terça-feira, 31 de julho de 2012

Formação e a Lei 10.639/03

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), disponibilizou na internet o download gratuito, em PDF, dos quatro volumes da série "Debates e perspectivas para a institucionalização da Lei n° 10.639/2003", que foi desenvolvida pelo Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas.

No material consta as contribuições realizadas pela instituição e a importância da Lei 10.639, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação com a inclusão da obrigatoriedade do ensino da cultura e da história africana e afro-brasileira no currículo escolar, dos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares. O conteúdo programático deve incluir o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.

A série apresenta as discussões desenvolvidas nos eventos de lançamento da edição em português da Coleção História Geral da África (HGA), realizados no primeiro semestre de 2011, e traz um rico conteúdo das trocas de experiências entre os expositores nacionais e internacionais. Os eventos são resultados da parceria entre a Representação da Unesco no Brasil, o Ministério da Educação e a Universidade Federal de São Carlos.

São apresentados o mapeamento de necessidades e perspectivas para a implementação das diretrizes curriculares nacionais para a educação sobre relações étnicorraciais, história e cultura africana e afro-brasileira no sistema da educação básica do país e, ainda, foram apresentadas possibilidades de uso da Coleção HGA como um subsídio para a sua efetivação.

E, sem dúvidas, esse é um importante material para a capacitação de professores, pesquisadores e ativistas dos segmentos afros. Vale a pena!



Fonte: Coluna Axé - nº211 - Jornal Tribuna Independente (31.07.12)
Com informações da Ascom da Seppir

domingo, 29 de julho de 2012

"Além de um pai ele foi um herói", diz filho de Mussum sobre a descoberta do legado do pai




O filho do comediante e músico Mussum, Antônio Carlos de Santana Bernardes Gomes, conviveu apenas cerca de um ano com o músico e humorista, que morreu há exatos 18 anos de complicações depois de uma cirurgia cardíaca. Conforme cresceu, Mussunzinho, como Antônio é conhecido, entrou em contato com o trabalho do pai e se apaixonou por seu legado.
“Conheci o trabalho dele e vi que além de um pai ele foi um herói”, disse Mussunzinho ao UOL. “Ele foi um artista completo, fazia humor, dançava e cantava muito bem. E fazia isso em uma época de racismo muito forte. Ele se juntou a outros três humoristas maravilhosos para formar os ‘Trapalhões’ e juntos eles conquistaram o mundo”.
Dominando o “Facebookis”
Mussum, que morreu até antes da difusão da internet, faz mais sucesso na rede do que muitas celebridades atuais. Montagens de fotos suas em posições diversas são compartilhadas por redes sociais como Facebook e Twitter. Isso mostra que adolescentes que não tinham nascido quando Mussum estava vivo são fãs do humorista.
“Esse sucesso na internet me deixa muito impressionado e gratificado ao mesmo tempo”, falou Mussunzinho. “Tem tanta modinha que nasce e morre na internet a cada dia, saber que as pessoas estão lembrando do trabalho dele depois de tanto tempo e divulgando é uma coisa impressionante”.
Ele diz que a imagem de Mussum que sobreviveu na internet condiz com quem ele foi. “Ele era assim mesmo. Eu tive pouco contato, mas todas as vezes que encontrei com quem trabalhou com ele, como humorista ou no ‘Originais do Samba’, tive essa reação de alegria”.
Mussunzinho, ele também um ator, disse que não se sente na sombra do humorista. “Eu me sinto muito agradecido. Ser filho do Mussum é uma realização pessoal para mim. Muita gente trabalhou com meu pai, mas isso não quer dizer que portas profissionais foram abertas. O que eu agradeço é o carinho que recebo por causa dele”.

Fonte: UOL


quinta-feira, 26 de julho de 2012

APNs realizam segunda etapa da Escola Nacional de Formação


Por: Helciane Angélica - Jornalista


Os Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) realizam nos dias 25 a 27 de julho, na cidade de Belo Horizonte (MG), a segunda etapa da Escola Nacional de Formação. Estão presentes 25 participantes, oriundos dos estados de Alagoas, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Na programação encontra-se a mística (momento de reflexão e de espiritualidade), aulas, cine-debate e workshop de dança. Dentre os temas a serem aprofundados estão: Juventude e Políticas Públicas; Juventude e Violência; Diálogo Interreligioso e Intolerantismo; História das Religiões de Matriz Africana, Educação e Relações raciais, Educação e Negritude, Mídia e Poder.

A iniciativa surgiu com o intuito de oportunizar a capacitação das lideranças, para trocarem experiências e, principalmente, tornarem-se agentes multiplicadores do conteúdo sobre os avanços das questões étnicorraciais, história, cultura afro-brasileira e africana, além de contribuir para o fortalecimento dos APNs. A primeira etapa aconteceu na cidade de São Paulo (SP), em julho de 2011.

E durante todo o sábado (28.07), os coordenadores nacionais estarão na Reunião de Planejamento da nova Diretoria, onde definirão as principais estratégias de ações para a gestão 2012-2015. Saiba mais sobre a entidade nacional do movimento negro, no site: www.apnsbrasil.org.


Comunicação

A jornalista alagoana Valdice Gomes – diretora do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, Presidente do Sindjornal e integrante da Cojira/AL – estar representando todos os malungos do Estado de Alagoas, e também, foi convidada para ser uma das professoras. Ela repassará seus conhecimentos e experiência profissional sobre “Mídia e Poder”, além de destacar a importância do movimento social e todos os segmentos afros darem mais visibilidade às suas ações e manter uma integração maior junto aos veículos de comunicação.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Olimpíadas em Londres

Nessa semana o mundo estará vidrado em Londres, na Inglaterra, para acompanhar os Jogos Olímpicos de 27 de julho a 12 de agosto de 2012. Já os Jogos Paraolímpicos ocorrerão de 29 de agosto a 9 de setembro do mesmo ano. A cerimônia de abertura acontecerá na sexta-feira (27.07) às 17h, horário de Brasília, com o tradicional desfile das delegações de aproximadamente 192 países e 13 territórios.

O Brasil possui uma delegação composta por 259 atletas, 136 homens e 123 mulheres, classificados em 27 modalidades, dentre elas: atletismo, basquete, boxe, canoagem, ciclismo, esgrima, futebol, ginástica artística, handebol, hipismo, judô, levantamento de pesos, lutas, natação, nado sincronizado, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tênis de mesa, tiro esportivo, tiro com arco, triatlo, vela e vôlei.

Para quem gosta de esportes variados, emoção e superação de limites, sem dúvidas, é diversão garantida. Porém, autoridades também demonstram preocupação quanto os atos de racismo e a xenofobia que é o medo irracional, aversão ou a profunda antipatia em relação aos estrangeiros.

Para o relator da Organização das Nações Unidas sobre o Racismo, Mutuma Rutere, o racismo é um grande problema nos esportes e pode manchar as Olimpíadas. Também defende que novas medidas preventivas sejam tomadas para evitar incidentes racistas cheguem a todas as partes do mundo e não serão tolerados símbolos neonazistas, slogans e cartazes preconceituosos exibidos durante as partidas.

