domingo, 13 de maio de 2012
Em nome do 13 de maio: O racismo é um camaleão poliglota!
O racismo é um sujeito obeso que não se contenta com miudezas. Perpetra o esmagamento das liberdades individuais e esfacelamento das memórias coletivas.
O racismo é hierárquico e hoje se retroalimenta dos códigos determinantes normas, condutas e comportamentos sociais que simplificam ou enfatizam o apartheid dos ditos “diferentes”, em especial a população de pele parda ou preta, no país, ainda dominado pela criação do factóide da democracia racial
As insuficiências sociais orquestradas pelo estado abrem brechas para que em um camaleônico processo às intolerâncias que esmagam,ofendem e humilham tantos e muitos se naturalizem nos discursos recheados de desfaçatez: “não era bem isso que eu queria dizer”.
O racismo embriaga-se do poder bélico das palavras ásperas, desagregadoras, inchadas com a ânsia voraz de fossilizar direitos fundamentais à vida, a identidade, a memória e a história.
Um dos principais aliados do racismo é a inércia sócio-política ovulando com uma renitente e resistente burocracia social.
O racismo no Brasil é uma tragédia coletiva e o genocídio de tantos e muitos jovens negros se transforma em higienização social. Quanto mais preto morto, mais branco fica o país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.
A favela negra e pobre é nosso contemporâneo navio negreiro. Populações periféricas e escravizadas.
Uma crua reinterpretação dessas terras “descobertas” por Pedro Álvares Cabral, o fidalgo, comandante militar, navegador e explorador português.
Estigmatização?
Massificação?
O racismo é um camaleão poliglota recompõe-se facilmente, reinventa-se continuadamente, transformado a nossa magnânima história em uma reles geografia de violência.
Múltiplas violências!
Nestes 13 de maio, 124 anos após a tal da Abolição da Escravatura quais são as políticas sacramentadas de curto, médio e longo prazo para o enfrentamento ao racismo no Brasil?
Eis a questão!
Fonte: Blog Raízes de África - Arísia Barros
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