da Folha de S.Paulo, em Brasília
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Após cotas, número de negros na UnB é cinco vezes maior
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Michael Jackson não estará na volta do Jackson 5, diz porta-voz


quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Igbonan Rocha é atração deste sábado
Mobilização: OAB-AL e segmentos afros
8ª edição confirma o sucesso do Mirante Cultural
O projeto que envolve educação e arte, acontece toda a última sexta-feira do mês, e busca impulsionar os artistas locais, trabalhar a geração de renda e valorizar a cultura afro-alagoana.
Já se apresentaram mais de 35 grupos no Mirante Cultural, temos uma média de público de 300 pessoas entre componentes dos grupos, integrantes do Quilombo e a comunidade. O Mirante Cultural vem se consolidando ao longo de suas edições como um espaço de disseminação e integração da cultura popular e afro.
O Grupo Quilombo vem lutando pela requalificação do Mirante Kátia Assunção com o objetivo de transformá-lo em um espaço de fomentação de cultura e lazer. Dentro dessa requalificação visa trabalhar também a mudança do nome de mirante Kátia Assunção para um ícone da luta quilombola, homenageando assim, um símbolo da resistência negra.
Nessa 8ª Edição do MIRANTE CULTURAL, teremos as seguintes atrações:
· NÚCLEO DE TEATRO DO OPRIMIDO DO SINPREV-AL COM A PERFOMANCE “TODA · FORMA DE AMOR VALE AMAR”
· NÚCLEO DE CAPOEIRA
· QUINTAL CULTURAL COM POESIA MUSICADA NO PANDEIRO
Instituições parceiras do Quilombo:
· Associação Comunitária Cultural e Esportiva Juventude;
· Grupo Dandara;
· Núcleos de Capoeira;
· Bumba-Meu-Boi Excalibur;
· Escola de Samba Arco-Iris
· Grupo de Teatro Máscara Sobre Máscara;
Contatos:
Denivan Costa: 8858-6771 / denisangola@gmail.com
Sirlene Gomes: 9143-5442 / sirlenemyo@hotmail.com
Viviane Rodrigues: 8843-9311/3033-2093 / vi_magnifica@hotmail.com vivianee.mail@bol.com.br
Fonte: Assessoria
terça-feira, 28 de outubro de 2008
‘"Sou um cantor nota 10", brinca Lázaro Ramos sobre o seriado ‘Ó paí, ó’

Bando de Teatro Olodum
“O Brasil vai ter a oportunidade de conhecer um pouco mais do Bando, que é maravilhoso. Até hoje me considero parte desse grupo. E o importante é que o Brasil vai poder conhecer outros teatros além do Rio e de São Paulo. Foi uma porta que foi aberta”, defende Lázaro.
Elenco e direção conferem no escurinho do cinema o primeiro episódio do seriado (Foto: Cláudia Loureiro/ G1)
Matheus Nachtergaele no elenco
Também de forma descontraída, Matheus Nachtergaele, premiado recentemente no Festival do Rio com o prêmio de melhor diretor pelo filme “A festa da menina morta”, fala com modéstia sobre sua atuação na série. “Sempre acho que estou entrando (em cena) cada vez pior”, fala aos risos.
Saiba quem é quem na minissérie
Polícia prende jovens que ameaçaram matar Obama
Fonte: UOL Notícias
Tese de Mestrado é defendida no Sindjornal
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Anemia Falciforme: Dia Nacional de Luta

A anemia falciforme é uma doença hereditária, originária da África e trazida para as Américas na imigração forçada dos negros escravizados, hoje, é encontrada na Europa, Oriente Médio e regiões da Índia. Provoca a deformação das hemácias (glóbulos vermelhos, células ricas em hemoglobina, que dá a cor vermelha ao sangue e tem a função de transportar o oxigênio dos pulmões aos tecidos); com o formato mutante, semelhante a uma meia lua ou foice tem dificuldade de se locomover nos vasos sanguíneos e possui vida útil limitada.
Os encantos da africanidade
À tarde, os estudantes africanos ocuparam a cozinha do Restaurante Universitário para preparar os pratos típicos como: catchúpa, pastel de milho, caldo de mancara, cafriela, galinha no amendoim e mofete. Todos os visitantes puderam conferir de perto e degustar a variedade da gastronomia do continente africano.


