Inscrições vão até 4 de abril; capacitação é uma ação do Programa de Ações Afirmativas da Ufal
O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab) da Universidade
Federal de Alagoas está com inscrições abertas para o curso de extensão A Lei 10.639/03 e a questão do ensino básico: projeto de formação do PAAF - Programa de Ações Afirmativas,
voltado a cotistas e demais alunos das licenciaturas e da área de
humanas. São 30 vagas disponíveis e os interessados podem se inscrever,
pelo telefone 3214-1542, até 4 de abril, data em que começam as aulas.
A Lei 10.639/03 estabelece a inclusão no currículo oficial da
rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana. Desde 2013, essa obrigatoriedade também
chegou ao ensino superior. "Há cerca de quatro anos entramos com essa
capacitação nas licenciaturas e, nos cursos de humanas, já temos isso
diluído de uma forma mais geral, incluindo a área de exatas, só que no
formato a distância", destacou Clara Suassuna, diretora do Neab.
De acordo com Clara Suassuna, as aulas vão acontecer na própria
sede do Núcleo, que funciona no Espaço Cultural da Ufal, na Praça
Sinimbu, às segundas-feiras pela manhã. A duração do curso vai até julho
e os participantes receberão certificado pela Pró-reitoria de Extensão,
com carga horárias 90 horas/aula. Serão quatro blocos que vão abordar
História da Lei e da África; Práticas pedagógicas para o ensino de
História e Práticas afetivas: sociabilização e quebra de resistência do
racismo na sala de aula.
Os professores envolvidos no curso de extensão são a própria
Clara Suassuna, Roberto Santos Lima, Antônio Bezerra, Josélia Santos e
Zezito Araújo, pela Secretaria de Estado da Educação (SEE). "Zezito já
dirigiu o Neab e continua nosso grande parceiro", ressaltou Clara.
Ação do PAAF
Segundo Clara, a realização desse curso na Ufal faz parte das
políticas do Programa de Ações Afirmativas (PAAF) e a média de alunos
participantes chega a 25 por ano. "Essa ação é um viés para atender às
exigências do programa e foi uma maneira que a gente encontrou de não
ficar preso só no curso de História. A Universidade já tem ações gerais
nos cursos de Geografia, Ciências Sociais, Educação e da Saúde, com
aulas presenciais", disse.
Esse trabalho com as licenciaturas é destacado por Clara como
de fundamental importância porque está capacitando os futuros
professores da rede de ensino médio e fundamental. "Ainda encontramos
muita resistência dentro da própria Universidade, mas acredito que, com o
tempo, nós conseguiremos uma mudança de postura da nossa comunidade
acadêmica", ressaltou.
Nos municípios
Há sete anos, a Ufal iniciou a capacitação de professores da
rede básica de ensino, em parceria com a SEE. Até agora, foram mais de
20 municípios atendidos pelo Neab e uma média de 70 pessoas capacitadas
por localidade.
"Nosso trabalho também consiste em oferecer o projeto às
secretarias de Educação ou atender a demandas que nos chegam. Nós
apresentamos a Lei 10.639 e a obrigatoriedade do ensino da História da
Cultura Afro-Brasileira e Africana. Vamos até os municípios porque
facilita a participação dos professores e as aulas são ministradas nas
cidades", explicou Clara Suassuna.
Fonte: Ascom/Ufal
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