sexta-feira, 29 de maio de 2009

Chuvas destroem bueira na estrada de acesso a Serra da Barriga


A estrada vicinal de acesso à histórica Serra da Barriga (situada há seis quilômetros do centro de União dos Palmares), não suportou o rigor das chuvas que se abatem sobre a região e abriu, no quilômetro dois uma enorme cratera, inviabilizando o trânsito no local.

Não bastassem as curvas tortuosas e as ladeiras de enormes declives de chão batido as margens de precipícios, a estrada, (que oferece uma opção de acesso pela Usina Lajinha, aumentando o projeto para mais de dez quilômetros também em estrada vicinal e cheia de buracos e bueiros), agora a precariedade da estrada principal, que segundo um técnico em estradas informou está totalmente desgastada necessitando uma nova camada de material consistente porque no verão, os responsáveis pelo parque histórico somente providenciam uma raspagem com uma máquina motoniveladora, sem repor o material original.

Para o técnico, seria necessária ao menos uma camada de um material chamado de pissarro que depois de colocado no leito da estrada ainda teria de ter declive para os dois lados, facilitando assim o escoamento da água “cujos serviços somente seriam viáveis no verão” afirmou o técnico.

Um homem que pediu para não ser identificado afirmou que “Aquela bueirinha é insignificante, se comparada à decepção que os responsáveis pela conserva do Parque Histórico quando no ano passado, o Ministro da Integração Racial em visita a Alagoas por três vezes viu frustrada a tentativa de aterrisar um helicóptero para visitar o platô, mas como havia chovido, foi impossível a aeronave descer com o ministro, que somente visitou a Serra na primavera, em outubro, quando não mais chovia. Assim é contada a história dos dias atuais da Serra da Barriga” disse o popular sorrindo.

Fonte: Tribuna União

PC quer criação da Delegacia de Defesa das Minorias

Delegada apresenta estatísticas sobre crimes ligados à homofobia, em sessão especial da Câmara Municipal de Maceió


Alagoas deverá ter uma Delegacia Especializada em Defesa dos Direitos das Minorias do Estado de Alagoas. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (27) pela delegada Luci Mônica, diretora de Estatística e Informática (Deinfo), da Polícia Civil, durante sessão especial da Câmara de Vereadores que debateu o tema “Maceió contra a homofobia”.

A delegada informou que, em novembro do ano passado, o delegado-geral da PC, Marcílio Barenco, enviou ofício ao secretário Especial de Polícia de Promoção da Igualdade Racial, da Presidência da República, Edson Santos, reivindicando estudos para a celebração de convênio para a criação da delegacia. No documento, ele considera “a premente necessidade de se desenvolver no âmbito da instituição, ações positivas voltadas ao resgate da cidadania, ao respeito e promoção dos direitos humanos e à afirmação social dos grupos minoritários, não raramente vítimas de diversas modalidades de gradações de violência em nosso Estado, quase sempre perpetradas pelas forças políticas, econômicas e sociais hegemônicas”.

Cópia do documento foi entregue ao assessor técnico do Programa “Brasil sem Homofobia”, ligado à Secretaria Especial de Direitos Humanos, da Presidência da República, Edvaldo Souza, que veio à Maceió participar da sessão especial. Durante a sessão, a delegada apresentou também estatística sobre os crimes praticados em Alagoas com características homofóbicas. A pesquisa é inédita no Estado e teve a colaboração dos movimentos GLBTs – gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. O estudo mostra que, entre 1993 e 2009, oitenta pessoas foram assassinadas em crimes com características de homofobia, sendo a maioria das vítimas do sexo masculino.

A estatística mostra ainda que os crimes são praticados com requintes de crueldade, e aponta ainda as idades, locais e instrumentos usados nos homicídios. Luci Mônica alertou para as dificuldades enfrentadas para que a pesquisa fosse realizada, sendo a principal delas o fato de que os BOs (boletins de ocorrência) não relatam ter sido o crime cometido por razões homofóbicas, inclusive porque as famílias das vítimas se esquivam ou têm vergonha de informar ser o parente um homossexual. “A cultura de policiais e das famílias das vítimas precisa mudar, para que tenhamos dados mais precisos”, salientou.

A delegada informou ainda que para reverter a atual situação a Polícia Civil já vem investindo na capacitação de seus policiais, por meio do curso Segurança Pública sem Homofobia, que é oferecido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), ministrado por meio de ensino à distância e que tem como tutora em Alagoas, a delegada Larissa Santiago. Está ainda prevista uma conferência sobre o tema na Academia de Polícia Civil (Apocal).

A sessão especial, promovida a partir de requerimento da vereadora Tereza Nelma, foi realizada no auditório da faculdade FIT, no bairro de Jacarecica, onde funciona provisoriamente a Câmara de Vereadores. Também estiveram presentes: o delegado-geral da PC, Marcílio Barenco; o desembargador Tutmés Ayran; o promotor de Justiça, Flávio Gomes; a superintendente da Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Josilene Lira; o jornalista Álvaro Brandão, além de vereadores, representante de órgãos públicos, organizações não-governamentais, movimentos GLBTs e estudantes da faculdade.


Fonte: Polícia Civil - Alagoas

terça-feira, 26 de maio de 2009

Dia da África é comemorado em Maceió

Missa contra a desigualdade racial foi realizada pelo arcebispo de Maceió



O dia da África foi comemorado nesta segunda-feira (25) na Capela de São Gonçalo, em Maceió, com a celebração da II Missa de Ação de Graças: Em nome do Pai e da Liberdade Guerreira- Um tributo à Liberdade da População Negra. A ação é resultado do Projeto Raízes de Áfricas - ONG Maria Mariá – iniciado em 2008, que surgiu da necessidade de promover e contribuir para a ampliação do conceito de igualdade e ao combate à intolerância religiosa.

A missa, que foi celebrada pelo arcebispo de Maceió, Dom Antonio Muniz, contou com parcerias das vereadoras Tereza Nelma, Fátima Santiago, Heloísa Helena, a prefeitura de Viçosa, além da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Movimento Nacional Pela Paz e Não Violência, Editoras Paulinas e secretarias do Estado.

Para a vereadora Fátima Santiago, o momento foi de comemoração e reflexão. “A libertação da África é uma luta secular e neste momento colocamos o mesmo Deus para abençoar esta luta em prol da igualdade étnico-racial a fim de que se prevaleça a raça humana e o povo de Deus sem alguma segregação” disse.

A vereadora Tereza Nelma participou da missa pela segunda vez e torce para que os objetivos sejam alcançados do projeto sejam alcançados. “Temos que lutar para que a liberdade não seja apenas comemorativa, mas sim uma realizada cotidiana. O arcebispo de Maceió tem tomado iniciativas muito importantes no que diz respeito a abrir as portas para quem precisa, respeitando as diversidades religiosas e culturais” – salientou.

O prefeito de Viçosa Flaubert Filho, também esteve presente e demonstrou gratificação pelo convite à prefeitura feito pelo Projeto. “Viçosa é um lugar histórico na cultura negra alagoana, foi lá onde morreu o Zumbi dos Palmares e a prefeitura se sente muito honrada com o convite. Nós firmamos nosso compromisso com a causa com o Centro de Cultura Afro que estamos construindo no município” – contou.

A missa foi celebrada ao do toque do tambor, em comunhão com a liturgia da igreja católica. A cantora moçambicana, Sônia André, que está no Brasil desde 2007, diz como é viver no país “Vim para o Brasil através de um intercâmbio estudantil e não gosto de relatar as tantas vezes que já fui discriminada. O Brasil ainda precisa crescer muito quanto ao combate à discriminação racial e entender que homem ou mulher, branco ou negro, são todos iguais” – desabafou.


Fonte: Gazetaweb

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Festival de Artes Negras é meio para incentivar relações entre Brasil e África, diz ativista

O lançamento do 3° Festival Mundial de Artes Negras (3° Fesman), hoje (25) em Salvador, representa para o Brasil oportunidade em adotar parceria com países da África em prol do desenvolvimento do continente africano e de estimular relações entre as nações, na opinião do presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo.

O festival será realizado entre os dias 1° e 14 de dezembro em Dacar, no Senegal. O lançamento coincide com o Dia da Libertação da África, comemorado hoje.

“Estaremos discutindo aquilo que a união africana está propondo: uma nova parceria que tenha na sua agenda não apenas as coisas maléficas que acontecem no continente africano, como por exemplo as guerras, a questão da aids, a questão da miséria. Mas também que tenhamos coisas positivas para que a gente possa construir um novo patamar de relações entre os povos e entre as nações", destacou Araújo em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional.

Ele lembrou que a África é o continente mãe da humanidade, mas sofreu nos últimos cinco séculos. "Temos a obrigação de contribuir para que o continente africano alcance o pleno desenvolvimento”.

Os organizadores do festival esperam a presença no Senegal de 3 mil artistas representando 84 nações, africanas e de outros continentes. “Vamos celebrar com música, com artes visuais, com dança, com teatro, com arquitetura, mas também vamos celebrar com um colóquio refletindo o renascimento africano na África e na diáspora”, explica Araújo.