Artigo: A África que a gente não vê na TV



Até os livros trazem consigo a marca desse preconceito, abordando apenas a África "animalesca" e dedicando pouco espaço para falar de sua cultura e é fato que os africanos nos trouxeram inúmeras contribuições.
No sangue brasileiro que é negro, na capoeira, nas comidas típicas e até em nosso vocabulário o espírito afro mantém-se vivo, apesar de matarem, pouco a pouco suas origens. Essa questão tem sido

Com os olhos tão vivos e a pele pintada de luz, homens e mulheres africanos que vieram estudar no Brasil através do Programa de Estudante – Convênio de Graduação (PEC-G), que é uma cooperação entre os países de língua portuguesa, mostram sua graça e beleza, reafirmando sua identidade.
Ensinam os passos do Zouk e do Funaná, empolgando uma multidão, que será responsável pelo início da mudança na forma de "pensar África". De

Existe sim, pobreza até mais do que em outros lugares, mas não tão intensa a ponto de suprimir a vida que ainda é capaz de trazer esperança para as gerações futuras.

Espoliados durante séculos - antes reis e rainhas - os negros continuam sofrendo discriminação. Não é apenas uma questão de cor é algo mais implícito. Geralmente não procuramos conhecer aquilo que nos mostram através de um espelho, que reflete ideologias que pretendem continuar com a escravidão, só que ela se manifesta no pensamento.

Violência do racismo será tema da Missa pela Paz



sexta-feira, 24 de outubro de 2008
América Latina terá fórum virtual de cultura negra
Repórter da Agência Brasil
"É uma proposta de a gente ir sistematizando e disponibilizando nesse site informações sobre os estudos, as pesquisas, sobre as estatísticas nas diversas áreas [da sociedade] e disponibilizando também de forma crescente a contribuição cultural de cada segmento afrodescendente em cada país", explicou o ministro da Cultura, Juca Ferreira, que voltou hoje (19) da Colômbia, onde o encontro foi realizado.
De acordo com o ministro, a proposta foi muito bem aceita entre os representantes dos países da América Latina e do Caribe e já existe uma iniciativa para incluir países africanos nesse observatório virtual.
Na declaração conjunta assinada pelos ministros participantes, também estão previstas ações para serem desenvolvidas tanto nos países separadamente quanto em cooperação. Na agenda, constam políticas na área de educação, como o ensino da história e da contribuição dos afrodescendentes; ações para fortalecer a presença da cultura dos negros na sociedade e políticas de fomento ao aumento da produção cultural dessa parcela da população.
Um aspecto importante levantado nas discussões, segundo o ministro, é o entendimento de que "não há possibilidade de desenvolvimento cultural sem interagir com as outras dimensões, então há um estímulo de se tratar a cultura de forma integrada, transversalmente com outras políticas".
Um novo encontro deve ser realizado em Salvador (BA) em 2010. "Durante esse período nós vamos trocando experiências, eles [os outros participantes do encontro] ficaram muito interessados nas políticas brasileiras, nos resultados das políticas brasileiras", afirmou Ferreira.
Além dos ministros da Cultura e autoridades da América Latina e do Caribe, também estiveram presentes representantes de instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Sempre bela!