Além de torcer para que os brasileiros e brasileiras conquistem muitas medalhas, também estaremos vibrando e dando visibilidade aos atletas negros e negras nas próximas edições da Coluna Axé. E principalmente, torcer para que a paz, respeito e apenas o espírito competitivo estejam presentes nas quadras, piscinas, campos, ginásios, entre outros. Axé!!!


Fonte: Coluna Axé - nº210 - jornal Tribuna Independente (24.07.2012)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Alagoano é selecionado para apresentar projeto sobre dança-afro


Por: Helciane Angélica - COJIRA/AL
Foto: Arquivo pessoal


A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) parabeniza Jadiel Ferreira - bailarino, professor de dança-afro e acadêmico de Dança - por ter sido selecionado para participar do II Congresso Internacional de Cooperação e Educação (II COOPEDU), porém, também lamenta a sua impossibilidade de estar presente e a ausência de patrocinadores.


O evento teve como tema “África e o Mundo” e ocorreu nos dias 5 e 6 de julho, na cidade de Lisboa em Portugal. Foi organizado pelo Centro de Estudos Africanos do Instituto Universitário de Lisboa e pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria.


O alagoano se inscreveu para apresentar o Projeto Dança Afro, desenvolvido na Universidade Federal de Alagoas/Pró-Reitoria Estudantil (PROEST) com o intuito de estimular o “Diálogo possível na reestruturação curricular, no fazer artístico e na formação de professores sob a perspectiva da Lei 11.645/08 nos cursos de Licenciatura da UFAL”. A apesentação aconteceria no painel Saberes Étnico-Culturais e Saberes Científicos na Formação Intercultural, para destacar a importância e os resultados da ação. 


Outras informações sobre o evento no site: www.coopedu.cea.iscte.pt Confira também o resumo do projeto:




PROJETO DANÇA AFRO – UFAL/PROEST: Diálogo possível na reestruturação curricular, no fazer artístico e na formação de professores sob a perspectiva da Lei 11.645/08 nos Cursos de Licenciatura da UFAL

Jadiel Ferreira dos Santos (jadielafrobr@hotmail.com) Universidade Federal de Alagoas

O presente estudo aborda questões relevantes e importantes no contexto escolar, fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais que estabelece o ensino da Historia e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, prevendo diálogos possíveis na reestruturação curricular no fazer artístico e na formação de professores sob a perspectiva da lei 11.645/08 nos Cursos de Licenciatura da Universidade Federal de Alagoas/UFAL. A partir da constatação da falta de um planejamento pedagógico ou atividades que visassem à formação dos discentes, para a diversidade étnico-racial no curso de Dança Licenciatura – UFAL, tendo em vista que o respeito aos valores culturais como princípios constitucionais da educação tanto quanto da dignidade da pessoa humana é necessária e urgente a adoção de um fazer pedagógico que preparem os novos e os antigos professores para uma educação que dialogue com a sociedade contemporânea.  Para ressignificar o movimento humano dentro da prática educativa, atuando no verdadeiro compromisso da escola, se utilizando de materiais didáticos, áudios-visuais, pesquisa de campo e aulas práticas de dança afro. Os alunos passaram a ter conhecimento sobre o contexto político social no fazer pedagógico e de sua atuação enquanto professor, sendo possível contribuir para a formação dos discentes no seu processo educativo.

Palavras-chave: Educação, Territorialidade e Corpo 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Jornalistas lamentam a morte do professor Eduardo de Oliveira


A Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira), vinculada à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), lamenta profundamente a morte do professor Eduardo de Oliveira, 86 anos, um dos mais antigos e ilustres militantes do movimento negro brasileiro, ocorrida no último dia 12 de julho, em São Paulo. Oliveira foi o primeiro vereador negro da Capital paulista. Além de poeta, escritor, autor do Hino à Negritude, era presidente do Congresso Nacional Afro Brasileiro (CNAB), e membro do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Cnpir).

O movimento negro perde o aguerrido e carismático professor Eduardo, como era carinhosamente chamado, incansável na defesa dos direitos da população negra, sempre presente nas lutas por igualdade racial, justiça social e pela democracia, mas sua memória permanecerá viva. No Cnpir, certamente ele jamais será esquecido pelos conselheiros que tiveram a honra de conviver com este grande ativista, compartilhar de sua sabedoria, dos seus ensinamentos.

Nossa solidariedade aos familiares e amigos do professor Eduardo, este guerreiro que nos deu exemplo de dignidade e bravura sem jamais perder a ternura.

Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial – Conajira/Fenaj

                                                                        Julho de 2012

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Hoje é o Dia Internacional Nelson Mandela




Foto: UN Photo/Pernaca Sudhakaran
Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon



"É com muito prazer que digo hoje: Feliz Aniversário, Nelson Mandela.
Nelson Mandela tem sido um advogado e um lutador da liberdade. Um preso político, um pacificador, um presidente. Um curador de nações… e um mentor para várias gerações de líderes e pessoas de todos os lugares de todo o mundo.
Nelson Mandela dedicou 67 anos da sua vida para mudar a vida do povo da África do Sul.
O nosso presente para ele pode – e deve – ser mudar o nosso mundo para melhor.
Hoje me uno à Fundação Nelson Mandela para pedir a todos e cada um de nós que realizem 67 minutos de serviço público neste Dia Internacional Nelson Mandela – um minuto para cada ano de serviço que Madiba dedicou à humanidade.
Ensine uma criança. Alimente os que têm fome. Cuide do meio ambiente. Seja voluntário num hospital ou num centro comunitário.
Faça parte do movimento Nelson Mandela para tornar o mundo um lugar melhor. Esta é a melhor forma de desejar a Nelson Mandela um feliz 94º aniversário.
É a melhor forma de lhe agradecer por ser uma inspiração para todos nós.
Atue. Sirva de inspiração para a mudança. Faça de cada dia um Dia Mandela." 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

União Africana elege sua primeira presidente na história da organização

Por:  Paulo Rogério Nunes, de Adis Abeba, Etiópia, especial para o CORREIO NAGÔ.
Twitter - @paulorogerio81


Adis Abeba  - O continente africano dá mais um passo histórico na busca pela igualdade de gênero e avanço das mulheres em cargos de poder. Ontem, 15, foi eleita na cidade de Adis Abeba, Etiópia, a primeira mulher para presidir a União Africana, a mais importante instituição diplomática do continente, a sul-africana Nkosazana Dlamini Zuma.

A nova gestora é médica de formação, foi ministra da saúde de 1994 a 1998 no governo de Nelson Mandela - sendo a primeira ministra de saúde no pós apartheid - além de ter servido como ministra das Relações Exteriores nos governos de Thabo Mbeki e Kgalema Molanthe. Zuma é também uma militante histórica da luta contra o apartheid.

Criada em 1963 por líderes como Kwame Nkrumah, Haile Selassie e Léopold Senghor, a União Africana nunca havia tido uma mulher em seu cargo principal, isso em um continente onde as violações dos direitos da mulheres é um fato constante, como casos de mutilação genital, violência doméstica e tráfico de meninas.

