sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Neste sábado tem Festa de Oxum e Oxalá

Orquestra de Tambores de Alagoas participa de evento paraibano

A Orquestra de Tambores de Alagoas fará o encerramento das apresentações de palco do 4º Dia Percussivo “Festival Paraíba Percussiva” na Cidade de João Pessoa. A Orquestra foi selecionada juntamente com outros Grupos de percussão do Nordeste para participar deste que é um dos mais importantes eventos relacionado ao tema no Brasil, entre os dias 30 de setembro e 02 de outubro.

O evento que se iniciou 2007, e tem como objetivo principal realizar uma mostra artística e acadêmica de música para troca de informações, na área de percussão erudita, percussão popular, bateria e afins na cidade de João Pessoa, além de promover um espaço que possa divulgar a produção na área, nas suas múltiplas possibilidades.

O Projeto foi aprovado em 2010, segundo o Fundo Municipal de Cultura (FMC) do Município de João Pessoa para execução no ano de 2011. O evento, que é de natureza educativa, social e cultural, promoverá gratuitamente diversas atividades como 24 apresentações artísticas dos estados de Pernambuco, Rio grande do Norte, Paraíba e Alagoas, 10 seminários; 3º Concurso de Percussão Odair Salgueiro, 13 Oficinas, 4 palestras, 2ª Mostra de Vídeos de Música Percussiva, 2ª EIPAP (Exposição de Instrumentos de Percussão de Artistas Paraibanos), Além da Homenagem a Manoel Serafim – in memória, artista que foi percussionista de Jakson do Pandeiro.O evento mobilizará a comunidade artística bem como professores e alunos de música, amadores e profissionais da área, no intuito de promover a formação de plateias.

A orquestra de tambores ao ser contemplada nesta seleção cuidou de viabilizar recursos para efetivar a sua ida para o evento, uma vez que o mesmo não disponibiliza transporte interestadual dos grupos, foi aí então que a Orquestra resolveu enviar projeto para o Edital de N. 1/2011 do Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural do Ministério da Cultura, no qual também foi selecionada e contemplada com a concessão de recursos para o transporte dos Músicos, instrumentos e estadia no local do referido evento.

Os Tambores contam ainda com o Apoio Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas e da Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió, portanto o grupo viajará a João pessoa no próximo dia 01 de outubro para participar do Paraíba Percussiva 2011 representando Alagoas em mais um evento de peso para o desenvolvimento e afirmação da Cultura Brasileira.




Fonte: Divulgação

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

VÍDEO: ÌJUBÁ!

Contra a discriminação religiosa e o preconceito aos adeptos do candomblé 




O curta tem duração de 20'55" e é produzido pelo estudante Kleverton Almirante, graduando de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas.

O vídeo veio como proposta de produção de contra-cultura da disciplina de Mídias Alternativas, ministrada pelo PhD Antônio de Freitas, e foi exibido durante a I JORNADA INTERMÍDIA DE MÍDIAS ALTERNATIVAS E GÊNEROS TELEVISIVOS, no prédio do curso de Comunicação Social da Ufal.

No vídeo-documentário encontram-se depoimentos que foram colhidos de adeptos, simpatizantes e cidadãos comuns e de outras religiões sobre o Candomblé. Estes depoimentos ajudam a desmitificar a demonização de uma religião tão bela e tão rica de forças da Natureza.

Ìdajó ati Ìjubá! - Justiça e Respeito!

Òlorún xé á ìdajó! O Senhor é quem faz justiça por nós!






terça-feira, 27 de setembro de 2011

Durban, 10 anos depois

A Organização das Nações Unidas convocou para a Assembleia Geral, da quinta-feira (22/9), em Nova York, líderes de todo o mundo para reforçar o compromisso dos países com o enfrentamento do racismo e da desigualdade racial. A reunião estratégica no Ano Internacional das e dos Afrodescendentes serviu para avaliar o 10º Aniversário da Declaração e do Plano de Ação de Durban.

Essa Declaração, na verdade, são os resultados da 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação, a Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, realizada em 2001, em Durban, na África do Sul. Os documentos contribuem para o enfrentamento do racismo, que ainda viola os direitos humanos de milhões de mulheres, crianças, jovens e homens afrodescendentes no mundo inteiro. Estiveram presentes 173 países, 4000 organizações não-governamentais e 16 mil pessoas.

O atual secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu à sociedade civil que fuja dos "políticos extremistas" que alimentam o racismo e a xenofobia, principalmente em difíceis momentos econômicos como os atuais. "Devemos resistir aos políticos que polarizam (posições e) que jogam com os medos das pessoas e utilizam estereótipos para ganhar vantagem eleitoral", afirmou. Também destacou a necessidade de acabar com o antissemitismo, a islamofobia, a discriminação contra os cristãos, assim como com qualquer atitude negativa em direção a "raça, cor, língua, opinião política", da mesma forma que de gênero e orientação sexual.

Diferentemente de muitos países que ainda tentam boicotar a D&PA de Durban, as organizações da sociedade civil e o governo do Brasil tem se destacando no desenvolvimento de ações no combate do racismo e outras formas de preconceitos correlatos. “Vale destacar que o racismo é crime desde o texto constitucional de 1988. Ademais, o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado no ano passado, orientou o Plano Plurianual 2012-2015, que inclui o enfrentamento ao racismo como um de seus programas mais inovadores. O que se faz agora é uma ampla pactuação ministerial para aprofundar a implementação do Estatuto e regulamentar o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), de modo a integrar as ações nas esferas federal, estadual e municipal. No momento, é necessário assegurar práticas educativas que possam abarcar tanto a escola como os meios de comunicação”, destacou Luiza Bairros – ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República e conselheira do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social).

Essa reunião serviu para fortalecer o debate e renovar o compromisso sócio-político e impulsionar o enfrentamento ao racismo e a discriminação racial. Eis uma luta árdua que não deve ser esquecida: “Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos” (Nelson Mandela)


Fonte: Coluna Axé - nº169 - Tribuna Independente (27.09.11)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Morre a queniana Wangari Maathai, Prêmio Nobel da Paz 2004

A ativista queniana Wangari Maathai, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 2004, morreu por causa de um câncer, anunciou nesta segunda-feira o movimento que ela fundou, o Cinto Verde. 