Atualmente, interpreta a exótica artista plástica Alícia Rosa em “A Favorita” e o jargão utilizado pela personagem já um sucesso: Adorooo!
Publicado na Coluna Axé - jornal Tribuna Independente (21.10.08)
Evolução Hip Hop ganha indicação ao Prêmio Dynamite de Música
"Foi uma surpresa porque é um programa novo, numa rádio pública, que ainda é considerada conservadora com relação a esse tipo de música", revela DJ Branco, apresentador e coordenador do programa. Para chegar aos indicados das 22 categorias que compõem o Prêmio Dynamite, a organização consultou mais de 300 formadores de opinião e produtores musicais.
O Evolução Hip Hop concorre na categoria Programa ou Emissora. "Isso é fruto de um trabalho bem feito, realizado com dedicação não apenas para a comunidade que curte o hip hop, mas para toda a cidade, já que discute temas de importância coletiva", comemora Branco. A votação popular está aberta até o próximo dia 30/10 no site: www.premiodynamite.com.br. Os resultados serão divulgados no mesmo portal no mês de novembro, quando ocorrerá a premiação, ainda sem local definido.
Comunidade no ORKUT – EVOLUÇÃO HIPHOP:
Comissão aprova oficialização de Hino à Negritude
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A proposta original prevê que o hino seja executado em todas as solenidades dirigidas à raça negra, mas, em voto em separado, a relatora, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), acolheu a sugestão dos deputados Lobbe Neto (PSDB-SP) e Ivan Valente (Psol-SP) e suprimiu essa determinação.
Não temos símbolos que enalteçam e registrem este sentimento de fraternidade entre as diversas etnias que compõem a base da população brasileira", afirma.
Em seu relatório, a deputada Fátima Bezerra esclarece que a palavra negritude foi empregada pela primeira vez em 1934, pelo poeta francês Aimée Césaire. O poeta, que nasceu na Martinica, exaltava os valores da cultura africana e combatia o colonialismo. "Alguns intelectuais negros adotaram a expressão e passaram a utilizá-la como identidade étnica, bandeira de luta, estandarte de orgulho das suas origens", acrescenta a parlamentar.
Autor: Eduardo de Oliveira (letra e música)
Hoje se ergue um soberbo perfil
É uma imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lh destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a solenidadesPara o bem de nosso país
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, horoi, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da MãeÁfrica
Arunda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heróico labor
todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São Galardões aos negros de altivez.
Brasil marca presença em encontro ibero-americano
As políticas públicas de ações afirmativas para a igualdade racial adotadas pelo governo brasileiro foram destaque no I Encontro Ibero-Americano – Agenda Afro-descendente nas Américas. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, tiveram participação ativa nos debates e mesas de discussão, nos quais predominaram a necessidade de articular a cooperação, o intercâmbio, a promoção e a divulgação da cultura afro nos países da América Latina e Caribe. Estavam presentes nove ministros de Cultura e organismos internacionais, como a Organização dos Países Ibero-Americanos (OEI), a Unesco e a Organização Internacional para as Migrações.
O evento foi considerado um marco na proposta de cooperação multilateral entre os países ibero-americanos, que elegeram a diversidade cultural como objetivo de um projeto de integração. Estima-se que, hoje, a América Latina e o Caribe concentrem uma população de 150 milhões de afro-descendentes. A diáspora africana na região representa cerca de 30% da população total. Entretanto, ainda há uma desatenção generalizada ao que representaram os vários séculos de aporte cultural material, imaterial e simbólico dos afro-descendentes na região.
Voltando do passado ao presente, coloca-se a necessidade de definir uma agenda comum entre os países, que seja capaz de construir processos de fortalecimento de identidade e integração das manifestações culturais. Para tanto, foram propostos dois grandes fóruns, com os temas Tendências Globais, Diáspora Africana e Necessidade de Inclusão e A Cultura como Base do Reencontro e Recriação de uma Agenda Global Étnica.
A ministra da Cultura da Colômbia, Paula Moreno Zapata, anfitriã do Encontro, ressaltou que “discutir a Agenda Afro-descendente nas Américas significa reconhecer os avanços que alguns movimentos sociais, acadêmicos e os governos têm obtido”. Para ela, é necessário que essa discussão, iniciada no marco de uma agenda ibero-americana, adquira a relevância de uma reivindicação histórica. Isso, de acordo com a ministra, significa pensar em uma história com futuro e que possa adquirir toda a relevância de uma reivindicação histórica.
Integração afro-latina
Segundo o ministro Juca Ferreira, a luta contra o racismo, a discriminação e a intolerância não pode ser corporativa, mas de valores, a partir de uma luta política nacional. Para ele, a luta local é também fundamental e os espaços têm de ser ocupados para gerar políticas publicas que reconheçam a diversidade cultural, “porém, o projeto de nação não pode ser ignorado e deve-se creditar ao Estado a responsabilidade por uma transformação social profunda, por meio de instrumentos eficazes, que dêem conta da dimensão da importância de lutar pela igualdade racial”.
