terça-feira, 12 de abril de 2011

Homofobia

Por: Helciane Angélica
Com informações de agências nacionais / Cartilha Brasil Sem Homofobia / http://www.abglt.org.br/


A homofobia (homo= igual, fobia=do Grego φόβος "medo") é um termo utilizado para identificar o ódio, a aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais, que também pode ser realizado de formas sutis e silenciosas. A prática da homofobia ainda não é considerada crime no Brasil, mas mexe com a dignidade e a auto-estima de muitas pessoas, que são humilhadas, vítimas da chacotas e até são assassinadas devido a estupidez de indíviduos que não aceitam outras formas de amar.

No entanto, desde 2004, a Secretaria Especial de Direitos Humanos lançou o “Brasil Sem Homofobia” –Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra GLTB (gays, lésbicas, travestis, transgêneros e bissexuais) e de Promoção da Cidadania Homossexual, no combate as discriminações homofóbicas, respeitando a especificidade a espedificidade de cada um deses grupos populacionais. A cada dia tornam-se mais evidentes as práticas preconceituosas e nos mais diversos setores da sociedade, inclusive, nos ambientes esportivos.

O central Michael, jogador do Vôlei Futuro, foi alvo de perseguição da torcida do Cruzeiro em Contagem-MG, xingado de “bicha” todas as vezes em que pegou na bola, ele reclamou de preconceito sexual e deu início a uma troca de farpas entre diretorias das duas equipes. No jogo de retorno no sábado (9), em Araçatuba, o Vôlei Futuro buscou ‘responder’ às provocações preconceituosas: distribuiu bastões rosa com o nome de Michael aos torcedores e coloriram as arquibancadas. O oposto Leandro Vissoto utilizou uma proteção rosa em sua mão esquerda e o líbero Mário Júnior vestiu uma camisa ‘arco-íris’, além disso, os gandulas também estavam com camisetas rosa, portando mensagens contra preconceito sexual.

Entre 1948 e 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a homossexualidade como um transtorno mental. Mas em 17 de maio de 1990, a assembleia geral da OMS aprovou a retirada do código 302.0 (Homossexualidade) da Classificação Internacional de Doenças, declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. A nova classificação entrou em vigor entre os países-membro das Nações Unidas em 1993, com isso, marcou-se o fim de um ciclo de 2000 anos em que a cultura judaico-cristã encarou a homossexualidade primeiro como pecado, depois como crime e, por último, como doença.

Em 2001 foi elaborado o projeto de lei de nº 5003, que tem por finalidade criminalizar a homofobia no Brasil – o texto foi aprovado na Câmara em 2006, mas até hoje não foi analisado pelos senadores. Sendo sancionado: qualquer ato que direta ou indiretamente, pode ser considerado por homofobia, pode ser capaz de levar aquele que praticou tal ato para a cadeia. Todo ser humano, independente da sua cor de pele, crença ou orientação sexual merece ser respeitado cotidianamente!


Fonte: Coluna Axé - nº145 - Jornal Tribuna Independente (12.04.11)

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