No Brasil, o lançamento contará com a presença do presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, que juntamente com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, abre a cerimônia às 20h30. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, também participa do lançamento, que terá a apresentação do balé folclórico da Bahia, de blocos afro da cidade de Salvador, de artistas senegalenses, além de shows de Margareth Menezes e de Gilberto Gil, que é o presidente internacional do 3° Fesman.

“A Bahia e o Brasil estão felizes, por esse acontecimento, evidentemente porque a Bahia é matriz da cultura brasileira. Aqui aportaram os primeiros escravizados, aqui foi o primeiro governo-geral do Brasil, aqui foi a primeira capital do Brasil. Nada melhor do que a agente reverenciar esse nosso passado, esses nossos ancestrais. A gente estará celebrando tudo isso hoje”, destaca Araújo.
Fonte: Agência Brasil

Semana da África é comemorada em SP com exposição, filmes e debates

Cena do filme "Hotel Ruanda", que está na programação da Semana da África em SP


De 25 a 31 de maio, São Paulo recebe uma série de eventos que celebram o Dia da África, comemorado esta segunda-feira. A data foi criada em 1972 pela ONU, a fim de simbolizar o combate dos povos do continente africano pela independência.

Na programação da chamada Semana da África na capital paulista estão exposição de fotos, debates, cursos e exibição de filmes como "Hotel Ruanda" (2004) e "Diamante de Sangue" (2006).

Além dos eventos acima, haverá apresentação de trabalhos que concorrem ao prêmio Kabengele Munanga -- projetos que tratem de aspectos socio-culturais e políticos da África -- e um jantar.



Fonte: UOL

Semana da África na Bahia tem início no lançamento do III Fesman


Presidente Lula e o presidente do Senegal, Abdulaye Wade, prestigiam o evento no Teatro Castro Alves



Nesta próxima segunda-feira, 25 de maio, o mundo comemora o Dia da África. A data foi instituída pela ONU, em 1972, para simbolizar a luta e o combate dos povos do continente africano pela sua independência e emancipação. Representa, ainda, a memória coletiva do povo africano e o objetivo comum de unidade e solidariedade na luta para o desenvolvimento econômico do continente.

Por isso, esse dia foi escolhido para o lançamento do III Festival Mundial de Artes Negras e para celebrar o renascimento africano, que é o tema da terceira edição do Festival, que será realizado em Dacar, em dezembro deste ano. O tema é fruto de uma ação articulada da União Africana, que vem viabilizando ações para o desenvolvimento do continente e adotando medidas no plano internacional que busca levar a África a um novo patamar no cenário mundial. Questões como a diversidade cultural, a resistência africana na diáspora para combater o racismo e a discriminação.

O lançamento do Fesman no Brasil será no Teatro Castro Alves, às 20h, com a presença do presidente Lula, do presidente do Senegal, Abdulaye Wade, dos ministros de cultura dos dois países, ministros da Educação, das Comunicações, do governador do Estado e do prefeito de Salvador. Será lançado também na ocasião, pela Empresa Brasileira de Correios, o Selo Comemorativo da Roda de Capoeira.

O Fesman é um grande encontro das culturas e das artes negras de diversas partes do mundo. Nele, com a presença já confirmadas de 50 países, serão mostrados a grande influência, tradições, costumes e religiosidades dos povos negros da África e na diáspora. A organização no Brasil está sob a responsabilidade da Fundação Cultural Palmares, que lançará edital para a participação de artistas brasileiros. Haverá premiação nas várias categorias artísticas, com prêmios que variam de 5 mil a 15 mil euros.

A organização do III Festival Mundial de Artes Negras escolheu o Brasil para ser homenageado justamente por ser o segundo país com a maior população negra do mundo e por assegurar as ricas manifestações culturais do povo africano e seus descendentes. Um momento rico também para Brasil e Senegal reforçarem parcerias em diversos campos do conhecimento.

O evento em Dacar já conta com as presenças do cantor Steve Wonder, da cantora de Cabo Verde Cesária Évora, dos instrumentistas Manu Dibango e Salif Keita, dos atores americanos Danny Glover e Sidney Poitier. Outros convidados ilustres que também já confirmaram presença são Nelson Mandela, Wangira Moathar e o ex-ministro Gilberto Gil, que assume a vice-presidência do Comitê Internacional de Orientação do festival. Muitos outros ainda estão para ser confirmados.

O idealizador do Festival Mundial de Artes Negras, realizado em 1966, foi Léopold Sedar, o primeiro presidente do Senegal pós-independência, que considerava que a cultura é o principal instrumento de integração dos negros, momento de se encontrarem e se reconhecerem e ter a sua auto-estima valorizada.


Semana da África na Bahia - As atividades que farão parte da programação na Bahia , que começam no dia 25 e vão até o dia 31 de maio, têm a intenção de divulgar e preservar as tradições e costumes das manifestações culturais de matriz africana. Serão feitas exibições na ruas de algumas cidades por grupos de arte popular, como Paparutas, do município de São Francisco do Conde, Encourados de Pedrão, Marujada, do município de Saubara, e o Samba de Roda, do município de Santo Amaro, e o cortejo das manifestações culturais de origem africana do Recôncavo Baiano no município de Cachoeira, durante a inauguração da Universidade Fedaral do Recôncavo Baiano.


Programação da SEMANA DA ÁFRICA NA BAHIA - 25 a 31 DE MAIO DE 2009


25 de maio – Dia da África – Cidade de Cachoeira

Alvorada - Saudação à África

Horário: 8h
Local: Praça
Cortejo das Manifestações Culturais de Origem Africana do Recôncavo Baiano (15 grupos)


Horário: 14h
Solenidade da entrega da obra restaurada que abrigará a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Local: Auditório da Universidade

Horário: 16h, com a presença do presidente Lula e do presidente do Senegal, do ministro da Educação, do governador do Estado e outras autoridades


Cortejo dos Blocos Afros

Local: Praça de Campo Grande - Salvador
Horário: 18h
Solenidade de lançamento do III Festival Mundial de Artes Negra no Brasil e do Selo da Capoeira

Local: Teatro Castro Alves
Horário: 20h
25 a 29 de maio

Ciclo de Palestras Itinerante - Chula “Comportamento Traduzido Em Canção”.
Palestrante/Show: Roberto Mendes


25 de maio

Local: São Francisco do Conde/BA
Horário: 15h


26 de maio

Local: Cachoeira/BA
Horário: 15h


27 de maio

Local: Pedrão/BA
Horário: 15h


28 de maio

Local: Salvador/BA
Horário: 15h


29 de maio

Local: Camaçari/BA
Horário: 15h


30 de maio - Intercâmbio Cultural das Manifestações Populares


Local: Santo Amaro
Horário: 15h
Manifestação Popular: Paparutas (São Francisco Conde)


Local: São Francisco do Conde
Horário: 15h
Manifestação Popular: Marujada (Saubara)


Local: Pedrão
Horário: 15h
Manifestação Popular: Samba de Roda (Santo Amaro)


Local: Saubara
Horário: 15h
Manifestação Popular: Encourados de Pedrão (Pedrão)

31 de maio

Exibição de Filme
Local: Centro Cultural de São Francisco do Conde/BA
Horário: 18h
Filme: Axé do Acarajé

Prefeitura de Viçosa participa da II Missa de Ação de Graças que celebra o Dia da África


O Projeto Raízes de Áfricas -ONG Maria Maria- e a Arquidiocese de Maceió realizam nesta segunda-feira, 25, às 18h30, na Capela de São Gonçalo, bairro do Farol, a II Missa de Ação de Graças: Em nome do Pai e da Liberdade Guerreira- Um tributo à Liberdade da População Negra.

A missa será celebrada pelo arcebispo de Maceió, Dom Antonio Muniz, e é resultado do projeto iniciado em 2008 que surgiu da necessidade de promover e contribuir para a ampliação do conceito de igualdade, o combate a intolerância religiosa e rever a simbologia do dia 13 de maio, além de dar maior visibilidade à grande diversidade do legado da cultura africana em terras alagoanas.

Durante a missa teremos a rica sonoridade do toque do tambor, em comunhão com a liturgia da igreja católica. A inclusão das manifestações afro brasileiras na II Missa resgata o toque do instrumento que em épocas escravistas foi proibido de ser tocado, principalmente na igreja. O tambor se transformou em toque de luta a resistência negra e a invisibilidade social.

A solenidade contará com a participação de Sônia André, cantora moçambicana,a yalorixára Mãe Vera, o percursionista Júnior, da Orquestra de Tambores, a cantora Ana Costa, o músico Zaildo, Coletivo Afro Caetés, e de alunas da Escola Estadual Maria Amália.


