quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Seminário reuniu mais de 40 municípios do Estado na discussão do Plano Nacional de Educação para as Relações Étnicorraciais


Relatos de experiências, discussão sobre as responsabilidades de cada segmento na implementação da Lei Federal nº. 10.639/03, que determina o estudo da cultura dos afrodescendentes no currículo das escolas, a apresentação do Plano Nacional de Educação para as Relações Étnicorraciais. Estes foram os objetivos do seminário realizado nesta quarta-feira (23), no auditório da Casa da Indústria, no bairro do Farol, em Maceió.

O evento reuniu participantes de mais de 40 municípios alagoanos, numa iniciativa do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnicorracial, que é coordenado pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE), através da Gerência de Educação Étnicorracial e Gênero.

Segundo a gerente de Educação Étnicorracial e de Gênero da SEE, Irani da Silva Neves, o objetivo almejado pelo fórum foi atingido. “A nossa principal intenção era discutir os encargos dos segmentos na implementação da Lei Federal nº. 10.639/03. Conseguimos trazer secretários municipais de Educação, representantes das 15 Coordenadorias de Ensino e diretores das escolas da rede estadual e municipal. Estamos felizes com o resultado obtido”, garante.

Segundo o palestrante e professor mestre da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Clébio Araújo, o foco principal da palestra ministrada por ele foi o trabalho, a identidade nacional e o racismo. “Fizemos uma análise do processo de formação do povo e da nação brasileira. Procuramos demonstrar quais são os lugares reservados às minorias étnicas. Além disso, procuramos desvendar o mito da democracia racial através das contradições desse mito e as desigualdades que perpassam os diferentes dentro do que se chama democracia racial”, informou.

Já o secretário de Educação de Joaquim Gomes, Mário José da Silva, destacou que este seminário foi de fundamental importância, uma vez que o negro ficou durante anos relegado ao patamar do esquecimento. “No momento em que se cria uma lei para tentar rever esse esquecimento é preciso comemorar. A partir de agora, o município de Joaquim Gomes irá tratar com mais cuidado e atenção a temática étnicorracial”, assegurou.

Por fim, o palestrante Élcio Verçosa destacou que, felizmente, por pressão dos movimentos sociais, principalmente, o Movimento Negro, a temática étnicorracial está consubstanciada em lei. “O Brasil é um país mestiço. Isso não pode ser escondido e nem negligenciado pela escola. O povo negro deu uma contribuição enorme para que o país atingisse o patamar de desenvolvimento que possui. Povos e culturas precisam se articular e se respeitar”, complementou o educador.

Texto: Ricardo Moresi / Foto: Valdir Rocha
Fonte: Ascom / Secretaria Estadual de Educação e Esporte

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