terça-feira, 31 de maio de 2011

Abdias Nascimento: orgulho negro!

Por: Helciane Angélica - com informações de agências nacionais de notícia

No dia 24 de maio, o Movimento Negro do Brasil ficou de luto! Faleceu no Rio de Janeiro aos 97 anos, Abdias do Nascimento, um dos pioneiros na luta contra a discriminação racial e na defesa dos direitos dos afrodescendentes pelo mundo. O ativista não resistiu às complicações em decorrência da insuficiência cardíaca e respiratória, que o levaram a uma internação no mês passado.

Abdias foi ator, artista plástico, poeta, jornalista e dramaturgo. Teve presença marcante como Senador da República, Deputado Federal e Secretário de Estado no Rio de Janeiro. Foi ativista da Frente Negra Brasileira; criou o Teatro Experimental do Negro (TEN) na década de 1940; fundou o Jornal Quilombo; é de sua autoria o primeiro projeto de lei sobre políticas afirmativas. Autor das obras “Sortilégio”, “Dramas para Negros e Prólogo para Brancos” e “O Negro Revoltado”, relatou sempre sobre as realidades quilombolas e temas como o pensamento dos povos africanos, combate ao racismo, democracia racial e o valor dos orixás nas religiões de matriz africana. E era professor emérito da Universidade de Nova York e Doutor Honoris Causa por várias instituições de ensino superior.

Várias instituições e autoridades expressaram a sua admiração em relação a Abdias e prestou solidariedade a família do líder negro por meio de notas públicas, a exemplo de: Eloi Araújo, Presidente da Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura; Luiza Bairros, Ministra-chefe da Secretaria de Políticas Públicas para a Igualdade Racial (Seppir); Rebecca Reichmann Tavares, Representante da ONU Mulheres Brasil e Coordenadora do Grupo Temático de Gênero e Raça das Nações Unidas no Brasil; o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Presidenta da República, Dilma Rousseff.

O corpo de Abdias foi sepultado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e o seu desejo de ser cremado foi respeitado, e suas cinzas serão levadas para a Serra da Barriga, na cidade de União dos Palmares em Alagoas, no dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra. As homenagens não param por aqui, o Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, comprometeu-se em conversar com os familiares de Abdias para estudar as possibilidades da criação de um memorial.

Abdias foi um guerreiro, que lutou por respeito e igualdade racial, pela garantia dos Direitos Humanos e a cultura da Paz entre os diversos povos que formam esse “país-continental”. Enfim, um homem que deixará saudades, mas também, um legado vasto e inspirador para diversas gerações. Descanse em paz! Axé!

Fonte: Coluna Axé - nº152 - jornal Tribuna Independente (31.05.11)

domingo, 29 de maio de 2011

ONU Mulheres seleciona jornalista para ministrar curso de gênero, raça e etnia para a imprensa

Iniciativa é uma das ações previstas no marco da cooperação entre a ONU Mulheres e a FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas. Curso está previsto para acontecer em oito cidades: Maceió (AL), Manaus (AM), Fortaleza (CE), Belém (PA), Recife (PE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS).


A ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres seleciona, até o dia 30 de maio de 2011, profissional com graduação em Jornalismo para ministrar o Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas e administrar blog e redes sociais relacionados ao curso. Faça aqui o download do termo de referência com informações sobre a vaga e do formulário Personal History Form para candidatura.

A iniciativa está programada para acontecer em oito cidades: Maceió (AL), Manaus (AM), Fortaleza (CE), Belém (PA), Recife (PE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Cada curso deverá ser realizado pelo período de dois dias, com uma carga horária total de oito horas.
Podem participar da seleção jornalistas diplomados/as com conhecimento avançado das temáticas gênero, raça e etnia, por meio da comprovação de experiência profissional ou acadêmica na área, produção de publicações ou reportagens sobre o tema, ou pela participação em eventos com foco em gênero, raça e etnia; experiência comprovada em redação (veículos de comunicação); e disponibilidade para viagens.
O curso será ministrado baseado em plano pedagógico fornecido pela ONU Mulheres, por meio do Programa Interagencial para a Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia e do Programa Regional de Gênero, Raça, Etnia e Pobreza, e pela FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas, assim como outros materiais pedagógicos tais como matérias ilustrativas e vídeos.

