terça-feira, 28 de setembro de 2010

Eleições 2010

Por: Helciane Angélica - Jornalista / Cojira-AL


Neste domingo, 03 de outubro, é mais um dia importante para o Brasil! Uma data que deveria ser mais expressiva que final de Copa de Mundo, afinal, está em jogo a escolha dos próximos governantes do país. Serão definidas as pessoas que irão nos representar e controlar o nosso futuro nos próximos quatro anos.

Votar é um ato de cidadania e democracia! Isso você já deve ter ouvido muito, mas deve-se lembrar sempre, porque você tem o poder e é preciso ter responsabilidade nas escolhas. Analise bem os candidatos, ouça suas propostas e investigue seu passado, pois, muitos deles são acusados de estarem envolvidos em crimes de mando e corrupção. Não podemos tolerar político mau-caráter e que só enriquece as nossas custas!

Temos que analisar bem, dar o nosso voto de confiança para aqueles que realmente conhecem as nossas necessidades, os afro-descendentes representam mais da metade da população brasileira e muitos deles são vítimas da exclusão social, não possuem educação de qualidade, assistência de saúde deficiente; estão morando em más condições, sem segurança e a ausência de saneamento básico, etc. Precisamos de políticas públicas que melhorem as nossas vidas, que estimulem a geração de emprego e renda, que valorizem a história e cultura afro-brasileira, e tragam o desenvolvimento social para todos, e não apenas para aqueles que já detêm de benefícios.

Vender e comprar voto é crime! Não troque o seu voto por cesta básica, brindes ou qualquer quantia de dinheiro, e se estiver sendo forçado a votar em alguém denuncie ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pelo número 08007225016.

Não se esqueça, a eleição ocorre das 8h às 17h, e neste ano, cada eleitor deve levar o título e um documento de identificação com foto. A ordem de votação inicia com deputado estadual (cinco números), deputado federal (quatro números), depois você vota no primeiro candidato a senador (três números), digita o número do outro senador (três números); em seguida, digita os números do seu governador e presidente (ambos com dois números). Pense bem e boa sorte para gente!


Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (28.09.10)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Unesco e MEC lançam coleção sobre história da África para ajudar na implantação de lei

Lei que inclui o estudo da cultura e da história da África nas escolas foi aprovada há sete anos


Sete anos depois de ser aprovada, a lei que inclui o estudo da cultura e da história da África como conteúdo obrigatório em todas as escolas brasileiras ainda não saiu do papel, na maioria do país. Um das razões é a falta de material de qualidade para que os professores possam trabalhar o tema com os alunos. Para tentar preencher essa lacuna, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) lança em novembro uma coleção de oito volumes sobre a história da África. As obras serão utilizadas como base para a produção de materiais didáticos para alunos e professores.

O projeto é uma parceria do organismo com o Ministério da Educação (MEC). Segundo o coordenador da Área de Educação da Unesco no Brasil, Paolo Fontani, um diagnóstico feito pelos dois órgãos revelou que um dos principais entraves para a implantação da lei era a falta de materiais de qualidade. Fontani destaca que um diferencial desses livros é que eles foram elaborados por pesquisadores e historiadores africanos.

O lançamento deve ocorrer na semana do 20 de novembro, quando é comemorado o Dia da Consciência Negra. Como a coleção é muito extensa, paralelamente a Unesco e o MEC estão desenvolvendo em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFScar) um material pedagógico que possa ser utilizado pelo professor em sala de aula, “mais ágil e de fácil consulta, focado nas necessidades da sala de aula”, explica Fontani. Em outra fase, o projeto pode incluir o treinamento de professores, adianta Fontani.

“É a primeira vez que a Unesco faz isso em outros países com essa coleção. Definitivamente estamos na ponta, o Brasil será o primeiro a fazer esse trabalho nesse tipo de escala”, aponta.

sábado, 25 de setembro de 2010

Encontro reúne mais de 100 líderes quilombolas de Alagoas

Mundo quilombola foi debatido em evento promovido pelo Iteral

Por: Suana Nobre


Um dia todo dedicado às questões e causas relacionadas aos remanescentes de quilombos em Alagoas. Assim foi o Encontro Estadual de Líderes Quilombolas, realizado nesta sexta-feira (24), no acampamento da Igreja Batista, em Paripueira. O evento, promovido pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), reuniu mais de 100 representantes negros do Estado.

