segunda-feira, 13 de abril de 2009

Entrevista: Carlos Henriques da Silva - CONEN

A Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) foi um dos pontos de pauta da assembleia do Fórum de Entidades Negras de Alagoas (Fenal) realizada no dia 09 de abril. O objetivo foi debater a importância da participação alagoana e conhecer a agenda política da instituição de respaldo nacional.

A entidade nacional esteve representada pelo integrante Carlos Henriques da Silva, que também é coordenador do Grupo Malungus na Paraíba. Atualmente, a Conen encontra-se presente em todas as capitais brasileiras e em Alagoas buscam restabelecer a comunicação e fortalecer o estado nas mobilizações nacionais.

Confira abaixo a entrevista que a jornalista Helciane Angélica – presidente do Anajô, integrante da Cojira/AL e editora da Coluna Axé – realizou com o representante da CONEN.




1. Qual a importância da rearticulação da CONEN em Alagoas?


Carlos Henriques: A CONEN sempre veio a Alagoas, atendendo o chamado da militância histórica do movimento negro a exemplo de Helcias Pereira e Zezito Araújo e alguns outros, que são expoentes do movimento nacional, especialmente de Alagoas, e nós tivemos alguns momentos aqui. Para nós da CONEN é de importância ímpar, participarmos desse momento histórico de retomada das ações do Fenal e torcemos para as organizações que participam dela, de fato, façam desse fórum um espaço de discussão teórica e decisão política para beneficiar a nossa comunidade negra de Alagoas, quiçá do país.


2. O Fenal ainda não é filiado ao CONEN?


Carlos Henriques: O Fenal não é filiado. Mas existem algumas organizações que participam do Fenal e estão interessadas no CONEN e estão se filiando nesse momento. Daí, a minha vinda para cá, para que se possa levar essa demanda para a discussão com a Direção Nacional.


3. Quais foram os objetivos desse primeiro encontro em 2009, entre a CONEN e o Fenal?
Carlos Henriques: Além de fortalecer o vínculo, nossa missão é também falar um pouco da nossa agenda política tanto nacional como as relações internacionais. Falar um pouco das discussões que estamos travando a nível de América Latina, reunindo todos os quilombos negros para o combate ao racismo e esse modelo político econômico excludente.


4. A CONEN é constituída por fóruns estaduais?
Carlos Henriques: Não é a filiação de fóruns. A base da CONEN tem essa denominação de fóruns de entidades negras nos estados, foi uma deliberação do 1º Encontro de Entidades Negras ocorrido no Pacaembu em São Paulo, em 1991. Agora, nos estados possui entidades, grupos de maioria negra que tem como missão a luta pelos direitos do povo negro nos aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.


5. Em termos de quantidade, quantas entidades estão filiadas na CONEN?
Carlos Henriques: A CONEN está em todos os estados do país, e ela reúne hoje aproximadamente mais de 400 entidades. O processo de filiação é permanente, porque sempre há estados nos convidando para ir lá e discutir com as entidades interessadas, que tocarão a política na base.



6. Daqui para frente, o que a CONEN pretende fazer e contribuir para o movimento negro alagoano?


Carlos Henriques: Primeiro, a agenda política da CONEN passa pela defesa da aprovação de cotas e o estatuto da igualdade racial, assim como, na luta pela manutenção do Decreto que garante o título coletivo das terras às comunidades negras quilombolas, e hoje na Câmara há uma bancada ruralista (fazendeiros e latifundiários) que insiste em alterar o decreto do presidente Lula, que garante a regulamentação do Artigo 68 da Constituição Federal.


7. Em termos práticos, quais serão as ações em Alagoas?


Carlos Henriques: Nós vamos levar as demandas das entidades interessadas para a reunião da Direção Nacional, lá será decidido o que var ser realizado. Então, vamos avaliar as entidades, saber como elas são?; de que forma se dar a sua atuação?; em que campo atua?, se é uma organização que atua em políticas gerais?, se é somente com crianças, quilombolas, mulheres, juventude, educação, saúde... Enfim, tudo será levado para a Coordenação Nacional e a gente vai definir o que contempla para as demandas daqui. Mas, quem tem que dizer realmente são as entidades interessadas.

