No último sábado (01.09) no blog do famoso jornalista e radialista Ricardo Mota, foi publicada a seguinte postagem: Chegou o “setembro negro” da campanha eleitoral. O título foi utilizado para retratar o período mais acirrado da disputa entre os candidatos e candidatas nas eleições, além das inúmeras estratégias para descobrir os “podres” e a contratação de marqueteiros especializados em destruir a imagem dos adversários.
Bom, mais uma vez, tudo que é irregular ou não tem valor é associado à cor negra e não adianta colocar a expressão entre aspas, afinal, não muda o sentido. Infelizmente, a utilização de estereótipos e termos racistas é algo habitual e ainda aceito na sociedade, mas também não é possível se acostumar com outras expressões como: “inveja branca” (o mesmo sentimento, só que de forma positiva), “amanhã é dia de branco” (se referindo a mais um dia de trabalho), “não deixe passar em branco” (não cair no esquecimento; tomar posicionamento) e outros do gênero.
A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) indica aos profissionais de comunicação, que por questão de ética e respeito, deve evitar os termos racistas. Dentre os exemplos mais propagados estão: ‘lista negra’, ‘línguas negras’, ‘a coisa tá preta’, ‘buraco negro’ (sem conotação científica), ‘páginas negras da história’, ‘samba do crioulo doido’ e vários outros.
Também é bom lembrar que de acordo com o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, é dever dos profissionais “combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física ou mental, ou de qualquer outra natureza” (Cap. 2 / Artº 6º / XIV) e “não podem usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime” (Cap. 2 / Artº 7º / V).
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