terça-feira, 12 de outubro de 2010

África e energias alternativas

Por: Helciane Angélica


Quem ainda acredita que o continente africano representa o atraso, miséria e doenças?! Os que concordam além de ter uma visão etnocêntrica, anda muito desinformado. O segundo continente mais populoso do mundo, formado por 53 países, está investido nas energias alternativas para amenizar o desperdício financeiro e os danos desencadeados ao meio ambiente com a utilização do carvão.

Nos dias 27 a 30 de setembro, ocorreu a Semana da Energia da África, organizado por empresas estatais e privadas na Cidade do Cabo (África do Sul) para discutir as estratégias de ação e investimento nessa área, pois a demanda por eletricidade supera a capacidade da rede elétrica, em parte devido ao rápido crescimento econômico. O especialista Mark Hankins, que trabalha há duas décadas como consultor em eletrificação rural e energias renováveis na África austral e oriental, destaca que “a indústria de diamantes e petróleo e a agricultura são setores em crescimento e precisam de mais energia”, afirmou.

Um dos projetos que já tem contribuído para esse reconhecimento foi a construção no ano passado de seis turbinas eólicas nas colinas de Ngong – a obra agregou 5,1 megawatts à rede elétrica e faz parte da primeira fazenda eólica do Quênia. Outro projeto similar está em fase de planejamento neste país, será a construção da maior fazenda eólica do continente com capacidade de 310 megawatts, que inclui 300 turbinas de vento e custará US$ 408 milhões. O Banco de Desenvolvimento Africano financiará 70% e o restante caberá a investidores holandeses e quenianos.

“De todas as regiões do mundo, a África é a que tem maior possibilidade de dar um grande salto para formas de energias mais limpas, devido à abundância de sol, água e vento”, declarou Christopher Clarke, diretor da Inspired Evolution Investment Management. Essas ações contribuirão efetivamente para o desenvolvimento sócio-econômico para o continente, além de proporcionar o bem-estar e energia elétrica para muitas comunidades. Eis um belo exemplo! Axé!


Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (12.10.10)

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