terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Retrospectiva afro 2015

Mais um ano se encerra e com ele renova-se a esperança de dias melhores, com respeito e justiça social.

O ano de 2015, foi um ano extremamente pesado em relação aos casos de racismo e intolerância religiosa, que multiplicaram-se pelo país e nas redes sociais, fortalecendo a imagem da impunidade. Os índices de violência e mortes de jovens e mulheres negras cresceram assustadoramente. 

Outro aspecto negativo, foi a unificação das secretarias de Políticas paras as Mulheres (SPM), da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), de Direitos Humanos e de Juventude – com o pretexto de reduzir as despesas administrativas – cujas demandas foram incorporadas ao novo ministério: Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.

Dentre os avanços em Alagoas, podemos destacar a atuação comprometida do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CONEPIR-AL); a inauguração da Casa dos Conselhos; a criação do Comitê Técnico Alagoano de Saúde da População Negra no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau); a rearticulação das bandas afros alagoanas (Mandela, Zumbi e Afro Afoxé) com ensaios abertos e o evento de integração denominado “Juntos e Misturados”; o I Encontro de Comunidades Quilombolas e Povos Tradicionais de Terreiro de Alagoas; a ampliação de oficinas de percussão e dança afro; a realização de editais de promoção à cultura por parte da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac/Prefeitura de Maceió); e a reinvindicação por maior diálogo entre os grupos afroculturais alagoanos com a Fundação Cultural Palmares/Minc.

No âmbito social, o Tribunal de Justiça de Alagoas por meio do Programa Justiça Itinerante, realizou o primeiro casamento coletivo gay no Estado e oficializou a união homoafetiva de 20 casais. Outro momento histórico, destacamos a Marcha das Mulheres Negras em Brasília que reuniu cerca de 50 mil mulheres de várias partes do país e formações diversas, que exaltaram suas vozes contra o Racismo, a Violência e pelo em Viver; e a entrega do Prêmio Direitos Humanos 2015, para a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).

Esperamos que 2016 seja mais produtivo e as políticas afirmativas sejam desenvolvidas no Estado de Alagoas. A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-AL/Sindjornal) agradece os sete anos de parceria com o jornal Tribuna Independente, e deseja muito axé (força e paz) para todos os amigos e leitores fiéis.


Fonte: Coluna Axé – 373ª edição – Jornal Tribuna Independente (05 a 11/01/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

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