segunda-feira, 4 de abril de 2011

Haitiano pede retirada de militares e envio de médicos e professores

Texto: Valdice Gomes - Jornalista / Foto: Zazo (Cortesia)



O sindicalista haitiano Louis Fignolé Saint-Cyr emocionou a todos durante debate sobre o Haiti promovido pela Secretaria de combate ao Racismo da CUT/AL, na noite da última sexta-feira, no auditório do Sindicato dos Bancários, evento que marcou também o lançamento da cartilha “Igualdade faz a diferença”.


Quem faltou ao evento perdeu uma grande oportunidade de conhecer a triste realidade do país irmão contada do ponto de vista de um trabalhador haitiano. Fignolé lembrou que passados mais de um ano do terremoto que abalou o país em janeiro de 2010, um milhão e quinhentos mil haitianos, de uma população de oito milhões, continuam vivendo em barracas por falta de ajuda internacional.

Segundo Louis Fignolé, diferente do que tenta passar a grande mídia, as tropas da Minustah (Missão da ONU pela Estabilização do Haiti) não estão lá como ‘ajuda humanitária’ para reconstruir o país, mas para reprimir. “Nós queremos a ajuda dos brasileiros para reconquistar nossa soberania, que passa pela retirada das tropas e envio de médicos, engenheiros e professores”, afirmou. O mesmo apelo o sindicalista fez à secretária Nacional dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que o recebeu em audiência na terça-feira (29). Ela prometeu encaminhar o pedido de retiradas das tropas brasileiras do Haiti para o ministério e junto à Presidência da Republica. Antes de Maceió, Fignolé participou de atos com o mesmo propósito em Salvador e Recife.


Na foto o Secretário de Combate ao Racismo da CUT/AL, José Cícero, ao lado do ilustre haitiano.

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