O 25 DE MAIO – DIA DE ÁFRICA

A mais importante e abrangente entidade política da África, a Organização da Unidade Africana (OUA), nasceu oficialmente no dia 25 de maio de 1963, em Adis Abeba, capital da Etiópia. Quatro grandes princípios orientaram a formação da OUA: promoção da unidade e da solidariedade entre os Estados africanos; o respeito à soberania de cada Estado, mantendo intocáveis as fronteiras herdadas do colonialismo para pragmaticamente evitar uma fragmentação ainda maior do continente; promoção do desenvolvimento econômico-social e, sobretudo, eliminação total do colonialismo na África. Com esta finalidade, foi criada a Comissão de Apoio aos Movimentos de Libertação da África, conhecida como “Comitê dos Onze”, sediada na Tanzânia. A partir destes acontecimentos, o 25 de maio passou a ser, simbolicamente, o dia da libertação de África.


PARCERIAS


A realização da II Missa deve-se a participação de inúmeros parceiros que veem a experiência como uma alternativa importante de combate à intolerância religiosa e à exclusão social com ênfase no racismo.

Foram parceiros na construção: Prefeitura de Viçosa, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento, Secretaria de Estado de Educação e do Esporte, Secretaria da Mulher, Direitos Humanos e Cidadania, Secretaria Municipal de Turismo de Maceió, Vereadoras Tereza Nelma, Fátima Santiago e Heloísa Helena. Movimento Nacional Pela Paz e Não Violência e Editoras Paulinas.


Fonte: Assessoria

Pastor tenta matar macumbeira


Alegando que lutava contra Satanás, o pastor João Francisco Ferreira da Silva (51) tentou matar, na noite de sexta-feira, sua vizinha, a macumbeira Maria José Valdivino de Oliveira (42).

O evangélico fugiu antes da chegada de policiais militares e responderá pelo crime na 3ª Regional (Sobral). A vítima, medicada no pronto-socorro, recebeu alta e se recupera em casa.

João Francisco e Maria José Valdivino são vizinhos há pouco mais de dois meses, período em que se desentenderam muitas vezes por causa do evangélico que não aceita que Maria José mantenha um terreiro de macumba em sua residência.

Por volta das 20 horas de sexta-feira dia 16, Maria se preparava para iniciar os trabalhos quando o pastor pediu para que ela acabasse com o que ele considera um culto a Satanás. Discutir outra vez.

Em dado momento, João Francisco bateu na mulher com uma ripa. Ele só não a espancou mais porque adeptos seguraram o pastor. Lesionada nas costas, nos braços e no rosto, Maria José foi amparada por amigos e levada para o pronto-socorro. Frequentadores do terreiro prometeram surrar o evangélico caso ele voltasse ao local para perturbar.


Fonte: Jornal “A TRIBUNA” no dia 17/05/2009 (domingo), um dia após a Conferencia de Promoção da Igualdade Racial do Estado do Acre.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

SPFW irá sugerir cota oficial de 10% de modelos negros


O São Paulo Fashion Week anunciou na tarde desta quarta-feira (20) a assinatura de um termo de compromisso com o Ministério Público do Estado de São Paulo, em que se compromete a sugerir que as grifes integrantes do calendário paulista tenham uma cota mínima de 10% de modelos negros em seus desfiles.

Em comunicado enviado à imprensa, a organização do evento informou que após investigações do MP foi concluído que não havia prática de discriminação racial por parte do SPFW, apesar do reduzido número de modelos afrodescendentes sobre as passarelas.

O termo de compromisso procura ajustar a semana paulistana de moda às políticas de inclusão sociocultural do governo federal e terá o prazo de dois anos.

"O SPFW sempre atuou e continuará atuando sem interferir na criação das coleções e desfiles, incluindo neste processo a escolha dos castings de modelos, feitos unicamente pelas marcas e estilistas participantes", disse a nota oficial.


Fonte: UOL Estilo

II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial começa nesta quinta-feira


A Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos realiza, nesta quinta-feira (21), a partir das 8h30, no auditório do Senai, no Poço, a II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial (II Coepir), que terá como tema central “Avanços e Desafios Étnico-Racial”. A abertura contará com as presenças da secretária da pasta, Wedna Miranda, e do secretário-adjunto da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Elói Ferreira de Araújo.

O evento visa analisar e repactuar os princípios e diretrizes aprovados na I Conferência Nacional e Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, além de avaliar as diretrizes para a implementação do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial. A conferência ainda pretende mobilizar os setores de governo nas instâncias estadual e municipal, para o desenvolvimento de ações coordenadas, visando à elaboração do Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial.

O encontro estadual também terá como finalidade eleger os delegados do Estado de Alagoas para participar da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, a ser realizada de 25 a 28 de junho, em Brasília.

Para a secretária Wedna Miranda, o evento oferece uma participação ampla e democrática de todos os segmentos da sociedade alagoana ligados à temática. “Discutiremos questões de gênero, raça e etnia, de acordo com nossa realidade e baseados no temário proposto pela Conferência Nacional”, lembrou a secretária.

De acordo com a programação, pela manhã haverá as palestras Análise da Realidade Brasileira a partir da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial e o Compartilhamento da Agenda Nacional com o Plano de Ação de Durban, ministrada pela coordenadora de Criola, Jurema Werneck; Gestão Pública, Participação e Controle Social: Compartilhando o Poder de Decisão, com a doutora coordenadora do Grupo de Pesquisa e Extensão “Políticas Públicas, Controle Social e Movimentos Sociais” da Ufal Valéria Correia; assim como a Análise do Impacto das Políticas Implementadas, para além Fronteiras, com destaque na área das Relações Internacionais, para os Protocolos Firmados com os Países do Continente Africano, ministrado por Sávio de Almeida - doutor em História, sociólogo, escritor e pesquisador e a coordenadora do Projeto Raízes de África - ONG Maria Mariá- Arisia Barros.

Após as palestras, os debates sobre os temas expostos serão coordenados por Helciane Angélica, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (COJIRA), e Carlos Martins, da UNEGRO. Em seguida haverá a mesa temática com o tema Impacto das Políticas de Igualdade Racial Implementadas no estado de Alagoas, coordenada pela superintendente de Políticas de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos, Josilene Lira, a partir dos eixos temáticos Educação, Saúde, Trabalho, Segurança e Terra.

A partir do meio-dia, haverá discussão e votação das propostas do Regimento da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial. Com os mesmos temas dos eixos temáticos, incluindo Política Internacional, os grupos de trabalho se reunirão a partir das 14h.

O tema Educação terá como facilitador o gerente Étnico Racial da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, Irani Neves. Para o tema Saúde o facilitador será o antropólogo da UFAL, Jorge Riscado; Trabalho e Renda, terá como facilitador Helcias Pereira do Centro de Cultura de Estudos Étnicos Anajô.

O presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Everaldo Patriota, ficará responsável pelo grupo Segurança; o tema Terra será coordenado pelo diretor-presidente do Iteral, Geraldo de Majella e a coordenadora do Projeto Raízes da África, Arísia Barros, será a facilitadora do grupo Política Internacional.

O encontro estadual contará com a participação de 185 delegados, com direito a voz e voto, composto por sete delegados da Comissão Executiva de Apoio ao Evento; 40 delegados titulares e suplentes da Comissão Organizadora Estadual da II Coepir; três delegados titulares parlamentares, respectivamente da Assembleia Legislativa, Câmara Municipal e Câmara dos Deputados Federais, indicados para este fim, e 135 delegados titulares, eleitos dentre os participantes na conferência regional e metropolitana, representantes de governos municipais e da sociedade civil.

O encontro nacional terá 23 delegados, sendo quatro representantes do governo estadual; três parlamentares, indicados respectivamente pela Assembleia Legislativa, Câmara Municipal e Câmara dos Deputados Federais, para este fim; oito representantes dos governos municipais e oito da sociedade civil.

A II Coepir foi precedida de conferências regionais, realizadas pela Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direiros Humanos nos dias 16 e 23 de abril, nos municípios de Delmiro Gouveia e União dos Palmares, respectivamente.

A prefeitura de Maceió realizou a metropolitana, dia 7 deste mês, cujas contribuições serão consideradas na etapa estadual. Todas elas foram convocadas pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, com as participações dos segmentos das comunidades tradicionais indígenas, ciganos, quilombolas e comunidades de terreiro.
Fonte: Agência Alagoas

Unegro-AL receberá visita de coordenador nacional

A União de Negros pela Igualdade em Alagoas (Unegro-AL) convoca todos os filiados, militantes e simpatizantes da instituição para uma reunião especial com a presença do coordenador nacional, Edson França. A atividade acontecerá no dia 20 de maio às 19h, no espaço cultural da Ufal, na Praça Visconde de Sinimbu. Pautas: II Coepir e II Conapir, conferências estadual e nacional de promoção da igualdade racial; Encontro de juventude da Unegro em Olinda-PE; Congresso Estadual e Plenária Nacional da Unegro. O coordenador nacional também prestigiará a II Coepir em Alagoas.

Solenidade do 'Território da Paz' teve atividades culturais e de cidadania


Foi lançado ontem (19) o programa Território da Paz no complexo habitacional do Benedito Bentes, com atividades culturais e de cidadania. O objetivo do programa é realizar ações de prevenção e repressão à violência, por meio da integração entre o governo federal, estadual e municipal. A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça.

