Texto: Helciane Angélica - com informações de agências nacionais
Foto: Tony Gentile/Reuters
Desde a sua posse em abril, na condição de Ministra de Integração, é alvo de agressões verbais e até de ameaças de morte devido à cor da pele e por ser defensora da entrega da nacionalidade imediata às crianças nascidas na Itália que sejam filhas de imigrantes; também quer tornar mais acessível aos estrangeiros a entrada no mercado de trabalho; e luta contra a violência de gênero, racista, homofóbica e de qualquer outra natureza.
Ela já ouviu termos como “zulu”, “negra anti-italiana” ou “macaca congolesa”, porém, tem dado apenas uma resposta: “Não sou de cor, sou negra e digo-o com orgulho”.
No sábado (13.07) durante uma reunião de seu partido, o senador Roberto Calderoli, conhecido por suas declarações polêmicas, mencionou sobre Cecile Kyenge: "faz bem de ser ministra, mas deveria o ser em seu país (...) Eu me consolo quando navego na internet e vejo as fotos do governo. Adoro animais (...), mas quando vejo imagens de Kyenge, não posso deixar de pensar em suas semelhanças com um orangotango, mesmo que eu não diga que ela seja um deles".
O comentário pejorativo, com motivação racista e xenófoba, ganhou repercussão internacional e comentários nas redes sociais, assim como, o repúdio de autoridades políticas: o chefe de Governo, Enrico Letta, prestou sua solidariedade e reagiu: "as palavras que apareceram hoje na imprensa e atribuídas ao senador Calderoli sobre Cecile Kyenge são inaceitáveis e ultrapassam qualquer limite"; já o presidente do Senado, Pietro Grasso, exigiu desculpas formais de Calderoli.
Enfim, casos como esses acontecem constantemente e precisam ser punidos. Racismo é crime!
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