Cooperação – ONU Mulheres e FENAJ
O Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas é uma das ações previstas no Memorando de Entendimento firmado entre a ONU Mulheres e a FENAJ no 34º Congresso Nacional dos Jornalistas.

São os termos da esfera de cooperação: apoio da ONU Mulheres à realização de ações da FENAJ para o enfrentamento do racismo, sexismo e etnocentrismo; especialização de jornalistas nas temáticas de gênero, raça e etnia; incentivo à criação de instâncias organizativas de gênero e raça nos sindicatos de jornalistas com a finalidade de implementar políticas de combate ao racismo, ao sexismo e ao etnocentrismo e promoção da igualdade; realização do censo do jornalismo brasileiro.

Além da adoção da autodeclaração étnicorracial nas fichas sindicais; apoio às políticas focalistas para empresas jornalísticas; produção de indicadores referentes à cobertura dos temas gênero, raça e etnia na imprensa; produção de conhecimento e de materiais para subsidiar o debate sobre jornalismo e relações étnicorraciais e de gênero, entre outras iniciativas que versem pelo pleno cumprimento dos princípios dos direitos humanos e marcos internacionais referentes a gênero, raça e etnia no Brasil e no mundo estabelecidos por organismos nacionais e internacionais à luz da liberdade de imprensa.

Fonte: Assessoria

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mirante Cultural retorna depois de cinco meses de recesso

O CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS AFRO ALAGOANO QUILOMBO iniciará o quarto ano do projeto Mirante Cultural – “Um Quilombo Chamado Jacintinho ” em parceria com a Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió e o Coletivo Frente e Verso. Será realizado sexta-feira (27), às 19h30, no Mirante Kátia Assunção localizado no bairro Jacintinho (por trás da rádio 96 FM). O Mirante Cultural já teve 26 edições, se apresentaram mais de cem grupos culturais mostrando a diversidade cultural que existe em Alagoas, como: cinema; teatro; dança; música; bumba meu boi; maracatu; coco de roda; poesia; cordel; capoeira; hip hop. Contando sempre com a presença da comunidade.

O Mirante Cultural se consolidou como um espaço de disseminação e integração da cultura popular e afro. Estamos retornando com o projeto depois de cinco meses de recesso e receberemos pela primeira vez o Coletivo Frente e Verso com Poesias Ilustradas; tudo que é bom tem bis: o Maracatu Baque Alagoano; nossos velhos parceiros: bumbas meu boi Excalibur e Sáfari; o coco de roda que contagiar a multidão: Coco de Roda Xique-Xique; um clássico do Mirante Cultural: a Capoeira Águia Negra e a delicadeza da perfomace “Poesias de Gentileza” com o dançarino e integrante do Quilombo, Diego Januário.

O CEPA Quilombo vem lutando pela requalificação do Mirante Kátia Assunção com o objetivo de transformá-lo em um espaço de fomentação de cultura e lazer, sonho antigo que a cada ano se renova, porém acreditamos que conseguiremos realizá-lo em breve. Dentro dessa requalificação visa trabalhar também a mudança do nome de mirante Kátia Assunção para um ícone da luta quilombola, homenageando assim, um símbolo da resistência negra.

O Mirante Cultural continuará defendendo a integração entre educação e arte, buscando sempre impulsionar os artistas locais, trabalhando a geração de renda e valorizando a cultura popular e afro alagoana. Agradecendo sempre os apoios da comunidade, dos artistas, dos parceiros e da imprensa.