Maathai morreu no domingo, aos 71 anos, no hospital de Nairóbi após uma valente e prolongada luta contra o câncer, acompanhada de parentes, informou o organismo em seu site. 

"A morte de Maathai é uma grande perda para todos os que a conheciam e para quem admirava sua determinação para fazer um mundo mais pacífico, mais saudável e um lugar melhor", acrescentou. 

Maathai, que tinha três filhos e uma neta, foi uma das primeiras mulheres de África Ocidental com uma cátedra universitária, com um doutorado em Biologia. 


Em 1977 fundou o Movimento Cinto Verde, um dos programas de mais sucesso de proteção do meio ambiente, graças ao qual se plantaram no Quênia 20 milhões de árvores, sobretudo por mulheres. Em 2004, quando o Comitê Nobel de Oslo anunciou a concessão do prêmio a Maathai destacou sua posição "à frente da luta para promover um desenvolvimento ecológico, que seja viável socialmente, economicamente e culturalmente, no Quênia e na África". 

O organismo ressaltou que Maathai teve uma aproximação global ao desenvolvimento sustentável que abraça a democracia, os direitos humanos e em particular os direitos da mulher".  

Fonte: Folha.com

domingo, 25 de setembro de 2011

Durban – O Brasil tem o que dizer, 10 anos depois

Ministra Luiza Bairros


A III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas Conexas de Intolerância, ocorrida em Durban, África do Sul, de 31 de agosto a 9 de setembro de 2001, completa 10 anos. Mas as questões que demandaram sua realização ainda requerem a ação dos Estados para serem superadas.

O recrudescimento das intolerâncias em várias partes do mundo deveria atrair a atenção para a Reunião de Alto Nível comemorativa do 10º aniversário da Declaração e Programa de Ação (D&PA) de Durban, que a ONU realiza neste 22 de setembro. Além das reportagens especiais para rememorar a tragédia do 11 de setembro, espera-se que a mídia avalie o que tem sido feito para eliminar o racismo e a discriminação racial.

Deve ser sempre lembrado que a participação brasileira na preparação da Conferência contra o Racismo foi um marco na mobilização das organizações negras. A riqueza das avaliações desencadeadas em todo o país beneficiou-se largamente do esforço das três décadas anteriores.

Da luta que tornara possíveis os avanços da Constituição, passando pelos protestos no centenário da Abolição, em 1988, e a Marcha Zumbi dos Palmares, em Brasília, em 1995, os movimentos negros lograram incluir a superação das desigualdades raciais na agenda política do país.

Em 2001, uma geração de ativistas alcançava a maturidade decorrente do empenho contínuo por cidadania plena e pela visibilização do racismo. As urgências de nossa situação interna motivaram a participação do Brasil naquela conferência, e asseguraram, na volta da África do Sul, os diálogos que, mais tarde, desembocaram nas políticas de ação afirmativa.

A ideia de um movimento negro “engolido” pelo Estado após esse processo seria, portanto, simplificadora de algo mais complexo, posto que não dá conta das múltiplas dimensões envolvidas nessa história recente e que a conferência inequivocamente aprofundou. A partir dela, os membros das Nações Unidas comprometeram-se a fazer do combate ao racismo responsabilidade primária do Estado.

Dez anos se passaram. Diferentemente de muitos países que ainda tentam boicotar a D&PA de Durban, as organizações da sociedade civil e o governo do Brasil terão o que dizer na Reunião de Alto Nível.

Vale destacar que o racismo é crime desde o texto constitucional de 1988. Ademais, o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado no ano passado, orientou o Plano Plurianual 2012-2015, que inclui o enfrentamento ao racismo como um de seus programas mais inovadores. O que se faz agora é uma ampla pactuação ministerial para aprofundar a implementação do Estatuto e regulamentar o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), de modo a integrar as ações nas esferas federal, estadual e municipal.

No momento, é necessário assegurar práticas educativas que possam abarcar tanto a escola como os meios de comunicação. Desde a creche, cujo acesso a presidente Dilma Rousseff quer universalizar, urge disseminar valores do pluralismo, alargando a noção do humano entre nós. Isso equivale a reverter representações desumanizadoras que atravessam nossa cultura desde o período colonial e estão na base das desvantagens sociais de negros e indígenas.

O autor de recente chacina na Noruega, Anders Breivik, afirmou a impossibilidade de progresso no Brasil dada a composição étnico-racial da população. Velhas ideias de superioridade racial que encontram novos adeptos, aqui e no exterior. Por essa visão, os obstáculos ao desenvolvimento residiriam no interior das pessoas, em sua presumida inferioridade e não em razões objetivas e externas a elas.

Por isso, há quem acredite que os espaços abertos pelo crescimento da economia brasileira não deveriam ser ocupados por “canavieiros, donas de casa e sacoleiros”. A sugestão recorrente seria a substituição do trabalhador brasileiro, tido como desqualificado, pela mão de obra “altamente especializada”. E, se não há tempo suficiente, ou a educação nada pode fazer nesses casos, os trabalhadores ideais só poderiam ser buscados em outros países.

Essa visão, contrária ao rumo buscado pelas iniciativas de erradicação da pobreza extrema e de expansão do acesso à educação técnica e superior, opõe-se também à declaração e ao programa de ação de Durban, que reforçam o direito de todos de participar, sem discriminação, da vida social e política do seu país.

Luiza Bairros é ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República e conselheira do CDES.
Publicado no Correio Braziliense
Fonte: CDES

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

3º Encontro de Capoeira do Benedito Bentes

Neste fim de semana, o grupo YA e o Grupo Muzenza realizam o 3º Encontro de Capoeira do Benedito Bentes, sobre a organização do Professor Alex 'D Lua do grupo YA capoeira e do Professor Carlinhos Muzenza do Grupo Muzenza de capoeira.

No sábado (24.09) às 15h terá oficina de primeiros socorros e depois um papoeira no Colégio Miguel no Benedito Bentes 1 e no domingo (25.09) na praça Padre Cícero às 15h, o aulão com os mestre convidados, a exemplo do Mestre Dumel (Associação Berimbau de Ouro), do Contra Mestre Leto (Grupo Tradição), do Professor Carlos (Grupo Liberdade).