Desafios

Nkosazana Dlamini Zuma enfrentou grande dificuldade para vencer essa eleição que teve um forte lobby dos países de língua francesa para a reeleição do gabonês Jian Ping no cargo. Ping foi eleito em 2008 e se manteve na importante função até ontem.

Os desafios da nova presidente não serão poucos. O continente enfrenta uma nova onda de conflitos e golpes de Estado, como o caso do Mali, onde rebeldes estão destruindo locais históricos como a Universidade de Timbuktu – a primeira cidade universitária do mundo –, e na República Democrática do Congo, onde a União Africana planeja enviar tropas para resolver o conflito com rebeldes do grupo M23 na província Kivu do Norte. Além disso, a disputa entre o Sudão e o Sudão do Sul, que tem como prazo para sua resolução no próximo dia 2 de agosto, está em um momento crítico.

A questão de gênero é outro desafio que tem sido cada vez mais pautado por organizações multilaterais e a liderança de uma mulher na UA é um avanço histórico nesse tema. Em 2005 a presidente da Libéria, Ellen Jonhson Sirlef, também fez história sendo a primeira mulher a presidir uma nação africana.

Hoje, o continente tem duas representantes, a presidente Ellen, que se reelegeu em 2011, e a presidente do Malaui, Joyce Banda, que assumiu o cargo após o falecimento do presidente Bingu wa Mutharika, em abril desse ano. Banda era a vice presidente e sucessora natural do cargo.

Nkosazana Dlamini Zuma tem 63 anos, é da etnia Zulu, e é vista como uma líder competente em seu país. A nova presidente da União Africana é também ex-esposa do atual presidente sul-africano, Jacob Zuma. Sua vitória na eleição para o cargo teve como fator decisivo o alinhamento dos países de língua inglesa para apoiar sua candidatura frente ao bloco de países francófonos.

A nova presidente deixa o atual cargo de ministra do Interior de uma das maiores nações do continente para assumir uma tarefa ainda mais desafiadora, a busca de soluções para a unificação de um continente marcado por disputas territoriais, conflitos diplomáticos e graves violações de gênero.

Fonte: Correio Nagô

VII Festival Alagoano das Palavras Pretas faz homenagem ao Dia do Amigo


Evento reúne pessoas, poesias, boa música e valoriza a cultura negra, no Dia Internacional da Amizade

Com o objetivo de ressignificar a literatura negra, com a universalidade dos movimentos de auto-afirmação da consciência, além do mês de novembro, o projeto Raízes da África, coordenado por Arísia Barros, em parceria com o Mojubá Petiscaria Baiana e apoio da Secretaria da Mulher da Cidadania e dos Direitos Humanos, realiza no dia 20 de julho, o VII Festival Alagoano das Palavras Pretas: “Mojubá O luku mi” que na língua africana yorubá quer dizer: Eu saúdo Meus Amigos.

O evento, que será realizado na Mojubá Petiscaria Baiana, no Dia Internacional da Amizade, reúne pessoas que gostam de interpretar, ouvir e sentir poesias, que no Festival têm a temática negra. A escolha do tema, data e local foi estratégica. A temática foi escolhida pela necessidade de revalorizar a importância do dia 20 de julho, Dia Internacional da Amizade ou o Dia do Amigo, data que em alguns estados já consta no calendário cultural.

O Mojubá Petiscaria Baiana pretende trazer para os alagoanos pratos que aliam sabor, cultura e história. “Além de oferecer pratos de qualidade, a petiscaria pretende sempre fomentar a cultura local e afro, realizando programações que valorizem os artistas e projetos locais”, disse Fabrício Carvalho, um dos sócios da empresa.

Para Arísia Barros, o Festival Alagoano das Palavras Pretas tem o duplo desafio de estabelecer e consolidar caminhos alternativos, agregando e despertando a atenção de um público diversificado para um outro tipo de literatura, como também reinventar o prazer da boa prosa poética”. Juntar gente que queira alimentar a alma com poesia , quebrando os distanciamentos geográficos das pessoas com interesses, afetos e palavras. Gente que tenha o prazer de encontrar os amigos.

O VII Festival Alagoano das Palavras Pretas: “Mojubá O luku mi”/Eu saúdo Meus Amigos, será realizado a partir das 20h, e o ponto alto da programação é a interpretação dos 50 (cinquenta) poemas, que estarão expostos nos espaço, pelo público, apresentações artísticas, dentre elas o cantor e compositor alagoano Gustavo Gomes que interpreta Ponto do Colibri , composição em parceria com Petrúcio Baeto. A música está sendo cotada para se tornar o Hino da Serra da Barriga,AL .

Durante o Festival haverá a entrega de 10 certificados: “Mojubá O luku mi”/Eu saúdo Meus Amigos”, como reconhecimento ao trabalho de pessoas e instituições compromissados com a promoção das políticas para a igualdade racial.

Haverá também a entrega de certificados “Amigo É Coisa Para se Guardar” para as 10 melhores declarações de amor e amizade, do público que devem ser interpretadas ao vivo e a cores e ao lado do amigo a ser presenteado. Um júri fará a seleção das melhores declarações.

O VII Festival Alagoano das Palavras Pretas: “Mojubá O luku mi”/Eu saúdo Meus Amigos tem como parceiro a Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos. A Mojubá Petiscaria Baiana fica quase em frente à Chopparia Alagoana, numa transversal da Av. Amélia Rosa. O Festival é gratuito, mas com vagas limitadas. As reservas de mesa devem ser feitas até 19 de julho, às 19h, pelo e-mail da mojubapetiscariabaiana@gmail.com. Mais informações: (82) 8834-5638/8827-3656



domingo, 15 de julho de 2012

Alagoas tem o Dia de Resistência da Religiosidade Afro-brasileira


A Secretaria da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos, a Casa de Iemanjá (Pai Célio), CEUON (Pai Marcos), Casa de Nanã (Mãe Miriam) e LEGIONIRÊ (Pai Manoel do Xoroque) e todos que fazem a Rede Alagoana de Comunidades Tradicionais Afro Brasileira informam que na última sexta-feira (13.07) foi instituído que o dia 08 de dezembro é Dia de Resistência da Religiosidade Afro brasileira - DIA DE IEMANJÁ.


LEI Nº 7.384, DE 12 DE JULHO DE 2012.

INSTITUI NO CALENDÁRIO OFICIAL DO ESTADO DE ALAGOAS O DIA DE RESISTÊNCIA DA RELIGIOSIDADE AFRO- BRASILEIRO – DIA DE IEMANJÁ, A SER COMEMORADO NO DIA 8 DE DEZEMBRO DE CADA  ANO.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS
Faço saber que o Poder Legislativo Estadual decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica instituído no calendário oficial do Estado de Alagoas o Dia de Resistência da Religiosidade Afro-brasileira – Dia de Iemanjá.
Art. 2º A data deverá ser comemorada anualmente no dia 8 de dezembro, em todo o Estado.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO REPÚBLICA DOS PALMARES, em Maceió, 12 de julho de 2012, 196º da Emancipação Política e 124º da República.