Líder da comunidade Carrasco, em Arapiraca, Genilda Maria Queiroz Silva era uma das participantes mais envolvidas e atuantes. De acordo com a quilombola, as dificuldades nas comunidades ainda são muitas, mas é preciso que todos se unam em busca de desenvolvimento.

“Passamos por muitos problemas. Este encontro serve como ponto de partida para que todos os quilombolas alagoanos se unam para buscar melhorias. Na minha comunidade já conseguimos algumas benfeitorias e ainda queremos mais”, falou Genilda.

Outro quilombola que frisou a importância da união e participação de todos foi Manoel de Oliveira. Bié, como é mais conhecido na comunidade Mumbaça de Traipú, destacava-se entre os presentes pelo engajamento e vontade de mudança.

“É necessário que cada uma das comunidades corra atrás de seus direitos. Na maioria das vezes a gente fica lá sentado esperando que as coisas aconteçam. Antes de jogar nas mãos dos políticos, toda comunidade deve fazer a sua parte”, disse Bié.

Além das colocações das lideranças quilombolas, o cncontro também contou com palestra realizada pelo presidente do Iteral, Geraldo de Majella. Na oportunidade, foram esclarecidas dúvidas sobre o mapeamento étnico cultural realizado pelo órgão e certificações quilombolas expedidas pela Fundação Cultural Palmares.

“Até novembro deste ano, as 65 comunidades quilombolas que existem em Alagoas estarão reconhecidas. Eu não tenho outra palavra para usar que não seja orgulho: seremos o primeiro Estado do Brasil a ter todas as comunidades certificadas”, frisou Majella.

A certificação expedida pela Fundação Cultural Palmares é um reconhecimento de fato e de direito que este povo existe. Por meio deste documento é possível obter políticas públicas específicas para grupos quilombolas.
“A certificação é como se fosse nosso registro de nascimento. A gente ganha mais respeito”, falou Margarida Félix da comunidade Paus Pretos em Monteiropólis. Com 185 famílias quilombolas, Paus Pretos enfrenta dificuldades em educação e possui sua renda advinda do plantio de mandioca, feijão e milho.

O Encontro Estadual de Líderes Quilombolas encerrou a programação no final da tarde de sexta-feira. Entre as finalizações dos discursos, a idéia de promover um próximo evento com a participação de mais integrantes e a inclusão de manifestações artístico-culturais.


Fonte: Iteral

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Acontece hoje a 25ª edição do Mirante Cultural

O CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS AFRO ALAGOANO - QUILOMBO realizará nesta sexta-feira (24), às 19h30 no Mirante Kátia Assunção localizado no Jacintinho (por trás da rádio 96 FM), a 25ª edição do Mirante Cultural, Um Quilombo Chamado Jacintinho.

O evento vem acontecendo desde fevereiro de 2008, reunindo grupos culturais dos bairros de Maceió e de algumas cidades do Estado de Alagoas. Atualmente tem com parceiros o SINDICATO DOS URBANITÁRIOS e a Fundação Municipal de Ação Cultural.

Nessa edição se apresentará pela primeira vez o Maculelê Legião Brasileira e o DJ Barão, teremos o retorno do: Coco de roda Xique-Xique, Demis Santana e Rogério Dias. Haverá também a inauguração do Cine Quilombo.

O Mirante Cultural continuará defendendo a integração entre educação e arte, buscando sempre impulsionar os artistas locais, trabalhando a geração de renda e valorizando a cultura popular e afro-alagoana. Agradecendo sempre o apoio da comunidade, dos artistas, dos parceiros e da imprensa.


PROGRAMAÇÃO:

* Maculelê Legião Brasileira
* Cine Quilombo
* DJ Barão (reggae)
* Coco de roda Xique-Xique
* Demis Santana
* Rogério Dias


GRUPOS PARCEIROS DO C.E.P.A. QUILOMBO:

* Escola de Samba Arco-íris
* Núcleo de Capoeira
* Grupo Lésbico Dandara
* Bumba-meu-boi Excalibur
* Grupo Teatral S.O.S Sorriso
* União das Mulheres do Bairro do Jacintinho - U.M.B.J.
* Associação Puma de Ferkundô
* Associação de Moradores da Grota do Moreira
* Banda Afro Estrela Negra
* Companhia Princípios Básico


Fonte: Viviane Rodrigues - Relações Públicas do C.E.P.A. Quilombo
Contatos: vi_magnifica@hotmail.com /(82) 8843-9311

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Encontro de História discute os "Caminhos da Diversidade"


A
Associação Nacional de História (ANPUH), Sessão Alagoas, realizará o II Encontro Estadual de História nos dias 23 a 25 de setembro, no Campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em Maceió.

