De passagem por São Paulo, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, e o
presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), Vinicius
Palmeira, conheceram a exposição ‘Zumbi – A Guerra do Povo Negro’, em
cartaz no Sesc Vila Mariana. A visita foi guiada pessoalmente pelo
curador da mostra, o jornalista e escritor alagoano Audálio Dantas.
A exposição traça a trajetória do último líder do Quilombo dos
Palmares e um dos símbolos de resistência do povo negro na história
brasileira. ‘Zumbi – A Guerra do Povo Negro’, nasce a partir da pesquisa
do curador Audálio Dantas e reúne ilustrações de Fernando Vilela e
fotografias de Tiago Santana. As imagens contam a história de Zumbi dos
Palmares em seis momentos distintos: ‘A Revolta’, ‘A Resistência –
criação do quilombo’, ‘O Nascimento de Zumbi e Infância’, ‘O Rei
Gangazumba’, ‘Zumbi – O Herói’ e ‘A Destruição do Palmares’.
Fernando Vilela recriou as cenas das narrativas da história e da vida
de Zumbi na cenografia da exposição. Ele criou as ilustrações de toda a
vida de Zumbi, não apenas das batalhas. Enquanto isso, o fotógrafo
Tiago Santana traz 16 fotografias panorâmicas da Serra da Barriga em sua
configuração atual revelando o cotidiano da população que ali vive
hoje.
História preservada
O presidente da FMAC, Vinicius Palmeira, destaca a importância do
trabalho para a preservação da memória de Zumbi e da resistência em
Palmares. “É nossa pretensão trazer a exposição para Maceió e viabilizar
que o povo alagoano tenha acesso a história de luta vivida na Serra da
Barriga. Para isso, iniciamos no mesmo dia as tratativas com o Sesc”,
conta.
Palmeira destaca também a grandeza e a importância do jornalista e
escritor Audálio Dantas, curador da exposição. “Ele sem dúvidas um dos
maiores nomes do jornalismo no País. Um homem que viveu histórias e
denunciou fatos de extrema importância para o Brasil”, lembra.
Sobre o curador
Audálio Dantas é jornalista atuante há mais de 60 anos com trabalhos
na Folha de S. Paulo, e nas revistas Realidade, O Cruzeiro, Manchete e
Nova. Dantas tem extensa trajetória na defesa dos direitos humanos no
país. Foi o responsável pela denúncia da morte do também jornalista
Vladimir Herzog nos cárceres da ditadura, em 25 de outubro de 1975 e
recebeu premiação da Organização das Nações Unidas pela defesa dos
direitos humanos.
Em sua trajetória, o mérito pela descoberta dos excertos de Carolina
Maria de Jesus, no que viria a ser a obra “Quarto de Despejo”. Em sua
carreira de escritor, Audálio Dantas contabiliza 12 livros publicados,
tendo recebido o prêmio Jabuti de 2013 (Livro do Ano de Não-Ficção) pela
obra “As Duas Guerras de Vlado Werzog”, além de ter sido agraciado com o
Prêmio Juca Pato (Intelectual do Ano), pela União Brasileira de
Escritores, no mesmo ano.
O Quilombo dos Palmares
O Quilombo dos Palmares, localizado na região sul da antiga Capitania
de Pernambuco e atual Estado de Alagoas, surgiu no século XVI no
período do Brasil Colônia, na região conhecida como “Serra da Barriga”,
nas proximidades da vila de Porto Calvo.
Em um dos engenhos ao Sul de Pernambuco, no ano de 1597, um grupo de
cerca de quarenta homens escravizados planejaram a fuga coletiva em
direção à Serra, no alto do que hoje é denominado como Planalto
Meridional de Borborema. Ali fundaram o maior quilombo do período
colonial, tendo resistido à escravidão e ameaçando o poder hegemônico da
Coroa portuguesa por quase 100 anos.
A história do Quilombo de Palmares atravessa o tempo e se torna a
primeira experiência coletiva de contestação no país. Seu último líder,
Zumbi, é a figura principal da narrativa contada na exposição “Zumbi – A
Guerra do Povo Negro”. A montagem também marca a efeméride de 360 anos
de nascimento de Zumbi e os 320 anos desde sua morte.
A exposição segue aberta ao público até o dia 31 de janeiro de 2016, com visitação gratuita.
Ascom FMAC com Ascom Sesc Vila Mariana
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
Saúde e direitos
Em uma sessão histórica do ponto de vista da luta por políticas de promoção da igualdade racial em Alagoas, o Conselho Estadual de Saúde (CES) aprovou, na última quinta-feira (17.12), a criação do Comitê Técnico Alagoano de Saúde da População Negra no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
O comitê será paritário, com participação da sociedade civil, e terá como atribuições, propor, elaborar, acompanhar, fiscalizar e apoiar a implantação da política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População Negra, articulando ações e trabalho das áreas voltadas a este segmento populacional em consonância com o Plano Estadual de Saúde e legislação específica vigente. Também será papel do comitê, sistematizar propostas de políticas e planos que visem à promoção da equidade étnicorracial na atenção à saúde.
O comitê nacional já existe no âmbito do Ministério da Saúde, e este recomenda que Estados e Municípios também instituam seus comitês. No entanto, a proposta de criação do comitê em Alagoas partiu de profissionais ligados a pesquisa sobre saúde da população negra da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) com apoio do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir).