A expressão maior desse entendimento foi a apresentação no evento do Observatório Afro-Latino, projeto que está sendo gestado pela Fundação Palmares. Ao apresentá-lo, Zulu Araújo afirmou ser esse programa o compartilhamento das idéias e das propostas que ele traz e que estará permanentemente em construção com a colaboração de todos que estão engajados na luta pelo reconhecimento da contribuição afro na construção das sociedades. “O objetivo é fazer que possamos conhecer melhor as manifestações culturais na América Latina e proporcionar a reflexão crítica, a preservação e o desenvolvimento dessas manifestações” ressaltou.
De acordo com Zulu, a cultura dos negros em diáspora tem sido o principal instrumento de resistência nas terras do além-mar e “é através da cultura que conhecemos também as dificuldades e como nos relacionamos com os outros na perspectiva da cultura enquanto dimensão da cidadania e o direito a bens e serviços públicos e a tudo aquilo que faz que sejamos cidadãos”.
O presidente da Fundação Palmares ressaltou a necessidade de os países formularem políticas públicas que levem à valorização e, sobretudo, à cidadania plena dos afro-descendentes na América Latina. Segundo ele, “o que precisamos fazer é dar conhecimento, disponibilizar a rica contribuição dos negros para a cultura. Não só seu reconhecimento, mas a inclusão plena dessas manifestações em cada um de nossos países”.
Zulu informou que o Observatório estará efetivamente disponível a partir do dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, quando será lançado oficialmente, mas “para que se transforme no espaço da troca, será necessário contar com a colaboração de todos os países e dos organismos internacionais”.
O sucesso da proposta foi tão expressivo que a Declaração de Cartagena, aprovada por unanimidade, incluiu a seguinte recomendação: “apoiar a criação e os planos de ação do Observatório Afro-Latino do Brasil como ponto focal para monitorar e coordenar os avanços dos projetos sub-regionais que decorram da presente declaração”.
A cultura foi apresentada como eixo central do desenvolvimento e elemento fundamental da identidade e do bem-estar das nações. Ponto de encontro da diáspora, a reflexão sobre o papel da cultura ocorreu sem o confronto das idéias, pois, segundo os participantes, é na riqueza das manifestações culturais que a população afro-descendente de todos os países encontra um sentimento comum de unidade e de solidariedade para a afirmação de seus valores e de seu patrimônio.
O papel do Estado
A discussão sobre o papel do Estado também relevou a posição do Brasil, citado por vários representantes de outros países como exemplo na luta pela superação do racismo e pelo respeito à diversidade cultural. Tanto o ministro Juca Ferreira quanto Zulu Araújo ressaltaram o êxito dos projetos brasileiros, como a adoção do sistema de cotas raciais nas universidades públicas brasileiras; os pontos de cultura, que são centros de produção e difusão cultural dirigidos a comunidades de periferia; a lei 10.639/2003, que instituiu o ensino de história da África e da cultura afro-brasileira nos ensinos fundamental e médio; o reconhecimento das terras dos remanescentes de quilombos; o combate à intolerância religiosa; a bolsa-família, entre outros.
O esforço foi, então, de oferecer uma valiosa oportunidade para eleger uma posição coletiva dos Estados, e particularmente dos ministérios da Cultura, acerca da indiscutível contribuição afro-descendente para a construção das sociedades pan-americanas e de seus avanços. Neste ponto, o foco foi direcionado aos Ministérios da Cultura dos países da região, tendo em vista que o reconhecimento cultural constitui um importante objetivo de desenvolvimento. A eles foi, então, recomendado o empenho na busca de soluções para o enfrentamento das desigualdades e dos conflitos.
Entre as recomendações aprovadas aos ministérios constam a realização de uma campanha de sensibilização, nos diferentes países, que promova o auto-reconhecimento dos afro-descendentes, bem como incluir a variável de pertencimento étnico, por auto-reconhecimento, nos censos populacionais. Ao que o Brasil, mais uma vez, teve papel de destaque. O presidente da FCP declarou que os afro-descendentes no Brasil atingem hoje mais de 50% da população, devido ao auto-reconhecimento, em conseqüência das políticas públicas brasileiras que tratam de valorizar a identidade de negros e negras através dos programas de inclusão social.
Dá-se, então, a comprovação do sucesso dos programas brasileiros quando foi anunciado que o Programa Regional de Apoio às Populações Afro-descendentes da América Latina (Acua) contemplou três comunidades de quilombolas no Brasil, com um aporte financeiro de 20 mil dólares, durante um período de dois anos. A Acua selecionou ao todo treze projetos, pela sua relevância em ações de sustentabilidade, desenvolvidos para a melhoria da qualidade de vida nessas comunidades. Os projetos brasileiros contemplados foram: Espaço Cultural Vovô Conceição (Aso Orisa; Roupas de Santo – confecção); Associação da Comunidade Quilombola de Cocalinho (A arte do saber, saberes e fazeres de uma comunidade quilombola – artesanato); Sociedade Beneficente de Defesa do Terreiro Sogboadã (Cabeça de Negra; Ensino da cultura dos trançados e turbantes, costumes e tradições de beleza e auto-estima).