Estiveram presentes no evento, além do Ministro, o governador Teotonio Vilela Filho, prefeito Cícero Almeida, superintendente da Caixa Econômica em Alagoas, representantes dos governos federal, estadual e do município, por meio dos seus secretariados.

Dentre as atividades culturais, teve capoeira, teatro, bumba meu boi, folguedos alagoanos executados pela Associação dos Folguedos Populares da Zona Sul (Vergel do lago) e a apresentação da banda bate lata. Na praça Padre Cícero também teve distribuição de panfletos que traziam informações preventivas sobre o uso de drogas, e foram executados serviços de cidadania como a verificação de pressão e a emissão da primeira via do titulo de eleitor.


Bate -Latas

A Banda de Baldes e Latas Menin@s da Grota foi convidado para executar o hino nacional na solenidade. O grupo integra as inúmeras atividades do Centro de Educação Popular e Cidadania Zumbi dos Palmares (CEPEC), sediado na Grota da alegria no Benedito Bentes.
A banda existe há nove anos e é composta por 40 adolescentes e jovens da comunidade, que enfrenta inúmeros problemas sociais, índices de violência e tráfico de drogas. Tocando os baldes e latas, além de participar de outras atividades de formação e capacitação, esses jovens descobrem um novo sentido para as suas vidas, sentem-se realmente incluídos na sociedade.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Steven Spielberg vai produzir filme sobre Martin Luther King

Cineasta Steven Spielberg (à esq.) vai produzir filme sobre a vida de Martin Luther King Jr.


O estúdio DreamWorks, de Steven Spielberg, adquiriu os direitos para levar aos cinemas a vida de Martin Luther King, ícone da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, informou a edição digital da revista americana especializada em entretenimento "Variety".

O projeto é um sonho antigo de Spielberg e seu sócio Stacey Snider, que tentaram durante anos obter as permissões legais para realizar o filme.

"Estamos honrados de ter a oportunidade de contar este momento histórico. Temos esperança de que o poder criativo do cinema e o impacto da vida do doutor King possam ser combinados para apresentar uma história de poder inegável da qual possamos estar orgulhosos", comentou Spielberg.

Martin Luther King foi assassinado em 1968, em Memphis, quando tinha 39 anos, e foi a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz por seu trabalho para acabar com a segregação racial e a discriminação nos Estados Unidos.

Este líder civil registrou durante sua vida os direitos autorais de seus discursos e outras obras, uma propriedade que passou a ser administrada por seus herdeiros.

O filme da DreamWorks será o primeiro a contar com a autorização para usar integralmente o trabalho de King, incluindo o famoso discurso "I Have a Dream", que aconteceu em 1963, em Washington, a fim de reproduzir um retrato fiel de sua vida.


Fonte: EFE

Vereadores discutem sobre religião e briga acaba com acusações de racismo

Religião, Assembleia de Deus e Candomblé fazem Fátima Santiago e Marcelo Gouveia trocarem acusações


Uma briga inusitada chocou os presentes na Sessão acontecida hoje na Câmara Municipal de Maceió, tudo teve início quando o vereador Marcelo Gouveia, que é pastor da Igreja Assembleia de Deus fez duras críticas a sessão especial do Dia da Consciência Negra acontecida na quarta-feira semana passada onde segundo ele sua Igreja tinha recebido críticas da Mãe de Santo Miriam.

Exaltado o vereador disse que não admitia que uma pessoa viesse ao plenário da Câmara para desferir críticas sobre sua igreja e chamou a Mãe de Santo de desqualificada criticando indiretamente a vereadora Fátima Santiago que a tinha convidado.

O vereador disse ainda que sua família tinha perdido tudo que tinha ao dar dinheiro para um Pai de Santo e que a Assembléia de Deus tinha acolhido e salvado sua família.

A vereadora Fátima Santiago respondeu dizendo que o pronunciamento do vereador tinha um cunho racista e que ele estaria exaltado e descontrolado e que deveria respeitar as outras manifestações religiosas.

Marcelo Gouveia retomou a palavra e atacou diretamente a vereadora dizendo que se defender sua Igreja é uma atitude racista, então ele seria racista, mas que não admitia esta acusação pois se fosse assim a Assembleia de Deus não aceitaria pastores negros.

“Não sou racista, a senhora está equivocada, se eu fosse racista não seria amigo da senhora, se eu fosse racista não teria negros na minha família” disse o vereador apontando para Fátima Santiago.

Depois de ouvir o vereador falar, Fátima Santiago atacou diretamente o Pastor e disse que ele não teria qualificação para desqualificar qualquer convidado que participou da sessão especial do Dia da Consciência Negra.

A vereadora Silvana Barbosa pediu um aparte e apesar de dizer que entendia a revolta do vereador a Câmara de Vereadores é uma casa plural e ele teria que aceitar diferentes opiniões a respeito de sua religião.

Já a vereadora Tereza Nelma se disse chocada com o nível da discussão e chamou a atenção do vereador Marcelo Gouveia e pediu respeito às pessoas que foram convidadas, se referindo a Mãe Miriam.

O vereador Marcelo Gouveia voltou à palavra e disse que respeita os negros e que eles são ligados a Deus e não ao candomblé, disse ainda que não era para ninguém “mexer” com a bancada evangélica e principalmente com a Assembleia de Deus.

A vereadora Heloisa Helena explicou que todas as religiões devem ser respeitadas e que nenhuma destas religiões podem se dar o direito de ser o único caminho para Deus, e que tanto em relação a Assembleia de Deus como a as religiões Afrodescententes devem ter seu espaço.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Escola Zumbi dos Palmares comemora o 13 de maio com debate


A passagem do dia 13 de maio, data em que se reverencia a assinatura da Lei Áurea, que oficializou a libertação dos escravos no Brasil, motivou um debate ampliado na Escola Municipal Zumbi dos Palmares, no Clima Bom. O evento, realizado no último sábado (16), teve como base a discussão da Lei nº 10.639 criada em 2003 e que inclui a temática “História Afrobrasileira”no currículo da rede oficial de ensino.

Desde o ano de 2005, a comunidade escolar da Zumbi dos Palmares discute os aspectos ligados à realidade do negro na sociedade. Pais, alunos, professores e técnicos participaram do encontro que teve como palestrantes o professor mestre, Clébio Correia de Araújo e a professora doutora, Nanci Rebouça.

A diretora da escola, professora Maria Edna Gonzaga Ferreira, destacou a participação dos professores na discussão. Ele defende que o tema possa ser ampliado para outras unidades, por isso estendeu o convite a todos os diretores e professores das escolas do Tabuleiro.

Durante a palestra da professora Nanci Rebouça, o público pode interagir sobre o “fazer pedagógico como instrumento de transformação dos sujeitos sociais”. De modo didático ela apresentou experiências de como professores e comunidade podem agir na construção de uma nova realidade para a escola.

Localizada no bairro do Clima Bom, a unidade Zumbi dos Palmares atende a uma comunidade carente. Em relação às demais escolas ela avançou com mais naturalidade na conscientização das questões raciais. O fato de homenagear o líder negro Zumbi facilitou na contextualização do papel de intervenção da escola.

Este foi o 5º evento organizado pela direção. A cada encontro os professores percebem um avanço na consciência e no envolvimento dos estudantes. As palestras servem para apontar novos caminhos que aprimorem a participação social.


Fonte: Secom Maceió

Comunidades quilombolas e indígenas recebem capacitação sobre Bolsa Família


Gestores de 36 municípios alagoanos recebem treinamento sobre a inserção de comunidades no Cadastro Único



Representantes de 36 municípios alagoanos participaram, na manhã desta segunda-feira (18), na Secretaria de Estado da Assistência Social (Seades), de uma capacitação sobre o cadastramento das famílias quilombolas e indígenas no Cadastro único (Cadúnico). O evento foi dirigido pela Coordenação Estadual do Programa Bolsa Família (PBF). Segundo a secretária de Estado de Assistência Social, Solange Jurema, o objetivo é capacitar os municípios para a inserção no cadastro, informar sobre as ações municipais da proposta de ampliação de acesso ao registro civil de nascimento e a documentação básica da população pobre de Alagoas.

A coordenadora estadual do PBF, Maria José Cardoso, expôs o Panorama do Cadastramento de Quilombolas e Indígenas no Cadúnico de Alagoas. “Nosso propósito é sensibilizar os gestores de assistência do programa, no sentido de identificar e cadastrar as famílias com perfil para serem beneficiadas no Bolsa Família”, destacou Maria José, lembrando que o cadastro é aproveitado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), uma vez que essas comunidades são consideradas pelo governo federal como famílias com alto índice de vulnerabilidade social.

A técnica e socióloga da Gerência Quilombola, da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, Elis Lopes, falou sobre a situação das 44 comunidades quilombolas em Alagoas e a Agenda Social Quilombola. “Desse total, apenas 22 são reconhecidas oficialmente pela Fundação Palmares, que certifica a partir de um levantamento junto a estas comunidades. Outras estão em processo de reconhecimento”, disse Elis, acrescentando que o Cadastro Único é importante para identificar a presença destas comunidades para quando surgirem políticas específicas, contemplar os quilombolas”, completou.

