O primeiro dia de janeiro de 2015 – Dia Mundial da Paz e Dia da Fraternidade Universal – no Brasil, foi marcado pela posse da presidenta Dilma Rousseff, ministros e os governadores e governadoras dos estados brasileiros.
A solenidade de posse da presidenta foi prestigiada por governantes de vários países, inclusive, líderes africanos. Na equipe de trabalho foram nomeados 39 ministros, apenas seis mulheres, entre elas uma única negra. Em seu discurso, Dilma informou o novo slogan “Brasil: Pátria Educadora” como diretriz para o seu segundo mandato que será “simples, diretor e mobilizador”.
Em Alagoas, o Governador Renan Filho (eleito com 52,16% dos votos válidos) promete “Uma nova Alagoas” e já anunciou que reduzirá os gastos com pagamento de comissionados, diárias e combustíveis; além de investir na educação e combater a violência. Ao todo são 18 secretários e secretárias de Estado, sendo seis mulheres e nenhum gestor negro.
Na Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos – que responde pelas políticas direcionadas à população historicamente marginalizada e discriminada (mulheres, negros, índios, deficientes, população LGBT, etc) – foi escolhida a ex-parlamentar Roseane Cavalcante de Freitas (Rosinha da Adefal), cujo primeiro desafio é proporcionar uma infraestrutura acessível às pessoas com deficiência, já que na condição de cadeirante precisará de ajuda para subir até o seu gabinete, não possui elevadores no local e as rampas na entrada principal estão desniveladas.
Na área da cultura, mais de 100 grupos culturais (segmentos diversos) e formadores de opinião articularam o Movimento Cultural Alagoano (MOVA) para protestar através de várias ações (reuniões, ato, carta de repúdio e petição online que colhe assinaturas por meio da plataforma Avaaz) contra a indicação da secretária Mellina Freitas (ex prefeita de Piranhas), que é acusada de desviar R$ 15,93 milhões de recursos públicos e fraudes de licitações.
O ano já começou bem difícil e a esperança por dias melhores anda abalada. A população precisa acompanhar o trabalho dos gestores e parlamentares eleitos, intensificar a cobrança por mudança e políticas que realmente garantam o desenvolvimento social e vida digna. Já as questões étnicorraciais, temos que lutar para as conquistas não regredirem.
Vamos em frente!
Fonte: Coluna Axé - 325ª edição – Jornal Tribuna Independente (06 a 12/01/15) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
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