A questão geral do evento é “Caminhos da Diversidade: trajetórias e perspectivas da História em Alagoas”, e tem várias temáticas relacionadas às questões étnicorraciais: História, sociedade, gênero e violência; os negros em Alagoas; religiosidade afro-brasileira, educação, racismo e outros.

Confira a programação completa no site www.al.anpuh.org, que é composta por mesas-redondas, mini-cursos, lançamento de livro, apresentação cultural e exposição de trabalhos (Comunicação Oral e Painel).

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tenho fé e quero respeito!

Por: Helciane Angélica


Ocorreu no domingo, 19 de setembro, a 3ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa que teve como tema “Caminhando a gente se entende”. A atividade reuniu cerca de 100 mil participantes – católicos, judeus, ciganos, seguidores do candomblé e umbandistas – na Praia da Copacabana no Rio de Janeiro, e teve como principal missão chamar a atenção da sociedade sobre as formas de discriminação relacionadas às diversas crenças que sofrem cotidianamente em todo o mundo e com casos bem expressivos no Brasil.

Fundado em março de 2008, o movimento sem fins lucrativos é coordenado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), conta com a parceria de diversas organizações religiosas, instituições estatais e vítimas de intolerância religiosa de vários Estados.

Dentre os avanços adquiridos até agora estão: a Polícia Civil do Rio de Janeiro transformou-se em modelo para o resto do país, quando atualizou o sistema de registro de ocorrências com a Lei 7716/89 (Lei Caó), que prevê pena de 1 a 5 anos de reclusão para crimes praticados contra religiosos; e foi criado o Fórum de Diálogo Interreligioso, que conta com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Presbiterianos, Batistas, Kardecistas, Ciganos e minorias étnicas que elaboraram a base do Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e entregou as propostas ao presidente da República.

A CCIR vem contribuindo para denunciar os inúmeros casos, inclusive, os praticados até mesmo pelos veículos de comunicação que demonizam ou permitem a prática de piadas preconceituosas executadas por seus profissionais. Uma das suas metas é distribuir nas delegacias, igrejas, templos, centros e terreiros o Guia de Luta contra a Intolerância Religiosa e o Racismo em todo o território nacional – a cartilha está sendo elaborada pelo professor e coronel da Reserva da PM Jorge da Silva, com a finalidade de orientar a sociedade civil diante de um caso de Intolerância Religiosa.

As formas de violência são diversas e os religiosos de matrizes africanas são um dos mais afetados com perseguição, termos pejorativos, a invasão nos barracões e destruição de imagens, repressão e aos trajes típicos em ambientes públicos, abordagem policial nas casas de axé alegando perturbação do sossego alheio, etc. Não podemos permitir que práticas abomináveis a exemplo do Quebra de Xangô de 1912 ocorrido em Alagoas retornem no Brasil... as pessoas merecem respeito e tem o direito de manifestar a sua crença. Axé!


Fonte: Coluna Axé - Jornal Tribuna Independente (21.09.10)

domingo, 19 de setembro de 2010

Cinco mil pessoas fazem caminhada no Rio para defender liberdade religiosa

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - Cerca de 5 mil pessoas participam hoje (19) da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio, segundo estimativa da Polícia Militar. Representantes de várias religiões, como católicos, judeus, ciganos, seguidores do candomblé e umbandistas querem chamar a atenção para o “proselitismo” religioso.

De acordo com o interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (Ccir) - organizadora do evento -, Ivanir dos Santos, na tentativa de converter novos fiéis, algumas religiões têm ultrapassado o limite da liberdade de expressão, “perseguindo” e atacando determinados grupos religiosos.

“O limite é o proselitismo. Você expressar uma opinião é uma coisa. Fazer um proselitismo diário, estigmatizando e perseguindo um determinado segmento, não é liberdade de expressão”, afirmou Ivanir, destacando que as religiões de matriz africana têm sido o principal alvo de grupos neopentecostais.