Durante a reunião do CES, tanto o professor Jorge Riscado, da Faculdade de Medicina da Ufal e membro do Comitê Nacional, quanto a presidenta do Conepir, Valdice Gomes, usaram como argumentos para mostrar a necessidade de criação do comitê, o fato de que aproximadamente 67% da população alagoana é constituída de pretos e pardos, portanto, considerada negra pelo IBGE. Bem como, dados que comprovam que os negros tem agravos mais prevalentes de Hipertensão Arterial, Doença Falciforme, Glaucoma, Diabetes Mellitus entre outros.
Além disso, a maioria da população negra sofre de racismo e racismo institucional e estes são determinantes sociais de saúde, porque estão nas periferias, favelas, lixões e, portanto, sem saneamento básico, destinação adequada de lixo, água encanada, etc. Em relação às mulheres brancas, as mulheres negras em Alagoas, morrem 10 vezes mais por gestação, parto e puerpério e, entre elas por eclâmpsia, hipertensão arterial durante a gestação, causa evitável. As mulheres quilombolas, tem entre 04 a 05 consultas pré-natais, muito aquém, quando o limite é de 08 consultas e, o ideal, seria de 14 consultas pré-natais.
Também foi levada em consideração, a necessidade de integração das ações e políticas da Sesau e articulação destas com o controle social, movimentos sociais negros, movimento social de remanescentes de quilombo, de comunidades tradicionais de matriz africana e as demais instâncias do SUS, no que tange ao acesso e qualidade da atenção à saúde da população negra e combate ao racismo institucional. Cabe agora à Sesau publicar portaria e garantir no orçamento os recursos para funcionamento do comitê.
Fonte: Coluna Axé – 372ª edição – Jornal Tribuna Independente (22 a 28/12/15) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
O comitê será paritário, com participação da sociedade civil, e terá como atribuições, propor, elaborar, acompanhar, fiscalizar e apoiar a implantação da política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População Negra, articulando ações e trabalho das áreas voltadas a este segmento populacional em consonância com o Plano Estadual de Saúde e legislação específica vigente. Também será papel do comitê, sistematizar propostas de políticas e planos que visem à promoção da equidade étnicorracial na atenção à saúde.
O comitê nacional já existe no âmbito do Ministério da Saúde, e este recomenda que Estados e Municípios também instituam seus comitês. No entanto, a proposta de criação do comitê em Alagoas partiu de profissionais ligados a pesquisa sobre saúde da população negra da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) com apoio do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir).
Durante a reunião do CES, tanto o professor Jorge Riscado, da Faculdade de Medicina da Ufal e membro do Comitê Nacional, quanto a presidenta do Conepir, Valdice Gomes, usaram como argumentos para mostrar a necessidade de criação do comitê, o fato de que aproximadamente 67% da população alagoana é constituída de pretos e pardos, portanto, considerada negra pelo IBGE. Bem como, dados que comprovam que os negros tem agravos mais prevalentes de Hipertensão Arterial, Doença Falciforme, Glaucoma, Diabetes Mellitus entre outros.
Além disso, a maioria da população negra sofre de racismo e racismo institucional e estes são determinantes sociais de saúde, porque estão nas periferias, favelas, lixões e, portanto, sem saneamento básico, destinação adequada de lixo, água encanada, etc. Em relação às mulheres brancas, as mulheres negras em Alagoas, morrem 10 vezes mais por gestação, parto e puerpério e, entre elas por eclâmpsia, hipertensão arterial durante a gestação, causa evitável. As mulheres quilombolas, tem entre 04 a 05 consultas pré-natais, muito aquém, quando o limite é de 08 consultas e, o ideal, seria de 14 consultas pré-natais.
Também foi levada em consideração, a necessidade de integração das ações e políticas da Sesau e articulação destas com o controle social, movimentos sociais negros, movimento social de remanescentes de quilombo, de comunidades tradicionais de matriz africana e as demais instâncias do SUS, no que tange ao acesso e qualidade da atenção à saúde da população negra e combate ao racismo institucional. Cabe agora à Sesau publicar portaria e garantir no orçamento os recursos para funcionamento do comitê.
Fonte: Coluna Axé – 372ª edição – Jornal Tribuna Independente (22 a 28/12/15) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
Jornalista do ‘Profissão Repórter’ é alvo de comentários racistas na internet
O jornalista Guilherme Belarmino sofreu ataques racistas pelo Twitter
após a exibição de sua reportagem sobre feminismo no programa ‘Profissão
Repórter’, naa terça-feira, 15. Na matéria, o repórter confronta
Marcelo Mello, agressor denunciado pela professora e blogueira Lola
Aronovich, que desde 2011 recebe ameaças de morte por sua atuação
feminista na internet.
Preso em 2012 e condenado por racismo em 2013, Mello mantinha uma página na internet com textos contra mulheres, homessexuais, negros, nordestinos e judeus. Agora, ele publica conteúdo do mesmo tipo em um fórum publico e anônimo. O programa veiculou imagens em que ele tenta agredir a equipe de reportagem e, desde então, o homem ameaça Berlarmino usando o microblog.
"Lá na cadeira fiquei com uns ex-pms que lidavam direto com estes tipos como o @guibelar. É só desovar que não dá nada", escreveu no microblog, citando o perfil do jornalista. "Eu jamais daria uma banana para @guibelar, eu não sou racista, eu daria é muito porrada mesmo", diz outro tuite da conta matida por Mello, que agora está bloqueada.
Após as ameaças, Berlarmino usou a mesma rede social para dizer que levará o caso á Justiça. "Racistas se alimentam de impunidade", publicou, ao lembrar casos como recentes de racismo sofridos por personalidades como Maria Júli.
Fonte: Portal Comunique-se
Preso em 2012 e condenado por racismo em 2013, Mello mantinha uma página na internet com textos contra mulheres, homessexuais, negros, nordestinos e judeus. Agora, ele publica conteúdo do mesmo tipo em um fórum publico e anônimo. O programa veiculou imagens em que ele tenta agredir a equipe de reportagem e, desde então, o homem ameaça Berlarmino usando o microblog.