A contribuição da mídia
Muito se discutiu, durante o evento, como os meios de comunicação podem contribuir para o acesso e a divulgação das manifestações culturais afro-descendentes e para a consolidação de uma sociedade justa e igualitária. Foi aprovada a recomendação de que sejam estimulados processos de comunicação nos diferentes meios para superar a exclusão social, por meio da produção de conteúdos próprios pelas comunidades afro-descendentes e incentivando os meios de comunicação a adotarem formas de representação apropriadas e coerentes com sua cultura e aspirações.
O ministro Juca Ferreira enfatizou as diferenças como grandes valores identitários. “Penso que na América Latina, como um todo, não se constituíram signos fortes de identificação e a comunicação não pode ser discutida fora dessas condições”. Segundo disse, no Brasil há uma grande visibilidade musical, da religiosidade, do futebol, do carnaval, do samba, mas o racismo não se manifesta por aí, e sim por diferenças sociais, pois ainda há uma impossibilidade da sociedade produzir oportunidades que superem esse quadro ainda nefasto. O ministro citou as cotas nas universidades para exemplificar como a sociedade reagiu à sua implementação, inclusive intelectuais, sob a crença de que temos democracia racial. A reação social a fatos como esse, na avaliação do ministro, pode ter efeito positivo se bem produzidos pelos meios de comunicação.
Em outra perspectiva, o ministro Juca Ferreira propôs reforçar a importância da inclusão simbólica dos negros na sociedade e criar um clima de solidariedade. Para ele, mais importante é o reconhecimento de um corpo simbólico nas sociedades de nossas nações e incorporar a contribuição que os negros deram através da sua cultura e da sua sensibilidade, de que foram capazes ultrapassando limites.
O relator especial das Nações Unidas sobre Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância, o senegalês Doudou Diene, foi um dos convidados especiais do Encontro. Para ele, essa foi uma ótima oportunidade para a dignificação da memória dos povos afro-descendentes e para encontrar alternativas que melhorem as condições de vida das comunidades.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Reunião do Fenal
Semana Africana na Ufal
Jornalista / Cojira-AL
A semana africana é uma atração a parte do congresso, estimula a integração entre a universidade e a sociedade, reúne a comunidade do continente residente no Brasil, além de contribuir para a quebra de preconceitos e exaltação da riqueza étnico-cultural.
Na programação constam: exposição de artigos africanos (bandeiras, moedas, roupas, objetos de decoração, instrumentos musicais) e banners; degustação de comidas típicas; oficinas de penteado e danças; desfile de trajes tradicionais; apresentação de clips musicais e fotos tiradas pelos estudantes; além da palestra “A nova parceria para o desenvolvimento da África” concedida pelo Embaixador de Cabo Verde, Daniel Pereira – que acontecerá na quinta-feira (23), às 16h30, no auditório da biblioteca.
As atividades se concentrarão na quadra ao lado do bloco de Educação Física, no auditório da Biblioteca Central (BC) e no Restaurante Universitário (RU). O evento conta com o apoio da Universidade, através da Pró-Reitoria de Extensão e do Restaurante Universitário, e patrocínio da Casa da Indústria, Sebrae, Ministério da Educação, Cultura e Planejamento.
Essa é uma ótima oportunidade para conhecer de perto um pouco do surpreendente continente africano. Vale a pena conferir!
Com informações da comissão organizadora.
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08h00: Abertura (quadra aberta ao lado do Bloco de Educação Física)
-banners e bandeiras dos países
-roupas típicas;
- moedas de cada país;
- penteados;
- quadros artísticos;
- instrumentos de uso doméstico (balaios, bandejas, cabaça e pilão);
- panos tradicionais;
- instrumentos musicais;
09h00: Oficinas
- tranças africanas;
- penteados típicos;
12h00: Encerramento das oficinas
12h30: Pausa para almoço
13h30: Exposição de artigos africanos
16h00: Conferência (auditório da Reitoria)
- palestrante Embaixador de Cabo Verde, o senhor Daniel Pereira
18h00: Término da conferência
20h00: Encerramento da Exposição
08h30: Exposição de artigos africanos
09h30: Oficina de danças tradicionais africanas
- funana;
- kizomba,
- esquema;
- dekalé;
12h00: Encerramento da oficina de danças e exposição de artigos africanos
12h30: Almoço
16h30: Degustação de Pratos típicos africanos (Restaurante Universitário)
- catchúpa;
- pastel de milho;
- caldo de mancara;
- cafriela;
- galinha no amendoim;
- mofete.
19h30: Apresentação de clips musicas e fotos tiradas pelos estudantes africanos
20h00: Atração Cultural (quadra aberta ao lado do Bloco de Educação Física)
- desfile de trajes tradicionais;
- danças africanas diversas;
- música africana
Contatos: (82) 9924-6386 / 9921-6849 / www.ufal.edu.br/ufal
Eloá - O que as mídias e os especialistas não discutem