Um comentário:

  1. VIVA! ZUMBI!COJIRA/AL !

    REVOLUÇÃO QUILOMBOLIVARIANA!
    Viva! Chàvez! Viva Che!Viva! Simon Bolívar! Viva! Zumbi!
    Movimento Chàvista Brasileiro- Ações Afirmativas Afro –Ameríndia *Quilombismo *
    A comunidade negra afros-decendentes brasileira
    é solidaria e apóia o povo palestino Viva a Palestina!
    Manifesto em solidariedade, liberdade e desenvolvimento dos povos afro-ameríndio latinos, no dia 01 de maio 2008 dia do trabalhador foi lançado o manifesto da Revolução Quilombolivariana fruto de inúmeras discussões que questionavam a situação dos negros, índios da América Latina,. A exclusão dos negros e a usurpação das terras indígenas criaram-se mais e 100 milhões de brasileiros sendo estes afro-ameríndios descendentes vivendo num patamar de escravidão, vivendo no desemprego e no subemprego com um dos piores salários mínimos do Mundo, e milhões vivendo abaixo da linha de pobreza, sendo as maiores vitimas da violência social, o sucateamento da saúde publica e o péssimo sistema de ensino, onde milhões de alunos tem dificuldades de uma simples soma ou leitura, dando argumentos demagógicos de sustentação a vários políticos que o problema do Brasil e a educação, sendo que na realidade o problema do Brasil são as péssimas condições de vida das dezenas de milhões dos excluídos e alienados pelo sistema capitalista oligárquico que faz da elite do Brasil tão poderosa quantos as do 1º Mundo. É inadmissível o salário dos professores, dos assistentes de saúde, até mesmo da policia e os trabalhadores de uma forma geral, vemos o surrealismo de dezenas de salários pagos pelos sistemas de televisão Globo, SBT e outros aos seus artistas, jornalistas, apresentadores e diretores e etc.
    Manifesto da Revolução Quilombolivariana vem ocupar os nossos direito e anseios com os movimentos negros afro-ameríndios e simpatizantes para a grande tomada da conscientização que este país e os países irmãos não podem mais viver no inferno, sustentando o paraíso da elite dominante este manifesto Quilombolivariano é a unificação e redenção dos ideais do grande líder zumbi do Quilombo dos Palmares a 1º Republica feita por negros e índios iguais, sentimento este do grande líder libertador e construí dor Simon Bolívar que em sua luta de liberdade e justiça das Américas se tornou um mártir vivo dentro desses ideais e princípios vamos lutar pelos nossos direitos e resgatar a história dos nossos heróis mártires como Che Guevara, o Gigante Osvaldão líder da Guerrilha do Araguaia. São dezenas de histórias que o Imperialismo e Ditadura esconderam. Há mais de 160 anos houve o Massacre de Porongos os lanceiros negros da Farroupilha o que aconteceu com as mulheres da praça de 1º de maio? O que aconteceu com diversos povos indígenas da nossa América Latina, o que aconteceu com tantos homens e mulheres que foram martirizados, por desejarem liberdade e justiça? Existem muitas barreiras uma ocultas e outras declaradamente que nos excluem dos conhecimentos gerais infelizmente o negro brasileiro não conhece a riqueza cultural social Neste 1º de maio de diversas capitais e centenas de cidades e milhares de pessoas em sua maioria jovem afro-ameríndio descendente e simpatizante leram o manifesto Revolução Quilombolivariana e bradaram Viva a,Viva Simon Bolívar Viva Zumbi, Viva Che, Viva Martin Luther King, Viva Osvaldão, Viva Mandela, Viva Chávez, Viva Evo Ayma, Viva a União dos Povos Latinos afro-ameríndios, Viva 1º de maio, Viva os Trabalhadores e Trabalhadoras dos Brasil e de todos os povos irmanados.
    O.N.N.QUILOMBO –FUNDAÇÃO 20/11/1970
    quilombonnq@bol.com.br

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