"Lá na cadeira fiquei com uns ex-pms que lidavam direto com estes tipos como o @guibelar. É só desovar que não dá nada", escreveu no microblog, citando o perfil do jornalista. "Eu jamais daria uma banana para @guibelar, eu não sou racista, eu daria é muito porrada mesmo", diz outro tuite da conta matida por Mello, que agora está bloqueada.
Após as ameaças, Berlarmino usou a mesma rede social para dizer que levará o caso á Justiça. "Racistas se alimentam de impunidade", publicou, ao lembrar casos como recentes de racismo sofridos por personalidades como Maria Júli.
Fonte: Portal Comunique-se
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Guia da Cultura Alagoana
Na
próxima segunda (21) o Ensaio – Guia da Cultura Alagoana voltará a
circular em Alagoas divulgando os contatos de quem vive e trabalha com
cultura, direta e indiretamente, como atores, músicos, pesquisadores,
prestadores de serviços, técnicos etc... São 13 categorias que abrangem
diversos segmentos artísticos e técnicos.
Essa
ideia surgiu de uma necessidade pessoal e profissional do Jornalista e
Produtor Cultural Keyler Simões, criador e editor do Guia Ensaio, de ter
a mão os contatos de artistas, prestadores de serviços, instituições,
casas de shows e demais profissionais, de forma fácil e eficiente, onde
todos pudessem ter seus contatos divulgados, sem pagar nada por isso,
assim como a própria distribuição. E assim foi por 08 anos
ininterruptos, de 2000 a 2008, já que a partir daí só a versão on-line
estava disponível, mas não era suficiente, pois a versão impressa sempre
fez falta, e ultimamente, as dezenas de telefonemas que lhes são feitos
pedindo os contatos de artistas e de quem aluga isso ou aquilo o
motivaram a retomar essa impressão e para isso foram quase dois anos
tentando relançar o Guia Ensaio.
Com
isso, existe uma geração que não o conhece. Uma geração que viu o novo
momento da cultura em Maceió surgir, principalmente, graças à gestão
atual, de Vinicius Palmeira, a frente da Fundação Municipal de Ação
Cultural. Uma geração que viu surgir também um Conselho Nacional de
Políticas Culturais e muito mais mudanças, como a própria consolidação
de uma política cultural no Brasil e agora, em Maceió.
O
Guia Ensaio continua cadastrando, gratuitamente, 13 categorias,
reunindo cerca de mil contatos, bastando para isso que os cadastrados
atualizem e enviem seus dados, bem como sua própria distribuição,
direcionada para quem trabalha com o segmento cultural e afins, como
turismo e empreendedorismo. O site é www.balaiodefatos.com e o e-mail: guiaensaio@hotmail.com.
As categorias cadastradas nesta edição são:
1.Arquivos, Patrimônio Material, Imaterial e Museus
2.Artesanato, Moda e Design
3.Artes Cênicas
4.Artes Visuais, arte digital e fotografia
5.Audiovisual
6.Cultura Afro-Brasileira
7.Culturas Populares
8. Instituições
9.Literatura, Livro e Leitura
10.Música
11.Mídia
12.Prestadores de Serviços e comércio
13.Produtores culturais
Esta edição poderá ser encontrada gratuitamente em: órgãos de cultura, turismo, teatros, prestadores de serviços etc...
A próxima edição será lançada em abril de 2016.
Mais Informações:
(82) 99971-4281 / 98702-2784
Fonte: Blog - Balaio de Fatos
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Um prêmio, um reconhecimento
A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) foi criada em maio de 1996, em Bom Jesus da Lapa (BA). A instituição foi uma das agraciadas com o Prêmio Direitos Humanos 2015, na categoria Garantia dos Direitos da População Indígena, Quilombolas e dos Povos e Comunidades Tradicionais.
A cerimônia da 21ª edição ocorreu na sexta-feira passada (11.12), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), trata-se da mais alta condecoração às pessoas e instituições que se destacam na defesa, na promoção e no enfrentamento às violações dos Direitos Humanos em nosso país.
A CONAQ possui representantes de comunidades remanescentes de quilombo de 25 estados da federação, tem como objetivos: lutar pela garantia do direito à terra; combater toda e qualquer discriminação racial e intolerância religiosa; lutar pela implantação de projetos de desenvolvimento sustentável das comunidades; pela preservação dos costumes, da cultura e da tradição entre as gerações das populações quilombolas; proposição; zelar pela garantia dos direitos da saúde, educação infantil, básica e superior, moradias dignas dos quilombolas; dentre outras demandas.
Com atuação marcante no Conselho Nacional de Políticas de Igualdade Racial (CNPIR) tem contribuído para o protagonismo político quilombola e no diálogo com demais movimentos sociais; além de defender a efetivação de políticas públicas levando em consideração a organização pré-existente das comunidades de quilombo, tais como o uso comum (coletivo) da terra e dos recursos naturais, sua história e cultura em harmonia com o meio ambiente.
A cerimônia da 21ª edição ocorreu na sexta-feira passada (11.12), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), trata-se da mais alta condecoração às pessoas e instituições que se destacam na defesa, na promoção e no enfrentamento às violações dos Direitos Humanos em nosso país.
A CONAQ possui representantes de comunidades remanescentes de quilombo de 25 estados da federação, tem como objetivos: lutar pela garantia do direito à terra; combater toda e qualquer discriminação racial e intolerância religiosa; lutar pela implantação de projetos de desenvolvimento sustentável das comunidades; pela preservação dos costumes, da cultura e da tradição entre as gerações das populações quilombolas; proposição; zelar pela garantia dos direitos da saúde, educação infantil, básica e superior, moradias dignas dos quilombolas; dentre outras demandas.