Praticantes de Wicca (religião neopagã influenciada por crenças pré-cristãs) também denunciam a intolerância, durante a manifestação. De acordo com a veterinária Shirley Ribeiro, de 32 anos, o preconceito contra as bruxas ainda é flagrante. “Não podemos dizer que somos bruxas. Muitas pessoas, especialmente os cristãos, olham para a gente achando que fazemos coisas ruins”, afirmou.

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa pretende procurar a diretoria do Flamengo, nos próximos dias, para conversar sobre as declarações do atacante Val Baiano, consideradas desrespeitosas. Na semana passada, ao comentar o jejum de gols do time, o jogador pediu ajuda das religiões, com exceção das de matriz africana: “Se macumba fosse do bem, seria boacumba”, declarou à época.

“Estamos esperando acabar a caminhada para tentar que o Flamengo tenha uma atitude (...)”, afirmou o babalaô. “Vamos conversar com o Flamengo, buscamos sempre o diálogo. Se não tiver, o Ministério Público existe e está aí para cumprir o seu papel”, declarou o babalaô, lembrando que a intolerância religiosa é crime no país, tipificada pela Lei Caó.

A assessoria de imprensa do clube não foi localizada.



Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

sábado, 18 de setembro de 2010

Edital de Ideias Criativas tem prazo ampliado

Foram prorrogadas as inscrições para concorrer ao Edital de Ideias Criativas para 20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra 2010. Inicialmente previsto para ser encerrado amanhã (16-09-10), o prazo para a II Seleção Pública para Apoio a Projetos Culturais foi dilatado para o próximo dia 01 de outubro, o que dará aos interessados maior tempo para providenciar a documentação necessária.

O edital, promovido pela Fundação Cultural Palmares (FCP), chega à sua segunda edição conclamando, mais uma vez, a comunidade afro-brasileira a celebrar o Dia da Consciência Negra de maneira... criativa! As inscrições começaram em 03 de agosto e deverão ser enviadas somente por meio dos Correios. O montante de recursos a serem liberados é da ordem de R$ 500 mil.

O Ideias Criativas premiará um total de 15 projetos em todas as regiões do País. O objetivo é apoiar ações inovadoras, que valorizem ainda mais a cultura afro-brasileira. "A concepção de que o 20 de novembro é o dia de fazer a diferença vem se consagrando no meio cultural afro-brasileiro. O exemplo vem de nossos ancestrais africanos aportados no Brasil, que, por mais de três séculos, elaboraram formas criativas para resistir à desumana escravidão e manter suas tradições", explica Elísio Lopes, diretor da Palmares.mãe.

Estão aptos a concorrer ao edital produtores, professores, agentes culturais que trabalham com a cultura afro-brasileira e entidades privadas sem fins lucrativos, de natureza cultural ou não, com experiência comprovada em ações culturais afro-brasileiras e que preencham todos os requisitos exigidos. Os projetos podem ser elaborados como intervenção urbana, atividade sócio-educativa, seminário, palestra, evento cultural, cultura popular, debate ou qualquer outra forma de expressão, contanto que a idéia seja inovadora.

Para cada região brasileira serão selecionados dois projetos na categoria Individual, que receberão até R$ 20 mil, cada; e um na categoria Entidade, com um prêmio de até R$ 60 mil. O edital Ideias Criativas busca estimular novas formas de celebrar o 20 de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra), apoiando projetos elaborados a partir de uma concepção inovadora, que comporte criatividade e excelência artística, alinhamento de conteúdo à questão afro-brasileira, e, claro, qualidade técnica.

Dúvidas e informações referentes a este edital poderão ser esclarecidas e/ou obtidas na Fundação Cultural Palmares, por meio do endereço eletrônico: edital20denovembro2010@palmares.gov.br.


Fonte: Ascom FCP

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dia da Consciência Negra poderá ser feriado nacional

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, poderá passar a ser comemorado como feriado nacional. Projeto nesse sentido deve ser votado na próxima reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e, sem seguida, apreciado em Plenário.

A data já reconhecida e celebrada como feriado em 225 cidades de 11 estados, inclusive três capitais (São Paulo, Rio de Janeiro e Cuiabá). O dia 20 de novembro foi escolhido por ter sido a data da morte do líder negro Zumbi dos Palmares (1655-1695), considerado um herói da resistência antiescravagista no período colonial. Zumbi foi líder do Quilombo dos Palmares, em Alagoas, o maior da história do Brasil, que durou mais de 60 anos e chegou a abrigar, segundo historiadores, cerca de 20 mil pessoas.