Fonte:  Viviane Rodrigues - Relações Públicas do CEPA Quilombo
Contato: vi_magnifica@hotmail.com / (82) 8843-9311

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Abdias do Nascimento: Brasil perde pioneiro na militância contra o racismo

Foto: Divulgação / Blog Do Olhar Negro


Por Daiane Souza*


O Brasil perdeu nesta terça-feira, 24 de maio, um de seus maiores líderes: Abdias do Nascimento, um dos pioneiros na luta contra a discriminação racial. Aos 97 anos, o ativista na denúncia do preconceito e na defesa dos direitos dos afrodescendentes pelo mundo não resistiu às complicações cardíacas que o levaram a uma internação no último mês, no Rio de Janeiro.

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, expressa gratidão e seu profundo pesar: “estamos enlutados pelo falecimento de Abdias, mas haveremos de continuar sua luta para que o Brasil acabe definitivamente com o racismo, o preconceito e a discriminação racial, e que todos os descendentes de africanos que vivem no Brasil tenham igualdade de oportunidades para que possam acessar os bens econômicos e sociais”.

Abdias, deixa uma legião de seguidores inspirados em sua trajetória de coragem e dedicação aos direitos humanos.

POETA DA IGUALDADE – Nascido em 1914 no município de Franca, Estado de São Paulo, Abdias foi filho de Dona Josina, a doceira da cidade, e Seu Bem-Bem, músico e sapateiro. Embora de família pobre, conseguiu se diplomar em contabilidade em 1929. Aos 15 anos alistou-se no exército e foi morar na capital paulista, onde anos depois se engajou na Frente Negra Brasileira e se envolveu na luta contra a segregação racial.

Dramaturgo, poeta e pintor, atuou também como deputado federal, senador e secretário de Estado, cargo no qual desenvolveu aspectos dessa luta. Autor das obras Sortilégio, Dramas para Negros e Prólogo para Brancos e O Negro Revoltado, relatou nos livros as realidades quilombolas e levantou temas como o pensamento dos povos africanos, combate ao racismo, democracia racial e o valor dos orixás nas religiões de matriz africana.

MILITÂNCIA – Com uma trajetória marcada pelo ativismo, Abdias conseguiu importantes resultados de suas iniciativas na defesa e na inclusão dos direitos dos afrodescendentes brasileiros, principalmente, por meio de políticas públicas. Por exemplo, em 1988, Abdias tornou-se um dos responsáveis pela instituição da Comissão do Centenário da Abolição e por seu desdobramento na Fundação Cultural Palmares.

No mesmo ano, a Constituição do país passou a contemplar a natureza pluricultural e multiétnica, a prática do racismo tornou-se crime inafiançável e, também pela primeira vez, se falou no processo de demarcação das terras de quilombos.

OUTROS FEITOS – A luta do militante não se resumiu aos feitos já citados. Em 1944 fundou o Teatro Experimental do Negro (TEN), entidade que patrocinou a Convenção Nacional do Negro nos anos 1945 e 1946. Na Convenção foi proposta à Assembléia Nacional Constituinte a inclusão de políticas públicas para a população afrodescendente e um dispositivo constitucional definindo a discriminação racial como crime de lesa-pátria.

Como primeiro deputado federal afro-brasileiro (1983-1987) e como senador da República (1991, 1996-1999) dedicou seus mandatos à luta contra o preconceito. Foi responsável por projetos de lei que definiam o racismo como crime e pela criação de mecanismos de ação compensatória para construir a verdadeira igualdade para os negros na sociedade brasileira.

Foi ainda nomeado primeiro titular da Secretaria Estadual de Cidadania e Direitos Humanos (1999-2000) e, em 2001, ganhou o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) de Direitos Humanos e Cultura de Paz por seu ativismo.

O corpo de Abdias do Nascimento será velado na quinta e na sexta-feiras, 26 e 27, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O corpo será cremado e a intenção da família é de que as cinzas sejam jogadas na Serra da Barriga, em Alagoas, onde foi fundado o Quilombo dos Palmares.