Com atuação marcante no Conselho Nacional de Políticas de Igualdade Racial (CNPIR) tem contribuído para o protagonismo político quilombola e no diálogo com demais movimentos sociais; além de defender a efetivação de políticas públicas levando em consideração a organização pré-existente das comunidades de quilombo, tais como o uso comum (coletivo) da terra e dos recursos naturais, sua história e cultura em harmonia com o meio ambiente.
Também teve participação efetiva na construção do Decreto 4887/2003, que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos.
Ao todo, foram 18 categorias no Prêmio de Direitos Humanos, e também, destacamos as homenagens para: Rad Assis Brasil Ugarte/SP (Promoção e Respeito à Diversidade Religiosa); a Escola de Educação Básica Coronel Antônio Lehmkuhl – Projeto Expressão de Gênero da infância à juventude e Faces da Homofobia/SC (Garantia dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT); Silvana do Amaral Verissimo/SP (Igualdade Racial) e Rede Thydêwá/BA (Autonomia das Mulheres).
Que o trabalho continue e seja fortalecido! Axé!
Ao todo, foram 18 categorias no Prêmio de Direitos Humanos, e também, destacamos as homenagens para: Rad Assis Brasil Ugarte/SP (Promoção e Respeito à Diversidade Religiosa); a Escola de Educação Básica Coronel Antônio Lehmkuhl – Projeto Expressão de Gênero da infância à juventude e Faces da Homofobia/SC (Garantia dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT); Silvana do Amaral Verissimo/SP (Igualdade Racial) e Rede Thydêwá/BA (Autonomia das Mulheres).
Que o trabalho continue e seja fortalecido! Axé!
Fonte: Coluna Axé – 371ª edição – Jornal Tribuna Independente (15 a 21/12/15) / Cojira-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Religiosos de matriz africana em Alagoas ainda sofrem com preconceito
Comissão de Minorias da OAB e Ministério Público acompanham casos de intolerância
Por: Géssika Costa (Jornalista - Colaboração para o site Cada Minuto)
Mais de cem anos após o episódio que ficou conhecido como Quebra de
Xangô, em 1912, o terror vivido por Tia Marcelina e outros praticantes
das religiões de matriz africana, em Alagoas, parece não ter fim.
Mesmo com todo respaldo garantido pela Constituição Federal, na terra
da resistência, inúmeros são os casos de preconceito contra os
religiosos do candomblé e da umbanda – dois dos principais cultos
afro-brasileiros.
A ialorixá alagoana Mãe Vera, de 58 anos, e que há mais de 20 fundou
o terreiro Abaçá de Angola Oya Bale – segundo ela - na linguagem
africana iourubá significa casa aberta para todos, conta que no
último sábado (05) passou por um episódio de preconceito dentro do
ônibus que estava.
“Entrei no coletivo e as pessoas já me olharam diferente. Era como se
eu fosse um carnaval, algo estranho ou demoníaco, o transporte estava
ficando lotado e o banco onde eu estava tinha vaga para mais uma pessoa,
mas demorou para alguém sentar do meu lado”, lamenta.
A religiosa, que faz de sua vida uma luta contra a intolerância
religiosa e em favor da divulgação da contribuição dos terreiros para a
cultura brasileira, desenvolve um trabalho social através do ensino do
maracatu com jovens e crianças onde mora, no bairro da Cidade
Universitária, parte alta de Maceió. Ela diz que já se acostumou com os olhares das pessoas nas ruas e em
todos os lugares por onde passa, principalmente quando está vestida com
o axó – roupa que as sacerdotisas e os religiosos de matriz africana
costumam usar.
“Ao longo da minha vida eu já passei por muita coisa. A gente sofre.
Sofre muito e é na pele. Tudo que é da nossa religião ou da cultura
negra parece não prestar para a maioria, mas a gente luta e não pretende
abandonar por nada. Todo dia temos um Quebra”, afirma.
Para o presidente da Federação de Zeladores de Culto Afro, Paulo
Silva, houve um grande avanço nos últimos anos, mas a realidade da
intolerância ainda é rotina para muitos.
“Eu já sofri muito preconceito, mas ele é bem distante, as pessoas
tentam disfarçar porque agora sabem que tal prática é crime, dá cadeia e
tem muita repercussão na sociedade”, acredita.
Ainda de acordo com Silva, a Federação trabalha apoiando o pai de
santo e a mãe de santo do interior, mapeando e acompanhando os casos de
preconceito.
“Hoje as pessoas mostram respeito a mim, mas há muitos relatos no
interior, principalmente, nesse sentido. Lá, devido ao grau de instrução
menor de muitos ialorixás, o preconceito é maior”, diz.
Em agosto deste ano, mãe de santo Neide Oyá D´Oxum, dirigente do
Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb), localizado na capital
alagoana, foi vítima de intolerância religiosa. Ela foi xingada pela
ex-esposa do ator Heri Casteli, a jornalista Juliana Despírito, após ele
postar em seu Instagram uma foto da filha vestida em trajes da religião
africana, no colo da mãe Neide.
Comissão de Minorias
Apesar de não possuir dados atualizados sobre casos de intolerância
religiosa no estado, nesses últimos anos, a Ordem dos Advogados do
Brasil – OAB- Seccional Alagoas, por meio da Comissão de Minorias, tem
trabalhado com políticas de enfrentamento contra o preconceito de cunho
religioso.
