terça-feira, 17 de maio de 2016

Patrimônio Cultural

A Serra da Barriga – sede político administrativa do Quilombo dos Palmares, entre os séculos XVII e XVIII, período de lutas contra holandeses, portugueses e a escravidão na economia canavieira. – localizada no município de União dos Palmares, zona da mata do Estado de Alagoas, é considerado o palco da resistência negra e da luta por liberdade. 

Em 1985, foi tombada como Patrimônio Histórico, Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN); e desde 1988 é um Monumento Nacional, que deve ser preservado devido à importância histórica e cultural. É o centro de homenagens, oferendas, pesquisas, encontros, romarias e grandes concentrações durante todo ano, especialmente, no Dia Nacional da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares (20 de novembro).

Agora, é aspirante à Patrimônio Cultural do Mercosul. A candidatura se insere na proposta La Geografía del Cimarronaje: Cumbes, Quilombos y Palenques del MERCOSUR; o aceite da proposta ocorreu durante a XIII Reunião da Comissão de Patrimônio Cultural do MERCOSUL, em Colônia de Sacramento, Uruguai. Também participam da seleção: Equador e Venezuela, que apresentaram sítios de interesse para a valoração da contribuição africana no continente sul-americano.

O Assessor de Relações Internacionais do IPHAN, Marcelo Brito, fez questão de agradecer às pessoas que participaram da elaboração do mini dossiê para a postulação da candidatura: os coordenadores locais (Sandro Gama, Joelma Farias de Cornejo, Greciene Lopes e Rute Ferreira), pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas-UFAL (Aruã Lima, Clara Suassuna, Siloé Soares de Amorim), Zezito Araújo (Secretaria de Educação do Estado de Alagoas), Élida Miranda (Representante Regional da Fundação Cultural Palmares), Cláudia Puentes (representante da Secretaria Estadual de Cultura - SECULT) e a ialorixá Neide Oyá D´Oxum.

A avaliação será no fim do segundo semestre de 2016, na próxima presidência pro tempore do MERCOSUL. Todas as honras e homenagens aos guerreiros quilombolas e aquele solo sagrado são relevantes, vitais para o reconhecimento social e valorização étnica! Axé!


Fonte: Coluna Axé – 391ª edição – Jornal Tribuna Independente (17 a 23/05/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

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