Tributo

Militantes do Movimento Negro e admiradores manifestaram seu pesar e prestaram homenagens pela morte da liderança:
“Ao lamentar sua perda, transmito à família de Abdias Nascimento meu sentimento de sincera solidariedade. Estou segura de que seu legado continuará a inspirar a todos nós, brasileiros, a perseverar no caminho da igualdade e da justiça.”, Dilma Rousseff, presidenta da República.
“Nas mãos de Abdias do Nascimento, a bandeira de defesa da igualdade ganhou o caráter de luta do interesse de toda a Humanidade. Sem esquecer, ainda, que, por mais política que fosse, ele não deixou jamais de ancorá-la profundamente na cultura”, Ana de Hollanda, Ministra de Estado da Cultura.
“Ele é nosso Zumbi, nosso líder. Foi uma honra ter vivido esse tempo de heróis e ter convivido com esse bravo ser humano. O Brasil e em especial nós – afro-brasileiros –perdemos um dos mais importantes nomes da nossa história”, Benedita da Silva (PT-RJ)
“Um grande brasileiro que teve ao longo de sua vida dedicação e compromisso com a luta em defesa do povo negro, e com a história social e política dos negros. Que não calou no período da ditadura militar.” Senador João Pedro (PT-AM)
“Um gigante na luta contra o racismo” Senadora Marta Suplicy (PT-SP)
“Abdias é um ícone de luta e deixou uma herança de conquistas para nós, povo negro! À sua memória, honramos o caminho de guerra e conquistas que nos deixou com seu ensinamento de combatividade e resistência, para nós que militamos por um país mais justo e igual”, Luiz Alberto, deputado federal (PT/BA)
“Morreu Abdias do Nascimento, um homem que foi tantas coisas que é difícil enumerar e, em todas elas, foi um só: um brasileiro negro, que amou a arte, o conhecimento e as pessoas”, Brizola Neto, deputado federal (PDT/RJ)
“Muito triste com o falecimento do saudoso Abdias do Nascimento! Sua luta a favor da equidade de direitos entre raças é algo histórico! Nós, afrodescendentes, perdemos um grande líder, uma grande referência. O Brasil perde um ser humano fantástico! Descanse em paz, mestre!”, Netinho de Paula, vereador.
“Adeus Abdias Nascimento, Valeu por tudo!”, Jorge Washington, ator do Bando de Teatro Olodum
“O companheiro Abdias da Silva estará sempre presente entre nós, que seguindo seu exemplo de vida, continuaremos a lutar por um mundo sem racismo e contra todas as formas de exclusão, opressão e dominação, como nos ensinou esse mestre”, Flávio Jorge Rodrigues da Silva, Diretor da Fundação Perseu Abramo, militante da SOWETO – Organização Negra, e da direção da Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN).
“A trajetória deste incansável combatente contra o preconceito racial vai ficar marcada para sempre como fonte de inspiração inesgotável a advogados e outros militantes da área de direitos humanos, além de ser um registro indelével na história do Brasil”, Eduardo Pereira da Silva, presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB-SP.
“Ele nos deixa a responsabilidade dessa luta ser levada adiante. Como todos os grupos de teatro negro, somos herdeiros do Teatro Experimental do Negro. A presença dele agora está em nós”, Marcio Meirelles, diretor do Bando de Teatro Olodum
“Ele mobilizou a mocidade negra, é um exemplo de esforço e de resistência. Foi a figura essencial do movimento”, Mãe Stella de Oxossi, ialorixá.
“Morreu o nosso grande professor, liderança, referência. Ficamos muito mais fortalecidos quando o conhecemos”, Antônio Carlos dos Santos Vovô, presidente do Ilê Aiyê.
“É incontestável que Abdias Nascimento tenha exercido papel fundamental na garantia dos direitos à população negra. A sua morte é uma perda para toda a sociedade, mas o seu exemplo e as suas conquistas serão para sempre reconhecidos”, Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro.
“Ele foi um incansável defensor dos direitos humanos em geral. Deixou um legado fantástico. Considero um dos homens mais completos a nível de consciência e firmeza no servir ao Brasil”, frei David, da ONG Educafro.
“Ele era inspiração para todos nós. Guerreiro que tem um legado político cultural e educacional inestimável”, Lázaro Ramos, ator.
(*) Colaborou: Denise Porfírio e Maíra Valério.