De acordo com Alberto Jorge, presidente da Comissão, iniciativas como
a OAB Escola, o próprio apoio jurídico e o acompanhamento dos casos de
intolerância religiosa junto com a 61ª Promotoria da Capital têm
contribuído para a diminuição do preconceito.
“Nós realizamos várias iniciativas. Estamos sempre tentando aproximar
a sociedade para levar discussões importantes, mas a discriminação
infelizmente ainda existe”, diz.
Para o historiador Zezito Araújo, existe uma reprodução do
preconceito que começa ainda na escola. “Não há o cumprimento da
legislação na grade curricular tanto nos colégios particulares quanto
nos públicos no que diz respeito ao ensino sobre a África. O que só
reforça a marginalização da nossa cultura, incluindo a religião”,
ressalta.
Intolerância
Dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
revelam que uma denúncia de intolerância religiosa é registrada a cada
três dias. A maioria destas denúncias é feita por pessoas da religião de
matriz africana (35%), seguida da evangélica (27%), espírita (13%),
católica (10%), por ateus (4%), pessoas da religião judaica (3%) e da
islâmica (2%).
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
TJ realiza primeiro casamento coletivo gay do estado
Projeto
Justiça Itinerante, em parceria com o Grupo Gay de Alagoas,
proporcionou a garantia de direitos matrimoniais para 20 casais
Foto: Caio Loureiro |
O Tribunal de Justiça de Alagoas oficializou, na tarde desta
segunda-feira (7), por meio da Justiça Itinerante, a união homoafetiva
de 20 casais. Considerada histórica, a cerimônia foi realizada no
Complexo Cultural Teatro Deodoro, em Maceió.
“Todos, independente da orientação sexual, tem o direito de
constituir um núcleo familiar. O casamento significa cidadania, geração
de direitos, legalização de um relacionamento composto de amor, de
amizade, de afetividade”, destacou o magistrado André Gêda, ao conduzir o
primeiro casamento coletivo homoafetivo em Alagoas.
O casal Tiago Tavares, 25, e Sormane Nazário, de 45, estão
juntos há tres anos. Eles aproveitaram a oportunidade, viabilizada em
parceria com o Grupo Gay de Alagoas, para oficializar a união. Eles não
escondiam tamanha felicidade.
“Esse momento é muito importante não só para nós, mas creio
que para todos que estão aqui hoje quebrando uma barra de preconceito
que não deveria existir. Estamos realizando nossos sonhos e realizando
nossos objetivos. Estamos muito felizes e bastante apaixonados”, afirmou
Tiago.
Desde 2011, os Tribunais superiores garantem a legalização da
união homoafetiva. Com esta conquista, os casais homossexuais têm os
mesmos direitos dos casais heterossexuais. Segundo o celebrante do
casamento, juiz André Gêda, também coordenador da Justiça Itinerante, a
ação significa gestação de direitos.
“É um marco para o estado. É orientação da presidência chegar
cada vez mais perto da jurisdicionado, da população. Com esse evento, a
gente legaliza essas uniões homoafetivas. Todos, independente da
orientação sexual, têm o direito de constituir um núcleo familiar. Na
prática, a ação significa cidadania, geração de direitos, legalização de
um relacionamento composto de amor, de amizade, de afetividade”,
afirmou o magistrado.
César Vitor Carnaúba, de 12 anos, prestigiou a união da mãe,
Marcela Carnaúba, com a companheira dela, Luciany Christianny. Para ele,
o importante é a mãe estar muito feliz. “Eu me sinto muito feliz em
saber que ela está com a pessoa que ela ama, que está se sentindo bem. O
casamento com a sua companheira era o grande sonho dela. Acho muito bom
ter duas mães que me respeitam e gostam muito de mim”, afirmou.
O presidente do Grupo Gay de Alagoas, Nildo Correia, destacou o
apoio do Poder Judiciário de Alagoas e também reforçou os benefícios da
união entre pessoas do mesmo sexo,
“Não é só a simbologia do casamento, mas os direitos que este
papel lhe traz. Abre uma brecha na jurisprudência para adoção, pensão no
caso de separação, partilha de bens, ter direito no caso de falecimento.
Anteriormente, famílias ficavam com bens construídos pelos dois, mas a
outra parte ficava sem direito. É a junção de renda para a compra de
imóveis. São direitos que, até 2011, só casais heterossexuais tinham”.
O projeto já viabilizou mais de 3 mil casamentos no Estado,
somente este ano. As comunidades interessadas podem solicitar e agendar a
presença da Justiça Itinerante para a realização de casamentos
coletivos por meio de associações, igrejas ou instituições públicas. Os
custos cartorários são de responsabilidade das instituições
solicitantes. Mais informações pelo telefone: (82) 4009-3162.
De acordo com o magistrado, a realização de casamentos
homoafetivos é muito importante para a disseminação da igualdade na
sociedade. “Devemos preservar a igualdade entre todos. Qualquer ser
humano tem o direito de formar sua família, independente da sua
orientação sexual”, afirmou.
Fonte: Robertta Farias – Dicom/TJ
Fé, tradição e cultura
Nessa terça-feira, 08 de dezembro, é o Dia de Nossa Senhora da Imaculada da Conceição em todo o Brasil e no sincretismo religioso Dia de Iemanjá em Alagoas.
Com a aprovação da Lei Estadual nº 7.384, de 12 de julho de 2012, foi instituído no calendário oficial o Dia de Resistência da Religiosidade Afro Brasileira – Dia de Iemanjá. Porém, apesar do pedido de perdão governamental ao Quebra de Xangô de 1912 – episódio nefasto de violência e intolerância, com vários terreiros invadidos e depredados, onde muitos religiosos(as) tiveram que fugir e esconder sua fé; o preconceito e o desejo de abafar os tambores continuam eminentes.