TEOTONIO VILELA FILHO

Governador



A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) acredita que essa é uma iniciativa admirável, ainda mais, quando nesse ano encontra-se em evidência o Centenário do Quebra de Xangô. Porém, esperamos que os toques e oferendas não tenham mais que enfrentar intimidações, proibições e delimitações de áreas para serem executados. Parabéns a todos os adeptos das religiões de matrizes africanas e simpatizantes por mais essa conquista. Axé!

Hoje tem festa de Oxum


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Morre aos 85 anos o autor do Hino à Negritude

Por: Ascom - Fundação Cultural Palmares


Faleceu na manhã desta quinta-feira (12), o presidente do Congresso Nacional Afro-brasileiro, professor Eduardo de Oliveira.  Aos 85 anos, o autor do Hino à Negritude sofria de insuficiência renal. O velório acontecerá após às 22 horas, na Câmara Municipal de São Paulo. O sepultamento será realizado nesta sexta-feira (13), no Cemitério da Lapa, às 15 horas.

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, lastimou a perda. “O Movimento Negro brasileiro está enlutado, entristecido com o passamento do professor Eduardo de Oliveira. Sua história de lutas para um Brasil progressista e independente, com um povo nutrido e feliz, se soma a toda uma trajetória de vida contra o racismo e os preconceitos”, afirma.

“O Hino à Negritude de sua autoria é um relato da firmeza e certeza que ele nutriu de ter um país sem racismo. Seu legado nos orienta a erguermos a cabeça e continuarmos lutando por uma sociedade justa, sem racismo e fraterna”, conclui o presidente da FCP.



Hino à Negritude - Eduardo de Oliveira, poeta e jornalista é autor da faixa-título Hino à Negritude. Em 2009, foi aprovada a oficialização do cântico à africanidade brasileira, em todo o território nacional, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Autor de nove livros publicados, ilustrou em seus sonetos o encontro com a trágica realidade social dos negros brasileiros. O militante era também um defensor dos direitos humanos e um atento observador das relações raciais no Brasil.

Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É u’a imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs
Ergue a tocha no alto da glória
Quem herói nos combates se fez
Pois, que as páginas da história
São galardões aos negros de altivez
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lhe destinou
Belo e forte, na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a sol
Para o bem do nosso país
Ergue a tocha no alto da glória…
Dos palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da mãe África
Aruanda dos deuses da paz
No Brasil este axé
Que nos mantêm de pé
Vem da força dos orixás
Ergue a tocha no alto da glória…
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heróico labor
Todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente, marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor porvir
Ergue a tocha no alto da glória…

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Faltam 20 dias para o encerramento das inscrições do Prêmio Abdias Nascimento 2012



Dia 31 de julho é o último dia de inscrições na 2ª edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento. Profissionais de todo Brasil que publicaram ou veicularam reportagens entre 1º de maio de 2011 e 31 de julho de 2012 podem concorrer. Serão aceitos trabalhos veiculados em emissoras brasileiras de televisão ou rádio, na mídia impressa, na internet e na mídia alternativa ou comunitária. Repórteres da imagem também podem participar.

O prêmio distribuirá R$ 35 mil para os vencedores de sete categorias: Mídia Impressa, Televisão, Rádio, Internet, Mídia Alternativa ou Comunitária, Fotografia e a Categoria Especial de Gênero, conforme regulamento. As inscrições devem ser feitas pelos próprios autores através do site www.premioabdiasnascimento.org.br

O objetivo é valorizar a cobertura jornalística qualificada sobre temas relacionados à população negra. A ideia é estimular trabalhos que promovam a igualdade racial na imprensa. Esta bandeira é defendida há dez anos pelos jornalistas das Cojiras (Comissões de Jornalistas Pela Igualdade Racial) em todo o país.

Site
A ficha de inscrição e o regulamento estão no site do prêmio. Na página, estão também disponíveis informações sobre quem foi Abdias Nascimento, sobre as Cojiras, uma reflexão sobre a questão racial na mídia, além de notícias sobre a premiação e um vídeo-documentário lançado em sete cidades brasileiras mostrando como foi a noite de entrega do prêmio no Teatro Oi Casa Grande, em 2011.

O Prêmio Jornalista Abdias Nascimento é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), vinculada Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ). Conta com o apoio Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) e do Centro de Informações das Nações Unidas (ONU). O patrocínio é da Fundação Ford, Fundação W. K. Kellogg e da Oi.


Fonte: Cojira-Rio

terça-feira, 10 de julho de 2012

Aperfeiçoamento étnicorracial e de gênero


Por: Helciane Angélica - com informações do edital


A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) estar com as inscrições abertas até o dia 13 de julho, para dois novos cursos de aperfeiçoamento: Educação para as Relações Étnicorraciais e Gênero e Diversidade na Escola – uma iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e da Coordenadoria Institucional de Educação a Distância (Cied), e, tem como financiador o Ministério da Educação – SECADI.

Os cursos visam promover e propiciar meios para a elevação da qualidade do ensino com base na diversidade e no respeito aos direitos humanos, assim como, capacitar e formar educadores e educadoras da rede pública do Ensino Básico na direção do desenvolvimento e consolidação de uma cultura que valorize a diversidade étnicorracial, a equidade de gênero e que rechace qualquer forma de discriminação social. 

Também busca facilitar uma aproximação teórico-conceitual acerca dos seguintes temas: a) panorama sócio-histórico e cultural da diversidade no mundo ocidental, particularmente no Brasil; b) gênero como categoria útil de análise e intervenção, o pensamento feminista, as desigualdades de gênero no cotidiano escolar e caminhos de enfrentamento; c) sexualidade em perspectiva plural e sócio-historicamente contextualizada e os direitos reprodutivos e sexuais no âmbito dos direitos humanos; d) Raça, Etnicidade, Racismo, Discriminação, Preconceito. 

As aulas ocorrerão em modo semipresencial nas cidades de Arapiraca, Maragogi, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e Maceió. Ao todo são 400 vagas, sendo 250 vagas para o curso na área das relações étnicorraciais e 150 para o outro. Tem como público alvo: Gestores e Educadores que atuam na educação básica das escolas cujos entes federados tenham manifestado adesão ao “Compromisso Todos pela Educação”; Técnicos das Secretarias Estadual e Municipais de Educação; e participantes do Movimento Negro organizado.

A prova ocorrerá no dia 12 de agosto e o resultado final será divulgado no dia 4 de setembro. A taxa de inscrição custa R$30, confira outras informações no edital disponível no site: www.copeve.ufal.br

Essa é uma ótima oportunidade para aprofundar os conhecimentos e tem um diferencial no currículo, além de ser uma importante contribuição para a população afro-descendente e a sociedade alagoana. Axé!


