Nos dias 28 a 30 de agosto, a cidade do Rio de Janeiro celebrou a cultura africana durante o festival “Back to Black”, em uma estação de trens desativada. Foi uma verdadeira mistura de ritmos, estilos, cores e informações que atraiu uma média de 2.500 pessoas por dia, e superou as expectativas da organização.
"Não queríamos fazer mais um festival de música, trouxemos algo mais temático, com instalações, dança, filmes e conferências. Acho que o público buscou algo a mais, não só entretenimento, mas também informação", afirmou a organizadora do evento, Conceição Lopes.
O evento proporcionou debates políticos importantes sobre a realidade do continente africano e a herança cultural do povo brasileiro, desenvolveu um verdadeiro intercâmbio de conhecimentos e quebra de tabus.
Na programação teve mostra de filmes, exposição fotográfica, manifestações artísticas diversas, conferências e shows com o melhor da música afro. Da África, vieram a beninense Angélique Kidjo e Youssou N'Dour -, o angolano Paulo Flores e cabo-verdiana Mayra Andrade; de Cuba, Omara Portuondo, que lançou no ano passado um álbum em parceria com Maria Bethânia. Pelo Brasil, um time formado por cantores de diversas vertentes e épocas, como Luiz Melodia, Marina Lima, Margareth Menezes e Rodrigo Maranhão, indo da lenda do samba Dona Ivone Lara até a revelação Maria Gadú, todos sob o comando de Mart'nália.
A iniciativa belíssima deveria ser itinerante, passar ao menos nas metrópoles brasileiras de norte ao sul do país, pois ressalta a diversidade afro e estimula o visitante a refletir sobre suas raízes. Enfim, é na verdade o encontro da alegria, do aprendizado, do respeito mútuo, independente da cor da pele e religião, que deveria ser explorado cotidianamente. “Um abraço negro, um sorriso negro, traz felicidade”. Axé para todos!
Fonte: Coluna Axé / Tribuna Independente - 01/09/09
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