Na semana passada, foi preciso a intervenção do Ministério Público Estadual e projeção na mídia alagoana, para dar visibilidade ao impasse quanto a utilização de uma praça que envolvia dois eventos: a Festa das Águas (religiosos de matrizes africanas) e o Show Maceió de Joelhos (grupo evangélico). Foi preciso, a realização de um ato público no Fórum Estadual para mostrar à sociedade que não era apenas uma briga por espaço, e sim, a reivindicação pelo direto constitucional à liberdade de culto e o respeito às manifestações afroculturais que ocorrem há décadas.
A ação contou com o apoio do Padre Manoel Henrique, e ainda, da Aliança de Batistas do Brasil representada pela Igreja Batista do Pinheiro e sua Pastoral da Negritude, que emitiu nota pública sobre episódio no MPE: “(...) Não concordamos é que a oração se transforme em desculpa para a prática da intolerância, querendo por este pretexto ocupar o espaço tradicional de outras religiões. Desta forma manifestamo-nos a favor de uma postura de paz, justiça, amor, graça e entendimento, que produza o testemunho de evangelho de Jesus de Nazaré que preza pela harmonia em detrimento do espírito de beligerância”.
Após várias audiências, o impasse foi solucionado, e durante toda essa terça-feira(08.12), caravanas de religiosos de matrizes africanas de casas de axé de várias nações, prestarão suas homenagens com oferendas à Iemanjá, cânticos e danças. Na Praça Multieventos localizada na Praia de Pajuçara em Maceió, a programação cultural iniciará às 10h, com uma grande roda de capoeira do Grupo Muzenza, organizada pelo Contra Mestre Carlinhos Muzenza e o Mestre Girafa.
A partir das 14h, em frente ao Grupo União Espírita Santa Bárbara (GUESB) – Rua São Pedro, nº10, Village Campestre 2 – terá a concentração para a carreata em alusão ao combate da intolerância religiosa, que percorrerá as principais ruas da capital alagoana e o destino final será na Praça Multieventos.
Durante todo o dia, representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL) e do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CONEPIR-AL) estarão com uma tenda montada na praça, para repassar orientações e recolher denúncias referentes ao crime de racismo e intolerância religiosa. E ainda, terá a coleta de assinaturas para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) transforme a Festa de Iemanjá em patrimônio imaterial em Alagoas.
O dia 08 de dezembro não é uma data qualquer, é mais um dia reflexão e valorização do pertencimento étnico. E a luta por respeito continua!
Festa das Águas
Hoje, a partir das 13h, na Praça Multieventos em Maceió, terá a oitava edição do evento Festa das Águas. Terá a apresentação da banda Afro Zumbi, Civilização Negra (Escola de Samba Girassol), Orquestra de Tambores de Alagoas, Afoxé Odô Iyá (Casa de Iemanjá), Coletivo AfroCaeté, Afro Afoxé, Rogério Dyas e a Trincheira, Segura o Coco, Afoxé Ofaomin (Ilê Axé Ofaomin), Afoxé Oju Omin Omorewá, Maracatu Raízes da Tradição (Abassá de Angola de Oyá Igbalé), Grupo Maracatodos, Ara Funfun Omanjerê (Inaê/Grupo União Espírita Santa Bárbara), Afoxé Povo de Exu (Ilê Axé Legionirê Nito Xoroquê) e Roda de Samba coordenado pelos religiosos de matriz africana. Esse é um momento de celebração, integração e fortalecimento da cultura afroalagoana. Prestigie!
Iemanjá
Odoyá! Iemanjá é a divindade nas religiões Candomblé e Umbanda, popularmente conhecida, é tida como a mãe de quase todos os orixás: ancestrais divinizados africanos que correspondem a pontos de força da natureza e os seus arquétipos. Iemanjá é o orixá das águas doces e salgadas, regente absoluta dos lares, além de ser a protetora dos pescadores e jangadeiros. No Brasil, recebe diferentes nomes: Dandalunda, Inaê, Ísis, Janaína, Marabô, Maria, Mucunã, Princesa de Aiocá, Princesa do Mar, Rainha do Mar, Sereia do Mar, etc. E no sincretismo religioso, corresponde à Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria. Independente de qual seja a sua crença, respeite!
Fonte: Coluna Axé – 370ª edição – Jornal Tribuna Independente (08 a 14/12/15) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
Na semana passada, foi preciso a intervenção do Ministério Público Estadual e projeção na mídia alagoana, para dar visibilidade ao impasse quanto a utilização de uma praça que envolvia dois eventos: a Festa das Águas (religiosos de matrizes africanas) e o Show Maceió de Joelhos (grupo evangélico). Foi preciso, a realização de um ato público no Fórum Estadual para mostrar à sociedade que não era apenas uma briga por espaço, e sim, a reivindicação pelo direto constitucional à liberdade de culto e o respeito às manifestações afroculturais que ocorrem há décadas.
A ação contou com o apoio do Padre Manoel Henrique, e ainda, da Aliança de Batistas do Brasil representada pela Igreja Batista do Pinheiro e sua Pastoral da Negritude, que emitiu nota pública sobre episódio no MPE: “(...) Não concordamos é que a oração se transforme em desculpa para a prática da intolerância, querendo por este pretexto ocupar o espaço tradicional de outras religiões. Desta forma manifestamo-nos a favor de uma postura de paz, justiça, amor, graça e entendimento, que produza o testemunho de evangelho de Jesus de Nazaré que preza pela harmonia em detrimento do espírito de beligerância”.