O evento recebe em média 300 capoeristas de 10 grupos de capoeira em atuação, essa é a 3º edição, as outras ocorreram em 2003 e 2010. Mais informações: (82) 8813-9900.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

7º EJAC começa nesta sexta

Encontro leva conhecimento, reciclagem e diversão para jornalistas em Marechal Deodoro


O Sindicato de Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal) e a Comissão Estadual de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (Cejac) já concluíram todos os preparativos do 7º Encontro Estadual de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (EJAC), que acontece neste final de semana (23 e 24/09) em Marechal Deodoro. O evento, além de trazer palestrantes de alto nível para debater com os jornalistas alagoanos, terá programação cultural e de entretenimento, com passeio turístico, música ao vivo, coquetel e um luau no Restaurante Baru (Barra Nova). Este último será animado por DJ e a banda Quarteto Malacada.

As inscrições continuam abertas no Sindicato dos Jornalistas. Quem ainda não se inscreveu deve procurar o mais rápido possível a secretaria da entidade, uma vez que as vagas são limitadas. Haverá ônibus para levar os inscritos a Marechal Deodoro (Campus do Cesmac) e traze-los de volta a Maceió. Na sexta-feira, a saída para Marechal será às 18h30 e, no sábado, às 7 horas da manhã. O retorno para Maceió será sempre às 23h00.


Preços

Jornalistas sindicalizados e em dia com suas contribuições pagam R$ 30,00. Os sindicalizados inadimplentes pagam R$ 40,00 e os não sindicalizados R$ 60,00. Também existem vagas limitadas para estudantes, cuja taxa de inscrição é de R$ 15,00.


Confira a programação abaixo e faça já a sua inscrição:


DATA: 23.09.2011 (Sexta)

19h – Credenciamento

20h – Conferência de Abertura: “Desafios do Campo Científico para a Assessoria de Comunicação” com Ricardo Moura – EMBRAPA – Fortaleza

22h – Coquetel de Abertura



DATA: 24.09.2011 (Sábado)

8h30 – Aprovação do Regimento

9h – Conferência Principal - “Liberdade e Expressão: O Desafio do Jornalista nas Assessorias de Comunicação” com Leonardo Camacho – Jornalista de Minas Gerais – Diretor da Andaluz Comunicação

10h30 – Coffe Break

10h45 – Painel de Debate

- “Assessoria de Comunicação no Serviço Público” com os Jornalistas Alexandre Henrique Lino (MP/AL) e Jaques Cerqueira (MPE/PE)

12h – Almoço

13h – Passeio Cultural em Marechal Deodoro

14h – Painel de Debate

- “A Utilização das Mídias Sociais nas Assessorias” com Gustavo Aciolly – Consultor de TI da SEEKMÉDIA – Professor das Pós-Graduações em: Tecnologias WEB para Negócios e Marketing Digital

15h – Coffe Break

15h20 – Plenária Final

- Apresentação CEJAC

- Propostas

- Eleição CEJAC

- Eleição dos Delegados para o ENJAC

Primavera dos Museus acontece em Maceió


A primavera é a estação do ano ligada à renovação. Por isso ela foi escolhida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), órgão vinculado ao Ministério da Cultura (MinC), para desenvolver o evento Primavera dos Museus, que está em sua 5ª edição e será marcado com atividades em 310 cidades brasileiras.
Com o tema Mulheres, Museus e Memórias, o Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa) preparou uma programação especial para os dias 19, 21 e 22 de setembro. O evento é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com a Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos (SMCDH), e a entrada é gratuita.
Na quinta-feira (22), a noite será marcada com a apresentação da ialorixá e Patrimônio Vivo de Alagoas, Mãe Neide, e seu grupo, tendo como tema “Obirin–Símbolo da Resistência”, além e uma exposição de indumentária de orixás. 


Para o secretário de Estado da Cultura, Osvaldo Viégas, esta iniciativa além de atrair visitantes ao museu, visa oferecer à população um programa cultural e gratuito. “Esta é uma ação que tem atividades em todo o território nacional e Alagoas também mobiliza os equipamentos museológicos oferecendo uma programação cultural de qualidade”, disse.


Fonte: Ascom/Secult

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Miss Universo


Nesses 60 anos do Miss Universo, quatro negras foram eleitas as mulheres mas bonitas do planeta! Foram elas (da esquerda para direita): Janelle Commissiong, Miss Trinidade e Tobago, aos 24 anos, foi a primeira negra a conquistar a premiação em 1977; no ano de 1998, Wendy Fitzwilliam, aos 26 anos, também de Trinidade e Tobago; em 1999, foi a vez da Miss Botsuana, Mpule Kwelagobe, a jovem de 19 anos; e agora, a Miss Angola Leila Lopes, com 25 anos.



Na segunda-feira passada (12.09) aconteceu primeira vez no Brasil o concurso internacional de beleza Miss Universo 2011, com transmissão ao vivo pela TV Bandeirantes e a NBC Universal, emissora americana que detém os direitos do concurso, exibiu em alta definição para cerca de 200 países. Ao todo foram 89 candidatas representando seus países, sendo umas 17 negras. Apenas, Leila Lopes, a Miss Angola foi a única negra classificada para participar da parte eliminatória composta por 17 participantes.

Com sua simpatia, sorriso envolvente e corpo escultural... conquistou muitos admiradores, inclusive, milhares de brasileiros que fizeram questão de exaltar sua preferência nas redes sociais em tempo real. E ela foi a grande vencedora, além da coroa, ganhou um ano de curso na New York Academy, além de despesas pagas como Miss Universo, acomodação de luxo em Nova York, viagens pelo mundo representando patrocinadores e ONGs e serviços de beleza e estética.

Agora, ela passou a ser conhecida como o “Diamante Negro da Angola” e pretende ampliar os trabalhos sociais que já se dedicava, principalmente, ao público juvenil e no combate às drogas. Sobre o engajamento na luta contra o preconceito racial, foi categórica: “Felizmente, o racismo não me atinge, pois são as pessoas racistas que tem um problema, as pessoas que ainda o têm deveriam procurar ajuda, pois não é normal pensar dessa forma em pleno século XXI. Devemos nos respeitar, independente do sexo, cor ou classe social".

Uma semana antes da competição, um site internacional que se define nacionalista branco e possui adeptos do ditador nazista Adolf Hitler fez ataques racistas e preconceituosos, postaram fotos das concorrentes do Miss Universo 20110 e links sobre elas com ofensas racistas às negras, afrodescendentes e mestiças. Também teve insultos às européias, colocando em xeque o "grau de pureza" racial das garotas, levando-se em conta a opção religiosa delas e questionamentos se elas são realmente brancas pelo fato de algumas não terem olhos azuis e cabelos loiros.