O projeto original que institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (PLS 520/03), de autoria da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), previa apenas a data, mas não o feriado. Na justificação da matéria, Serys argumenta que sua proposta visa criar uma oportunidade para a reflexão sobre o preconceito ainda existente na sociedade brasileira.

Aprovado pelo Senado, o texto foi enviado à Câmara dos Deputados e apensado a outra proposta (PLS 302/2004), de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), que propunha o dia 20 de novembro como feriado nacional.

Os deputados elaboraram texto substitutivo dos projetos, instituindo não só a data, como também o feriado. Enviado para nova votação no Senado, o projeto passou pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), que rejeitou a criação do feriado, mantendo a proposta original de Serys. Na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), entretanto, onde a proposta poderá ser votada na próxima reunião, o relator, senador Paulo Paim, apresenta parecer favorável à criação do feriado.

Segundo Paim, "é necessário avançar nesta questão e fazer com que a data dedicada ao tema 'consciência negra' seja equiparada a outras, essenciais para a sociedade brasileira, como o dia 21 de abril, dedicado a Tiradentes e às causas libertárias; o dia 7 de setembro, marco da independência nacional; e o dia 15 de novembro, em que se celebra o fato de maior relevância da história da República" - justifica, em seu parecer.

Feriados

Caso o Senado aprove o substitutivo da Câmara, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra será o nono feriado nacional, juntamente com as seguintes datas: 1º de janeiro (Confraternização Universal), 21 de abril (Tiradentes), 1º de maio (Dia do Trabalho), 7 de setembro (Independência do Brasil), 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida), 2 de novembro (Finados), 15 de novembro (Proclamação da República) e 25 de dezembro (Natal).
Há ainda quatro datas comemorativas móveis, as quais, embora popularmente conhecidas como feriados nacionais, não são reconhecidas como tal pela legislação brasileira - Terça-Feira de Carnaval, Sexta-Feira da Paixão, Domingo de Páscoa e o Corpus Christi.


Por: Valéria Castanho / Agência Senado

Ideias criativas

Por: Helciane Angélica


Até o dia 16 de setembro, estão abertas as inscrições para o Edital de Ideias Criativas para 20 de Novembro, realizado pela segunda vez, e promovido pela Fundação Cultural Palmares vinculada ao Ministério da Cultura. Podem concorrer produtores, professores, agentes culturais que trabalham com a cultura afro-brasileira e entidades privadas sem fins lucrativos, de natureza cultural ou não, com experiência comprovada em ações culturais afro-brasileiras.

Os projetos devem ser encaminhados pelos Correios e podem ser elaborados como intervenção urbana, atividade sócio-educativa, seminário, palestra, evento cultural, cultura popular, debate ou qualquer outra forma de expressão, contanto que a iniciativa seja inovadora. Em cada região brasileira serão selecionados dois projetos na categoria Individual, que receberão até R$ 20 mil; e um na categoria Entidade, com um prêmio de até R$ 60 mil.

Esse é mais um incentivo para celebrar o Dia Nacional da Consciência Negra, que também é o dia da morte de Zumbi dos Palmares ocorrida em 1695, e busca homenagear esse herói negro que foi um dos principais guerreiros do Quilombo dos Palmares – lutou por respeito, igualdade social e liberdade.

Já faz algum tempo que as celebrações e atividades político-culturais estão sendo executadas durante todo o mês de novembro em várias partes do País, e nos mais diversos locais como: praças públicas, escolas, associações, órgãos públicos, templos religiosos, etc. E independente de quem ou entidades que realizem os eventos, é preciso, estimular a auto-estima da população negra e a consciência étnica durante todo o ano, e ainda, promover estratégias para combater o racismo e a intolerância religiosa existente no Brasil, que tem mais da metade da população afro-descendente.

Mais informações sobre o edital e aquisição do formulário de inscrição no site www.palmares.gov.br.


Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (14.09.10)

domingo, 12 de setembro de 2010

Desempregado desde abril, Andrade chora e ainda não entende saída do Fla

Andrade foi demitido do Flamengo em abril, após classificar o time rubro-negro para as oitavas de final da Copa Libertadores da América. Desde então, o técnico campeão brasileiro de 2009, está desempregado. Em entrevista ao programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, ele ainda não entendeu a sua saída.

