quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Machado de Assis

O escritor Joaquim Maria de Machado de Assis (1839-1908), filho de uma lavadeira com um operário e neto de escravos alforriados, é um dos mais importantes nomes da literatura brasileira. Era um apaixonado pela cidade natal, o Rio de Janeiro, na época a capital do Império e o cenário escolhido para as suas obras: “Eu sou um peco fruto da capital, onde nasci, vivo e creio que hei de morrer, não indo ao interior senão por acaso e de relâmpago”, afirmou um dia.

O mulato que nasceu no morro, era gago e epiléptico, e mesmo com as adversidades transformou-se em um dos maiores escritores afro-descendentes do mundo. Machado de Assis foi caixeiro de livraria, tipógrafo, revisor, jornalista, cronista, poeta, teatrólogo, funcionário público, membro-fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.

Transitou em vários gêneros, destacando-se: “Crisálidas” (1864), a primeira obra, com poesias; os romances, “Ressurreição” (1872), ”A mão e a luva” (1874), “Helena” (1876), “Memórias póstumas de Brás Cubas” (1881), “Quincas Borba” (1891), “Dom Casmurro” (1899), “Esaú e Jacó” (1904), “Memorial de Aires” (1908); contos – “Contos Fluminenses” (1870), “Histórias sem data” (1884); teatro - “Tu, só tu, puro amor” (1881); obras póstumas - “Crítica” (1910), “Páginas escolhidas” (1921); dentre outros clássicos.

Estamos no Ano Nacional Machado de Assis, pois é o ano do centenário da sua morte, o escritor também foi escolhido como o tema central de celebração na 14ª edição da Ordem do Mérito Cultural, solenidade realizada, tradicionalmente, em novembro por ocasião do Dia Nacional da Cultura. Uma justa homenagem para esse gênio da literatura, um crítico que ajudou a contar a história do Brasil por meio da arte escrita e que ainda contribui para a formação de muitos jovens.


Texto publicado na Coluna Axé (produção da Cojira-AL) no jornal Tribuna Independente em 30/09/08.

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