O Dia do Índio é celebrado em 19 de abril. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. Na verdade relembra o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano realizado no México em 1940. Várias lideranças indígenas do continente haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "homens brancos, durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América.
Neste dia e durante toda semana, vários atividades são realizadas para dar visibilidade à cultura indígena e suas diversidades; os museus fazem exposições e alguns municípios organizam festas comemorativas. Nas escolas, os alunos são orientados para pesquisarem sobre os indígenas, inclusive, é comum saírem com os rostos pintados reverenciando os primeiros habitantes do Brasil.
A data também deve ser um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais. De acordo com o site da Secretaria Estadual de Cultura, em Alagoas existem as nações indígenas: Tingui-Botó (Feira Grande), Kariri-Xocó (Porto Real do Colégio), Geripancó (Pariconha), Xucuru-Kariri (Palmeira dos Índios), Wassu Cocal (Joaquim Gomes), Xucuru Kariri (Palmeira dos Índios), Karapotó (São Sebastião), Karuazú (Pariconha), Kalancó (Água Branca), Xucuru-Kariri (Palmeira dos Índios) e Dzubucuá (Porto Real do Colégio).
Na última quarta-feira (13.04), foi iniciado em Maceió o Abril Indígena no Museu Théo Brandão, com lançamento de filme sobre temática indígena, apresentação cultural dos Xucuru-Kariri, abertura da exposição “Visadas do pajé Miguel Celestino” composta por peças etnográficas, que tem curadoria assinada por Celso Brandão, José Carlos e Siloé Amorim, e ficará aberta ao público até o dia 28 de maio.
Durante várias décadas os indígenas brasileiros foram perseguidos, humilhados, explorados e mortos! E até hoje lutam por respeito, pela demarcação definitiva de seus territórios, o reconhecimento da educação escolar e saúde indígena, além de reivindicar as condições dignas de sobrevivência.
Fonte: Coluna Axé - nº 146 - Jornal Tribuna Independente (19.04.11)
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