Após várias audiências, o impasse foi solucionado, e durante toda essa terça-feira(08.12), caravanas de religiosos de matrizes africanas de casas de axé de várias nações, prestarão suas homenagens com oferendas à Iemanjá, cânticos e danças. Na Praça Multieventos localizada na Praia de Pajuçara em Maceió, a programação cultural iniciará às 10h, com uma grande roda de capoeira do Grupo Muzenza, organizada pelo Contra Mestre Carlinhos Muzenza e o Mestre Girafa.
A partir das 14h, em frente ao Grupo União Espírita Santa Bárbara (GUESB) – Rua São Pedro, nº10, Village Campestre 2 – terá a concentração para a carreata em alusão ao combate da intolerância religiosa, que percorrerá as principais ruas da capital alagoana e o destino final será na Praça Multieventos.
Durante todo o dia, representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL) e do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CONEPIR-AL) estarão com uma tenda montada na praça, para repassar orientações e recolher denúncias referentes ao crime de racismo e intolerância religiosa. E ainda, terá a coleta de assinaturas para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) transforme a Festa de Iemanjá em patrimônio imaterial em Alagoas.
O dia 08 de dezembro não é uma data qualquer, é mais um dia reflexão e valorização do pertencimento étnico. E a luta por respeito continua!
Festa das Águas
Hoje, a partir das 13h, na Praça Multieventos em Maceió, terá a oitava edição do evento Festa das Águas. Terá a apresentação da banda Afro Zumbi, Civilização Negra (Escola de Samba Girassol), Orquestra de Tambores de Alagoas, Afoxé Odô Iyá (Casa de Iemanjá), Coletivo AfroCaeté, Afro Afoxé, Rogério Dyas e a Trincheira, Segura o Coco, Afoxé Ofaomin (Ilê Axé Ofaomin), Afoxé Oju Omin Omorewá, Maracatu Raízes da Tradição (Abassá de Angola de Oyá Igbalé), Grupo Maracatodos, Ara Funfun Omanjerê (Inaê/Grupo União Espírita Santa Bárbara), Afoxé Povo de Exu (Ilê Axé Legionirê Nito Xoroquê) e Roda de Samba coordenado pelos religiosos de matriz africana. Esse é um momento de celebração, integração e fortalecimento da cultura afroalagoana. Prestigie!
Iemanjá
Odoyá! Iemanjá é a divindade nas religiões Candomblé e Umbanda, popularmente conhecida, é tida como a mãe de quase todos os orixás: ancestrais divinizados africanos que correspondem a pontos de força da natureza e os seus arquétipos. Iemanjá é o orixá das águas doces e salgadas, regente absoluta dos lares, além de ser a protetora dos pescadores e jangadeiros. No Brasil, recebe diferentes nomes: Dandalunda, Inaê, Ísis, Janaína, Marabô, Maria, Mucunã, Princesa de Aiocá, Princesa do Mar, Rainha do Mar, Sereia do Mar, etc. E no sincretismo religioso, corresponde à Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria. Independente de qual seja a sua crença, respeite!
Fonte: Coluna Axé – 370ª edição – Jornal Tribuna Independente (08 a 14/12/15) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
domingo, 6 de dezembro de 2015
sábado, 5 de dezembro de 2015
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
4ª edição do Encrespa Geral em Maceió
Domingo(06.12), das 9h às 15h, a Praça Centenário será o palco da 4ª edição do Encrespa Geral em Maceió.
O evento é uma realização de um instituto nacional, que busca valorizar o uso do cabelo natural (cabelo crespo, cacheado, ondulado) como forma de autoconhecimento e reencontro das raízes, independente da idade, cor de pele, etnia ou tipo de textura capilar.
O cabelo não deve ser associado apenas à estética, também é pertencimento étnico e autoestima. Na ocasião, terá o debate sobre Cabelos e Identidade conduzido pela assessora dos cachos Tamires Melo. O espaço também será destinado para exposição e comercialização de produtos.
O Encrespa Geral tem reunido adeptos de várias idades e classes sociais, em várias partes do mundo. No Brasil, os encontros são realizados nas cidades de Belo Horizonte(MG), Brasília(DF), Campo Grande(MS), Curitiba(PR), Feira de Santana(BA), Fortaleza(CE), Ipatinga(MG), Joinville(SC), Juiz de Fora(MG), Juazeiro(BA), Macapá(AP), Manaus(AM) Natal(RN), Porto Alegre(RS), Recife(PE), Rio de Janeiro(RJ), Salvador(BA) e São Paulo(SP). No exterior, o Instituto chegou em Angola, Irlanda, Inglaterra, Itália, Austrália e Estados Unidos.
O objetivo é combater preconceitos e os padrões de beleza constantemente difundidos pela mídia. Vamos encrespar!
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Correios promove Fórum de Direitos Humanos em Alagoas
Durante toda a tarde desta quarta-feira (02.12), os Correios promoverão a terceira edição do Fórum de Direitos
Humanos e Igualdade de Gênero e Raça em Alagoas. O evento, aberto ao
público, será realizado no Auditório da Casa da Indústria, no bairro do
Farol, a partir das 13h30. O tema deste ano é: Mulheres Negras –
Direitos Humanos e Empoderamento.
Em 2011, os Correios aderiram ao Programa Pró-Equidade nas Empresas
Públicas, que busca a promoção da igualdade de gênero e raça no local de
trabalho e na sociedade, bem como a inclusão social responsável no
ambiente organizacional. No cerne desta ação, estão inseridos todas as
atividades e discussões relacionados às temáticas dos direitos humanos,
sobretudo no que se refere às garantias dos idosos, das pessoas com
deficiência e às questões de gênero, raça e diversidade.