Fonte: Coluna Axé - nº 208 - jornal Tribuna Independente (10.07.12)

domingo, 8 de julho de 2012

Maceió: Audiência pública sobre homicídios de jovens


Anderson nocauteia no segundo round, defende cinturão pela décima vez e faz as pazes com Sonnen



Anderson Silva já tinha avisado: "acabou a brincadeira". Na noite de sábado em Las Vegas, o brasileiro finalmente calou o norte-americano Chael Sonnen e defendeu o cinturão dos médios pela décima vez no UFC 148, lutando praticamente "em casa" com o apoio dos brasileiros que encheram a MGM Grand Arena. 


Depois de ser dominado no chão durante todo o primeiro assalto, Anderson reagiu e, pela primeira vez diante de Sonnen, lutou como o campeão. Esquivou-se de um soco giratório, viu o norte-americano cair no chão e, após acertar uma joelhada, encaixou uma sequência de golpes que forçou o nocaute técnico no segundo round. 
Ao final da luta, Anderson fez as pazes com Sonnen: "Não tenho nada contra o Chael. Ele desrespeitou meu país, mas isso é só uma luta. Acima de tudo, isso é esporte", declarou Anderson em inglês.
Em português, Spider pediu: "Vamos mostrar que o Brasil tem gente educada, vamos aplaudir o cara também.  Se você quiser fazer um churrasco lá em casa eu te convido, minha mulher faz para a gente", completou. Sonnen respondeu: "Estou feliz por ter tido essa oportunidade, você é um verdadeiro cavalheiro".

Sonnen vinha abusando das provocações contra Anderson e o Brasil desde a primeira luta entre os dois, em 2010, quando o norte-americano dominou o combate, mas perdeu por finalização no quinto round. 
A vitória de Anderson foi a revanche dessa rivalidade e apagou a mancha deixada em sua carreira por ter apanhado durante 23 minutos na sua primeira vitória contra Sonnen. No segundo combate entre os dois, a história foi diferente. 
Depois daquela luta no UFC 117, Anderson alegou estar com uma costela quebrada, enquanto Sonnen foi pego no doping. O jogo de provocações entre os dois ao longo de quase dois anos fez do combate deste sábado o mais esperado da história. Dentro do octógono, o brasileiro acertou as contas com o falastrão norte-americano, mas sem antes passar por um susto no primeiro round.

O combate já começou de forma inesperada. Sonnen começou com tudo e logo derrubou Anderson, repetindo o que aconteceu no primeiro combate. O brasileiro passou por maus bocados, ficando em desvantagem sob o corpo do rival durante todo o primeiro assalto. Spider tentava achar a posição ideal para finalizar, mas o desafiante não dava brecha. 
Foram mais cinco minutos de domínio de Sonnen sobre Anderson. O norte-americano passou a empolgar a torcida local, e os brasileiros mostravam preocupação. E no segundo assalto, o campeão foi novamente encurralado logo no começo.

Mas, quando o norte-americano tentou um soco giratório, acabou dando de cara na grade após a esquivada do Spider. 
Sentado no chão, Sonnen tomou uma joelhada e então foi Anderson quem montou no rival. Uma série de golpes sem reação do norte-americano fez o árbitro interromper a luta faltando dois minutos para o final do segundo round.

Veja os resultados do UFC 148

Card principal  

Anderson Silva venceu Chael Sonnen por nocaute (Peso médio)
Forrest Griffin venceu Tito Ortiz por decisão unânime dos juízes (Meio-pesado)
Cung Le venceu Patrick Côté por decisão unânime dos juízes (Médio)
Demian Maia venceu Dong Hyun Kim por nocaute(Meio-médio)
Chad Mendes venceu Cody McKenzie por nocaute(Pena)
Mike Easton venceu Ivan Menjivar por decisão unânime dos juízes (Galo)

Card preliminar  
Melvin Guillard venceu Fabrício "Morango" Camões por decisão unânime dos juízes (Leve)
Khabib Nurmagomedov venceu Gleison Tibau por decisâo unânime dos juízes (Peso Leve)
Costa Philippou venceu Riki Fukuda por decisão unânime dos juízes (Peso médio)
Shane Roller venceu John Alessio por decisão unânime dos juízes (Peso leve)
Rafaello Oliveira venceu Yoislandy Izquierdo  por decisão unânime dos juízes (Peso leve)

Fonte: UOL Esportes

quinta-feira, 5 de julho de 2012

TVE exibe Ôrí


A película destaca a reconstrução da identidade negra no Brasil

Por: Iranei Barreto e Ascom da EBC/TV Brasil

TVE exibe Ôrí
A TV Educativa Alagoas exibe nesta sexta-feira (06), às 22h30, o documentário Ôrí, lançado em 1989 pela cineasta e socióloga Raquel Gerber,  que documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, buscando a relação entre Brasil e África, cujo fio condutor é a história pessoal de Beatriz Nascimento, historiadora e militante, falecida trágica e prematuramente no Rio de Janeiro, em 1995.

O filme traça um panorama social, político e cultural do país, em busca de uma identidade que contemple também as populações negras, e mostrando a importância dos quilombos na formação da nacionalidade. A palavra Ôrí, significa cabeça, consciência negra, e é um termo de origem Yoruba (ref. à África Ocidental).

Ôrí recupera junto aos movimentos negros a imagem do "herói civilizador" Zumbi de Palmares para uma identificação positiva do homem negro na modernidade. A comunidade negra aparece em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, através da concepção do projeto de Beatriz que vê o "quilombo" como correção da nacionalidade brasileira. Reprise. 91min.
Ano: 1989 / Restauração digital: 2008. Gênero: documentário. Direção: Raquel Gerber. Fotografia adicional: Adrian Cooper, Jorge Bodanzky e Pedro Farkas. Trilha sonora: Naná Vasconcelos.




Baque Alagoano abre inscrições para oficina de Maracatu


Em cinco anos de história, o grupo realiza oficinas, dando oportunidades para outras pessoas conhecerem Maracatu


Estão abertas as inscrições para a Oficina de Maracatu e Dança do grupo Baque Alagoano, que acontecerá nos dias 21 e 28 de julho, das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas, na Praça Marcílio Dias, no Jaraguá.  Quem gosta de dançar e tocar instrumentos de percussão, ou ainda não sabe, mas tem interesse em iniciar uma atividade nova nesse segundo semestre, eis uma boa oportunidade de ousar e fazer algo diferente! A inscrição custa apenas R$ 20,00, mais um brinquedo, novo ou usado, em bom estado de conservação.

Em seus cinco anos de história, o Baque Alagoano vem realizando oficinas com o objetivo de dar a oportunidade a outras pessoas de conhecerem o universo do Maracatu e da dança afro (esta é a nossa segunda oficina de dança), além de receber novos membros, por tratar-se de um grupo com estrutura rotativa, e ainda ter nessas oficinas mais um canal de interação com a sociedade. O brinquedo pedido no ato da inscrição é também para darmos continuidade às atividades sociais, comuns do Baque Alagoano.

