quarta-feira, 19 de março de 2008

Iteral realiza visitas para reconhecimento de comunidades quilombolas

A Gerência do Núcleo de Quilombolas do Instituto de Terras e a Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) definiu o calendário das visitas a comunidades quilombolas do Estado, para elaboração de relatório a ser enviado ao Ministério da Cultura. O objetivo é conseguir do ministério o reconhecimento oficial dessas comunidades como remanescentes de quilombos e assim garantir recursos para projetos de melhoria das condições de vida nessas localidades.

Até setembro deste ano, uma equipe do Iteral irá visitar 20 comunidades quilombolas em todas as regiões do Estado. De hoje até quarta-feira, a gerente do Núcleo de Quilombolas do instituto, Berenita Melo, acompanhada de um historiador, uma socióloga e um antropólogo, visita as comunidades Passagem e Sítio do Meio, em Taquarana; Jussara, em Santana do Mundaú; Abobreiras, em Teotônio Vilela; Gurgumba, em Viçosa, e Bom Despacho, em Passo do Camaragibe.

A equipe irá analisar os costumes, o modo de vida e investigar a história de cada comunidade. Também irá fazer um relato das condições sociais, como o acesso à educação e saúde, aos programas assistenciais do governo federal, o tipo de moradia e as estradas de acesso à localidade. “Tudo isso fará parte de um relatório individual sobre cada uma delas, que o Iteral vai enviar à Fundação Palmares, para que o Ministério da Cultura dê seu parecer”, explica a gerente do Núcleo de Quilombolas, Berenita Melo.

O decreto que permite o reconhecimento das comunidades remanescentes de quilombos é o 4.887, de 20 de novembro de 2003. “Com esse reconhecimento, as comunidades podem ser beneficiadas com recursos do governo federal para projetos de melhoria das condições de saúde, educação, estradas de acesso, moradias, saneamento, entre outros programas”, relata Beredita.
Ela destaca também a importância do reconhecimento. “É extremamente necessário, pois essas comunidades são muito carentes, os índices de analfabetismo são elevados e elas dispõem de poucas opções de trabalho e quase nenhuma assistência”, finaliza.

Fonte: Site Tudo na Hora

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