Esse não foi só mais um concurso de beleza, e sim, mais um paradigma que é quebrado. A beleza negra que durante muitos anos era vista por muitos como algo exótico ou até mesmo inexistente, passa a romper estereótipos e mostrar às meninas negras de todo o planeta que elas também podem e devem se sentir bonitas, tem potencial para seguir qualquer carreira e que devem seguir seus sonhos. A luta ainda é árdua, mas... sim, nós podemos!


Fonte: Coluna Axé - nº168 - Tribuna Independente (20.09.11)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Museu Cultura Periférica participa da 5ª Primavera dos Museus


Em outubro de 2009 o Centro de Estudos e Pesquisas Afro Alagoano - Quilombo recebeu a visita de dois integrantes do Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM, que trouxeram uma proposta de criar no bairro do Jacintinho um Ponto de Memória. Esse projeto é resultado de uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM e o Programa Nacional de Segurança Cidadã (PRONASCI) e o Ministério da Cultura. A idéia foi aceita e ampliada, pois, inicialmente a proposta era de apenas a história do bairro do Jacintinho ser contada, porém compreendendo a necessidade de parceria e a construção coletiva, convidamos alguns grupos parceiros para fazerem parte desse projeto. Hoje o Museu Cultura Periférica tem em seu Conselho representantes do Núcleo Cultural da Zona Sul, Posse Atitude Periférica, Posse Guerreiros Quilombolas, Instituto do Desenvolvimento e Assistência Social Beneficente em Defesa das Mulheres e Crianças do Jacintinho (IDASMUC), Coco de roda Xameguinho, Associação dos Moradores da Vila Emater e a Associação dos Moradores de Jaraguá (AMAJAR). Isso implicou em contar as histórias dos demais grupos, ou seja, do Movimento Cultural Periférico de Maceió.

O Museu ainda não tem sede, mas está em negociação com a prefeitura. Ele já existe virtualmente e está construindo o seu inventário participativo para fazer o lançamento oficial do mesmo em março de 2012. Apesar de ainda não está com sua estrutura montada já vem desenvolvendo ações em momentos pontuais, uma delas é a participação na 5ª Primavera dos Museus.


Em sintonia com o tema Mulheres, Museus e Memórias, o Ponto de Memória do Jacintinho - Museu Cultura Periférica vai realizar na 5ª Primavera de Museus uma roda de memória feminina, além de outras ações temáticas, que vão desde capoeira, hip hop a debates sobre políticas de gênero. A proposta da roda é reunir moradoras de diferentes gerações para narrar histórias e memórias relacionadas à comunidade, bem como registrar a memória local a partir da perspectiva feminina.

Viviane Rodrigues
Consultora do Museu Cultura Periférica (Ponto de Memória do Jacintinho)
(82) 8843-9311
vi_magnifica@hotmail.com
www.museuculturaperiferica.blogspot.com

Encontro Ibero-americano

O Grupo de Trabalho (GT) do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Cnpir), que tem a responsabilidade de organizar o Movimento Negro brasileiro para o Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes, se reuniu nos dias 15 e 16 deste mês, em Salvador.

Segundo a presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, Valdice Gomes, que é conselheira do Cnpir e integrante do GT, aconteceram reuniões com o embaixador especial da Segib (Secretaria Geral Ibero-Americana), Juca Ferreira; o ministro chefe do Departamento de Temas Sociais do Itamaraty, Sílvio Albuquerque e representantes do governo do Estado da Bahia.

O Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes acontecerá em Salvador (BA). As atividades iniciam em 16 de novembro, com reunião de representantes da sociedade civil de diversos países. O encontro segue nos dias 17 e 18, com mesas-redondas sobre temas de interesse dos afrodescendentes da região, e será encerrado no dia 19, com a reunião dos chefes de Estado e de Governo.

A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), junto com o GT do Cnpir irá promover uma reunião com ampla participação do Movimento Negro brasileiro. O objetivo é possibilitar um espaço para que o movimento negro articule propostas prioritárias a serem debatidas no Fórum da Sociedade Civil dos países participantes.

domingo, 18 de setembro de 2011

Meios de comunicação do país ainda não incorporaram negros


A baixa participação da população negra nas programações e propagandas veiculadas nos grandes meios de comunicação de massa no Brasil pode significar menores oportunidades de trabalho e alimentar um preconceito racial velado no país, aponta estudo realizado na Faculdade de Direito (FD) da USP. Para o pesquisador Osmar Teixeira Gaspar, responsável pelo trabalho, “ter visibilidade acarreta algumas possibilidades ao longo da vida e a falta dela também pode criar um ideário popular de que determinadas funções devem ser ocupadas por determinados esteriótipos”.
Segundo o pesquisador todo material publicitário atualmente ainda é feito com um recorte racial, assim como algumas telenovelas. “Você raramente vê algum médico ou cientista negro nas telenovelas, isso faz um garoto negro pensar que, devido à sua cor, jamais poderá participar daquele universo branco e exercer aquelas funções. Esta censura midiática desperdiça e marginaliza talentos”, afirma Gaspar. “Isso não incentiva negros a almejar determinadas profissões.”
Com isso, o estudo de mestrado desenvolvido por Gaspar busca traçar como o conteúdo dos veículos de comunicação de massa e seus personagens fatalmente refletem no mercado de trabalho, por meio da análise das telenovelas das emissoras Globo, SBT e Record, no período de 2005 a 2010, e de revistas impressas. “Nas peças publicitárias ou nos comerciais de televisão, os elementos negros ou estão no fundo da cena ou não tem voz”, relata o pesquisador.
O estudo examinou algumas revistas impressas brasileiras  – como Elle,  Sou+Eu, Manequim, Claudia, Vogue Brasil, TPM entre outras – e apontou que as mulheres brancas aparecem nessas publicações 94,08% das vezes contra apenas 6,081% das mulheres negras. De acordo com o pesquisador, isso é um dos exemplos de como a ausência ou a discriminação da população negra nos veículos de massa refletem nas oportunidades profissionais. “As agências publicitárias pouco fazem uso de modelos afrodescendentes, o que não é justificável, pois as classes C e D do Brasil, onde se encontram a maioria da população negra, são um grande mercado consumidor”, infere Gaspar.
Representatividade
Após anos de escravidão e influências europeias sob território tupiniquim, a ausência das populações negras nos palcos decisórios, de debate e de poder na sociedade brasileira se tornou algo natural, defende o pesquisador. “Parte dos próprios negros se acostumaram com sua ausência e naturalizaram a ideia”, afirma.
Segundo o pesquisador, um veículo de comunicação de massa participa das decisões e dos processos de construção de uma sociedade. Por isso, um veículo de massa traz poder às pessoas que o possuem ou que fazem parte de sua programação e “atualmente, não há interesse que a população negra alcance esse poder e tenha voz para fomentar seus avanços sociais”.
Por fim, Gaspar ressalta que deve-se apenas defender a Constituição Federal. “Nossa Constituição não hierarquiza e tampouco admite qualquer tipo de censura aos brasileiros em razão de seu fenótipo. Ao contrário, ela lhes assegura o direito de gozarem das mesmas oportunidades, representatividade e visibilidade”, diz.
Contudo, segundo o pesquisador, é necessário que o Estado brasileiro implemente políticas públicas que efetivamente democratizem e assegurarem o acesso e a inserção desta população negra aos meios de comunicação de massa, de forma proporcional à sua representatividade dentro da sociedade brasileira. “Entendo que a televisão comercial deve ser lucrativa, mas por outro lado, não se pode desvalorizar o ser humano. A TV deve e pode investir em uma grade de programação plural que aborde diversos aspectos culturais do Brasil e das etnias que compõem nossa sociedade”, conclui.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Palmares promove o Seminário Quilombo Vivo


