Ontem (13.05), celebrou-se 125 anos da Abolição da Escravatura. O Brasil é o maior país do mundo em população afrodescendente, fora do continente africano. É o segundo país em população negra depois da Nigéria e o último país a abolir a escravidão negra, e, também foi o que mais importou africanos para serem escravizados. Trata-se de uma data emblemática que representa a “libertação” dos negros escravizados, porém, a população continuou marginalizada, em busca de trabalho digno, sem acesso a educação e lutando pelo reconhecimento da cidadania.
Para o Movimento Social Negro, essa data representa o Dia Nacional de Luta e Denúncia contra o Racismo. Já tivemos muitas conquistas, mas, atualmente uma das principais preocupações é o combate do racismo institucional. E para garantir mecanismos de aprofundamento, construção de diagnósticos e monitoramento da implementação de políticas públicas nas áreas de Seguridade Social e Trabalho, foram lançadas duas publicações: “Guia de Enfrentamento do Racismo Institucional” e “Racismo Institucional – uma abordagem conceitual”.
O projeto foi organizado pelo Geledés – Instituto da Mulher Negra, foi o resultado de um processo de construção coletiva que agregou organizações feministas e antirracistas brasileiras, o Governo Federal e contou com o apoio do Fundo para a Igualdade de Gênero da ONU Mulheres. O material pode ser adquirido no site www.geledes.org.br, através do download gratuito.
O racismo tem se configurado como uma ideologia, presente nas mais diversas esferas da sociedade (cultura, política, esporte, educação, ética, etc) e atua em diferentes níveis (pessoal, interpessoal e institucional). A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei nº 9.459, de 13 de maio de 1997.
Chega de opressão, queremos respeito e justiça! Axé!
Fonte: Coluna Axé - nº 249 - Jornal Tribuna Independente (14.05.13)
Edição: Helciane Angélica - Jornalista integrante da Cojira/AL
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