De acordo com ela, o cadastro dos Quilombolas começou a ser levantado em 2007, quando a temática começou a ser trabalhada no Estado. “Fizemos um plano de cadastramento e enviamos ao MDS, que aprovou. Desde então, estamos fazendo capacitações e levantando o número de quilombolas”, enfatizou.

Elis disse que a Agenda Social faz parte do Brasil Quilombola, coordenado pela Secretaria Extraordinária de Políticas e Promoção da Igualdade Racial, ligada à Presidência da República. “A agenda agrega vários ministérios, com todos os projetos e programas relacionados a essas comunidades. O governo federal está investindo quase R$ 3 bilhões para os projetos quilombolas do país”, salientou.

A socióloga alertou que a situação das comunidades quilombolas em Alagoas ainda é precária, ressaltando que os 121 anos de abolição só reforçaram a exclusão social e o racismo. “O perfil das comunidades revela que a abolição não foi feita de forma adequada. Precisamos unir força dos poderes públicos e da sociedade civil organizada para minimizar a situação”, concluiu. O evento também abordou o surgimento do Instituto de Terras de Alagoas (Iteral) e as atribuições, função e ações do Núcleo de Quilombolas.


Fonte: Maryland Wanderley / Agência Alagoas

domingo, 17 de maio de 2009

Juliana Alves, a Suellen de "Caminho das Índias", escapou da pecha de ex-BBB


Apesar da aparência voluptuosa, Juliana Alves nem de longe tem o ar espalhafatoso de Suellen, sua personagem em "Caminho das Índias", da Globo. Meiga e discreta, a atriz não se considera expansiva, ainda que seja bem-humorada e não tenha muitas papas na língua. "Adoro brincar, mas não me acho extrovertida. A não ser quando estou em um ambiente com gente conhecida", admite. Mas nem sempre é essa a impressão que Juliana causa. Isso porque ela, que também é bailarina, adora se soltar na pista de dança. "A única hora que sou extrovertida é quando estou dançando. Mas, no dia a dia, sou mais na minha", confessa.

Essa discrição não pode ser atribuída ao papel da atriz na trama de Glória Perez. A fogosa Suellen, que trabalha como garçonete na pastelaria de dona Ashima, de Mara Manzan, está sempre disposta a encarar uma noite na gafieira. Para compor a personagem, ela conta com a ajuda do figurino exuberante, com acessórios extravagantes. "A marca registrada dela é usar braceletes, desde os mais simples até os cheios de 'strass'", diverte-se.

Para dar conta do bailado, Juliana frequentou aulas de dança de salão. Mas como a dança faz parte de sua vida desde os quatro anos de idade, a atriz não teve a menor dificuldade em aprender os passos. "Quando a coreografia estava montada, a professora me passava para eu praticar", conta.

Aos 27 anos, Juliana já atuou em produções como "Prova de Amor", da Record, "Amazônia - De Galvez A Chico Mendes", da Globo, além de ter feito participações em seriados como "Faça Sua História" e "A Grande Família". A atriz também recebeu elogios com seu último papel em "Duas Caras", quando interpretou a fogosa Gislaine. "Pensei que fosse viajar depois da novela, fazer vários cursos ao mesmo tempo. Não esperava ser chamada para tantas participações", diz.

Juliana, que começou a estudar teatro aos 12 anos, admite nunca ter pensando seriamente em atuar na tevê. A oportunidade surgiu depois de sua participação na terceira edição do "Big Brother Brasil". Apesar disso, ela raramente é lembrada como uma ex-"BBB". "De tanto dar entrevista e falar sobre isso, as pessoas acabam lembrando", conta. Curiosamente, na novela, Suellen sonha em participar do "reality". "Penso em algumas pessoas da casa e imagino como seriam o sentimento e as necessidades da Suellen", conta Juliana, sonhando com seu próximo papel. "Quero interpretar uma personagem sem maiores vaidades, pura, bem diferente das últimas", diverte-se.

A atriz também se sente à vontade com o elenco. Diante de tantos veteranos, ela aproveita para aprender tudo o que pode. "Minha personagem não tem família, mas tem vários amigos e pessoas com quem se relaciona", comemora ela, que faz par romântico com Stênio Garcia, intérprete do Dr. Castanho. O casal ainda não engatou uma relação sólida, mas Juliana torce para que eles se entendam. Afinal, o psiquiatra - outro exímio dançarino - proporciona à moça bons momentos, não só nos bailes, como em restaurantes chiques. "Ele é um galanteador e mexe com a vaidade dela. Mas ela diz que está 'cozinhando' o Dr. Castanho. Isso significa que a Suellen está esquentando a relação para ver se vale a pena", explica.

A mesma cautela Juliana tem ao avaliar seu próprio trabalho. Autocrítica e "pé no chão", ela não esconde a insatisfação ao ver no ar algumas de suas cenas. Muitas vezes são pequenos detalhes que a desagradam. "Acontece de eu não gostar da maneira como falei uma palavra", exagera. "No teatro, você tem a oportunidade de melhorar dentro da mesma situação e na tevê é só uma chance. Amanhã é outro texto", compara. Ela chega a ser dura consigo mesma. "Ainda não estou satisfeita. Mas sempre busco melhorar", ressalta.

Mas é impossível negar que o esforço de Juliana está sendo reconhecido. Desde que estreou na tevê em "Chocolate Com Pimenta", em 2003, não parou mais. Mas, para a atriz, não é apenas o talento que importa. "Acho que a nossa carreira depende de oportunidade, de perseverança e de sorte também", avalia.


Fonte: Luana Borges - PopTevê

sábado, 16 de maio de 2009

Prêmio da Igualdade Racial


O Criar Brasil (www.criarbrasil.org.br) e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) estão promovendo o Prêmio da Igualdade Racial. O objetivo principal do Prêmio é divulgar e premiar iniciativas que auxiliem na redução das desigualdades raciais e desempenhem papel de luta pela cidadania e por melhores condições de vida.

Uma das primeiras ações do projeto foi realizar um mapeamento prévio de iniciativas exitosas na promoção da igualdade racial no Brasil: foi quando obtivemos seu contato. Agora vamos nos dedicar a incentivar os projetos mapeados a realizar sua inscrição no Prêmio, a ser encerrado no dia 27 de maio.

Para participar, além da ficha de inscrição, o candidato deve enviar um portfólio, através de CD ou DVD, contendo material de texto, áudio, fotos ou vídeos que julgar necessário para expressar o perfil da iniciativa. Confira o edital do Prêmio em anexo para saber mais detalhes.

Vão ser escolhidos os cinco projetos mais expressivos na redução das desigualdades raciais. As iniciativas serão escolhidas por um corpo de jurados que representa o movimento negro, indicado pela Seppir: Lúcia Xavier, Edialeda Salgado Nascimento e Walter Silvério.

Após a divulgação do resultado, o Criar Brasil vai visitar esses projetos para fazer o registro em foto, vídeo e áudio. O material servirá como base para a produção de programas radiofônicos, que serão distribuídos para 400 rádios comunitárias e educativas e disponibilizados pela internet.

Além disso, os registros vão endossar uma publicação impressa, que tem como objetivo documentar e dar visibilidade às iniciativas que buscam a igualdade racial em todo o país. Os cinco escolhidos receberão ainda um prêmio em dinheiro, que varia entre dois e três mil reais.

Os projetos vencedores vão ser premiados num evento gratuito a ser realizado no Rio de Janeiro, ocasião onde serão lançados os programas jornalísticos e a publicação impressa.

Caso deseje obter mais detalhes, não hesite em nos contatar através do e-mail premio@criarbrasil.org.br ou pelo telefone 21 2508-5204.


Atenciosamente,

Equipe Prêmio da Igualdade Racial

Convite: Festa de Iemanjá


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quilombolas de André Lopes terão curso técnico em Agroecologia

Comunidades quilombolas de Eldorado recebem anúncio da implementação do curso técnico em Agroecologia no quilombo André Lopes

Mais de 500 famílias quilombolas da região do Vale do Ribeira viveram um momento histórico neste dia 13 de maio. O quilombo André Lopes, no município de Eldorado (285 km da capital), recebeu o anúncio da implementação do curso técnico em Agroecologia dentro da própria comunidade. Para o representante das lideranças quilombolas, André Luiz de Morais, “o conhecimento técnico será um passo importante para aumentar a participação dos jovens remanescentes de quilombos na sociedade civil”, afirmou.

Durante a assinatura do termo de construção, ao lado do local onde vai ser erguido o prédio, o secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, ressaltou a importância da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento, a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) e o Centro Paula Souza. “O melhor caminho para promover a igualdade e a inclusão social é investir na geração de emprego”. O secretário também explicou o motivo da escolha do curso. “O técnico em Agroecologia pode contribuir muito no desenvolvimento sustentável do Vale do Ribeira, região que abriga a maior extensão ainda conservada da Mata Atlântica no país”, disse.

O Núcleo de Formação Profissional deverá entrar em operação a partir de 2010, com uma turma de 40 alunos. O novo prédio terá quatro salas de aula e três laboratórios, além de um núcleo de administração.

