Por: Emanuelle Oliveira - Jornalista e membro da Cojira/AL
Não estamos acostumados a ver ou ouvir falar sobre religiosidade afro na mídia, principalmente em grandes “monarquias comunicacionais”. É como se apenas o catolicismo e as religiões evangélicas difundidas pela classe dominante fizessem parte da história, em suas devoções e promessas de cura, capazes de arrastar multidões a santuários ou até mesmo para contemplar supostos milagres.
Programas religiosos fazem parte da grade de programação de algumas emissoras e assim como seus templos, movimentam milhões em propaganda, venda de óleos e objetos que dizem serem originários de lugares santos. Eles construíram seus pilares sobre a fé e a fragilidade das pessoas, que acreditam que algo que é massivamente mostrado pela tv constitui a verdade absoluta.
Pastores expulsam demônios, supostamente evocados por babalorixás e yalorixás, dizem que se a vida está ruim é por culpa dos "encostos", frutos de macumbas. Destróem terreiros e fazem piada com os filhos de santo. Disseminam a ideia de que existem pactos com o diabo, feitos para separar casais e criar problemas financeiros, já que é no estímulo à acumulação de riquezas que eles têm terreno fértil.
Como a opressão está diretamente ligada aquilo que contradiz os padrões da boa educação, nada mais conveniente do que ocultar vestígios da religião de matriz africana, tida como demoníaca e odiada por católicos, evangélicos e demais fiéis. É vergonhoso frequentar terreiros de macumba, afinal, lá não vemos os personagens da novela, a não ser quando querem fazer mal a alguém.
Falar da tv como referência para qualquer coisa é complicado, só que infelizmente temos que encarar a realidade de que ela é responsável pela construção da identidade da população, principalmente dos mais pobres, que a utilizam como único meio de informação.
Os ícones negros, geralmente artistas, despertam polêmicas ao assumirem que seguem o candomblé, só que as práticas afros ficam subentendidas. Quem não sabe que os santos católicos são os mesmos, só que com outras identidades, na religião de matriz africana?
Já que a história do negro vem sendo contada por brancos, não é surpreendente que fiquemos na parte mais baixa da escala evolutiva, com nossa cultura suprimida e até distorcida. Mas, durante a programação da Rede Globo vi um negro fazendo o papel de protagonista, só que para não fugir à regra ele é um pobre jangadeiro que deixou o Nordeste em busca de uma vida melhor.
O rapaz namora uma menina branca, mas o clássico preconceito que deveria existir entre as famílias não aparece mais. Eles são vistos como um lindo casal! O que me chamou a atenção foi terem mostrado uma mãe de santo jogando os búzios para descobrir um pouco sobre o futuro do jovem.
A mulher usava a “roupa de nação”, que era branca e é usada diariamente em uma casa de candomblé, além do ojá, um pano que se amarra à cabeça. A vestimenta é tão discriminada em nossa sociedade, mas todos acham lindo quando a veem na terra de todos os santos.
O episódio não é nada se comparado ao teor católico das novelas das 18h, porque existe um apelo grande em relação à religião que obrigou índios e negros a mudarem suas roupagens e peculiaridades. Por ser negro e nordestino, nada mais coerente do que o personagem pertencer ao candomblé.
A tv está mudando sua visão sobre o negro?Ainda não! Nas novelas canso de ver negras como empregadas, acusadas de roubo e ainda, como as "gostosonas", objetos sexuais que mexem com a imaginação masculina e que devido a isso sofreram crueldades que estão para além da estética.
Falar de religião é sempre contraditório, assim como falar de política. Porém, como sabemos que existem vários partidos políticos, por que não termos a oportunidade de conhecer outras crenças?
A tv continua discriminando tudo o que contraria e desvirtua seus espaços de poder e não tenho dúvida que essa perseguição à religião de matriz africana ocorre para manter submissos e desinformados aqueles que seguem cegamente os estereótipos reafirmados pela mídia.
Parabéns pelo artigo Emanuelle aponta bem a questão do preconceito racista que aceitamos com total "naturalidade". Será por isso que hoje tem tanta gente em crise de identidade com o movimento negro?
ResponderExcluirVIVA! ZUMBI!
ResponderExcluirREVOLUÇÃO QUILOMBOLIVARIANA! 1- PARTE.
Viva! Chàvez! Viva Che!Viva! Simon Bolívar! Viva! Zumbi!
Movimento Chàvista Brasileiro- Ações Afirmativas Afro –Ameríndia *Quilombismo *
A comunidade negra afros-decendentes brasileira
é solidaria e apóia o povo palestino Viva a Palestina!
