Por: Ana Cláudia Laurindo - Cientista Social e Mestra em Educação Brasileira
Filhos e filhas de um tempo raiado, de Luz interior a guiar os passos pelos descaminhos impostos, os duros percalços de uma sociedade que é sem admitir ser, mesmo sabendo que precisa deixar de ser para Ser melhor!
Dia de Denúncia! 13 de maio nas veias, nas velhas histórias de uma libertação branca, mascarada de vitória e poder. Negro não pára de lutar! Precisa lutar todos os dias para a História não parar. No ventre cheio dessa História mestiça tem muito gemido guardado, sustentando o hoje, como raiz forte de árvore exótica, trazida da África! Raiz do Brasil é resistência africana!
Racismo é mal antigo, pior que quebrante, tem o poder de secar o indivíduo por dentro, torná-lo cego para as belezas de fora! As belezas que não entram em seus padrões, seus caixotes de mentalidades forjadas: negro é feio, é incompetente, é ameaçador! Quadro pintado por brasileiro racista deixa o negro na borda, carregando um eterno saco de açúcar nas costas enquanto rompe um mar de preconceitos!
Negritude aqui é mais que pele escura, virou subjetividade, capacidade de escrever poemas com os feixes de agruras amontoados pelos ancestrais! Aprendendo a cultivar uma força renovada para erguer os olhos escuros e confrontar o desprezo dos vulneráveis, dos ferrenhos ou de qualquer outro estilo de conservador dos erros brasileiros!
Espaços abertos, caminhos descortinados, são negros saindo do borralho, saindo da senzala, saindo das caldeiras, saindo dos canaviais, ganhando as Universidades Brasileiras! Fincando o pé dentro das escolas para conhecer a História e Cultura Africanas! Negros em dinâmica de assunção dos poderes negados!
Cabelos ao vento, na chapinha ou modelado, caminhamos em grupo na defesa da igualdade de direitos na diferença dos fatos!
Fonte: www.alagoas24horas.com.br
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