A cerimônia contou com a participação de mais de 200 pessoas, entre moradores da comunidade, estudantes, familiares e funcionários da escola estadual Maria Antonia Chules Princesa, além de diretores de ensino, prefeitos e autoridades do Estado, como o secretário-adjunto da Habitação, Ulrich Hoffmann, o diretor-executivo da Fundação Itesp, Gustavo Ungaro, e o deputado Samuel Moreira.

Agroecologia

O técnico em Agroecologia é o profissional que atua em sistemas sustentáveis de produção agroecológica. Sua função é planejar e executar projetos e atividades de preservação de recursos hídricos, solo, fauna e flora silvestre, além de orientar sobre o controle natural e biológico de insetos, doenças e plantas espontâneas.

O técnico também realiza atividades de educação ambiental, gestão de propriedade agroeocológica, integração e organização social. O profissional pode atuar na certificação de produtos agroecológicos; na assessoria técnica a prefeituras, instituições de assistência técnica e extensão rural; em propriedades rurais, cooperativas e sindicatos rurais; e trabalhos de pesquisa voltados à agroecologia.

Quilombo André Lopes

A comunidade André Lopes é formada por 76 famílias quilombolas, que vivem em um espaço de 3.200 hectares, localizado na chamada Área de Preservação Ambiental (APA), no município de Eldorado. Na região, vivem 500 famílias de 30 comunidades quilombolas, e também povos indígenas, caiçaras e pequenos produtores rurais. A comunidade André Lopes foi reconhecida em 2001 e seus moradores vivem, principalmente, da agricultura de subsistência.
Fonte: Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo / Grupo de Comunicação
Contatos: (11) 3218-5748 / 5745 / 5746 / 5747

Formação reúne professores no Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo

Evento discutiu o tema "A Terra como Processo de Exclusão", durante encontro nesta quarta-feira, no Cepa (Foto: Valdir Rocha)


Nesta quarta-feira (13), Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo, foi discutido o tema “A Terra como Processo de Exclusão”, em mais uma formação continuada com os professores da rede estadual de ensino. O encontro aconteceu no Centro de Formação Ib Gatto Falcão (Cenfor), que fica no Cepa, durante todo o dia.

A gerente de Educação Étnico-Racial e de Gênero da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEEE), Irani da Silva Neves, afirma que a reunião alcançou o objetivo almejado. “Avalio que a formação foi excelente. Entretanto, a grande quantidade de chuvas atrapalhou um pouco a chegada dos participantes”, disse.

No período da manhã, a professora doutoranda da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Maria Éster, fez um retrospecto sobre a questão das terras quilombolas desde o período colonial até os dias atuais.

O professor mestre e integrante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Jorge Vieira, apresentou à tarde, uma abordagem sobre a questão dos territórios indígenas. “Fizemos um resgate histórico do processo de desapropriação e apropriação de terras por parte do Estado, municípios e particulares. Além disso, mostramos como os índios estão lutando para recuperar estes territórios por meio de mobilizações sociais e legais”, assegurou.


Fonte: Agência Alagoas

Zico denuncia racismo na Rússia

Técnico Zico denuncia racismo após partida da Copa da Rússia
(Foto: EFE)


A classificação do CSKA para a final da Copa da Rússia, conquistada na última quarta-feira com uma vitória nos pênaltis sobre o Dínamo de Moscou, foi pouco comemorada pelo técnico Zico, comandante de Vagner Love e companhia.

Em seu site oficial, o comandante do CSKA explicou que foi obrigado a realizar uma substituição logo aos 28min de jogo por um motivo inusitado e decepcionante: racismo por parte da torcida rival.

"Foi a primeira vez que presenciei dentro do campo uma atitude racista, e ela veio da torcida do Dínamo. Lamentavelmente, parte dos torcedores ficou gritando, imitando macacos o tempo todo e o Maazou (atacante nigeriano) acabou sendo afetado com a ofensa e não conseguiu jogar", testemunhou.

"Passei muito tempo tentando colocá-lo na partida, mas ele chegou a parar diversas vezes para discutir com torcedores. Fui obrigado a tirar o jogador. É muito triste ver isso acontecendo", emendou o ex-jogador, visivelmente decepcionado com o ocorrido.

O atacante Ouwo Moussa Maazou tem 21 anos e, na quarta-feira, disputou somente sua sétima partida com o time de Moscou. Zico espera que fatos como os ocorridos na partida contra o Dínamo sejam banidos do futebol e pediu à Fifa e à Federação Russa que tomem uma atitude.

"A Fifa vem combatendo esse tipo de situação e acredito que a Federação Russa também não vai se omitir. Sou defensor de punição severa a atos de racismo. O futebol é exemplo para jovens e leva a competição sadia sem diferenciar cor, raça, religião, nacionalidade. Não dá para aceitar que esse tipo de coisa aconteça", concluiu.

Fonte: Gazeta Press

13 de maio nas veias

Por: Ana Cláudia Laurindo - Cientista Social e Mestra em Educação Brasileira



Filhos e filhas de um tempo raiado, de Luz interior a guiar os passos pelos descaminhos impostos, os duros percalços de uma sociedade que é sem admitir ser, mesmo sabendo que precisa deixar de ser para Ser melhor!

Dia de Denúncia! 13 de maio nas veias, nas velhas histórias de uma libertação branca, mascarada de vitória e poder. Negro não pára de lutar! Precisa lutar todos os dias para a História não parar. No ventre cheio dessa História mestiça tem muito gemido guardado, sustentando o hoje, como raiz forte de árvore exótica, trazida da África! Raiz do Brasil é resistência africana!

Racismo é mal antigo, pior que quebrante, tem o poder de secar o indivíduo por dentro, torná-lo cego para as belezas de fora! As belezas que não entram em seus padrões, seus caixotes de mentalidades forjadas: negro é feio, é incompetente, é ameaçador! Quadro pintado por brasileiro racista deixa o negro na borda, carregando um eterno saco de açúcar nas costas enquanto rompe um mar de preconceitos!

Negritude aqui é mais que pele escura, virou subjetividade, capacidade de escrever poemas com os feixes de agruras amontoados pelos ancestrais! Aprendendo a cultivar uma força renovada para erguer os olhos escuros e confrontar o desprezo dos vulneráveis, dos ferrenhos ou de qualquer outro estilo de conservador dos erros brasileiros!

Espaços abertos, caminhos descortinados, são negros saindo do borralho, saindo da senzala, saindo das caldeiras, saindo dos canaviais, ganhando as Universidades Brasileiras! Fincando o pé dentro das escolas para conhecer a História e Cultura Africanas! Negros em dinâmica de assunção dos poderes negados!

Cabelos ao vento, na chapinha ou modelado, caminhamos em grupo na defesa da igualdade de direitos na diferença dos fatos!


Dia 13 de maio é discutido na câmara Municipal de Maceió



A Câmara Municipal de Maceió por meio da vereadora Fátima Santiago realizou ontem uma sessão especial que discutiu o dia 13 de maio como o dia nacional de denúncia contra o racismo. O objetivo foi de promover um debate a cerca das questões que envolvem os 121 anos de abolição da escravatura e toda sua problemática.

Diversas autoridades e entidades representativas das questões raciais estiveram presentes à sessão e fizeram uso da palavra, como o membro executivo da FENAL, Fórum de Entidades Negras de Alagoas, Helcias Pereira, que abordou o tema remetendo ao passado de sofrimento vivido pelos negros no Brasil e divulgando alguns dados estatísticos que comprovam a desigualdade social que acomete os negros em Maceió. “De cada 10 pessoas assassinadas 8 são negras. Nas favelas a realidade é a mesma, o que demonstra nossa posição nesta sociedade”, afirmou. Já a vereadora Fátima Santiago disse que todo problema do racismo está intrinsecamente voltado a educação. “Vejo que as crianças não são racistas, elas se tornam racistas pelo incentivo dos adultos que não as educam. Vamos voltar nosso trabalho a isso. Espero que meu projeto para difundir o estudo da história dos negros e da África nas escolas municipais seja apreciado e votado o quanto antes, e que seja posto de fato em pratica” anunciou.

Valdice Gomes, presidente do sindicato dos jornalistas de Alagoas, também participou de evento usando a tribuna para explanar seu descontentamento sobre as políticas públicas voltadas as questões raciais. Já Arísia Barros, representante da Ong Maria Mariá, falou sobre a visão deturpada da sociedade de julgar o negro pela sua tonalidade de pele. “Certa vez escutei de um amigo meu negro com cabelos black power dizer: Pela cor da minha pele já sou abordado pela polícia. Ser negro nesse país já é motivo para incitar a desconfiança. Isso me dói. Precisamos de políticas públicas que minimizem essa discriminação”, finalizou.

Também fizeram parte da mesa de honra da sessão especial, a sacerdotisa Mãe Miriam, que abordou a discriminação contra a religião de origem africana e o Srº Pedro Paulo, da Fundação Afonso Arinos, que fechou seu discurso com citações de uma música de Zé Ramalho que retrata a vivência de um trabalhador que sofre com a discriminação. O evento contou ainda com as presenças dos vereadores Tereza Nelma, Heloísa Helena e Nery Almeida.

