terça-feira, 20 de outubro de 2009

Cultura étnica em evidência na Feira Camponesa















Texto: Helciane Angélica
Fotos: Helciane Angélica e Emanuelle Vanderlei.




A 11ª Feira Camponesa promovida pela Comissão Pastoral da Terra (CPT-AL) valoriza a comercialização de produtos oriundos dos assentamentos da reforma agrária e ressalta o talento de artistas locais nas noites culturais, que aconteceram na Praça da Faculdade em Maceió.

O Coletivo Afro Caeté foi um dos convidados na programação, tocou no dia 14, e levou o batuque eletrizante dos tambores, alfaias e xequerês, além de músicas que exaltam a cultura indígena e negra – o grupo foi criado em fevereiro deste ano, valoriza a cultura tradicional/popular nordestina, e escolheu esse nome para representar a herança do povo alagoano. No evento, as outras bandas tocaram o autêntico forró pé de serra, reggae, samba da melhor qualidade e até músicas utilizadas no coco de roda.

Na programação também teve, pela primeira vez, a instalação de uma rádio-poste “Caminho da Roça”, com uma grade bem diversificada e executada durante doze horas, mesclando: músicas, entrevistas, notícias, notas informativas sobre os direitos dos trabalhadores rurais e as ofertas da feira.

Mas, um programa de destaque foi “Lutas Populares”, com a participação de lideranças sociais: no dia 13, Jorge Vieira, membro do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) destacou a luta do povo indígena desde o “Descobrimento” do Brasil até os dias atuais, e no outro dia, Helcias Pereira, ativista do movimento negro, falou sobre os Guerreiros Quilombolas, com explanações históricas referentes a diáspora forçada dos africanos até o nosso país, a resistência de luta e a importância das ações afirmativas.



Fonte: Coluna Axé / Tribuna Independente (20.10.09)

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