A marca “Dove” – empresa de cosméticos da multinacional holandesa Unilever – lançou uma campanha publicitária internacional de péssimo gosto, polêmica e ainda por cima extremamente racista.
Na publicidade uma mulher negra, após usar o sabonete líquido, não apenas troca a blusa de cor escura por uma blusa branca, como também, troca de pele, transformando-se numa mulher branca.
A “limpeza racial” causou reação de forma imediata, milhões de cidadãos e cidadãs do mundo inteiro se manifestaram de maneira veemente contra esta prática criminosa, que é a hierarquização racial de um lado e desqualificação racial do outro.
A modelo nigeriana Lola Ogunyemi se pronunciou sobre a participação na propaganda em um post publicado no jornal britânico “The Guardian” (foi excluída após acusações de promover o racismo).
Ela afirmou que, se soubesse o resultado final, seria a primeira dizer ‘não’: “Se eu tivesse a mínima noção de que eu seria retratada como inferior, ou como o ‘antes’ de uma edição com antes e depois, eu teria sido a primeira a dizer um enfático ‘não' (...) Isso vai contra tudo o que eu acredito. Ter a oportunidade de representar suas irmãs de pele negra em uma marca de alcance global parecia a forma perfeita para lembrar o mundo de que estamos aqui, de que somos bonitas e, mais importante, que temos valor”, escreveu. Ela, no entanto, ponderou e disse que a marca poderia defender sua visão criativa e sua escolha de incluí-la, uma “mulher de pele inequivocadamente negra”. “Eu não sou apenas uma vítima silenciosa de uma campanha de beleza. Eu sou forte, sou bela e não serei apagada”, exaltou.
Fonte: Coluna Axé – 464ª edição – Jornal Tribuna Independente (24 a 30/10/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
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