quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Em defesa da liberdade de imprensa e do exercício profissional do jornalista


O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam a violência sofrida pelas equipes de reportagem do site G1 Alagoas, Jornal Gazeta e TV Gazeta de Alagoas, na tarde da última terça-feira (16), quando foram impedidas de fazer a cobertura de uma manifestação ocorrida no conjunto Colibri, no Clima bom, em protesto contra a morte de um jovem que teria sido vítima de uma ação policial.

A primeira equipe de jornalistas a ser atacada pelos manifestantes foi a do G1. O carro da reportagem foi virado e depredado quando a repórter Michele Farias, e o motorista Wellington Bezerra saíram do veículo. Ao retornarem, foram expulsos pela multidão sob ameaça de sofrerem violência física caso insistissem em ficar no local. Em seguida, uma equipe do jornal Gazeta de Alagoas foi também ameaçada. O repórter Mikel Marques e o repórter fotográfico Ailton Cruz foram impedidos de fazer a cobertura, e o motorista José Luciano da Silva foi ameaçado por um homem que portava uma espingarda calibre 12. Já a equipe da TV Gazeta de Alagoas, composta pela repórter Catarina Martorelli, o repórter cinematográfico Josenildo Lopes e o motorista Fabrício Bezerra foi impedida de chegar até o local, sendo alertada por moradores para não prosseguir.

As entidades consideram que a violência dos manifestantes representa um grave atentado à liberdade de imprensa, portanto, um crime que precisa ser apurado, e denunciam a falta de garantias para o exercício da profissão em Alagoas, especialmente em se tratando de fatos de coberturas de risco, gerando ameaça à integridade física dos profissionais e prejudicando a sociedade no seu direito à informação.

O Sindjornal e a Fenaj manifestam solidariedade aos trabalhadores agredidos e cobram providências dos órgãos responsáveis pela segurança no Estado e das empresas de comunicação na garantia das condições de trabalho a seus profissionais.

Por fim, as entidades enfatizam que também é imprescindível que os governos promovam políticas públicas que assegurem o exercício profissional do jornalismo.


SINDICATO DOS JORNALISTAS DE ALAGOAS – SINDJORNAL
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS - FENAJ

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