“Não vi motivo para a minha demissão. Saí com setenta e três por cento de aproveitamento. Minha demissão não foi por resultado, mas por problemas além disso. E isso me deixou magoado”, salientou Andrade, que ainda tem dinheiro para receber do Flamengo. “Me pagaram em janeiro apenas uma parte da premiação do Brasileiro e ainda me devem o mês de abril”, emendou.

Além de chateado com o Flamengo, Andrade demonstrou mágoa com o mercado. Chorando, o treinador não entendeu como ainda está desempregado e espera que o preconceito não seja o problema.

“Qual foi o erro que cometi? O que eu fiz de errado para não merecer uma nova chance? Fica esta pergunta. Fui campeão brasileiro, classifiquei o time na Libertadores”, disse, acrescentando sobre o possível motivo do desemprego.

“Uns dizem que é por causa do meu vinculo com o Flamengo e outros falam de preconceito. Não existe treinador negro trabalhando na Série A. Alguns amigos me dizem que não estou trabalhando por causa da minha cor. Mas não quero acreditar nisso”, comentou.

A expectativa, agora, é de que Andrade possa encontrar um novo trabalho. O treinador está com saudades da rotina do futebol. “Ficar à beira do gramado, adrenalina dos jogos, concentração, viagens, rever os amigos. Estou aguardando a oportunidade de algum clube. Isso é chato, é um momento de ansiedade. Nunca imaginei ficar tanto tempo desempregado”, encerrou.


Fonte: UOL Esporte

Novo maracatu em Alagoas



sábado, 11 de setembro de 2010

Graduada Pequena destaca-se em campeonato de Capoeira


A professora de capoeira Keliane Silva, conhecida por graduada Pequena ficou em terceiro lugar no 6º Festival Mundial de Capoeira promovido pelo seu grupo, o Muzenza, que existe há 36 anos.

Foram realizadas duas etapas: 19 a 21 de agosto no Rio de Janeiro, e de 26 a 28 de agosto em Salvador. Participaram da competição capoeiristas de Alagoas, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Paraná e de outros países como Portugal, Colômbia e França. Parabéns para alagoana guerreira que é respeitada no meio e dar aula para alunos de escolas públicas.


Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (31.08.10) / Crédito da foto: Arquivo pessoal

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vibrações lança o CD "Quilombagem"


A banda de reggae Vibrações lançará o seu quarto CD intitulado Quilombagem neste sábado (12), às 15h, no Ginásio Cenecista localizado na Ladeira Doutor Geraldo Melo, no bairro do Poço em Maceió. Também terá na programação: Reações (Aracaju), Raízes de Zumbi (União dos Palmares) e o DJ Marcelo Pedra (Maceió). Os ingressos antecipados custam R$15. Contatos: contato@vibracoes.com.br / (82) 3221-3448 e 8856-7348. Conheça também o site do grupo: www.vibracoes.com.br.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Menos de 7% dos brasileiros se declaram pretos, diz IBGE

Pesquisa de 2009 mostra que brancos deixaram de ser maioria






Menos de 7% da população do Brasil se considera negra, segundo a Pnad 2009 (Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar) divulgada nesta quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O levantamento mostra que 13,3 milhões de pessoas - 6,9% do total de 191,7 milhões de brasileiros- responderam ser pretas. Desde 2007, o IBGE observa a diminuição daqueles que se declaram pretos (veja quadro abaixo).

No entanto, se somados os que se consideram de cor preta com os 44,2% que declararam ser pardos, os brancos deixam de ser maioria no país (48,2%), de acordo com a Pnad. Uma pequena parte da população (0,7%) disse ser de origem oriental ou indígenas.

De acordo com o IBGE, as respostas são colhidas de maneira espontânea. São cinco as opções para as pessoas se classificarem quanto à cor: branca, preta, amarela (origem japonesa, chinesa e coreana), parda (pessoas que se declaram mulatas, caboclas, cafuzas, mamelucas ou mestiças de preto com pessoa de outra cor) ou indígena.

Em relação à Pnad de 2004, foi notado um crescimento de dois pontos percentuais na proporção de pessoas que se declararam pardas. Já entre entre as brancas houve redução de três pontos percentuais.