Fonte: Assessoria

13 de maio: Antes e depois da Lei Áurea


Helcias Pereira - Militante do Movimento Negro desde 1987 e atualmente encontra-se é Secretário Geral e de Comunicação do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô (helcias.pereira@hotmail.com)


Bem antes do 13 de maio em meados do século XVI, raptaram nossos ancestrais africanos com argumentos de que se tratava de “incultos e desalmados”. Ignoraram suas avançadas arquiteturas para a época, suas escritas e alta tecnologia na agricultura e metalurgia. Forçaram uma tal “diáspora” a base do sequestro e persuasões de mercenários, disseminaram ódio, dor, revoltas e doenças. Ceifaram a liberdade de forma catastrófica de um povo inteiramente arraigado ao seu habitat e a sua cultura.

Bem antes do 13 de maio, dos 10 milhões de escravizados nas Américas, cerca de 4 milhões vieram para o Brasil, homens e mulheres atordoados com tantas atrocidades, buscavam em seus “muximas” (coração, âmago) formas desesperadoras de resistência. Tornou-se um povo negro de tantas etnias, e assim sendo: deu conta dos canaviais, cafezais, cacauzeirais, minas e tantas riquezas. Foram zeladores das casas grandes, damas de ganho, amas de leite e até reprodutores, de tudo foram explorados para garantirem o sistema imperialista colonial.

Apesar de todas as diferentes formas de resistência, desde revoltas individuais às coletivas, apesar inclusive das organizações quilombolas, principalmente o de maior envergadura que fora “Palmares” na Zona da Mata entre Alagoas e Pernambuco, a Lei Áurea nada mais foi se não uma grande inversão de valores, haja vista que já se achavam vitoriosas as diversas irmandades e organizações abolicionistas.

Com o advento da tal Lei Áurea, nada mais fez a princesa Isabel se não apenas confirmar o óbvio além de se submeter as pressões da Inglaterra.

Após o 13 de maio de 1888, o Brasil continuou segregacionista, negando o direito a terra e a educação aos povos afro-descendentes, cujo desemprego e inoportunidades gerais condiciono-os a uma eterna luta por dignidade humana.

A ideologia farsante da democracia racial aponta para um racismo camuflado capaz de fazer prevalecer as desigualdades econômicas, perpetuando-as até onde forem possíveis, visto que a sociedade excludente com seus preconceitos mesquinhos, mascaram-se diante da realidade e apostam na perpetuação da hegemonia branca multifacetada.

Atualmente, muito se luta por “reparações”, absorvida pelo Estado como políticas públicas de ações afirmativas, sobretudo, no âmbito da saúde, Educação, moradia, trabalho, dentre outros. E desta forma a contendo que o Brasil amenizará quatro séculos de dividas junto ao povo afro-brasileiro.

Concluo parafraseando José Tadeu Arantes: “A raiz do preconceito é o medo; e a raiz do medo é a ignorância. Discriminamos aquilo que tememos; e tememos aquilo que desconhecemos".

quarta-feira, 13 de maio de 2009

COLUNA AXÉ: 1º Aniversário


Nesta quarta-feira, 13 de maio, a Coluna Axé completa o seu primeiro aniversário com muito trabalho e revolução na mídia alagoana. Trata-se de uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) que foi o quinto núcleo do país e o primeiro do nordeste a ser formado; interligado ao Sindjornal, realiza a interlocução entre o movimento social negro, meios de comunicação e sociedade.

Editada pela jornalista Helciane Angélica Santos Pereira, a coluna já se tornou um veículo de referência, além de ter recebido uma homenagem dos capoeiristas (ação coordenada pelo Núcleo de Apoio e Desenvolvimento da Capoeira - Nadec) e uma Moção de Congratulações aprovada na Câmara de Vereadores de Maceió (proposta defendida pela vereadora Teresa Nelma).

A cada dia conquistamos admiradores e leitores fiéis, dos mais diversos níveis sociais e ocupações. Outro dia, ficamos muito felizes em saber que um senhor, dono de uma “bodega” no Benedito Bentes, sempre comprava o jornal, mas na terça-feira a primeira página que abria era essa – detalhe importante, ele não é ativista e antes poderia até ser considerado racista devido a algumas atitudes. Pessoas politicamente engajadas também acompanham esse humilde veículo para obter informações sobre as novidades quanto aos avanços das questões étnicos raciais nos mais diversos setores (educação, saúde, cultura, política); também, para conferir as críticas e as mensagens de reconhecimento da herança afro – algo inédito na imprensa alagoana e até mesmo nacionalmente.

Há um ano é mantido o mesmo formato, publicada semanalmente no jornal Tribuna Independente, ocupa meia página colorida no formato stand, e possui editorial, notas informativas, curtas e fotos. Com muita determinação estamos superando os desafios e contribuindo para o fortalecimento do povo negro. Desejamos AXÉ para todos e todas!


Comentário publicado na COLUNA AXÉ desta terça-feira (12.05), no jornal Tribuna Independente.

Câmara de Maceió terá audiência pública sobre igualdade racial

A atividade discutirá políticas públicas favoráveis à população afromaceioense e está sendo articulada pela vereadora Fátima Santiago


Texto: Helciane Angélica - jornalista / integrante da Cojira-AL
Foto: Arquivo pessoal


A Câmara Municipal de Maceió, por meio da vereadora Fátima Santiago (PP), convoca ativistas e a sociedade alagoana para participar da Sessão Solene em comemoração aos 121 ANOS DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA. A atividade acontecerá na quarta-feira (13) às 10h, no auditório da Escola Técnica de Saúde Profª Valéria Hora, localizada na Rua Pedro Monteiro, 347 - Centro- Maceió.

A sessão será aberta ao público e discutirá políticas públicas favoráveis à população afromaceioense nas mais diversas áreas: saúde, educação, moradia, combate ao preconceito racial e a intolerância religiosa, dentre outros.

O 13 de maio é cultuado como a data da libertação dos escravos, porém, é considerada para o movimento negro o Dia Nacional de Combate ao Racismo. Neste dia, os diversos segmentos afros realizam atividades reflexivas, que promovam o debate sobre o cotidiano da população afrodescendente e também ações culturais para exaltar a herança africana deixada na cultura brasileira.

Alagoano transformou a própria casa na periferia em um memorial a Bob Marley

Maior expressão internacional do reggae morreu no dia 11 de maio, há 28 anos


Nesta segunda-feira completa 28 anos da morte da maior expressão do reggae no mundo, Bob Marley, praticamente uma lenda para seus seguidores. A data é celebrada com uma importância especial por José Maria Bezerra, radialista que adotou o nome de Brinco Star. Desde o ano 2000 ele vive cercado pelas fotos e objetos que lembram seu mito. A casa onde mora, no Conjunto Luís Renato de Paiva Lima, N. 4, no Benedito Bentes foi transformada em um Memorial à Bob Marley e é lá que Brinco dorme, acorda, se alimenta e leva sua vida comum (?) ao lado do ídolo, que está presente desde a entrada até o quintal da casa e da família. Aliás, o quintal é onde se concentra a maior parte da memória de Bob Marley. Todo decorado com as cores do rastafari (vermelho, amarelo e verde).

Brinco Star não só promove a memória do maior cantor de reggae, como pode também ser classificado como um dos grandes defensores do maior ambiente. Ele aproveita no Memorial, muitos objetos que já perderam a utilidade, a exemplo de monitores de televisão que viraram display com fotos do cantor, iluminadas à noite; CDs velhos viram peças decorativas e até latas de tinta vazias ganham função útil e decorativa no espaço de 8x20 que é o tamanho total do terreno que sua casa ocupa.

A casa recebe visitas de fãs e de curiosos, atraídos pelas cores fortes da pintura das paredes e o grande número de fotos do cantor. O sonho do dono é ter maior estrutura para buscar maior visitação. Se é chamado de louco? Ele ri e responde que a forma mais branda de classifica-lo foi a frase “meu irmão você é pirado”. Sobre Bob ele destaca uma ressalva: “Não faço apologia às drogas, nunca usei e sou a prova de que não precisamos disso para amar Bob Marley, reggae ou seguir qualquer atividade na vida”.

“É interessante observar como as crianças ficam impressionadas quando passam pela porta. Nesta segunda vinda da Força Nacional à Alagoas, um dia parou uma equipe dela parou lá em frente e eu saí para receber. Acho que se surpreenderam com minha atitude e foram embora. Já perguntaram também se era casa de macumba”, conta, divertindo-se.

Quando a humoristas Regina Casé fez o quadro Minha Periferia, na Rede Globo, Brinco Star quase virou a atração da estreia. Chegou a ser contatado pela produção da afiliada loca da rede Globo, com esse interesse, mas, na época, ele avaliou que a fase não era boa, estava desempregado e o Memorial ainda tinha muito para fazer. Nunca mais teve nova oportunidade. “Umas pessoas minhas ficaram tentando depois uma oportunidade no Jô Soares, quem sabe um dia a gente consegue e eu possa até mostrar minha casa”, afirma orgulhoso. “Não faço nada de Bob Marley buscando retorno financeiro. É só pela admiração de fã, vontade de divulgar mais, manter vivas as idéias boas, a filosofia dele”, completa.