Para discutir a promoção e proteção da cultura quilombola será realizado nos dias 14 e 15 de setembro o Seminário Quilombo Vivo: Promover e proteger o patrimônio cultural quilombola. Para participar, será necessário inscrever-se pelo site da Palmares, preenchendo este formulário. As vagas são limitadas a 150 participantes.
Direcionado a lideranças quilombolas, especialistas em políticas culturais e gestores públicos da área da cultura, o Seminário tem o objetivo de debater estratégias de ação para garantir o reconhecimento, a preservação e a promoção do patrimônio cultural das mais de 1.700 comunidades remanescentes de quilombos certificadas.
Com base nos artigos 215 e 216 da Constituição Federal de 1988, o Seminário pretende discutir maneiras de realizar as propostas do Estatuto da Igualdade Racial e do Plano Nacional de Cultura. O evento é resultado de uma parceria entre a Fundação e a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.
Entre os temas debatidos estão: as criações artísticas, os bens culturais e o registro da memória das comunidades quilombolas; o desenvolvimento da economia da cultura nessas comunidades; a participação e o controle social dessa população na formulação e implementação de políticas culturais; o financiamento, a descentralização e a implementação de políticas públicas culturais para as comunidades quilombolas.
Serviço
O quê: Seminário Quilombo Vivo – Promover e proteger o patrimônio cultural quilombola
Onde: Auditório Freitas Nobre – Anexo IV Subsolo – Câmara dos Deputados – Brasília
Quando: 14 e 15 de setembro
Inscrições: clique aqui
Programação
Dia 14/09/2011
9h – 12h
Painel 1: Reconhecimento, valorização, promoção e proteção do patrimônio cultural quilombola.
Painelistas:
Ana de Hollanda – Ministra da Cultura
Eloi Ferreira – Presidente da Fundação Cultural Palmares/MinC
Luiz Fernando de Almeida – Presidente do Iphan/MinC
Cynthia Martins – Professora da Universidade Federal do Estado do Maranhão
14h – 17h
Painel 2: A proteção e promoção das criações artísticas, dos bens culturais e dos registros da memória das comunidades quilombolas.
Painelistas:
Sérgio Mamberti – Secretário de Políticas Culturais/MinC
Ilka Boaventura Leite – Doutora em Antropologia, Professora da Universidade Federal de Santa Catarina e Coordenadora do Núcleo de Estudos sobre Identidades em Relações Interétnicas
Dia 15/09/2011
9h – 12h
Painel 3: O desenvolvimento da economia da cultura em comunidades quilombolas.
Painelistas:
Cláudia Leitão – Secretária da Economia Criativa/MinC
Henilton Parente de Menezes – Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura/MinC
Mário Theodoro – Secretário Executivo da SEPPIR/PR
14h – 17h
Painel 4: O financiamento, a descentralização e a implementação de políticas públicas culturais para as comunidades quilombolas com participação e controle social.
Painelistas:
Bernardo Machado – Diretor de Programas Integrados da Secretaria de Articulação
Institucional / MinC
Albino Rubim – Secretário de Cultura do Estado da Bahia
Aniceto Catanhede Filho – Doutor em Antropologia e Professor da Universidade Federal do Maranhão
Fonte: Ascom FCP

Frente Negra Brasileira

Por: Helciane Angélica


No dia 16 de setembro de 1931, foi fundada a Frente Negra Brasileira: movimento de repercussão nacional com atuação no campo sócio-político, que contribuiu para várias conquistas dos afro-descendentes no país. Existiu por seis anos e chegou a reunir cerca de 60 mil filiados espalhados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Espírito Santo, Maranhão e Sergipe. Dentre as lideranças estiveram: José Correia Leite, Arlindo Veiga dos Santos, Raul Joviano, Aristides Barbosa, Francisco Lucrécio, Marcello Orlando Ribeiro e Placidino Damaceno Motta.

Para Abdias Nascimento, ícone do movimento negro nacional que faleceu neste ano, foi a mais importante organização que os negros tiveram após a abolição da escravatura em 1888, e que serviu para preparar o negro para assumir uma posição política e econômica. No site, www.abdias.com.br, traz as lembranças do ativista que não participou desta Articulação porque na época servia ao Exército e não era permitido: “A Frente fazia protestos contra a discriminação racial e de cor em lugares públicos... sob a perspectiva de integrar os negros na sociedade nacional. Dessa forma combatia a FNB os hotéis, bares, barbeiros, clubes, guarda-civil, departamentos de polícia, etc. que vetavam a entrada ao negro, o que lembrava muito o movimento pelos direitos civis dos negros norte-americanos”.