Regionalmente, no Sul do país, os que se declararam brancos correspondiam a 78,5% da população em 2009 e, nas regiões Norte e Nordeste, os pardos eram 71,2% e 62,7%, respectivamente.

Fonte: R7

"Conversas Negras" em Alagoas

Integrantes da mesa-redonda que discutiram os desafios e dificuldades daqueles que fazem uma mídia não-discriminatória


Por: Sandra Martins em 7/9/2010



Políticas de comunicação e mídia pela igualdade étnicorracial foram defendidas pela Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira/SJPMRJ) durante o I Ciclo Nacional de Conversas Negras: "Agosto Negro ou o que a História Oficial Ainda não Conta", realizado entre 25 e 27 de agosto em Maceió, Alagoas. Representantes das esferas públicas e privadas de vários estados brasileiros defenderam a ampliação da reflexão em torno das ações afirmativas no tocante à igualdade racial.

A experiência do diálogo é fundamental, ainda mais quando tratamos de questões como a insistente manutenção de tetos de vidros que impedem o empoderamento de parte expressiva da população do país. Um dos países mais pretos do mundo, fora do continente africano, mas que tem problemas com seu reflexo: vê o que não existe, uma cara que não a sua.

Realizado no auditório da Casa da Indústria, numa iniciativa do projeto "Raízes de Áfricas" e com apoio da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, o evento contou com a presença da assessora Especial do Ministério da Igualdade Racial, Sandra Cabral. Representando o ministro Eloi Ferreira, Sandra Cabral realizou uma conferência que tratou das ações do Estatuto da Igualdade Racial.

Carta de Maceió

A representação carioca da Cojira-Rio, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, ficou por minha conta. Ao historiar as ações da comissão, procurei fazer referências à representação nacional destes grupos na Federação Nacional de Jornalistas e de suas demandas, aprovadas no 34º Congresso da Fenaj, realizado dias antes em Porto Alegre. Com a tese "A mídia contribuindo para uma nação igualitária e o exercício da desconstrução do racismo nos meios de comunicação e no meio sindical", os jornalistas são convocados a cumprirem o papel de promotores da igualdade étnicorracial no cotidiano das redações e como formadores de opinião.

A qualificação do profissional de comunicação, os eternos "vícios" relativos à manipulação e à editorialização do conteúdo para as questões étnicorraciais foram outros pontos discutidos. A partir destas constatações, observei que a Cojira-Rio, juntamente com organizações do Movimento Negro, estabeleceu um diálogo e uma parceria com a direção de rádio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). E um fruto desta articulação está em andamento na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro. É a veiculação de spots da campanha que enfatiza a importância da autodeclaração de cor/etnia e da fé religiosa relacionada às religiões de matriz africana, dirigida ao Censo 2010 denominada "Quem é de Axé, diz que é".

As conversas se multiplicam e as palavras vão se avolumando em um vozerio interessante. Assim, para que as palavras não desaparecessem com o vento, foi elaborada a Carta de Maceió, embasada nos documentos legais assinados pelo Estado brasileiro, a ser entregue ao ministro Elói Ferreira. A carta propõe ações concretas referentes à promoção da igualdade étnicorracial no período de 2011 a 2014. Como disse Arísia Barros, coordenadora do projeto, se no início a impressão era limitante, a conversa tomou outros rumos: ampliou-se, deu eco.

Justiça social e respeito à diversidade

A Câmara de Vereadores de Piracicaba oficiou convite para que o II Ciclo Nacional de Conversas Negras venha a ser realizado naquele município paulista em agosto de 2011.

Lembrando a fala da professora Selma Maria da Silva, do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnicorracial e Coordenadora do Comitê Estadual Étnicorracial da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, estamos visíveis, mas não somos percebidos. De fato.

Não há racismo no Brasil, diriam uns, ou melhor, "racista é o vizinho, não eu". Entretanto, muitas discussões aconteceram, estratégias traçadas, corações conquistados, avanços expressivos ocorreram e continuam a acontecer. E estar no I Ciclo Nacional de Conversas Negras foi um destes avanços. Com todas as dificuldades, existentes e persistentes, o processo está em curso. Não há como dizer: "Parem as máquinas. Não vamos rodar o jornal." Agora não dá. A rotativa já rodou milhares de exemplares e caminhões seguiram seu rumo.