Muitas são as explicações que tentam dar conta do comportamento do jovem, cujo perfil durante o processo de negociação fora retratado pelos meios como de um rapaz tranqüilo, trabalhador, que tinha planos para casar. “Dificuldade de lidar com as frustrações”; “comportamento passional”, “de tolerância muito baixa às frustrações”, entre outros argumentos são discutidos publicamente em jornais, sites, rádio, enfim, em todo processo de agendamento desta lamentável crônica de mais uma tragédia midiatizada.
Inúmeros aspectos deste acontecimento são ressaltados na cobertura: o lugar, os protagonistas, o tempo, amigos, imagens, os momentos de negociação, os lugares de origem de Eloá e Lindemberg, as imagens... Todavia há um aspecto a ser considerado nesta notícia, como em tantas outras que possui semelhança com o seqüestro de Eloá e Nayara, o fato de que se trata de crimes que se relacionam com as desigualdades de gênero e que se não discutirmos também nos noticiários esta face da violência, se torna muito difícil a superação de algo que pode ser considerado, lamentavelmente, um padrão cultural de se matar mulheres.
Um breve monitoramento de mídia permite perceber a brutalidade e reificação de crimes como estes: eles não são apenas crimes passionais, eles podem situados numa teia complexa de construção de valores sociais que forjam um feminino fraco, vulnerável, incapaz e sem condições de decidir a própria vida, em contraposição a um modelo de masculinidade rígido e legitimado socialmente a partir da força, da dominação e do controle. São de certa maneira estes alguns dos elementos que mantém os mecanismos psíquicos do poder na constituição do sujeito e a na construção da sujeição.
Perceber os gêneros como processo de mediação do social é urgente para que a gente se dê conta da violência contra a mulher como um fenômeno social cujo aparecimento cotidiano nas mídias também precisa ser interpretado, refletido com e a partir dos veículos de comunicação.
A motivação de Lindemberg em manter seqüestrada Eloá e tentar por fim a vida da jovem se inter-relaciona com outros fatos conhecidos da sociedade brasileira, como os casos Ângela Diniz, Sandra Gominde, Daniela Perez, e ainda de inúmeros casos de violência e homicídios femininos que são noticiados, mas que carecem não de uma tentativa de tentar compreender o comportamento masculino, mas de questionar os valores sociais que se reproduzem nas trocas simbólicas e tecem ainda, tristemente, este predomínio do falo que oprime e extermina.
O tiro na virilha de Eloá não é só uma metáfora, mas uma expressão do ódio da tentativa frustrada de continuar mantendo o exercício do controle sobre o corpo das mulheres, por isto me sinto hoje também transpassada por esta bala.
Numa das notícias veiculadas hoje dois personagens sobrenaturais surgiram: um anjinho e um diabinho que acompanhavam Lindemberg. Parece inacreditável, mas este recurso, muito comum entre homens que praticam violência contra as mulheres, aparece mais uma vez como uma máscara, uma performance que busca esconder o lado perverso de um imaginário social que em momentos como este é despertado pelos disparos protagonizados por um homem que representa neste instante os mecanismos simbólicos que negam cotidianamente às mulheres o seu direito a vida.
Fonte: http://etnografiasdoinvisivel.blogspot.com (18.10.08)
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Projeto Inaê oferece cursos para comunidade do Village II
Jornalista / Cojira-AL
Mais uma temporada de cursos está aberta para comunidade do Village Campestre II e adjacências. A iniciativa faz parte das ações do Projeto Inaê, criado pela Organização Não Governamental Grupo União Espírita Santa Bárbara. No próximo domingo (19), durante a visita dos turistas, que assistem a apresentação do espetáculo cultural, produzido por crianças e adolescentes da instituição, será realizada a solenidade de abertura do evento, a partir das 15 horas.
Nessa nova temporada está sendo ofertado 10 cursos, que começam a partir de terça-feira (21), pela manhã, tarde e noite. Entre eles, Costura Básica, Mosaico, Arranjos Florais, Pratos Decorativos, Embalagens Especiais, pintura em Cerâmica, Pinturas Especiais, Corte de Cabelo, Doces e Salgados e Acarajé. Mais de oitenta pessoas da comunidade já se inscreveram. O evento conta a parceria do ateliê Vivendo a Arte, de Vitória Basílio, que será uma das monitoras.
O Projeto Inaê criado há mais de cinco anos desenvolve um trabalho volta para comunidade do Village Campestre II, tendo como alvo crianças, adolescentes, jovens e seus familiares. Uma outra proposta da entidade é combater o preconceito e o racismo, através da divulgação da cultura afro-brasileira e sua culinária diversificada.
Desde o início do ano que mais de 60 pessoas entre crianças e adolescentes participam das oficinas promovidas pelo projeto, como teatro, dança afro-primitivo, capoeira, teatro e percussão, com monitores qualificados, a exemplo de Josileide Serafim, conhecida no meio artístico como Olodum, mestre Cláudio dos Palmares, Sandro Santana, integrante da orquestra de tambores, entre outros.
Contatos:
O projeto Inaê fica na rua São Pedro, nº 10, conjunto Village Campestre II.
Informações através da Assessoria de Imprensa: Mônica Lima (9351-3363 ou 3378-7317).
Mostra Brasil Afro - fotógrafos participem!