Também atuou como partido político em 1936 lançando vários candidatos negros, inclusive, já sonhavam em ter um presidente negro; mas com a decretação do Estado Novo por Getúlio Vargas, todos os partidos políticos foram declarados ilegais e dissolvidos no ano seguinte. A partir daí, era preciso desenvolver outras formas de resistência para propagar os ideais.

No livro “Frente Negra Brasileira – Depoimentos” de Márcio Barbosa possui textos e entrevistas sobre a organização, atividades desenvolvidas e experiências vividas. “A Frente Negra funcionava perfeitamente. Lá havia o departamento esportivo, o musical, o feminino, o educacional, o de instrução moral e cívica. Todos os departamentos tinham a sua diretoria, e o Grande Conselho supervisionava todos eles. Trabalhavam muito bem. Dessa forma, muitas entidades de negros que cuidavam de recreação filiaram-se à Frente Negra” declarou Francisco Lucrécio.

São muitas as memórias e as lutas inspiradoras, até mesmo na área da comunicação foi uma referência, em 1933 fundou o jornal “A Voz da Raça”, periódico de caráter nacionalista que exaltava palavras de ordem como “Deus, Pátria, Raça e Família” e também teve o “Clarim da Alvorada”, que combatia o preconceito racial e tinha caráter pedagógico.

E para celebrar os 80 anos da Frente Negra Brasileira, nesta quinta-feira (15.09) terá uma cerimônia especial na antiga sede deste movimento – a partir das 19h, na Casa de Portugal, no bairro Liberdade em São Paulo (SP). A solenidade é uma promoção das Secretarias Estaduais de Cultura, e de Justiça e da Defesa da Cidadania, que contará com a presença de representantes de vários grupos do Movimento Negro Nacional e pesquisadores. Vale a pena conhecer um pouco mais sobre a FNB, temos muito que aprender!


Fonte: Coluna Axé - nº167 - Tribuna Independente (13.09.11)

Representante de Angola vence concurso de Miss Universo 2011

Evento aconteceu na noite desta segunda-feira (12) em São Paulo.
Cinco finalistas foram de Ucrânia, Filipinas, China, Brasil e Angola.


Leila Lopes, Miss Angola, recebe coroa de Miss
Universo 2011 (Foto: Reuters)

A representante de Angola, Leila Lopes, de 25 anos, venceu na noite desta segunda-feira (12) o Miss Universo 2011. O concurso aconteceu no Credicard Hall, na Zona Sul de São Paulo, e terminou perto da meia-noite. A brasileira Priscila Machado, de 25 anos, ficou em terceiro lugar no concurso.

Chegaram à final da competição as misses Ucrânia, Filipinas, China, Brasil e Angola. Leila Lopes disputou o título com a miss Ucrânia, Olesia Stefanko, que ficou em 2º lugar. As misses Filipinas e China chegaram em 4º e 5º lugares, respectivamente.

As primeiras 16 classificadas foram as representantes de França, Brasil, Kosovo, Colômbia, China, Angola, Austrália, Porto Rico, Holanda, Estados Unidos, Ucrânia, Panamá, Costa Rica, Portugal, Filipinas e Venezuela.

Na segunda lista, se classificaram as misses Austrália, Brasil, Costa Rica, França, Ucrânia, Portugal, Panamá, Filipinas, Angola e China.

A vencedora ganhou um ano de curso na New York Academy, um ano de despesas pagas como Miss Universo, um ano de acomodação de luxo em Nova York, viagens pelo mundo representando patrocinadores e ONGs e um ano de serviços de beleza e estética.

A miss Angola esbanjou simpatia durante uma entrevista ao G1 durante a preparação para o concurso e contou sobre as cinco vezes que esteve no Brasil. A candidata visitou o país no carnaval, passou férias aqui, e viajou para eventos de trabalho. “Nós temos muita influência brasileira, hoje até mais do que a portuguesa. A cultura brasileira está cada vez mais presente em Angola”, contou na ocasião. Ela citou as novelas que passam no país e confessou ser fã do ator Tarcísio Meira. Ela o conheceu quando esteve no Rio de Janeiro. “Meus olhos ficaram encharcados de tanta emoção”, lembrou.

Um evento na quinta-feira (8) serviu para os jurados escolherem as 15 semifinalistas. A 16ª representante foi a candidata escolhida pelo público em uma votação feita pela internet. Das 16 semifinalistas, 10 avançaram a uma fase seguinte na qual desfilaram em vestido de gala e, posteriormente, se escolheram as cinco finalistas que responderam às perguntas dos jurados.

O júri era formado pelos brasileiros Hélio Castroneves, piloto da Fórmula IndyCar, e Isabeli Fontana, modelo internacional; a atriz filipina Lea Salonga e a ex-Miss Universo dominicana Amelia Vega, vencedora na edição de 2003. Também participaram do júri os americanos Ítalo Zanzi, secretário-geral da Concacaf; Connie Chung, jornalista, e as atrizes Vivica Fox e Adrienne Maloof, além do empresário palestino Farouk Shami.


Fonte: G1

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Beleza negra no Miss Universo 2011

Pela primeira vez no Brasil, acontece hoje (12.09) no Credicard Hall em São Paulo o concurso internacional de beleza Miss Universo 2011. Essa é a 60º edição e a TV Bandeirantes fará a transmissão ao vivo a partir das 22h; e a NBC Universal - emissora americana que detém os direitos do concurso - exibirá em alta definição para cerca de 200 países. Ao todo foram 89 candidatas que representarão seus países, sendo umas 17 negras. Confira as beldades abaixo:


















Fundo Rotativo Solidário da Economia do Negro é lançado nesta segunda

O lançamento acontece a partir das 16 horas, no Mercado dos Pinhões. No mesmo evento será assinado convênio com Banco do Nordeste


Nesta segunda-feira (12), às 16 horas, acontece o lançamento do Fundo Rotativo Solidário do Fórum da Economia do Negro, no Mercado dos Pinhões. No mesmo evento, será assinado um convênio com o Banco do Nordeste para o repasse de recursos financeiros, totalizando mais de R$ 100.000,00, que beneficiará 13 grupos produtivos de afrodescendentes organizados no Fórum.

O evento terá a presença do secretário de Direitos Humanos de Fortaleza (SDH), Demitri Cruz, do coordenador da Política de Igualdade Racial da SDH, Luiz Bernardo, representantes do Banco do Nordeste do Brasil, representante do Comitê Gestor Nacional dos Fundos Rotativos Solidários, Cristina Gusmão, e demais convidados ligados ao tema.

