tudo”, afimou pai Marcos.
A reunião foi conduzida pela superintendente de Políticas e de Promocão da Cidadania e dos Direitos Humanos, Josilene Lira, e pela gerente do Núcleo Afroquilombola Elis Lopes.
“Abrimos espaço permanentemente para discussões que tragam políticas públicas de direitos humanos para os religiosos. Não podíamos ficar de fora em um momento como esse, onde a população, por não conhecer o objetivo da religião de matriz africana, de forma preconceituosa, discrimina mais uma vez a religiosidade, ao associar a religião de matriz africana com magia negra”, explicou Elis Lopes.
Diante dessa informação, foi produzida uma nota oficial, assinada pelo governo do Estado, babalorixás e Yalorixás de Candomblés e Umbandas, solidarizando-se com as famílias das vítimas, lamentando o fato ocorrido e informando a sociedade alagoana o posicionamento das religiões de matriz africana sobre o caso, destacando que o objetivo da religiosidade afro é a preservação da vida, acima de tudo, e que não defendem os atos de magia negra.
A carta de repúdio deixa claro ainda “que nenhum espírito induz uma pessoa a matar” nem a cometer um ato bárbaro como o que aconteceu.
Os cerca de 30 religiosos presentes à reunião foram unânimes ao afirmar que os adeptos do Candomblé e da Umbanda nada têm a ver com o crime praticado e que a finalidade dos cultos afro é a prestação de caridade e de cura.
Eles defendem ainda que o crime foi premeditado, tendo em vista que as informações divulgadas dão conta de que a acusada havia pedido desculpas ao irmão antes de cometer o crime e que já havia feito ameaças ao marido.
“Não induzimos as pessoas a cometerem atos satânicos, como está sendo mostrado. A própria imprensa também deixou claro que ela estava com problemas com o marido. Isso mostra que ela premeditou tudo”, afimou pai Marcos.
A reunião foi conduzida pela superintendente de Políticas e de Promocão da Cidadania e dos Direitos Humanos, Josilene Lira, e pela gerente do Núcleo Afroquilombola Elis Lopes.
“Abrimos espaço permanentemente para discussões que tragam políticas públicas de direitos humanos para os religiosos. Não podíamos ficar de fora em um momento como esse, onde a população, por não conhecer o objetivo da religião de matriz africana, de forma preconceituosa, discrimina mais uma vez a religiosidade, ao associar a religião de matriz africana com magia negra”, explicou Elis Lopes.
NOTA OFICIAL
Os religiosos de matriz africana candomblé e umbanda vêm em público repudiar o crime ocorrido no último dia 29, em que a senhora Arlene Regis assassinou brutalmente os dois filhos, alegando estar possuída por espíritos e ter sido adepta a religião afro.
Queremos destacar que a base da religiosidade afro é o equilíbrio entre Olorum (Deus) e o homem e as forças da natureza, e que tem como grande preocupação a preservação da vida, acima de tudo. Trata-se de uma religião iniciatória, onde seus praticantes adquirem fundamentos teóricos e práticos e que, em nenhum momento, recebe orientações para a prática criminosa, ou seja, religião nenhuma induz à morte.
Diante disso, repudiamos o fato ocorrido e fazemos algumas considerações: Todo ser humano tem seu livre arbítrio para realizar qualquer ação, certa ou errada, e deve seguir os direitos e deveres e, além disso, arcar com a responsabilidade de seus atos.
É importante salientar que os meses de setembro e outubro são dedicados ao orixá Ibejè (crianças) que no sincretismo são os santos Cosme e Damião, responsáveis pelos cuidados da vida, alegria e da saúde das crianças, consideradas sagradas e invioláveis.
A religião afro não defende os atos da magia negra e nenhum espírito induz uma pessoa a matar; também reforçamos o depoimento de uma psicóloga em matéria divulgada na última terça-feira (29), na TV Gazeta, quando afirmou que a assassina possui algum distúrbio mental e/ou emocional, logo a religiosidade não interfere no crime.
A cada fato apresentado é percebido uma falta de conhecimento do que é a religião herdada pelos povos da África.
Por fim, ressaltamos que a religião de matriz africana candomblé e umbanda, assim como toda a sociedade alagoana, lamenta o fato ocorrido e se solidariza à família das vítimas.
Queremos destacar que a base da religiosidade afro é o equilíbrio entre Olorum (Deus) e o homem e as forças da natureza, e que tem como grande preocupação a preservação da vida, acima de tudo. Trata-se de uma religião iniciatória, onde seus praticantes adquirem fundamentos teóricos e práticos e que, em nenhum momento, recebe orientações para a prática criminosa, ou seja, religião nenhuma induz à morte.