Festa de aniversário do programa Tambores da Liberdade
O Tambores da Liberdade, ao longo desses 8 anos, vem ampliando o espaço de divulgação da música negra mundial: Músicas dos blocos Afro, Hip Hop, Funk, Música Tradicional e Sacra Africana, Samba, Jazz, Blues, Samba- Reggae, Reggae, enfim, a música que toca no fundo do coração do ouvinte. A música que além de fazer a mente, faz bem a auto-estima. A música que faz o ouvinte ver o mundo de forma positiva e construtiva.
No Tambores da Liberdade há entrevistas com artistas e personalidades que falam sobre, temas da atualidade, sobre a história dos afro-descendentes no Brasil e no Mundo e também sobre a musicalidade baiana, no espaço “Noticias do Mundo Afro” o ouvinte fica informado com notícias sobre comunidade negra no Brasil e no mundo e também em todos os programas acontecem sorteios de brindes e promoções que faz o fim de semana do ouvinte muito mais vibrante.
Este ano a festa de aniversário do programa será no dia 18 de outubro, na Senzala do Barro Preto, Curuzu. A festa contará com a participação do Ilê Aiyê, Olodum, Malê debalê, Muzenza, Filhos de Gandhi, Os Negões, Cortejo Afro e Okambi, a festa terá inicio às 22 horas e o ingresso promocional custa R$8,00 até o dia 17 e 10 reais no dia da festa.
Tambores da Liberdade, todos os sábados, às 18 horas na Educadora FM, 107,5 - O melhor da música negra no seu rádio! Quem não está na Bahia também pode acompanhar ao vivo pelo site www.educadora.ba.gov.br.
Brasil deve levar 20 anos para zerar desigualdade de renda entre negros e brancos, conclui Ipea
Repórter da Agência Brasil
De acordo com o Ipea, a renda per capita dos negros representa menos da metade da renda domiciliar per capita dos brancos. “Trata-se de uma desigualdade particularmente detestável, na medida em que não é atribuível a nenhuma medida de mérito ou esforço, sendo puramente resultado de discriminações passadas ou presentes”, informa o documento.
Essa desigualdade, no entanto, começou a cair a partir de 2001. Até 2007, um quarto da diferença foi retirada. “Isto quer dizer que ainda faltam outros três quartos. Se o ritmo continuar o mesmo, haverá igualdade na renda domiciliar per capita apenas em 2029”.
A redução da desigualdade até agora não pode ser atribuída à redução da discriminação racial necessariamente, segundo o Ipea. Por causa do grande percentual de negros nas camadas mais pobres da população, a melhoria na distribuição geral da renda teve reflexos diretos na redução de desigualdades por raça.
“É possível que a redução da razão de rendas não seja conseqüência de uma redução nas práticas discriminatórias e sim do fato de negros serem maioria entre os beneficiários do Programa Bolsa Família, dos benefícios previdenciários indexados ao salário mínimo, do Benefício de Prestação Continuada e dos outros mecanismos de redução da desigualdade geral”, avalia o Ipea.
Segundo a análise, 72% da queda da desigualdade de renda entre negros e brancos se deve à redução generalizada da desigualdade na sociedade brasileira e apenas 28% aconteceu em razão da mobilidade social dos negros, com migração para classes mais altas. A ausência de políticas de ação afirmativa “de grande envergadura” é apontada pelo Ipea como causa principal desse desequilíbrio.
“A pobreza é predominantemente negra e a riqueza é predominantemente branca”, ressalta o estudo.
Fonte: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/10/13/materia.2008-10-13.9094065470/view
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Tambores na praça