Fonte: Fundação Cultural Palmares

terça-feira, 24 de maio de 2011

Ígbá e a equidade de gênero

Por: Helciane Angélica - Com informações da Ascom

Nesta quarta-feira, 25 de maio, acontecerá o Ígbà: III Seminário Afro-Alagoano em Maceió. A atividade é uma realização do Projeto Raízes de Áfricas e conta com a parceria da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas; Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió; Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos; Secretaria de Estado da Educação e do Esporte; e da Polícia Civil de Alagoas.

Tem como principais objetivos: “estabelecer espaços de formação continuada, socializando instrumentos e mecanismos válidos que contribuam para a discussão social sobre o racismo e as possibilidades de rompê-lo, nos vários campos da sociedade, criando o enfrentamento às vulnerabilidades e diferentes violências – racial, de gênero e social”.

O evento tem como tema central “A ONU Mulheres e a Equidade de Gênero”, na programação terá a palestra “O impacto do racismo e da violência sexual na construção identitária das meninas” e o lançamento da coletânea audiovisual “Mulheres no Cone Sul”. A Coordenadora de Direitos Econômicos da ONU Mulheres, Ana Carolina Querino, estará em Alagoas para repassar as informações e, também, se reunirá com lideranças empresariais para divulgar os Princípios de Empoderamento das Mulheres, propostos pelo UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) e pelo Pacto Global das Nações Unidas.

A ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres – foi criada no dia 2 de julho de 2010 pela Assembléia Geral da ONU, tendo como objetivo atender as necessidades e demandas das mulheres e meninas do mundo inteiro.

No dia 25 de maio, também é comemorado o Dia da África ou Dia de Libertação da África, a data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972. No ano de 1979 percebeu-se a necessidade de criar uma Comunidade Econômica Africana (CEA), e no dia 11 de julho de 2002, a União Africana (UA) foi institucionalizada na cidade de Durban, na África do Sul, com a missão de analisar as mudanças sociais, econômicas e políticas. Também é o dia de celebração da luta e organização dos povos africanos para garantir a sua emancipação em todas as esferas, além claro, de promover as estratégias para a construção de um futuro melhor do continente.

Os interessados e interessadas em participar do evento, devem seguir para o Auditório da Casa da Indústria no bairro do Farol, a atividade acontece das 8h às 16h, e terá a entrega de certificado para os presentes. A palavra Ígbá na língua africana quer dizer encontro. Contato: (82) 8827-3656.

Fonte: Coluna Axé - nº 151-  Tribuna Independente (24.05.11)

Benedita da Silva fala sobre reforma política em Alagoas

No sábado (21.05), os diretórios estadual e municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) no Estado de Alagoas realizaram no auditório da Assembleia Legislativa um debate sobre a Reforma Política, que tramita no Congresso Nacional.

Foram convidados para subsidiar as discussões: Benedita da Silva e Elói Pietá, a deputada falou sobre “O papel da mulher na reforma política” e o secretário-geral sobre a “Reforma política e os desafios do PT para 2012”. O debate sobre a reforma política está sendo realizado em vários partidos e deve ser estendidos para os diversos segmentos sociais, afinal, qualquer mudança que aconteça atingirá diretamente toda a população brasileira.

Benedita da Silva é Auxiliar de Enfermagem e Assistente Social, atualmente, encontra-se como Deputada Federal pelo Rio de Janeiro, sendo titular da Comissão de Seguridade Social e Família. Ela iniciou a carreira política como vereadora em 1982, após militância na Associação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro. Em 1986, foi eleita deputada federal, cargo para o qual se reelegeu em 1990. Em 1994, tornou-se a primeira mulher negra a ocupar uma vaga no Senado. Foi eleita vice-governadora do Rio de Janeiro em 1998, depois assumiu o Governo. Também foi ministra da Secretaria Especial da Assistência e Promoção Social do governo Lula. Assumiu em janeiro de 2007 a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, no Governo Sérgio Cabral Filho.


