Nesse domingo (27.10), às 19h no Café Literário durante a VI Bienal Internacional do Livro de Alagoas será lançado o livro “Movimento Social Negro e Estado – A Política Pública como resultado dessa correlação”. É uma publicação da Edufal, e seus atores são Carlos Martins e Laurita Santos.
Trata-se do resultado do trabalho de conclusão de curso de Carlos Martins, na sua graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal de Alagoas(Ufal). Atualmente, faz Mestrado em sociologia no Programa de Pós-graduação do Instituto de Ciências Sociais na mesma instituição, e desenvolve pesquisas e ministra palestra nas áreas das relações étnicorraciais e segurança pública.
A obra contou com a parceria de Laurita Santos, que é formada em Administração pela Ufal e é Pós-graduanda em Educação em Direitos Humanos e Diversidade; e preside a Coordenação de Direitos Humanos, Gênero, Raça e Etnia do Sintufal.
Foram convidados para prestigiar o lançamento: professores, acadêmicos de várias áreas e lideranças dos segmentos afros.
Confira abaixo o resumo do livro:
A efetivação de políticas públicas é fundamental para a minimização de problemas enfrentados por diversos segmentos da sociedade e a relação entre Estado e os Movimentos Sociais é imprescindível na formulação dessas políticas. Em se tratando de Movimento Social Negro essa relação ganha características particulares por se tratar de uma relação recheada de especificidades inerentes às demandas do próprio movimento. Além disso, essa relação, ao longo da história, foi pautada numa polarização e subseqüentemente numa correlação de força marcada entre consensos e dissensos. Em Alagoas o Movimento Social Negro e o Estado protagonizaram, no período em questão, uma “cena” marcada por uma relação que possibilitou a ascensão de simbologias negras nas ações governamentais e de militantes negros em cargos importantes no governo, ao mesmo tempo em que o próprio movimento, assinalado pela discordância, divergia quanto ao modelo de relação que deveriam estabelecer com o Estado. Os resultados obtidos por este trabalho revelam situações que demonstram como os agentes sociais em questão percebiam sua própria ação. As divergências em torno da implementação das políticas sociais com recorte étnico eram o principal motivo dessas divergências. Além dos dissensos marcados nas relações entre Movimento Social Negro e Estado e entre os próprios militantes, fica evidente também a forma como o Poder Público percebia as simbologias negras.
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