A oficina é aberta para pessoas de todas as idades. Quem tiver o interesse de conhecer o nosso Grupo antes da oficina, pode comparecer à Praça Marcílio Dias, aos sábados, a partir das 14 horas. Lá é o nosso local de ensaio e principal ponto de encontro. Para inscrições, é só entrar em contato por intermédio do email baquealagoano@gmail.com ou pelos telefones 9334-6740 (Claro), 9114-2914 (Tim) ou 8807-8699 (Oi). Visite também nosso blog, maracatubaquealagoano.blogspot.com
Não perca mais tempo. Venha nos dar o prazer da presença e conheça a família Baque Alagoano. Ouse o diferente!

Fonte: Divulgação

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Crimes de racismo e discriminação racial previstos na reforma do código penal brasileiro


Por: Denise Porfírio 

Após sete meses de trabalho, integrantes de uma comissão de 15 juristas entregaram no Senado o anteprojeto de reforma do código penal brasileiro. O documento que determina o que é crime no país e quais as penas aplicáveis é o mesmo desde 1940. O texto de 300 páginas tem por objetivo ajustar o documento à Constituição Federal de 1988 e às necessidades da sociedade moderna. 

Um grupo de trabalho formado por advogados negros de vários estados do Brasil atuantes em casos de discriminação apresentou como proposta a necessidade da inclusão da discriminação, do preconceito racial e da intolerância religiosa como circunstâncias agravantes genéricas. No texto, também estão previstas situações específicas como discriminação racial no acesso a empregos, escolas, transporte público e estabelecimentos. 

Para o presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira de Araujo esse é o momento de estreitar a relação dos órgãos de promoção da igualdade racial com o movimento negro e sociedade civil a fim de fortalecer a luta pela inclusão de direitos de proteção à população negra brasileira. “No Brasil colonial por causa da condição vulnerável de escravidão que o negro foi submetido não existia um consenso de que o racismo sempre foi crime, hoje é inadmissível pensar que tal comportamento se perpetue”, afirma. “Racismo é uma violência contra os direitos humanos e tem que ser tipificado como crime”. 

Uma outra preocupação da comunidade negra em relação ao novo código é a criminalização da “perturbação do sossego”, que era considerada uma contravenção penal e agora pela nova proposta será analisado como crime contra a paz pública. A medida pode atingir o livre exercício dos cultos de religiões de matriz africana, que usam instrumentos e são realizados em locais mais abertos. 

Por causa dos levantamentos polêmicos a proposta deverá ser alterada por falta de acordo sobre temas diversos. A expectativa é que também haja mudança para as penas de racismo. Alguns desses crimes são punidos com apenas um a três anos de prisão, o que autoriza o benefício da “suspensão condicional do processo” – o acusado deixa de ser processado pelo crime caso cumpra algumas exigências, como deixar de frequentar determinados lugares. 

No momento, o anteprojeto começa a tramitar no Senado e será votado após passar pelas comissões necessárias. Se aprovado, segue para a Câmara de Deputados e em seguida para a sanção presidencial, ainda não há previsão para que o texto comece a figurar nos livros de Direito Penal.



Conheça algumas propostas: 

1. Aborto 

No caso do aborto, são sugeridas a diminuição das penas e o aumento nas hipóteses de descriminalização. A principal inovação é que a gestante de até 12 semanas poderá interromper a gravidez desde que um médico ou psicólogo ateste que a mulher não tem condições de arcar com a maternidade. 

2.  Discriminação 

Aumentariam as situações em que uma pessoa pode responder na Justiça por discriminar outra. Pelo texto, poderá ser processado quem praticar discriminação ou preconceito por motivo de gênero, identidade ou orientação sexual e em razão da procedência regional. Pela legislação atual, só podem responder a processo judicial quem discrimina o outro por causa da raça, da cor, da etnia, da religião ou da procedência nacional. Os crimes continuariam sendo imprescritíveis, inafiançáveis e não sujeitos a perdão judicial ou indulto. A pena seria a mesma de atualmente, de até 5 anos de prisão. 

3. Meio ambiente 

Seria aumentada de 1 ano para 3 anos a pena máxima para quem tenha sido condenado por realizar obra ou serviço potencialmente poluidor sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes. 

4. Drogas sem crime 

Pela proposta, deixaria de ser crime portar drogas para consumo próprio. Não haveria crime se um cidadão for flagrado pela polícia consumindo entorpecentes. Atualmente, a conduta é considerada crime, mas sujeita apenas à aplicação de penas alternativas. Mas há uma ressalva para a inovação: consumir drogas em locais onde haja a presença de crianças e adolescentes continua sendo crime. A venda – de qualquer quantidade que seja – é crime. O plantio – se for para consumo próprio – não seria mais considerado crime. 

5. Crimes cibernéticos 

Cria o tipo penal para tipificar crimes contra a inviolabilidade do sistema informático, ou seja, aqueles cometidos mediante uso de computadores ou redes de internet, deixando de serem considerados crimes comuns. Passaria a ser crime o mero acesso não autorizado a um sistema informatizado. 

6. Embriaguez ao volante 

Foi retirado qualquer obstáculo legal para comprovar que um motorista está dirigindo embriagado. Passaria a ser crime dirigir sob efeito de álcool, bastando como prova o testemunho de terceiros, filmagens, fotografias ou exame clínico. 

7. Menores 

Quem usar menores de idade para cometer um crime passa a assumir a pena que o menor receberia, além da dele próprio.


Fonte: Fundação Cultural Palmares

Inscrições abertas para cursos de aperfeiçoamento


São 400 vagas distribuídas entre Educação para as Relações Étnico-Raciais e Gênero e Diversidade na Escola


Por: Deriky Pereira - estudante de jornalismo

Estão abertas até o dia 13 de julho, pelo site da Copeve, as inscrições para dois novos cursos de aperfeiçoamento: Educação para as Relações Étnico-Raciais e Gênero e Diversidade na Escola. A iniciativa é da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e da Coordenadoria Institucional de Educação a Distância (Cied) da Universidade Federal de Alagoas.
A prova será realizada no dia 12 de agosto e os locais poderão ser vistos no Cartão de Confirmação de Inscrição. Os cursos serão realizados em modo semipresencial nas cidades de Arapiraca, Maragogi, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e Maceió e irão contar com 400 vagas, a serem distribuídas da seguinte maneira: 250 vagas para o curso de Educação para as Relações Étnico-Raciais e 150 para o curso de Gênero e Diversidade na Escola.
Importante
Vale ressaltar que se o candidato possuir problema de saúde, algum tipo de deficiência, necessidades especiais ou não conseguir realizar a inscrição pela internet, poderá se dirigir à sede da Copeve, situada no Campus A. C. Simões, em Maceió, nos seguintes horários: das 8h às 12h e das 13h às 17h. O resultado final será divulgado no site da Copeve no dia 4 de setembro e os candidatos serão selecionados até o número de vagas previsto de acordo com as demandas de cada curso.
Para obter mais informações, confira o edital.

Fonte: Ufal

terça-feira, 3 de julho de 2012

Papa Bento XVI aprova beatificação da brasileira Nhá Chica, filha de negros escravizados


O papa Bento XVI assinou o decreto que permitirá a beatificação da brasileira Francisca de Paula de Jesus, neta e filha de negros escravizados conhecida como Nhá Chica.