Fonte: Coluna Axé (24.05), com informações da Ascom.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ígbà - 3º Seminário Afro-Alagoano



Ígbà- III Seminário Afro-Alagoano
Data: 25 de maio
Horário: 08 às 16 horas.
Local: Federação das Indústrias do Estado de Alagoas
Avenida Fernandes Lima, 385 Casa da Indústria,
Informações: (82)8815-5794/8827-3656

Programação

08h00- Abertura oficial
08h30- Composição de Mesa
8h40-Apresentação afro artística
9h00- Lançamento da coletânea audiovisual “Mulheres no Cone Sul”.
Ana Carolina Querino- Coordenadora de Direitos Econômicos da ONU Mulheres
Exibição de uma reportagem da série “Direitos econômicos para as mulheres
11h00- Debate
12h00- Pausa para almoço
14h00- Palestra:
O impacto do racismo e da violência sexual na construção identitária das meninas.
15h00- Socializando os Princípios de Empoderamento das Mulheres
Ana Carolina Querino- Coordenadora de Direitos Econômicos da ONU Mulheres
15h30- Debate
16h00- Encerramento

sábado, 21 de maio de 2011

Juventude APNs de Alagoas reúne-se neste sábado

Por: Helciane Angélica - Jornalista


Acontece hoje, 21 de maio, o 1º Encontro Estadual da Juventude dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) em Alagoas com o tema: “Juventude APNs/AL rumo a uma nova história”. Os integrantes da entidade nacional contam, mais uma vez, com o apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), que gentilmente cedeu o espaço para a execução do evento.

A atividade de mobilização e formação, busca mobilizar os grupos de base denominados mocambos, contribuir para a formação sócio-política e o empoderamento dos jovens, assim como, prepará-los para as discussões sobre a 2ª Conferência Nacional da Juventude e na luta por políticas que atendam as reais necessidades e respeitem os mais diversos tipos de juventudes deste país.

Outro importante momento, será a escolha dos(as) representantes oficiais que deverão participar do 1º Encontro Nacional da Juventude APNs, no período de 14 a 17 de julho, em Campinhas (SP). Atualmente, o Estado de Alagoas possui dois mocambos vinculados aos APNs: o Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô e o Mocambo Esperança.


Contexto

Os APNs são uma entidade do movimento negro brasileiro, possui 28 anos de atuação e encontra-se presente em todas as regiões do país, com membros em 12 estados: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Tem como missão denunciar qualquer forma de racismo e preconceito, além disso, contribuir na efetivação de políticas públicas e ações afirmativas que garantam à população negra o acesso aos direitos e à cidadania. Seu lema é: Conscientização, organização, fé e luta!

PROGRAMAÇÃO
08h30 – Acolhimento
09h00 – Mushaká (momento de reflexão) / Boas vindas: Fernanda Monteiro – Representante Estadual da Juventude APNs-AL
09h20 – Lanche
09h40 – Painel: “Juventude APNs/AL rumo a uma nova história”
1.  Relações de Gêneros e Juventude
Elida Rachel – Jornalista / Secretária Estadual de Políticas Sociais da CUT em Alagoas / Diretora de Formação Política do Sindjornal e participa do Coletivo de Jornalistas pela Diversidade Sexual (COJDS).
2.  Políticas públicas para a Juventude
Ana Maria da Silva – Superintendente de Políticas para a Juventude, da Secretaria Estadual da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos.
3.  Pertencimento Étnico
Helciane Angélica – Jornalista / Coordenadora Estadual dos APNs-AL / Editora da Coluna Axé e integrante da Cojira-AL
11h00 – Debate
12h00 – Almoço
13h00 – Divisão de três Grupos de Trabalho (GTs) para a leitura do Texto-Base e definição de propostas (cinco de cada grupo)
15h00 – Lanche / Cânticos
15h20 – Plenário
·      Apresentação das propostas
·      Debates
·      Eleição dos delegados alagoanos para o 1º Encontro Nacional da Juventude APNs em Campinas (SP), de 14 a 17 de julho de 2011.

 
16h00 - Encerramento