Mulheres negras são as mais afetadas pela mortalidade materna, alerta secretária da Seppir |
No dia em que se celebra o Dia Nacional de Luta contra a Mortalidade
Materna, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), por meio da Comissão
Intersetorial de Saúde da Mulher (CISMU), iniciou seminário sobre
oenfrentamento da morte materna na política e atenção integral à saúde
da mulher. “Estamos reunidas, mulheres do movimento feminista,
indígenas, negras, mulheres da periferia, da área rural, para debatermos
o tema e apontar ações que contribuam no sentindo de diminuir o índice
da mortalidade materna no Brasil”, resumiu a conselheira nacional e
coordenadora da CISMU, Maria do Espírito Santo Tavares.
O
presidente do CNS, ministro Alexandre Padilha, destacou que o seminário
tem como principal objeto reafirmar as convicções e analisar de forma
detalhada o cenário atual da mortalidade para que o índice de mortes
possa efetivamente diminuir cada vez mais. “Não vamos desistir de
alcançar a meta do milênio de reduzir a mortalidade materna até 2015.
Hoje as regiões Norte e Sudeste representam 60% dos casos de morte
materna; temos que atuar nessas cidades. Cada um de nós, movimentos,
academia, gestão, conselheiros, podemos dar algo a mais para ajudar as
mulheres que não precisam morrer”, salientou.
A integração entre a
política de saúde da mulher, as ações e os programas do Ministério foi
apontada como o principal desafio para a redução da mortalidade materna
no País, pela ministra da Secretaria Especial de Política para as
Mulheres, Eleonora Menicucci.“Não se pode de nenhuma maneira fazer a
fragmentação da Política de Saúde da Mulher. O programa Rede Cegonha,
por exemplo, tem que ser integral dentro da Política; caso não seja
dessa forma não será possível alcançar a meta. E assim tem que ser com
todos os pontos da Política: uma realidade de transversalidade”,
ressaltou.
A secretária de Políticas Afirmativas, da Secretária de
Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Seppir), Angela Nascimento,
chamou a atenção em sua fala para os dados que demonstram que atualmente
as mulheres negras são as mais afetadas pela mortalidade materna.
Segundo ela, a maioria dessas mortes está associada a outros fatores de
saúde, como a hipertensão.“É necessário, entre outros aspectos, melhorar
o acesso, a atenção básica e o tempo de consulta e tratamento dado a
essas mulheres. O Brasil possui o principal instrumento para fazer com
que a condição de saúde das mulheres seja melhorada, instrumento esse
chamado Sistema Único de Saúde”, disse.
Participaram também da
solenidade de abertura representante da Organização Pan-americana de
Saúde no Brasil, Joaquim Molina, e representante do Fundo de População
das Nações Unidas no Brasil (UNFPA), Harold Robinson.
O Seminário
“O Enfrentamento da Morte Materna na Política e Atenção Integral à Saúde
da Mulher”, terminou ontem, terça-feira (29).
Fonte: Assessoria de Comunicação do Conselho Nacional de Saúde
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