quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Segmentos afros intensificam a luta contra à intolerância religiosa

Religiosos e religiosas de matrizes africanas se encontram nesta quarta-feira (30) a partir das 9h, no auditório da Secretaria da Mulher e Defesa das Minorias, localizada no antigo Hotel Beiriz (Rua do Sol, Centro). A reunião servirá para discutir a ampliação dos casos de intolerância religiosa, inclusive, nas abordagens policiais; e ter um posicionamento sobre o crime realizado na madrugada de terça-feira, onde a mãe matou os dois filhos e afirmou que estava com o demônio no corpo – o caso também foi divulgado como magia negra, já que, no local tinha velas, fotos e outros utensílios; além disso, por dez anos a assassina foi do candomblé e agora é da Igreja Universal.

Confira a matéria publicada no site Gazetaweb, escrita pelo jornalista Ednelson Feitosa:


Crianças são assassinadas em ritual macabro em Maceió

Meninos de 11 e sete anos foram executados pela mãe, por estrangulamento e facadas


Duas crianças foram assassinadas, na madrugada desta terça-feira (29), em uma residência localizada no bairro de Santa Lúcia, em Maceió. Os crimes teriam sido cometidos pela própria mãe das vítimas num suposto ritual macabro, conforme informações da Polícia.

Clique aqui para ouvir as declarações da acusada sobre o crime

Os corpos de Abelardo Pedro Nobre, de 11 anos, e Anthony Pedro Santos, de sete, foram encontrados de mãos dadas, dentro da casa onde moravam. Eles foram mortos a facadas e por estrangulamento, respectivamente.Um outro menor, A.P.S.N, de 15 anos, conseguiu empreender fuga e avisar aos vizinhos, que entraram em contato com a Polícia. A acusada de ter cometido esse crime foi a própria mãe dos garotos, identificada como Arlene Régis dos Santos, de 35 anos.

O garoto informou que a mãe colocou medicamentos dentro do copo de suco, entregando às crianças. No entanto, A.P.S disfarçou e rejeitou o líquido. Seus irmãos estavam dormindo quando foram assassinados.

Segundo agentes da Delegacia de Plantão 2, em Salvador Lyra, onde a acusada foi presa, no local do duplo homicídio foram encontradas estátuas, velas acesas, e as fotos das crianças, o que reforçou a versão inicial da Polícia, segundo a qual, Arlene estava praticando magia negra. Em defesa, a acusada afirmou que frequentava um terreiro de candomblé por dez anos, mas acabou deixando a doutrina e convertendo-se à igreja evangélica.

"Fiquei perturbada e acabou acontecendo isso. Já deixei o candomblé e estava frequentando a igreja Universal", disse. De acordo com o delegado de plantão, Antonio Carlos Lessa, no momento em que ela chegou na delegacia de plantão, se agitou, simbolizando que estaria 'recebendo uma entidade'. Foi necessário uma viatura do Samu para que a acusada se acalmasse.

Arlene foi presa e já está em poder da Polícia Civil. Os corpos das vítimas foram recolhidos ao IML de Maceió.


Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=186492

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