Confira a agenda:
17/10 - Praça dos Martírios
24/10 - Praça da Faculdade
31/10 - Praça dos Palmares
Contatos:
(82) 8871-0627 / 8878-1465
comunidade no orkut - http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=12753223
my space - http://www.myspace.com/orquestradetambores
Agenda Afro-descendente nas Américas

O Encontro, que está sendo organizado pelo Ministério da Cultura da Colômbia, pretende ser um marco na cooperação multilateral dos países ibero-americanos, que têm definido a diversidade cultural como uma proposta comum de integração. Segundo os organizadores, um dos pilares da política de diversidade cultural da região é a plurietnicidade e a multiculturalidade existente. Por isso, o evento será um marco onde um enfoque diferencial para a comunidade afro-descendente adquire vital importância.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Integração e debate étnico-racial marcam o Dia dos Professores
Jornalista / Cojira-AL
Evento: Fórum entre professores / Projeto Pérola Negra Brasileira
Data: 15/10/08
Horário: 19h
Local: Escola Estadual Alberto Torres – Rua Cônego Costa Rego, S/N, Bebedouro
Contatos: (82) 3338-7008 / 8868-4838 / 8803-9930.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Show: "Jah Work" em União dos Palmares

Revista elege Halle Berry a mais sexy do mundo