E, certamente, a nossa proposta é a convicção de que podemos lutar por um jornalismo comprometido com a justiça social e respeito à diversidade étnicorracial, conforme pensamento da jornalista Valdice Gomes, presidente do sindicato dos jornalistas alagoanos, membro da Cojira-AL e nossa representante na Conajira/Fenaj.


Fonte: Observatório da Imprensa

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Grito dos excluídos e excluídas

Por: Helciane Angélica - Jornalista


Hoje sete de setembro é o Dia da Independência do Brasil, melhor dizendo, Dia da Pátria e acontecerá o tradicional Grito dos Excluídos e Excluídas em todo o país. Pela primeira vez em Alagoas não será realizada na capital, e sim, no município de Murici na zona da mata – uma das cidades atingidas peles enchentes em junho deste ano.

Enquanto tem várias paradas militares, integrantes das pastorais sociais, estudantes, sindicalistas e ativistas de vários segmentos sociais, inclusive, do movimento social negro participam da manifestação popular em busca verdadeiramente da independência nacional. Busca-se chamar a atenção da sociedade e denunciar à exclusão social, miséria, fome, violência, preconceitos e todas as formas de opressões que milhões de pessoas sofrem cotidianamente neste país.

Essa é a 16ª edição e este ano aborda o tema “Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular”. A concentração acontece às 7h em frente à Igreja dos Capuchinhos no bairro do Farol, e a Arquidiocese de Maceió disponibilizou três ônibus para facilitar o deslocamento das pessoas interessadas.

Em Murici, a mobilização inicia na Rodoviária, seguida com uma caminhada pelas ruas centrais e a visita aos galpões onde as famílias desabrigadas foram alojadas. Também terá a distribuição de panfletos sobre o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade de Terra e a votação em urnas itinerantes, em defesa da soberania alimentar e territorial, além de combater as grandes concentrações de terras, já que, muitas famílias camponesas estão sendo expulsas das áreas rurais e passam por inúmeras necessidades nas periferias. Acompanhe outras informações no site www.arquidiocedemaceio.org.br.


Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (07.09.10)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Igualdade racial e organização

CUT define lançamento de cartilha sobre o Estatuto da Igualdade Racial e aponta estratégias para o ramo de profissionais liberais


A primeira parte da reunião da direção executiva nacional da CUT, na manhã desta terça-feira (31), em São Paulo, destacou alguns eixos estratégicos de luta da central.

O primeiro deles é a publicação de uma cartilha da entidade para explicar à sociedade quais os direitos garantidos pelo Estatuto da Igualdade Racial (clique aqui para acessar), aprovado em junho deste ano pela Comissão de Constituição de Justiça do Senado, após tramitar por dez anos no Congresso.

Fazer valer o estatuto – A secretária de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Nogueira, acredita que a divulgação é muito importante para fazer com que o documento implementado. “O estatuto é lei e precisa ser conhecido para ser defendido”, explicou.

Para ela, apesar de não incluir todas as reivindicações do movimento negro, ela classifica o texto como um grande avanço. “Não existia nenhum mecanismo jurídico e legal de combate à discriminação”.

Segundo Maria Júlia, apesar de não trazer citações a cotas raciais na educação e à demarcação de terras quilombolas, o estatuto ajudará a derrubar ataques a essas medidas como as ações movidas pelo DEM (partido Democratas) no Superior Tribunal Federal.

De acordo com a dirigente, a idéia é que a CUT promova também um seminário com participação de juristas para falar sobre os pontos relacionados à saúde, educação e mundo do trabalho presentes no documento.


Profissionais liberais

A reunião tratou também da organização dos profissionais liberais dentro da central, o chamado Ramo 14. Estiveram presentes os dirigentes da Federação Nacional dos Arquitetos, da Confederação Nacional dos Profissionais Liberais e representantes da coordenação dos profissionais liberais da CUT, Danilo Caser e Eduardo Bimbi.

“O ramos de profissionais liberais, composto por trabalhadores das mais diferentes categorias, tem especificidades muitos próprias e quando a CUT compreende essas características pode contribuir mais nas lutas e disputas políticas que essas entidades travam”, afirmou Caser.

Bimbi acredita que a organização será capaz de trazer mais conquistas ao segmento. “Ao se organizar dentro da Central Única dos Trabalhadores, o ramo ganha forças para lutar pela ampliação da base aliada e por questões nacionais como o cumprimento de políticas públicas”, comentou.


Fonte: CUT NACIONAL