segunda-feira, 25 de maio de 2009

Festival de Artes Negras é meio para incentivar relações entre Brasil e África, diz ativista

O lançamento do 3° Festival Mundial de Artes Negras (3° Fesman), hoje (25) em Salvador, representa para o Brasil oportunidade em adotar parceria com países da África em prol do desenvolvimento do continente africano e de estimular relações entre as nações, na opinião do presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo.

O festival será realizado entre os dias 1° e 14 de dezembro em Dacar, no Senegal. O lançamento coincide com o Dia da Libertação da África, comemorado hoje.

“Estaremos discutindo aquilo que a união africana está propondo: uma nova parceria que tenha na sua agenda não apenas as coisas maléficas que acontecem no continente africano, como por exemplo as guerras, a questão da aids, a questão da miséria. Mas também que tenhamos coisas positivas para que a gente possa construir um novo patamar de relações entre os povos e entre as nações", destacou Araújo em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional.

Ele lembrou que a África é o continente mãe da humanidade, mas sofreu nos últimos cinco séculos. "Temos a obrigação de contribuir para que o continente africano alcance o pleno desenvolvimento”.

Os organizadores do festival esperam a presença no Senegal de 3 mil artistas representando 84 nações, africanas e de outros continentes. “Vamos celebrar com música, com artes visuais, com dança, com teatro, com arquitetura, mas também vamos celebrar com um colóquio refletindo o renascimento africano na África e na diáspora”, explica Araújo.

No Brasil, o lançamento contará com a presença do presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, que juntamente com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, abre a cerimônia às 20h30. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, também participa do lançamento, que terá a apresentação do balé folclórico da Bahia, de blocos afro da cidade de Salvador, de artistas senegalenses, além de shows de Margareth Menezes e de Gilberto Gil, que é o presidente internacional do 3° Fesman.

“A Bahia e o Brasil estão felizes, por esse acontecimento, evidentemente porque a Bahia é matriz da cultura brasileira. Aqui aportaram os primeiros escravizados, aqui foi o primeiro governo-geral do Brasil, aqui foi a primeira capital do Brasil. Nada melhor do que a agente reverenciar esse nosso passado, esses nossos ancestrais. A gente estará celebrando tudo isso hoje”, destaca Araújo.
Fonte: Agência Brasil

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