Manifesto em solidariedade, liberdade e desenvolvimento dos povos afro-ameríndio latinos, no dia 01 de maio 2008 dia do trabalhador foi lançado o manifesto da Revolução Quilombolivariana fruto de inúmeras discussões que questionavam a situação dos negros, índios da América Latina, que apesar de estarmos no 3º milênio em pleno avanço tecnológico, o nosso coletivo se encontra a margem e marginalizados de todos de todos os benefícios da sociedade capitalista euro-americano, que em pese que esse grupo de países a pirâmide do topo da sociedade mundial e que ditam o que e certo e o que é errado, determinando as linhas de comportamento dos povos comandando pelo imperialismo norte-americano, que decide quem é do bem e quem do mal, quem é aliado e quem é inimigo, sendo que essas diretrizes da colonização do 3º Mundo, Ásia, África e em nosso caso América Latina, tendo como exemplo o nosso Brasil, que alias é uma força de expressão, pois quem nos domina é a elite associada à elite mundial é de conhecimento que no Brasil que hoje nos temos mais de 30 bilionários, sendo que a alguns destes dessas fortunas foram formadas como um passe de mágica em menos de trinta anos, e até casos de em menos de 10 anos, sendo que algumas dessas fortunas vieram do tempo da escravidão, e outras pessoas que fugidas do nazismo que vieram para cá sem nada, e hoje são donos deste país, ocupando posições estratégicas na sociedade civil e pública, tomando para si todos os canais de comunicação uma das mais perversas mediáticas do Mundo.o manifesto Revolução Quilombolivariana e bradaram Viva a,Viva Simon Bolívar Viva Zumbi, Viva Che, Viva Martin Luther King, Viva Osvaldão, Viva Mandela, Viva Chávez, Viva Evo Ayma, Viva a União dos Povos Latinos afro-ameríndios, Viva 1º de maio, Viva os Trabalhadores e Trabalhadoras dos Brasil e de todos os povos irmanados.
O.N.N.QUILOMBO –FUNDAÇÃO 20/11/1970
quilombonnq@bol.com.br
VIVA! ZUMBI1
ResponderExcluirREVOLUÇÃO QUILOMBOLIVARIANA! 2 -PARTE
Viva! Chàvez! Viva Che!Viva! Simon Bolívar! Viva! Zumbi!
Movimento Chàvista Brasileiro- Ações Afirmativas Afro –Ameríndia *Quilombismo *
A comunidade negra afros-decendentes brasileira
é solidaria e apóia o povo palestino Viva a Palestina!
A exclusão dos negros e a usurpação das terras indígenas criaram-se mais e 100 milhões de brasileiros sendo estes afro-ameríndios descendentes vivendo num patamar de escravidão, vivendo no desemprego e no subemprego com um dos piores salários mínimos do Mundo, e milhões vivendo abaixo da linha de pobreza, sendo as maiores vitimas da violência social, o sucateamento da saúde publica e o péssimo sistema de ensino, onde milhões de alunos tem dificuldades de uma simples soma ou leitura, dando argumentos demagógicos de sustentação a vários políticos que o problema do Brasil e a educação, sendo que na realidade o problema do Brasil são as péssimas condições de vida das dezenas de milhões dos excluídos e alienados pelo sistema capitalista oligárquico que faz da elite do Brasil tão poderosa quantos as do 1º Mundo. É inadmissível o salário dos professores, dos assistentes de saúde, até mesmo da policia e os trabalhadores de uma forma geral, vemos o surrealismo de dezenas de salários pagos pelos sistemas de televisão Globo, SBT e outros aos seus artistas, jornalistas, apresentadores e diretores e etc.
Manifesto da Revolução Quilombolivariana vem ocupar os nossos direito e anseios com os movimentos negros afro-ameríndios e simpatizantes para a grande tomada da conscientização que este país e os países irmãos não podem mais viver no inferno, sustentando o paraíso da elite dominante este manifesto Quilombolivariano é a unificação e redenção dos ideais do grande líder zumbi do Quilombo dos Palmares a 1º Republica feita por negros e índios iguais, sentimento este do grande líder libertador e construí dor Simon Bolívar que em sua luta de liberdade e justiça das Américas se tornou um mártir vivo dentro desses ideais e princípios vamos lutar pelos nossos direitos e resgatar a história dos nossos heróis mártires como Che Guevara, o Gigante Osvaldão líder da Guerrilha do Araguaia. São dezenas de histórias que o Imperialismo e Ditadura esconderam. Há mais de 160 anos houve o Massacre de Porongos os lanceiros negros da Farroupilha o que aconteceu com as mulheres da praça de 1º de maio? O que aconteceu com diversos povos indígenas da nossa América Latina, o que aconteceu com tantos homens e mulheres que foram martirizados, por desejarem liberdade e justiça? Existem muitas barreiras uma ocultas e outras declaradamente que nos excluem dos conhecimentos gerais infelizmente o negro brasileiro não conhece a riqueza cultural social de um irmão Colombiano, Uruguaio, Venezuelano, Argentino, Porto-Riquenho ou Cubano. Há uma presença física e espiritual em nossa história os mesmos que nos cerceiam de nossos valores são os mesmos que atacam os estadistas Hugo Chávez e Evo Morales Ayma,Rafael Correa, Fernando Lugo não admitem que esses lideres de origem nativa e afro-descendente busquem e tomem a autonomia para seus iguais, são esses mesmos que no discriminam e que nos oprime de nossa liberdade de nossas expressões que não seculares, e sim milenares. Neste 1º de maio de diversas capitais e centenas de cidades e milhares de pessoas em sua maioria jovem afro-ameríndio descendente e simpatizante leram o manifesto Revolução Quilombolivariana e bradaram Viva a,Viva Simon Bolívar Viva Zumbi, Viva Che, Viva Martin Luther King, Viva Osvaldão, Viva Mandela, Viva Chávez, Viva Evo Ayma, Viva a União dos Povos Latinos afro-ameríndios, Viva 1º de maio, Viva os Trabalhadores e Trabalhadoras dos Brasil e de todos os povos irmanados.
O.N.N.QUILOMBO –FUNDAÇÃO 20/11/1970
quilombonnq@bol.com.br