Confira abaixo a programação:
14h- Abertura Apresentação Artística – Dança Afro com Nany Moreno.
Coreógrafa, Atriz, Compositora, Musicista, Educadora Social e Coordenadora do Grupo de Dança Oju Omin Omorewa.
Coreógrafa, Atriz, Compositora, Musicista, Educadora Social e Coordenadora do Grupo de Dança Oju Omin Omorewa.
14h30 - Palestra com a assistente social Lindonaria Lopes .
Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba, pós- graduada em Planejamento de Gestão de Projetos Sociais pela Faculdade Integrada Tiradentes. Atualmente é assistente social da Educação do município de Maceió.
Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba, pós- graduada em Planejamento de Gestão de Projetos Sociais pela Faculdade Integrada Tiradentes. Atualmente é assistente social da Educação do município de Maceió.
16h00- Palestra com a assistente social Marli de Araújo Santos.
Possui graduação e mestrado em Serviço Social pela Ufal, tem experiência na área de Serviço Social com ênfase em Gênero, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação em Direitos Humanos, Gênero, Violência Doméstica, Violência Infrafamiliar. Atualmente é Professora Assistente da Ufal.
Possui graduação e mestrado em Serviço Social pela Ufal, tem experiência na área de Serviço Social com ênfase em Gênero, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação em Direitos Humanos, Gênero, Violência Doméstica, Violência Infrafamiliar. Atualmente é Professora Assistente da Ufal.
17h- Apresentação de esquete teatral: “Psicóloga”, com Marcos de Jesus.
Fonte: Ascom/Correios-AL
Respeito à religião afro
O dia 08 de dezembro em Maceió é um dia de luta e reflexão. Caravanas de religiosos de matrizes africanas de várias casas de axé homenageiam e prestam oferendas à Iemanjá, a grande mãe e senhora das águas. Iemanjá é um nome derivado de três outras palavras do dialeto africano iorubá: yèyé (mãe), omo (filha) e ejá (peixe). É o orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, é a matriarca do panteão afro sagrado.
A data também é estratégica para promover a reflexão da sociedade sobre o direto constitucional pela liberdade de culto, o combate à intolerância religiosa e a luta pelo respeito às manifestações afroculturais.
Nessa data, terá uma carreata pelas principais ruas da capital alagoana. A concentração será às 14h, em frente ao Grupo União Espírita Santa Bárbara (GUESB) – Rua São Pedro, nº10, Village Campestre 2 – com destino final na Praça Multieventos. Os interessados em participar ou obter mais informações sobre a carreata, entrar em contato pelo número (82) 99627-5966.
Na praça localizada na praia da Pajuçara em Maceió, a partir das 13h, terá a Festa das Águas. A programação que valoriza a história e cultura afroalagoana terá a apresentação com a banda afro Zumbi, Civilização Negra (Escola de Samba Girassol), Orquestra de Tambores de Alagoas, Afoxé Odô Iyá (Casa de Iemanjá), Coletivo AfroCaeté, Xirê - Ilê Axé Legionirê Nito Xoroquê, Afro Afoxé, Rogério Dyas e a Trincheira, Segura o Coco, Afoxé Ofaomin (Ilê Axé Ofaomin), Afoxé Oju Omin Omorewá, Maracatu Raízes da Tradição (Abassá de Angola de Oyá Igbalé), Maracatodos, Ara Funfun/ Inaê (Grupo União Espírita Santa Bárbara), Afoxé Povo de Exu (Ilê Axé Legionirê Nito Xoroquê), e uma grande Roda de Samba coordenado pelos religiosos de matriz africana.
Esse é um momento de celebração, em respeito à ancestralidade e onde deve ser propagado a paz! Axé!
Fonte: Coluna Axé – 369ª edição – Jornal Tribuna Independente (01 a 07/12/15) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
A data também é estratégica para promover a reflexão da sociedade sobre o direto constitucional pela liberdade de culto, o combate à intolerância religiosa e a luta pelo respeito às manifestações afroculturais.
Nessa data, terá uma carreata pelas principais ruas da capital alagoana. A concentração será às 14h, em frente ao Grupo União Espírita Santa Bárbara (GUESB) – Rua São Pedro, nº10, Village Campestre 2 – com destino final na Praça Multieventos. Os interessados em participar ou obter mais informações sobre a carreata, entrar em contato pelo número (82) 99627-5966.
Na praça localizada na praia da Pajuçara em Maceió, a partir das 13h, terá a Festa das Águas. A programação que valoriza a história e cultura afroalagoana terá a apresentação com a banda afro Zumbi, Civilização Negra (Escola de Samba Girassol), Orquestra de Tambores de Alagoas, Afoxé Odô Iyá (Casa de Iemanjá), Coletivo AfroCaeté, Xirê - Ilê Axé Legionirê Nito Xoroquê, Afro Afoxé, Rogério Dyas e a Trincheira, Segura o Coco, Afoxé Ofaomin (Ilê Axé Ofaomin), Afoxé Oju Omin Omorewá, Maracatu Raízes da Tradição (Abassá de Angola de Oyá Igbalé), Maracatodos, Ara Funfun/ Inaê (Grupo União Espírita Santa Bárbara), Afoxé Povo de Exu (Ilê Axé Legionirê Nito Xoroquê), e uma grande Roda de Samba coordenado pelos religiosos de matriz africana.
Esse é um momento de celebração, em respeito à ancestralidade e onde deve ser propagado a paz! Axé!
Fonte: Coluna Axé – 369ª edição – Jornal Tribuna Independente (01 a 07/12/15) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
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