terça-feira, 12 de junho de 2012

Rio +20 e questão étnicorracial

De 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro, acontecerá a maior conferência sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável do mundo, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Denominada Rio+20, é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e tem como objetivo garantir a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.

Os temas principais são: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. A Rio+20 será composta por três momentos: de 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reunirão representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência; entre 16  e 19 de junho, os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável; e de 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.

Em relação às questões étnicorraciais, a Fundação Cultural Palmares realizará o seminário “Quilombos, Terreiros e Juventude: justiça ambiental e práticas culturais africanas e afrodescendentes” com o objetivo de promover a integração cultural, econômica e política do negro no contexto social, além de dar visibilidade às suas práticas culturais.

Já a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) aprofundará o debate sobre “Racismo e Sustentabilidade - os desafios implícitos nas relações entre nãoinclusão, ambientalismo e desenvolvimento socioeconômico”, levando-se em consideração uma das diretrizes do Plano de Ação da Conferência de Durban (como ficou conhecida a III Conferência Mundial contra o Racismo, a Xenofobia, a Discriminação Racial e Intolerância Racial), que é a necessidade de melhorar o acesso à informação pública sobre saúde e questões ambientais e que tecnologias e práticas bem-sucedidas na melhoria da saúde humana e do meio ambiente sejam partilhadas.

Com certeza, as discussões serão intensas e os ativistas negros estarão presentes para disseminar o combate do racismo ambiental: injustiças sócio-ambientais que recaem de forma implacável sobre grupos étnicos vulnerabilizados e sobre outras comunidades, discriminadas por sua 'raça', origem ou cor. Enfim, que tenhamos muitos avanços, axé!


Fonte: Coluna Axé - nº204 - Jornal Tribuna Independente (12.06.12) / Com informações de sites nacionais

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