A data da cerimônia, entretanto, ainda não está definida. O anúncio foi feito pelo gabinete de imprensa de Santa Sé, que divulgou a lista com os decretos assinados pelo papa. O documento cita, sem dar detalhes, o milagre ocorrido por intercessão da brasileira.

O milagre – A professora Ana Lúcia Meirelles sofria de hipertensão pulmonar causada por um defeito congênito no coração que passava incorretamente pelo órgão e os médicos recomendaram uma cirurgia. Três dias antes da cirurgia, em 1996, Ana Lúcia teve febre e a cirurgia teve que ser adiada. Segundo a professora, passados sete dias houve uma melhora considerável em seu estado de saúde, creditado por ela à proteção de Nhá Chica.

Nha Chica – Nascida em 1808 na cidade de São João Del Rei, em Minas Gerais, Nhá Chica, que era filha e neta de negros escravizados, ficou órfã aos dez anos, viveu a maior parte de sua vida em Baependi-MG e dedicou toda a sua vida à caridade, ficando conhecida por sua fé e seus atos de caridade.

Devota de N.Sra. da Conceição sua fama de santidade se espalhou com ela ainda viva e pessoas de outros lugares começaram a visitar Baependi para conhecê-la, conversar com ela, falar de suas dores e necessidades e, sobretudo para pedir orações. Morreu aos 87 anos, em 14 de junho de 1895. O Santuário dedicado a ela recebe um grande número de visitantes durante todo o ano e em três ocasiões especiais: dia 14 junho (falecimento de Nhá Chica), dia 18 de junho (sepultamento de Nhá Chica) e dia 08 de dezembro (dia de N. Sra. da Conceição).

Beatificação – Em 1991, o Papa João Paulo II concedeu a Nhá Chica o título de “Serva de Deus” e desde 2007 a Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano examinava um milagre, que foi aprovado por Bento XVI.

A beatificação é um passo decisivo para uma pessoa ser considerada santa. Antes da canonização, porém, um segundo milagre tem de ser reconhecido.


Fonte: Site da Fundação Cultural Palmares - Com informações da Veja e da Agência Minas

Clima eleitoral

Por: Helciane Angélica


Nessa semana foi oficialmente iniciado o período eleitoral no Brasil, que definirá os próximos vereadores(as) e prefeitos(as) que estarão no poder nos próximos quatro anos.

No sábado (30.03), em todo o Estado de Alagoas ocorreram às negociações finais, alianças e as convenções partidárias; e em Maceió, o resultado foi a definição de sete candidatos que disputarão o cargo de Chefe do Executivo Municipal, são eles: Alexandre Fleming (PSOL), Galba Novaes (PRB), Jefferson Moraes (DEM), Nadja Baía (PPS), Ronaldo Lessa (PDT), Rosinha da Adefal (PT do B) e Rui Palmeira (PSDB).

O prazo para o registro das candidaturas encerra nessa quinta-feira (05.07) junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE) e, no dia seguinte, podem começar os atos de campanha como as passeatas, visitas nas casas e propaganda na internet. Já o guia eleitoral inicia no dia 21 de agosto, de segunda a sábado, nas emissoras de rádio e TV. E a eleição propriamente dita será no dia 07 de outubro, e caso tenha segundo turno ocorrerá no dia 28 de outubro.

De acordo com a Wikipédia – enciclopédia livre amplamente conhecida na Internet – a configuração do pluripartidarismo na política brasileira surgiu, no início da década de 1980. Atualmente, existem 30 partidos políticos em atividade no Brasil: DEM, PC do B, PCB, PCO, PDT, PEN, PHS, PMDB, PMN, PP, PPL, PPS, PR, PRB, PRP, PRTB, PSB, PSC, PSD, PSDB, PSDC, PSL, PSOL, PSTU, PT, PT do B, PTB, PTC, PTN, e PV. Também existem mais 22 partidos que se encontram em processo de legalização junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

E em cada eleição, a ciranda partidária ganha força e ainda consegue nos surpreender, os aliados passam a ser oponentes e os “inimigos” se transformam em “amigos de infância”. Enquanto isso, a sociedade fica entre o fogo cruzado e jogo de interesses, onde os discursos são repetitivos e as ações inexpressivas. Deve-se analisar as plataformas políticas e quem são os candidatos e candidatas que realmente nos representam e que sejam comprometidos com os afrodescendentes, a nossa cultura e história.

Também precisamos valorizar os candidatos(as) negros(as) e/ou lideranças populares, para deixarmos de ser coadjuvantes, e ocupar os espaços de poder que realmente proporcionem a igualdade étnicorracial e de direitos nos mais diversos setores. Acorda povo! 


Eleições 2012


O Fórum de Religiões de Matriz Africana do Maranhão (Ferma) iniciou no mês passado uma campanha que busca conscientizar os adeptos e simpatizantes das religiões de matrizes africanas para votarem em candidatos e candidatas que valorizem a cultura afro-brasileira e atuem no combate da intolerância religiosa. A iniciativa tem sido propagada pelo Brasil afora, será que em Alagoas dará certo?!





 

Fonte: Coluna Axé - nº207 - Jornal Tribuna Independente (03.07.12)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Governo e sociedade pensam ações para efetivar política de saúde da população negra



Estratégias serão definidas em fórum que reunirá gestores de saúde e movimento social nos dias 03 e 04 de julho, em Brasília


O Fórum “Enfrentando o racismo institucional para promover saúde integral da população negra no SUS” reunirá gestores em saúde e representantes do movimento social no Mercure Brasília Líder Hotel, nos dias 3 e 4 de julho, em Brasília. O objetivo é a definição de estratégias pautadas pela perspectiva étnico-racial e a identificação de áreas de atuação para efetivação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN).

Para a abertura do evento está prevista a participação das ministras Luiza Bairros (Igualdade Racial), Maria do Rosário (Direitos Humanos), e Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres), além do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Outras presenças confirmadas são a do coordenador Residente da ONU, Jorge Chediek, da representante da Fundação Ford no Brasil, Nilcéa Freire, e do presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Wilson Duarte Alecrim.

A atividade será realizada pela parceria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) com o Ministério da Saúde (MS) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). A expectativa dos organizadores é sair do Fórum com uma proposta de trabalho integrada entre todas as instituições participantes e um pacto junto às três esferas de governo, com vistas à implementação da Política de Saúde da População Negra.

Segundo a Gerente de Projetos da Secretaria de Ações Afirmativas da Seppir, Mônica Oliveira, o documento final será construído a partir da discussão do conjunto de indicadores e metas para o monitoramento das ações no âmbito da Política de Saúde, bem como do estabelecimento de estratégias que fortaleçam as ações de controle social.

