Por: Jorge Vieira (*)
Entre dominação e resistência cultural, a humanidade vive esse dilema ao longo de sua existência. O ser humano, desde o início de sua origem, formou-se construindo diferentes valores, línguas e tradições sociais, políticas, econômicas e religiosas. Como toda cultura é dinâmica, na relação e enfrentamento ou encontro com outras, novos significados e ressignificações emergiram, formando novas culturas e novas cosmologias.
Em vista disso, historicamente, a dominação cultural tornou-se uma arma poderosíssima de controle de um povo sobre outro. Ao contrário do que pensa a sociedade em geral, e até setores intelectualizados, cultura não é um elemento particular na vida de um povo; ela compõe o todo, o projeto de vida de um grupo. Com isso, a dominação de um grupo sobre outro, não significa tê-lo dominado politicamente, mas também apropriar-se de sua cosmovisão e de sua utopia.
Entretanto, intrínseco à sua própria constituição e dinâmica, quando a cultura entra em confronto com a outra, pode ocorrer o etnocídio, ou seja, desaparecer com a sociedade que a mantinha; ou, ao contrário, apropria-se dos elementos da outra, transformando-se dinâmico e permanentemente.
Compreender esse processo e respeitar as diferenças tem sido um grande desafio para o ser humano. Embutido em linguagem das mais diversas possíveis, expresso pelo senso comum ou em nome da cientificidade, utilizam-nas para negar a história de extermínio e manter a dominação na atualidade.
O respeito à diferença encontra-se consagrado tanto na legislação internacional quanto na Constituição Federal Brasileira de 1988. Entretanto, mesmo que Estado brasileiro reconheça o princípio constitucional de um país pluriétnico, é imprescindível que seja posto em prática. É nesse contexto que se faz necessária a descolonização do processo monocultural brasileiro.
Em nível da legislação complementar, encontram-se leis federais que determinam a inclusão das temáticas indígenas, dos afro-descendentes, da diversidade sexual e dos direitos da mulher.
Para que ocorra efetivamente a mudança nos parâmetros das relações entre povos e seres humanos, uma nova abordagem precisa ser construída na academia e, consequentemente, fazê-la chegar até a população em geral.
Em Alagoas, destacam-se o esforço de entidades não-governamentais, militantes dos movimentos sociais e profissionais da rede pública e privada de educação, como também de instituições universitárias públicas e privadas.
Em nível de Pós-Graduação, vale ressaltar a iniciativa pioneira do Centro Universitário Cesmac, com a oferta do Curso de Especialização em Diversidade Étnica e de Gênero e Comunicação Social, com o objetivo de favorecer a formação acadêmica de profissionais e de cidadãos sobre o conhecimento daqueles segmentos historicamente excluídos, para que sejam reconhecidos como sujeitos históricos. E mais, impreterivelmente, construir uma nova sociedade brasileira, passa pelo conhecimento e respeito à diversidade étnica e de gênero.
(*) Jornalista e coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI-AL)
Entretanto, intrínseco à sua própria constituição e dinâmica, quando a cultura entra em confronto com a outra, pode ocorrer o etnocídio, ou seja, desaparecer com a sociedade que a mantinha; ou, ao contrário, apropria-se dos elementos da outra, transformando-se dinâmico e permanentemente.
Compreender esse processo e respeitar as diferenças tem sido um grande desafio para o ser humano. Embutido em linguagem das mais diversas possíveis, expresso pelo senso comum ou em nome da cientificidade, utilizam-nas para negar a história de extermínio e manter a dominação na atualidade.
O respeito à diferença encontra-se consagrado tanto na legislação internacional quanto na Constituição Federal Brasileira de 1988. Entretanto, mesmo que Estado brasileiro reconheça o princípio constitucional de um país pluriétnico, é imprescindível que seja posto em prática. É nesse contexto que se faz necessária a descolonização do processo monocultural brasileiro.
Em nível da legislação complementar, encontram-se leis federais que determinam a inclusão das temáticas indígenas, dos afro-descendentes, da diversidade sexual e dos direitos da mulher.
Para que ocorra efetivamente a mudança nos parâmetros das relações entre povos e seres humanos, uma nova abordagem precisa ser construída na academia e, consequentemente, fazê-la chegar até a população em geral.
Em Alagoas, destacam-se o esforço de entidades não-governamentais, militantes dos movimentos sociais e profissionais da rede pública e privada de educação, como também de instituições universitárias públicas e privadas.
Em nível de Pós-Graduação, vale ressaltar a iniciativa pioneira do Centro Universitário Cesmac, com a oferta do Curso de Especialização em Diversidade Étnica e de Gênero e Comunicação Social, com o objetivo de favorecer a formação acadêmica de profissionais e de cidadãos sobre o conhecimento daqueles segmentos historicamente excluídos, para que sejam reconhecidos como sujeitos históricos. E mais, impreterivelmente, construir uma nova sociedade brasileira, passa pelo conhecimento e respeito à diversidade étnica e de gênero.
(*) Jornalista e coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI-AL)
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