sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Cojira e movimento negro querem audiência com Teotônio Vilela

Por: Valdice Gomes
(Jornalista; integrante da Cojira-AL e do Anajô; Vice-Presidente do Sindjornal)


A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira), ligada ao Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal), junto com diversas entidades do Movimento Negro alagoano vai solicitar uma audiência com o governador Teotônio Vilela Filho, para entregar uma pauta de reivindicações visando a formulação de políticas públicas para a promoção da igualdade racial no conjunto das ações do governo, considerando os índices de desigualdades, preconceitos e racismo que atingem a população afro-alagoana.

O pedido da audiência está sendo articulado pela Gerência Afro-quilombola da Secretaria de Estado da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, com apoio da Gerência Étnico-Racial da Secretaria de Educação. Entre os itens da pauta está a criação de uma Secretaria de Promoção da Igualdade Social, por entenderem que uma gerência na estrutura da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos é impossível de atender a demanda da população negra do Estado.


A necessidade de promover a abertura de um canal de diálogo do movimento negro com o governo do Estado foi uma das principais queixas de lideranças negras durante a reunião convocada para discutir a organização da etapa estadual preparatória para Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conappir), na semana passada convocada pela Gerência Afro-quilombola. Na segunda reunião, realizada ontem, dia 30, foi definida a pauta de reivindicações a ser entregue ao governo.

As entidades cobram uma maior atenção por parte do governo Teotonio Vilela para os assuntos relativos aos interesses da população negra e lembram a importância singular dos mais de 20 anos de história e luta do movimento negro na construção identidária, história e cultura do povo afro-alagoano.

Apesar de reconhecerem que o governo do Estado vem desenvolvendo ações para as comunidades quilombolas, as lideranças presentes ao encontro consideram ainda muito pouco, tendo em vista que os remanescentes de quilombos não representam o montante da população negra existente em Alagoas.

Participaram da reunião, a gerente de Educação étnico-Racial da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, Arísia Barros; os representantes do Fórum de Entidades Negras de Alagoas, Sirlene Gomes e Amaurício de Jesus, e da Associação dos Grupos Culturais de Entidades Negras de União dos Palmares, Djalma Roseno e Luís Fernando Nascimento; o diretor-técnico da Federação Alagoana de Capoeira, mestre Cláudio Leite, Noelma Sandra, da União de Negros Pela Igualdade (Unegro) e Helcias Pereira, Diretor de Cultura do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô.

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