As reflexões serão aprofundadas por grupos de trabalho a partir dos quatro eixos condutores do Fórum: 1. Determinantes sociais da saúde na perspectiva do direito à saúde da população negra: a) dimensão histórica; b) relações étnico-raciais; c) indicadores; 2. Racismo Institucional: dificuldades enfrentadas para a efetivação do direito à saúde da população negra nas três esferas de governo: a) acesso; b) acolhimento no SUS; c) financiamento/orçamento; 3. Protagonismo do movimento negro nas instâncias de controle social do SUS: a) políticas universalistas x ações específicas; b) fortalecimento institucional; 4. Compromissos para implementação da política de saúde da população negra; a) dos níveis governamentais; b) do movimento social; c) do sistema ONU. c) financiamento/orçamento.

Saúde da População Negra
Aprovada em 2006, pelo Conselho Nacional de Saúde, a PNSIPN tem por objetivo combater a discriminação étnico-racial nos serviços e atendimentos oferecidos no SUS, bem como promover a equidade em saúde deste segmento populacional.

A análise dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE) demonstra que a proporção da população brasileira atendida nos sistemas de saúde pública e privada foi de 96,2%, índice que alcança 97,3%, ao se tratar da população branca, e 95,0% quando se refere à população negra.

No que diz respeito especificamente aos atendimentos ofertados pelo SUS, a população negra representa 67%, e a branca, 47,2% do público total atendido. Da mesma forma, a maior parte dos atendimentos se concentra em usuários/as com faixa de renda entre um quarto e meio salário mínimo, distribuições que evidenciam que a população de mais baixa renda e a população negra são dependentes do SUS.

Já em relação aos planos de saúde, situação contrária pode ser percebida. Em 2008, 34,9% da população branca e 17,2% da população negra contavam com acesso a plano de saúde privado, percentual que, apesar de crescente nos últimos anos, mantém as desigualdades raciais. Os planos tendem a ofertar uma maior rapidez no atendimento, o que, em alguns casos, como em atendimentos de urgência e emergência ou cirurgias, pode ser determinante para a integridade da pessoa. Assim, o acesso à rede privada de saúde não significa, muitas vezes, melhor qualidade de atendimento.

As informações sobre saúde da população brasileira, obtidas a partir dos suplementos de saúde da Pnad apresenta indicadores sobre acesso e utilização de serviços de saúde, realização de mamografia e exame preventivo para câncer do colo do útero; assistência odontológica; além de novas informações relacionadas aos domicílios cadastrados no Programa de Saúde da Família, à realização de cirurgia para retirada do útero, à mobilidade física e aos fatores de risco e proteção à saúde da população (atividade física, tabagismo, trânsito e violência).

Serviço
O que: Fórum Enfrentando o racismo institucional para promover saúde integral da população negra no SUS
Onde: Mercure Brasília Líder Hotel - Brasília
Quando: 03 e 04/07/2012


Fonte: Coordenação de Comunicação - Seppir

Carta de princípios da Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas


A Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas se consolida, a partir da resistência das Comunidades Quilombolas e Movimento Social Negro, contra o racismo Institucional e ambiental e retirada de Direitos implementada pelo Estado e Governo Brasileiro expresso pelo descaso, corte orçamentário, retardo e demora nos processos de demarcação e titulação das comunidades de todos os órgãos de governo e Estado, descumprimento dos artigos 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988, artigos 215 e 216 da CF de 1988, Decreto 4887/2003, Convenção 169 da OIT. Entendemos que tal situação se dá por uma opção política do Governo e Estado Brasileiro pelo agronegócio, mineradoras, empreiteiras, o grande capital internacional e nacional em detrimento de quilombolas, povos tradicionais e originários promovendo a continuidade do nosso massacre.

A carta de princípios recepciona como documentos básicos formadores além deste o Manifesto de janeiro de 2010, durante o Fórum Social Temático em POA/RS lançando o Movimento Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas; o Manifesto de lançamento da Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas em Brasília Junho de 2010;  as  orientações de princípios da Frente formatada em Janeiro de 2012  no Fórum Social Temático de Porto Alegre.

Nos organizamos também considerando o esgotamento de formas organizativas anteriores que foram cooptadas pelo projeto político de nossos inimigos sendo uma correia de transmissão dos interesses do agronegócio, empreiteiras, mineradoras etc.

·  O planejamento da construção e consolidação da frente nos estados.
·  A Frente deve ter autonomia politica, financeira e ideológica, não sendo vinculadas a partidos e governos.
· A organização da entidade se dará com a formação da Coordenação com três membros representantes de Associações Quilombolas por Estado, bem como, de membros do Movimento Social que comporão o Conselho Consultivo, ressaltando que, majoritariamente a Frente terá em sua Composição Quilombolas.

Comissões:
-Propaganda: visando estimular a participação dos quilombos não inseridos na frente
-Comunicação: visando estimular a comunicação entre as entidades das Frentes estaduais
-Financeiro: com objetivo de estimular ações para uma reserva financeira para entidade e auxiliar quilombos que estão em situação de risco social, bem como procurar estimular a construção de redes econômicas que fortaleçam a auto sustentabilidade das comunidades
-Secretariado: ter em vista a organização de documentos e atas da entidade.
-Formação Política:  Preparação e Formação Política nas Comunidades e Ativistas.
-Coordenação Jurídica- Articular a Defesa Jurídica das Comunidades, Ativistas e Militantes da Frente.

Aponta-se a construção de um congresso nacional estatuinte da Frente para o primeiro semestre de 2013 para aprovação de estatuto, documentos básicos, regimento interno, sendo tarefa da coordenação  enviar para as comunidades e Estados um projeto de estatuto preliminar para prévia discussão nas comunidades e estados;

Os congressos são os fóruns máximos de decisões e deliberações, sendo que esta carta só poderá ser alterada nestes congressos.

CALENDÁRIO DE LUTAS. Emergencialmente, a questão do plano e lutas envolve a Campanha Rio dos Macacos é Aqui, apontando o dia 1.08.2012 como dia nacional de luta considerando ser a data prevista pela Marinha do Brasil promover o despejo da referida Comunidade em Simões Filho Bahia

A Frente deve estimular a construção de plenárias politicas nos estados para preparar não só a ação emergencial da campanha proposta, mas também construir e fortalecer as Associações Locais combinado as demandas

Colocando como tarefa central para os militantes da frente e da coordenação provisória o planejamento e construção nos estados deste processo de mobilização coordenado nacionalmente e vinculado as demandas nacionais e locais das comunidades quilombolas.

A Frente não possui vínculos organizativos com a CONAQ, e seus militantes não se subordinam a orientações desta entidade e tampouco se responsabilizam pelas mesmas.

Defendemos uma articulação com os Movimentos Sociais do campo e da cidade, uma articulação com os que lutam contra o sistema capitalista para além das cartas de apoio e moções em anexo, uma relação onde possamos garantir a horizontalidade nas nossas discussões, mas também uma disciplina militante na execução das decisões deliberadas.

Resistência contra PECS E ADI, ou qualquer outro tipo de leis que firam os interesses e direitos das comunidades quilombolas em especial a PEC 215 e ADI 3239 do DEM, e PDC 44/2007 de Valdir Collato do PMDB de SC.