O Fórum Economia do Negro conta com a participação de 172 negros e negras já cadastrados, constituindo-se como um espaço institucional de articulação de interesses da sociedade civil e Estado com ênfase na população negra (pretos e pardos), para discutir o desenvolvimento econômico e social com base no recorte étnico racial.

Fortaleza é a primeira cidade a organizar um fórum para discutir o empreendedorismo social com recorte racial, com o protagonismo dos afrodescendentes, de modo a acentuar a participação direta de iniciativas econômicas de negros e negras, adotando os princípios da economia solidária.

O Fundo Rotativo Solidário é uma metodologia de finanças comunitárias desenvolvida pelo BNB, que será aplicada no fortalecimento da organização comunitária de grupos produtivos do Fórum Economia do Negro, tais como: Cultura, Artesanato, Beleza Negra, Comunicação e Reciclagem.

Lançamento do Fundo Rotativo Solidário do Fórum da Economia do Negro e Assinatura de Convênio com Banco do Nordeste do Brasil

Data: segunda-feira, 12 de setembro
Horário: 16h às 18h
Endereço: Mercado dos Pinhões (Praça Visconde de Pelotas – entre as Ruas Nogueira Acioly e Gonçalves Ledo) – Aldeota- Fortaleza (CE).

Programação:
16h: Feira de Economia Solidária do Fórum da Economia do Negro
16h: Abertura – Orquestra de Berimbaus do CECAB
16h: Mesa: Secretaria de Direitos Humanos, Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Banco do Nordeste do Brasil, Centro Cultural Capoeira Água de Beber e Comitê Gestor Nacional dos Fundos Rotativos Solidários.
17h: Ato Solene Assinatura Convênio com o BNB
Mistica Caravana Cultural
17h20: Lançamento oficial do hino do Fórum da Economia do Negro pela Cia Bate Palmas, do Conjunto Palmeiras
17h30: Apresentações culturais: capoeira, maculelê, samba de roda, coco de roda, maracatu cearense e afoxé.
18h: Encerramento.


Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Direitos Humanos de Fortaleza (3131-1698)

www.fortaleza.ce.gov.br/sdh

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domingo, 11 de setembro de 2011

Arte Negra é apoiada por edital da Seppir


Propostas devem ser inseridas no Siconv até 05 de outubro, para seleção de iniciativas que poderão contar com suporte de até R$ 300 mil


As artes negras são o foco da chamada pública nº 03/2011 da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir-PR). O Edital selecionará projetos da sociedade civil, cujo objetivo seja a divulgação de aspectos da cultura negra através do teatro, dança, vídeo, cinema, entre outras linguagens artísticas.

As propostas deverão ser inseridas até 05 de outubro de 2011, no Sistema de Gestão de Convênio (Siconv), após credenciamento da entidade, pelo portal www.convenios.gov.br, junto ao Órgão 20126 - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Programa nº 2012620110058 - Chamada Pública.

O apoio aos selecionados será garantido por convênio ou termo de cooperação técnica a ser firmado com a Seppir-PR. O processo seletivo tem base na Chamada Pública 03/2011, divulgada no Diário Oficial da União de hoje (05/09).

A realização da chamada pública está embasada no Programa de Ações Afirmativas para a Igualdade Racial da Lei Orçamentária Anual (LOA-2011). A finalidade é fazer com que a produção sócio-cultural e artística, voltada para a afirmação da diversidade e a promoção da igualdade racial, chegue ao conhecimento do grande público brasileiro.

Entende-se por Artes Negras "um conjunto de atividades concebidas e executadas por coletivos artísticos compostos majoritariamente por pessoas negras, que tenham como fulcro estético elementos relacionados à cultura afro-brasileira e/ou às questões sócio-políticas ligadas à experiência da população negra dentro e fora do Brasil".

Fonte: Seppir

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Programa Brasil Quilombola


Criado em 2004, o Programa Brasil Quilombola (PBQ) é coordenado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) busca reunir ações do Governo Federal para garantir a preservação e o fortalecimento das comunidades remanescentes de quilombo. Na verdade, é uma política de Estado com o intuito de abranger um conjunto de ações integradas em diversos órgãos governamentais. Tem como principais objetivos a garantia do acesso à terra; ações de saúde e educação; construção de moradias, eletrificação; recuperação ambiental; incentivo ao desenvolvimento local; pleno atendimento das famílias quilombolas pelos programas sociais; e medidas de preservação e promoção das manifestações culturais quilombolas.

Com a missão de traçar um plano de trabalho para ser desenvolvido nas comunidades quilombolas no Estado de Alagoas, a Secretaria Estadual da Mulher da Cidadania e dos Direitos Humanos realizou nos dias 1º e 2 de setembro, no auditório da Faculdade de Alagoas (FAL), um Seminário Integrado com representantes do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas, gestores municipais de projetos quilombolas e lideranças quilombolas.

Cerca de R$ 30 milhões serão destinados para os investimentos nas comunidades quilombolas, e a meta do Governo Federal é que até 2014 várias ações sejam desenvolvidas para mudar o quadro atual dessas localidades, que estão em sua maioria em locais de difícil acesso e as famílias enfrentam diariamente dificuldades quanto ao saneamento básico, ausência de água de qualidade, não existe escolas e postos de saúde nas proximidades.

De acordo com a Fundação Cultural Palmares, órgão vinculado ao Ministério da Cultura, já foram mapeadas 3.524 dessas comunidades remanescentes de quilombos; mas outras fontes afirmam que pode chegar a cinco mil. Em Alagoas são 66 comunidades, onde 65 delas já receberam certificação de reconhecimento e asseguraram o direito constitucional de propriedade sobre a terra.

As famílias quilombolas não são descendentes de escravos, e sim, descendentes de guerreiros quilombolas que constituíram o Quilombo dos Palmares em busca de respeito, vida digna e liberdade – são pessoas que tentam manter suas heranças culturais ao longo das gerações e precisam de mais políticas públicas que os valorizem.


Fonte: Coluna Axé - nº166 - Jornal Tribuna Independente (06.09.11)
Com informações do site oficial da Seppir e da Ascom do Iteral

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Carol Agnelo a bailarina destaque

 Crédito da foto: www.jorgemagalhaes.blogspot.com

A dançarina e estudante de Educação Física, Carol Agnelo, foi um dos destaques do quadro Dança dos Famosos do Domingão do Faustão pelo talento artístico, profissionalismo e a beleza que esbanja com o corpo escultural. 

