Por: Paulo Rogério Nunes, de Adis Abeba, Etiópia, especial para o CORREIO NAGÔ.
Twitter - @paulorogerio81
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Adis Abeba - O continente africano dá mais um passo histórico na
busca pela igualdade de gênero e avanço das mulheres em cargos de poder.
Ontem, 15, foi eleita na cidade de Adis Abeba, Etiópia, a primeira
mulher para presidir a União Africana, a mais importante instituição
diplomática do continente, a sul-africana Nkosazana Dlamini Zuma.
A nova gestora é médica de formação, foi ministra da saúde de 1994 a
1998 no governo de Nelson Mandela - sendo a primeira ministra de saúde
no pós apartheid - além de ter servido como ministra das Relações
Exteriores nos governos de Thabo Mbeki e Kgalema Molanthe. Zuma é também
uma militante histórica da luta contra o apartheid.
Criada em 1963 por líderes como Kwame Nkrumah, Haile Selassie e
Léopold Senghor, a União Africana nunca havia tido uma mulher em seu
cargo principal, isso em um continente onde as violações dos direitos da
mulheres é um fato constante, como casos de mutilação genital,
violência doméstica e tráfico de meninas.
Desafios
Nkosazana Dlamini Zuma enfrentou grande dificuldade para vencer essa eleição que teve um forte lobby dos países de língua francesa para a reeleição do gabonês Jian Ping no cargo. Ping foi eleito em 2008 e se manteve na importante função até ontem.
Os desafios da nova presidente não serão poucos. O continente enfrenta uma nova onda de conflitos e golpes de Estado, como o caso do Mali, onde rebeldes estão destruindo locais históricos como a Universidade de Timbuktu – a primeira cidade universitária do mundo –, e na República Democrática do Congo, onde a União Africana planeja enviar tropas para resolver o conflito com rebeldes do grupo M23 na província Kivu do Norte. Além disso, a disputa entre o Sudão e o Sudão do Sul, que tem como prazo para sua resolução no próximo dia 2 de agosto, está em um momento crítico.
A questão de gênero é outro desafio que tem sido cada vez mais pautado por organizações multilaterais e a liderança de uma mulher na UA é um avanço histórico nesse tema. Em 2005 a presidente da Libéria, Ellen Jonhson Sirlef, também fez história sendo a primeira mulher a presidir uma nação africana.
Hoje, o continente tem duas representantes, a presidente Ellen, que se reelegeu em 2011, e a presidente do Malaui, Joyce Banda, que assumiu o cargo após o falecimento do presidente Bingu wa Mutharika, em abril desse ano. Banda era a vice presidente e sucessora natural do cargo.
Nkosazana Dlamini Zuma tem 63 anos, é da etnia Zulu, e é vista como uma líder competente em seu país. A nova presidente da União Africana é também ex-esposa do atual presidente sul-africano, Jacob Zuma. Sua vitória na eleição para o cargo teve como fator decisivo o alinhamento dos países de língua inglesa para apoiar sua candidatura frente ao bloco de países francófonos.
A nova presidente deixa o atual cargo de ministra do Interior de uma das maiores nações do continente para assumir uma tarefa ainda mais desafiadora, a busca de soluções para a unificação de um continente marcado por disputas territoriais, conflitos diplomáticos e graves violações de gênero.
Nkosazana Dlamini Zuma enfrentou grande dificuldade para vencer essa eleição que teve um forte lobby dos países de língua francesa para a reeleição do gabonês Jian Ping no cargo. Ping foi eleito em 2008 e se manteve na importante função até ontem.
Os desafios da nova presidente não serão poucos. O continente enfrenta uma nova onda de conflitos e golpes de Estado, como o caso do Mali, onde rebeldes estão destruindo locais históricos como a Universidade de Timbuktu – a primeira cidade universitária do mundo –, e na República Democrática do Congo, onde a União Africana planeja enviar tropas para resolver o conflito com rebeldes do grupo M23 na província Kivu do Norte. Além disso, a disputa entre o Sudão e o Sudão do Sul, que tem como prazo para sua resolução no próximo dia 2 de agosto, está em um momento crítico.
A questão de gênero é outro desafio que tem sido cada vez mais pautado por organizações multilaterais e a liderança de uma mulher na UA é um avanço histórico nesse tema. Em 2005 a presidente da Libéria, Ellen Jonhson Sirlef, também fez história sendo a primeira mulher a presidir uma nação africana.
Hoje, o continente tem duas representantes, a presidente Ellen, que se reelegeu em 2011, e a presidente do Malaui, Joyce Banda, que assumiu o cargo após o falecimento do presidente Bingu wa Mutharika, em abril desse ano. Banda era a vice presidente e sucessora natural do cargo.
Nkosazana Dlamini Zuma tem 63 anos, é da etnia Zulu, e é vista como uma líder competente em seu país. A nova presidente da União Africana é também ex-esposa do atual presidente sul-africano, Jacob Zuma. Sua vitória na eleição para o cargo teve como fator decisivo o alinhamento dos países de língua inglesa para apoiar sua candidatura frente ao bloco de países francófonos.
A nova presidente deixa o atual cargo de ministra do Interior de uma das maiores nações do continente para assumir uma tarefa ainda mais desafiadora, a busca de soluções para a unificação de um continente marcado por disputas territoriais, conflitos diplomáticos e graves violações de gênero.
Fonte: Correio Nagô
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