Diante disso, repudiamos o fato ocorrido e fazemos algumas considerações: Todo ser humano tem seu livre arbítrio para realizar qualquer ação, certa ou errada, e deve seguir os direitos e deveres e, além disso, arcar com a responsabilidade de seus atos.
É importante salientar que os meses de setembro e outubro são dedicados ao orixá Ibejè (crianças) que no sincretismo são os santos Cosme e Damião, responsáveis pelos cuidados da vida, alegria e da saúde das crianças, consideradas sagradas e invioláveis.
A religião afro não defende os atos da magia negra e nenhum espírito induz uma pessoa a matar; também reforçamos o depoimento de uma psicóloga em matéria divulgada na última terça-feira (29), na TV Gazeta, quando afirmou que a assassina possui algum distúrbio mental e/ou emocional, logo a religiosidade não interfere no crime.
A cada fato apresentado é percebido uma falta de conhecimento do que é a religião herdada pelos povos da África.
Por fim, ressaltamos que a religião de matriz africana candomblé e umbanda, assim como toda a sociedade alagoana, lamenta o fato ocorrido e se solidariza à família das vítimas.
Federação Zeladora dos cultos em geral
Responsável Babalorixá Paulo José da Silva
Federação dos Cultos Afro Umbandistas
Responsável Babalorixá José Benedito Maciel
Federação Alagoana Espírita e Umbandista Cavaleiros do Espaço
Responsável Yalorixá Lindalva Rodrigues Soriano
Núcleo de Cultura Afro brasileira Iya Ogunté
Responsável Babalorixá Célio Rodrigues
Centro africano São Jorge
Responsável Babalorixá Francisco Paulo de Araújo
Centro Afro brasileiro Ogum de Nage (CEUON)
Babalorixá Marcos de Oliveira
Centro Afro São João Batista
Responsável Yalorixá Agunam
Associação Cultural Afro brasileira Ofa-Omi
Responsável Yalorixá Jeane Yara Rodrigues
Casa de Axé Abassá de Angola
Responsável Yalorixá Veronildes Rodrigues
Centro cultural D’Oxum Pandá
Responsável Yalorixá Rosa D`Oxum Pandá
Candomblé Ilé Axé Ofa Omi
Babalorixá Jedilson Campos
Centro Umbandista Nossa Senhora Aparecida
Responsável Yalorixá Sônia de Xangó
Centro Afro Estrela do Mar
Responsável Babalorixá Marcos de Yemanjá
Grupo União Espírita Santa Barbara (GUESB)
Responsável Yalorixá Neide Oyá D’Oxum
Centro Afro Oxum Omim Taladé
Responsável Babalorixá Ribeiro
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-AL)
Secretaria da Mulher da Cidadania e dos Direitos Humanos
Comissão das Minorias Étnicas e Sociais da OAB/AL
Dr.Alberto Jorge
Unegro/ AL
Responsável Babalorixá Paulo José da Silva
Federação dos Cultos Afro Umbandistas
Responsável Babalorixá José Benedito Maciel
Federação Alagoana Espírita e Umbandista Cavaleiros do Espaço
Responsável Yalorixá Lindalva Rodrigues Soriano
Núcleo de Cultura Afro brasileira Iya Ogunté
Responsável Babalorixá Célio Rodrigues
Centro africano São Jorge
Responsável Babalorixá Francisco Paulo de Araújo
Centro Afro brasileiro Ogum de Nage (CEUON)
Babalorixá Marcos de Oliveira
Centro Afro São João Batista
Responsável Yalorixá Agunam
Associação Cultural Afro brasileira Ofa-Omi
Responsável Yalorixá Jeane Yara Rodrigues
Casa de Axé Abassá de Angola
Responsável Yalorixá Veronildes Rodrigues
Centro cultural D’Oxum Pandá
Responsável Yalorixá Rosa D`Oxum Pandá
Candomblé Ilé Axé Ofa Omi
Babalorixá Jedilson Campos
Centro Umbandista Nossa Senhora Aparecida
Responsável Yalorixá Sônia de Xangó
Centro Afro Estrela do Mar
Responsável Babalorixá Marcos de Yemanjá
Grupo União Espírita Santa Barbara (GUESB)
Responsável Yalorixá Neide Oyá D’Oxum
Centro Afro Oxum Omim Taladé
Responsável Babalorixá Ribeiro
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-AL)
Secretaria da Mulher da Cidadania e dos Direitos Humanos
Comissão das Minorias Étnicas e Sociais da OAB/AL
Dr.Alberto Jorge
Unegro/ AL
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