Apoio da família não falta. Não houve nenhuma resistência da esposa quando resolveu batizar o filho de Marley. A mulher só fez uma exigência, que o filho tivesse o segundo nome de Bonner, pela admiração ao apresentador da rede Globo William Bonner. Assim é o mais velho da família de Brinco Star é Marley Bonner, que hoje tem dezesseis anos e curte a paixão do pai.

A homenagem que Brinco Star faz à Bob Marley, segundo ele, não se prende nem a data de nascimento do cantos ( 6 de fevereiro – um feriado nacional na Jamaica) e nem ao aniversário de morte (11 de maio). “Eu faço no cotidiano, mantendo a memória viva dele nesse memorial e na minha página no Orkut”, declara.

O Memorial à Bob Marley foi o apoio psicológico que ele sentiu quando passou um longo período desempregado, com mulher e três filhos na sua dependência e a energia elétrica de sua casa cortada. “Eu saía em busca de emprego e quando voltava ficava montando o memorial, peça por peça, improvisando e foi isso que evitou que entrasse em desespero. No final daquele ano consegui uma vaga de locutor de uma loja”, lembra. Hoje ele trabalha no Posto Dídimo Otto Kümmer, no Conjunto Carminha. Para encontra-lo no orkut é só buscar brinco star number one e verá a página repleta de fotos, informações e amigos de Bob Marley.


Frases de Bob Marley :

“Eles dizem que o sol brilha para todos, mas para algumas pessoas no mundo ele nunca brilha”

“Acredito na liberdade para todos, não apenas para os negros”

“Minha música é contra o sistema. A favor da justiça. É contra as regras que dizem que a cor do homem lhe decide o destino. Deus não fez regras sobre a cor”

“Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos?”

"Há pessoas que amam o poder e outras que tem o poder de amar”


Fonte: Marinete Barros - Jornal Alagoas em Tempo (Ano 5 / Edição 373 / 11 a 17/05/09)

domingo, 10 de maio de 2009

Feliz Dia das Mães!


Todas as vidas
(Cora Coralina)


Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...


Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho,
Seu cheiro gostoso
d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde de são-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.

Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada,
sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.


Vive dentro de mim
a mulher roceira.
– Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos.
Seus vinte netos.


Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.


Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida –
a vida mera das obscuras.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Maceió realiza conferência para discutir igualdade racial


Nesta quinta-feira (7), acontece em Maceió, a I Conferência Metropolitana de Promoção da Igualdade Racial. A finalidade do encontro é discutir as diretrizes gerais da política municipal em defesa dos direitos de todas as etnias vulneráveis ao preconceito racial, social, cultural e religioso. O evento será realizado das 8h às 19h, no Centro de Formação dos Profissionais da Educação — no Cepa. A abertura terá a participação da secretária estadual da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Wedna Miranda.

A Conferência Metropolitana irá finalizar as reuniões preparatórias para a II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, que será realizada também na capital, no dia 21 deste mês, pela Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos.

Durante a Conferência Metropolitana serão realizadas mesas temáticas com os seguintes assuntos: “Análise da Realidade Brasileira a partir da Política Nacional e Municipal de Promoção da Igualdade Racial”, ministrada pelo Dr. Alberto Jorge da OAB/AL; “Impacto das Políticas de Igualdade Racial Implementadas nos Municípios Alagoanos a partir dos Eixos Temáticos: Educação, Saúde, Trabalho, Segurança e Terra”, com a professora Maria Alba Correia da Silva.

Também irão fazer parte da programação os temas: “Compartilhamento da Agenda Nacional com o Plano de Ação de Durban”, com o professor Zezito de Araújo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal); “Gestão Pública, Participação e Controle Social: Compartilhando o Poder de Decisão”, com a Drª Margarete Pereira Cavalcante da Ufal; e “Análise do Impacto das Políticas Implementadas, para além Fronteiras, com Destaque na área das Relações Internacionais para Protocolos Firmados com os Países do Continente Africano”, proferida pelo Mestrando em Sociologia, Wagner Gomes Bijagó, da Ufal.

A conferência é voltada ao público afrodescendente, praticantes de religiões de matriz africana, indígenas, quilombolas, ciganos, judeus, palestinos, juventude negra, gestores públicos, parlamentares, além de outros agentes de organizações da sociedade civil vinculadas à questão.

O papel do evento é reunir o poder público, sociedade civil, organizações não-governamentais e segmentos mais vulneráveis para definir propostas e ideias que servirão como base de discussão para a II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, que tem como tema central “Avanços e Desafios Étnico-Racial”.

Fonte: Viviane Chaves
Assessora de Imprensa -Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos

Mulheres recebem homenagens

A líder comunitária Vânia Teixeira foi homenageada por indicação da secretária Wedna Miranda (Foto: Adailson Calheiros)



A Organização Não-Governamental (ONG) Maria Mariá prestou homenagem, nesta quarta-feira, a mulheres e mães que se destacam nas comunidades onde vivem e na sociedade, em geral, pela capacidade de mobilização social. A solenidade foi realizada no restaurante da Federação das Indústrias de Alagoas e reuniu, além das homenageadas, representantes de instituições públicas e não governamentais responsáveis pelas indicações.

A líder comunitária da Favela Sururu de Capote, Vânia Teixeira, foi uma das homenageadas pelo projeto Raízes de África, por indicação da Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Wedna Miranda. Através da Superintendência de Políticas de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos, ela também sugeriu homenagem à quilombola Laurinete Basílio dos Santos, da comunidade Pau D’arco, no município de Arapiraca. Além da homenagem, as duas receberam bijuterias produzidas pelas adolescentes do Núcleo Estadual de Atendimento Socioeducativo (Neas).

“A Vânia transforma e faz de sua comunidade um marco de resistência. Quem conhece a Favela Sururu de Capote sabe quem é a guerreira Vânia. Espero tê-la no projeto Mulheres da Paz, pelo que ela representa na comunidade. No dia a dia essa militante trabalha uma perspectiva de ganho para seu povo, com o enfrentamento ao uso de drogas e na política pública de inclusão”, comentou Wedna Miranda.

A secretária ressaltou a capacidade de mobilização social da líder comunitária. “Quando viabilizamos emprego e renda estamos fazendo políticas públicas de inclusão, que é um dos papéis que ela tem feito ao participar de cursos em áreas há pouco tempo encaradas apenas por homens, como é o caso do curso de agente hidrossanitário, na área da construção civil”.

Vânia Teixeira agradeceu a homenagem e disse que os resultados do trabalho que desempenha têm obtido visibilidade. “Eu reconheço que nossa comunidade ainda é excluída e apesar disso, com o pouco que temos feito, uma homenagem como essa mostra que os resultados estão surgindo. Ter meu nome sugerido pela secretária Wedna Miranda é a prova de que somos vistas como guerreiras e mulheres de força e não apenas marginalizadas, como a sociedade nos vê”, reconheceu Vânia Teixeira.

A quilombola Laurinete Basílio dos Santos foi citada pela superintendente Josilene Lira como símbolo da pluralidade de beleza, jeito e etnicidade. “Ela é uma mulher que simboliza a luta contra o preconceito, o racismo e o sexismo dentro de um panorama discriminatório de nossa sociedade. Laurinete é uma referência entre as mulheres quilombolas de Alagoas”, acrescentou.
Mães — O evento também homenageou oito mulheres mães da diversidade. Todas foram indicadas por representantes de instituições como Ufal, Polícia Federal, Câmara de Vereadores de Maceió e de Santana do Mundaú e Secretaria de Educação de Viçosa. As outras homenageadas foram a moçambicana Sônia André, estudante de música da Universidade Federal de Alagoas, que enriqueceu a abertura do encontro com música e poesia; a indígena Francisca Silva Medeiros, da Aldeia Boqueirão, de Palmeira dos Índios; a comerciante Maria Cícera Pereira Gomes, vendedora de cosméticos e artesã; a quilombola Marleide Souza Pereira, de Santana do Mundaú, e Maria Isa Virgínio da Silva, que tem histórico de superação na atenção a pessoas necessitadas.

Com o tema “Mojubá Yèyé”, que na língua yorubá significa “Eu saúdo as mães”, a iniciativa teve como objetivo prestar homenagem a mulheres que, apesar das dificuldades e das limitações sociais exclusivistas, superaram adversidades econômicas e sociopolíticas. “Convocamos as autoridades que indicaram mulheres que têm em seu perfil histórias de superação para que possamos viabilizar parcerias, na intenção de dar visibilidade a pessoas que no seu dia a dia não têm esse reconhecimento público. Pretende, com isso, mobilizar a sociedade para a discussão crítica sobre o reconhecimento da contribuição dessas mulheres para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, analisou Arísia Barros, coordenadora do projeto Raízes de África.


Fonte: Agência Alagoas