A presença da Tocha Olímpica no país representa um marco histórico. No último domingo e segunda-feira, 29 e 30 de maio, Alagoas recebeu o símbolo que veio da Grécia, passando por seis municípios.
A começar por São Sebastião, seguiu para Arapiraca, São Miguel dos Campos, terminando o dia em Maceió, sendo 11 bairros prestigiados com o evento.
Já na segunda-feira, a tocha foi para Murici e finalizando as comemorações em União dos Palmares, com passagem pela Serra da Barriga, local símbolo de resistência negra e histórico, por ser o quilombo mais antigo do país, o que permitiu dar ao evento uma maior simbologia e a possibilidade de mostrar as raízes da cultura do povo alagoano.
Durante os dois dias da passagem da tocha, foram disseminados ideais olímpicos, com mensagens de paz, solidariedade e união. A estrutura para receber o maior símbolo olímpico envolveu recursos do governo Federal, com a participação das Prefeituras locais. O investimento em ações vinculadas ao estímulo do esporte é legítimo e são válidos para projetar a imagem do Estado. Mas, cabe lembrar que o empenho em valorizar a dignidade da população deve ir além da organização e ostentação em megaeventos que mobilizam ações políticas e econômicas.
O real sentido do revezamento da tocha olímpica deve estar associado a abrir caminhos, fomentar ações sociais de respeito ao ser humano, nas mais variadas etnias e culturas. Afinal, o esporte sempre acalentou o sonho de pessoas menos favorecidas na perspectiva de vidas melhores, quebrando os limites das desigualdades, quando se projeta campeãs e campeões, diante da diversidade e a ausência de igualdade do nosso diverso país.
O anseio é que a essência da chama olímpica possa se manter acesa em nosso estado constantemente.
Fonte: Coluna Axé – 393ª edição – Jornal Tribuna Independente (31/05 a 06/06/16) / COJIRA-AL / Contato: cojira.al@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos sua mensagem!
Axé!