O dia 05 de dezembro de 2013, entrou para a história, o mundo em luto com a morte de Nelson Mandela. A notícia foi transmitida pelo presidente sul-africano, Jacob Zuma, que disse: "Meus amigos sul-africanos, nosso amado Nelson Rolihlahla Mandela, o presidente fundador da nossa nação democrática, foi embora(...) Ele está descansando. Ele está em paz. Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu um pai. Apesar de sabermos que esse dia chegaria, nada pode diminuir nosso sentimento de profunda perda”.
Jornais e sites de várias partes do planeta reproduziram a notícia, e logo, a comoção tomou conta das redes sociais; personalidades e organizações divulgaram suas opiniões/sentimentos através de discursos e notas públicas.
Nos últimos meses, a saúde de Mandela estava muito abalada em decorrência da infecção pulmonar, ele pouco ou nada dizia, e seguia as pessoas com o olhar. A família pretende realizar no dia 15 de dezembro um funeral mais íntimo, porém, a tradição africana determina o não impedimento de quem quer que seja de participar.
Ao longo desses dias, centenas de pessoas farão suas orações e homenagens dos mais diversos estilos. Cerca de 90 chefes de Estado e líderes mundiais também confirmaram presença no ato religioso oficial em memória de Mandela, que acontece hoje(10.13) no FNB Stadium (antes conhecido como Soccer City) para enaltecer a importância histórica na luta por justiça social, na garantia dos direitos humanos e no combate do racismo. Após essa cerimônia, o caixão de Mandela desfilará pelas ruas de Pretória de 11 a 13 de dezembro.
O nosso respeito e gratidão, que sua luta sirva de modelo por várias gerações. Axé!
Vá em paz!
Nascido em 18 de julho de 1918 no vilarejo de Mvezo, em uma nobreza tribal, Mandela foi o primeiro de sua família a concluir a educação formal e tornou-se advogado. Comandou a transição democrática na África do Sul e foi eleito o 1º presidente negro do país. Também se engajou no combate da Aids e conquistou o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Ele foi um líder revolucionário, lutou contra oregime segregacionista Apartheid, que vigorou por 44 anos na África do Sul, diferenciando os direitos e serviços públicos entre as quatro nações da população: brancos, negros, mestiços e indianos. Foi um homem simples e guerreiro, que lutou por paz e igualdade.
Fique sabendo
Outra curiosidade de Mandela é quanto às denominações que recebeu: Rolihlahla na língua Xhosa significa “pulando do galho de uma árvore”, “causador de problemas”, ou ainda “pestinha”. O nome Nelson ganhou da professora no primeiro dia de aula, isso era um costume já que os colonos britânicos não conseguiam pronunciar os nomes africanos. Aos 16 anos, Mandela passou pelo tradicional ritual Xhosa de iniciação na vida adulta e passou a ser chamado Dalibhuga que significa “criador ou fundador de um conselho (Corte)” ou “responsável por manter o diálogo”. Ele também é chamado por muitos sul-africanos simplesmente de “Tata” (pai); “Khulu” que é a abreviação de uBawomkhulu, que significa “avô”, ou ainda, “bom, supremo, grande”; e ainda, tem “Mandiba” o nome do seu clã que é muito mais importante do que o sobrenome, pois se refere ao ancestral da pessoa. No caso de Mandela, é o nome do chefe da tribo Thembu que governou a região de Transkei, no sudeste do país, no século XVIII. Chamar alguém pelo nome do clã é considerado uma atitude de respeito.
Fonte: Coluna Axé - 277ª edição – Jornal Tribuna Independente (10 a 16/12/2013)
Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
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