domingo, 31 de outubro de 2010

Odontólogos participam de capacitação sobre Doença Falciforme



Por: Josenildo Törres


Os odontólogos que atuam na Atenção Básica dos 102 municípios alagoanos foram capacitados nesta sexta-feira (29) sobre as técnicas para o tratamento de saúde bucal dos portadores de Anemia Falciforme.

O evento aconteceu na Faculdade Integrada Tiradentes (Fits), em Maceió, e foi promovido pelo Hemocentro de Alagoas (Hemoal), que é referência em Alagoas para o diagnóstico e tratamento da doença.

Durante o evento foi apresentado o histórico da doença em Alagoas, já que este ano foi comemorado o centenário do primeiro caso diagnosticado, e também exposta à proposta de tratamento para os portadores da Anemia Falciforme. A professora da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), Marlene Cezini, proferiu palestra sobre as manifestações e complicações dos doentes falciformes, além de abordar o manejo prático do odontólogo com os pacientes.

Já a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mirella Giongo, se reportou sobre a Política de Saúde Bucal na Perspectiva da Atenção Integral aos Portadores de Doença Falciforme.

No encerramento do evento foi promovido um ciclo de discussão sobre o tratamento odontológico para os falcêmicos, como já acontece no Ambulatório de Hematologia do Hemoal.

A doença - Anemia Falciforme é uma doença hereditária, que leva a uma deformação das hemácias (glóbulos vermelhos), os levando a se desenvolver em forma de foice. Por esta razão, as células tornam-se rígidas ou endurecidas e tendem a formar grupos que podem fechar os pequenos vasos sangüíneos, dificultando a circulação do sangue. Como há vasos sangüíneos em todas as partes do corpo, pode ocorrer lesão em qualquer órgão, como o cérebro, pulmões, rins e outros.

Essa condição é mais comum em indivíduos da raça negra, daí porque, em países da África, os portadores assintomáticos são mais de 20% da população, enquanto que no Brasil o índice atinge 8% dos negros. Mas devido à intensa miscigenação ocorrida no País, a doença pode ser
observada também em pessoas de raça branca ou parda, os chamados afro-descendentes.

A detecção é feita através do exame eletroforese de hemoglobina ou exame de DNA, e nos casais portadores do traço falciforme, há um risco de 25% para que os filhos venham a ser portadores da Anemia Falciforme. Daí porque, é indicado o aconselhamento genético antes do
planejamento de filhos e a realização do teste do pezinho, realizado gratuitamente, antes do bebê receber alta da maternidade.

“Esperamos ter contribuído para que os odontólogos tenham conhecido a doença falciforme, já que ela afeta a saúde bucal dos portadores. Com isso, esperamos que eles despertem para que possam atendê-los com atenção, a fim de minimizar o sofrimento de pessoas que têm a doença”, disse a diretora do Hemoal, Verônica Guedes.

Fonte: Ascom-Sesau

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