Carol foi a professora de dança do ator e comediante Nelson Freitas, que ficou em segundo lugar na competição e perdeu por apenas um décimo de diferença na grande final exibida nesse domingo (04.09). Considerado o azarão da competição, ele foi extremamente elogiado pela superação nas coreografias dos ritmos aprendidos: passos de disco, forró, lambada, dança de rua, foxtrote, valsa, salsa, tango, samba e paso doble. 

A moça tem 20 anos, estreante na disputa, trabalha neste programa há pouco mais de um ano e é bailarina clássica, dança jazz, sapateado, dança contemporânea e folclore; também, dá aula numa academia e ensina o gingado a velhinhos e crianças na Vila Olímpica do Mato Alto, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. 

Confira abaixo o vídeo com ensaio fotográfico.


Ordem dos Advogados do Brasil, aprova cotas raciais nas Universidades, por Unanimidade


A OAB Federal por unanimidade Aprova Cotas Raciais nas Universidades, e quer entrar com amicus curiae, para defender as Cotas Raciais no STF. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, aprovou no dia 22/08/11 ( segunda-feira), por unanimidade, seu pedido de ingresso, na condição de amicus curiae, na Argüicão de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) número 186, que discute a constitucionalidade do sistema de cotas raciais nas universidades públicas. Após longo debate conduzido pelo presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, e com base no voto do relator na OAB, o conselheiro federal Luiz Viana Queiroz (Bahia), os 81 conselheiros federais aprovaram o ingresso da entidade na ADPF em apoio à política afirmativa temporária de cotas. A ADPF foi ajuízada pelo Partido Democratas em julho de 2008.
O relator da matéria na OAB defendeu o apoio da OAB ao sistema de cotas com base nos princípios constitucionais como o da igualdade, mantendo-se a autonomia das universidades, e da dignidade da pessoa humana, com o fim de reverter as desigualdades históricas que existem no Brasil em relação aos negros. Outro ponto integrante do voto de Luiz Viana de Queiroz é a necessidade de exame proporcional de cada caso, uma vez que a proporção de negros varia drasticamente de Estado para Estados do Brasil. O voto do relator teve como principal base a audiência pública realizada pela OAB Nacional sobre o tema em abril do ano passado.
A presidente da Comissão Nacional de Promoção da Igualdade da OAB, Silvia Nascimento Cerqueira, enalteceu a votação por aclamação da matéria e afirmou que toda a população negra do país aguardava com ansiedade o posicionamento da OAB sobre a matéria. “A partir da decisão da entidade máxima da advocacia tenho a certeza de que esse tema será visto com outros olhos a partir de agora “, afirmou.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Programa Brasil Quilombola é discutido em Maceió



Representantes do Estado e lideranças quilombolas reunidos para traçar planos de beneficiamentos

Clara Cavalcante
Repórter


Representantes do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas participam do Seminário Integrado do Programa Brasil Quilombola promovido pela Secretaria da Mulher da Cidadania e dos Direitos Humanos, que ocorre nesta quinta (1) e sexta (2), no auditório da FAL (Faculdade de Alagoas).

O Seminário Integrado é focado nos futuros gestores de projetos quilombolas. Sendo assim, representantes das secretarias dos municípios e do Estado estão reunidos com lideranças das comunidades quilombolas para traçar um plano de trabalho para ser desenvolvido nas comunidades quilombolas.

Segundo a representante da SEPPIR, Leonora Araújo a secretaria tem o valor de 30 milhões para investir nas comunidades quilombolas, e a meta do Governo Federal é que até 2014 várias ações sejam desenvolvidas para mudar o quadro atual dessas localidades. “Políticas públicas para quilombolas é uma política nova para o Governo Federal, de acordo com pesquisas 90% das comunidades quilombolas não tem escolas, precisamos reverter este quadro urgente”, disse.

Dentro dos planos traçados para os Estados do Brasil existem cinco (Alagoas, Amapá, Sergipe, Paraíba e Piauí), que serão priorizados pelo PBQ e Alagoas é o marco zero entre eles, para ser beneficiado pelo programa. “As ações que teremos que colocar em prática será necessário a parceria de muitos gestores. É preciso afiar o diálogo entre as comunidades quilombolas e os gestores”,  destacou Leonora.

Brasil Quilombola - O programa Brasil Quilombola (PBQ) é coordenado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), por meio da subsecretaria de Políticas Públicas para comunidade tradicionais. As metas e recursos do PBQ envolvem 23 ministérios e órgãos federais e têm como principais objetivos a garantia do acesso à terra; ações de saúde e educação; construção de moradias, eletrificação; recuperação ambiental; incentivo ao desenvolvimento local; pleno atendimento das famílias quilombolas pelos programas sociais, como o Bolsa Família; e medidas de preservação e promoção das manifestações culturais quilombolas. Entre as principais realizações do Programa, desde 2005 estão: Regularização fundiária, Certificação, Luz para Todos, Bolsa Família, Desenvolvimento local, Desenvolvimento agrário, vem sendo.

Mapeamento Etnográfico - O Estado de Alagoas é o único do Brasil que tem um estudo mais completo sobre as comunidades negras quilombolas. O Iteral iniciou a pesquisa, que resultou no mapeamento etnográfico quilombola, em 2008, pelas 21 comunidades que entre os anos de 2005 e 2007 foram reconhecidas, antes da participação do Iteral.  

São 66 comunidades de remanescentes de quilombos, onde 65 delas já receberam certificação de reconhecimento pela Fundação Cultural Palmares (FCP) e asseguraram o direito constitucional de propriedade sobre a terra.

A pesquisa consiste em coletar informações referentes à história da localidade, saúde e saneamento, educação, organização social, relação com sujeitos externos, religião e atividades artísticas, entre outros dados. A gerente do Núcleo de Quilombolas, Berenita Maria e sua equipe, composta pelas cientistas sociais, Sandreana Melo e Vanessa Silva são responsáveis pelo trabalho de mapeamento etnográfico e resgate da história e do registro imagético das visitas.



Clara Cavalcante
Assessora de Comunicação
Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral)
http://www.iteral.al.gov.br
ascom.iteral@gmail.com
Fone: (82) 8867-6421